Fanfic: Muito Amigos!!! (terminada)

Por mais que
ela tentasse esquecer o embaraçoso episódio, aquela recordação passara a
atormentá-la sempre que estava com Alfonso. Fora então que passara a se
esquivar dele, para evitar mais constrangimentos.

No entanto, a
realidade do momento a arrancou de seu devaneio. Naquele momento, Anahí poderia
estar usando uma toga e ainda assim, não seria pertinente à aquela situação. O
problema era a nudez frontal no seu site do
bufê.

Sua raiva
retornou, acrescida de uma pequena irritação, só porque Alfonso parecia tão bem
e tão bonito. Se ele não fosse assim tão atraente, nenhum desses confusos
sentimentos a perturbaria, e o relacionamento deles continuaria para sempre em
bases sólidas e duradouras.

Alfonso
parecia confuso.

- Será que
estou sonhando?

- Não, você
não está sonhando, eu estou aqui em carne e osso. - E Anahí soube também que
não sonhava, caso contrário ele estaria avançando sobre ela, como um gato
avançando em um prato de atum.

Os belos olhos
cor de chocolate de Alfonso a percorreram, afiados, enquanto o sono regredia e
ele acordava.

- Que coisa
estranha... É precisamente como acontece nos meu sonho... no meu sonho erótico
que ultimamente tem se repetido... Eu abro a porta e dou com você parada. ...
Só que você está usando um minúsculo biquíni, um daqueles que costumava usar na
praia, em Key West, e sandálias de salto alto.

Anahí ficou
boquiaberta. Alfonso estaria falando sério? Sonhando com ela? Um sonho erótico?
Claro que ele não falava sério. Aquela era mais uma de suas brincadeiras, algo
que costumava fazer sempre.

Amigos não
tinham sonhos eróticos um com o outro.

Na realidade,
muitas das brincadeiras dele eram sensuais por natureza, mas até recentemente,
ela nunca notara isso. Porém aquela brincadeira de agora teve o efeito de uma
explosão. Anahí sentou o suor escorrer em lugares nada agradáveis.

Ela tentou
sorrir e forçou uma risada.

- A mim mais
parece um pesadelo.

Alfonso
balançou a cabeça, seu sorriso lento e sensual deixando-o ainda mais bonito, se
é que era possível.

- Posso lhe
garantir que não é o modo como o sonho costuma terminar.

Anahí rolou os
olhos, tentando disfarçar o constrangimento. Aquilo não tinha a menor graça.
Queria que ele parasse de brincar e falasse sério.

- Os sonhos,
em geral, são melhores que a realidade. Sabia disso?

Ele riu.
Estendeu a mão e arrepiou o topo dos cabelos de Anahí, como se ela fosse seu terrier favorito.

- Senti sua
falta ultimamente - confessou Alfonso - Por onde você tem andado?

No trabalho,
longe, bem longe dele e daquele seu sorriso letal. A distância, Anahí podia
fingir que seus sentimentos tumultuados eram o resultado de ela estar sem
namorado havia dois anos. Embora intimamente soubesse que desenvolvera uma
inexplicável e grande paixão por seu melhor amigo.

- Os negócios
estão uma loucura... Você sabe, como sempre acontece nesta época do ano. -
Passou por Alfonso ao entra no apartamento.

Ele deu uma
risadinha, afastando o cabelo do rosto enquanto a seguia.

- Então, se
você não veio até aqui para transformar meu sonho erótico e recorrente em
realidade, o que posso fazer para ajudá-la? - Alfonso sorriu. - Para o caso de
estar preocupada por haver me acordado, saiba que não tem problema. Não fui
dormir tarde a noite passada. Na verdade, não saí. Fiquei em casa. Sozinho.

Anahí escondeu
uma careta atrás da mão, fingindo afastar o cabelo da testa. Minha nossa. Ela
nem sequer parara para pensar no fato de Alfonso não atender ao telefone por
estar acompanhado. Após ter dado aquela mesa mancada no passado, e por duas
vezes, estava grata por ter sido poupada de mais aquele embaraço.

Não que
ultimamente ela o imaginasse na companhia de alguma mulher. Na realidade, fazia
meses que ele mencionara estar saindo com alguém. Que desperdício. Mesmo ciente
de que era egoísmo de sua parte alegrar-se por Alfonso estar sozinho, Anahí não
pôde evitar que isso acontecesse.

Deu de ombros.

- Quanto a
isso, confesso que não estava preocupada... Eu realmente precisava vê-lo. É uma
emergência.

- Sentindo
tanta falta de mim assim? - ele brincou.

Ah, se Alfonso
soubesse... Anahí girou para ficar frente a frente com ele, as mãos nos
quadris.

- Não diga
bobagem, Alfonso. Vim procurá-lo porque sou mais uma vítima dos hackers. Eles invadiram o meu site- explicou, a voz estrangulada. - Dá
para acreditar?

Os cantos da
boca de Alfonso ergueram-se num sorriso esmagador.

- Isso está me
parecendo um problema pessoal, Pimentinha.

A diversão na
voz dele não a aborreceu, tanto quanto o apelido tolo que usou referindo-se a
ela, sem fazer idéia de quanto aquilo a afetava. Havia quase dez anos Alfonso a
chamava de Pimentinha, mas agora, inexplicavelmente, ouvi-lo chamá-la pelo
apelido mexeu com seus hormônios.

- Estou
falando sério. - Anahí fez força para expulsar da mente a imagem do Cupido
entre suas pernas. - O site do bufê
na internet foi invadido pelos hackers,
e eu preciso que você dê um jeito nele antes que os clientes vejam aquele
horror.

Alfonso sentou
no sofá com as pernas esparramadas.

- O que eles
aprontaram com você? - perguntou.

Anahí começou
a caminhar de um lado para outro no quarto. Limpou a garganta.

- Bem, é
difícil explicar...

Ele afastou o
cabelo revolto para trás do rosto e a fitou.

- Nos meus
sonhos, esta é a parte quando você se aproxima de mim e fica parada na minha
frente. Eu então puxo as alças do sutiã do seu biquíni...

Alfonso falava
baixinho, era todo charme, enquanto ela caminhava em sua direção;

Ele não
acharia tão engraçado se soubesse quanto suas palavras a perturbavam. O mais
provável era que saísse correndo e pulasse pela janela para se ver bem longe
dela.

Anahí clareou
a garganta, a fim de dar ênfase ao que diria a seguir, ignorando o modo como o
tecido da parte da frente do short de pugilista, meio levantado, deixava ver um
relance do fabuloso sexo de Alfonso. Um movimento em falso daquela parte dele,
e ela estaria vendo muito mais do que um relance.

Lançou-lhe um
sorriso que esperava parecer casual.

- Pois
desfrute bem do sonho, pois lhe garanto que o que existe sob aquelas alças é
muito melhor na ficção do que na realidade.

Alfonso bateu
levemente no assento do sofá, convidando-a a juntar-se a ele, mas Anahí o
ignorou. Manter-se de pé era muito mais seguro.

Então, Alfonso
disse:

- Eu não gosto
do modo como você se desfaz de si mesma e do seu corpo... - Alfonso mexeu com
as sobrancelhas, para cima e para baixo. - Caso alguém tenha lhe dito isso,
saiba que você tem um corpo capaz de deixar um homem de quatro, meu anjo.

Aquilo chegou
perto do que ela queria ouvir, embora ainda a quilômetros de distância.

- Ainda bem
que pelo menos você acha isso.... Eu nunca fui indicada para pisar na Calçada
da Fama como sendo a possuidora do Mias Belo Corpo da América - Anahí brincou,
e ,em seguida, se arrependeu de ter dito aquilo. Não deveria estender aquele
assunto constrangedor a respeito de seu corpo.

Alfonso deu
uma gargalhada. Abriu os braços, descansando-os atrás do encosto do sofá. Então
encolheu os ombros, ainda rindo, seu peito largo constituindo uma atraente
distração para Anahí. Ela se sentiu como uma virgem num show de striptease masculino.

Então ele
arruinou o momento ao dizer:

- Isso é
porque o comitê de nomeação não pode vê-la como está agora. Minha nossa! Isso
tudo é por causa do calor ou você simplesmente está feliz por me ver?

Considerando o
fato de estarem no verão e de não haver um aparelho de ar condicionado no
apartamento, Alfonso só poderia supor uma coisa.

- Muito
engraçado. - Lutando contra o desejo de esconder com os braços seus malditos
mamilos empinados, Anahí caminhou na direção do quarto, onde ele mantinha um
computador. - Eu queria poder dizer que prefiro manter meus seios longe da
conversa, mas, infelizmente, eles logo voltarão à baila quando você vir o meu site na internet.

Não que ela
estivesse com ciúme daqueles seios enormes que o hacker colara logo abaixo de seu queixo. Mais pareciam dois melões,
de tão volumosos. Está bem, Anahí estava com ciúmes, mas só um pouquinho.

Estremeceu ao
entrar no quarto. A cama não fora arrumada. Olhar para aqueles lençóis
amarrotados e ainda quentes a fez corar. E ficar desejosa.

Alfonso
bocejou ao parar perto de Anahí. Era bom ver que a situação toda o afetava
tanto quanto a ela, pensou irônica.

Fez força para
se afastar daquela cama e caminhou em direção à área reservada ao computador.
Pelo menos um terço do quarto fora tomado por todo tipo de equipamento,
impressoras, fios e mais fios e toda a parafernália que Anahí não sabia como
chamar.

- Você não
quer me adiantar? Qual é exatamente o problema?

- Você já vai
ver o horror que fizeram com o meu site.

- Bem, não
pode ser tão grave. Eu mesmo o projetei e, como você sabe, todos os siteshackers - Alfonso sentou-se à escrivaninha e ligou o computador. programados por mim sã totalmente
protegidos contra a invasão e a ação dos

SÓ UMA PERGUNTA? PARO OU CONTINUO?

QUERO COMENTÁRIOS OK, DE PREFERENCIAS MUITOS COMENTÁRIOS.