Fanfic: Muito Amigos!!! (terminada)

muito muito obrigado a todos que estão me acompanhando aqui nessa web, por isso dedico esses capitulos a minhas leitoras que não me abandonam em lugar nenhuma, amo vcs, de coração, e continuem comentando.

Anahí se
aproximou e parou atrás dele, tendo o cuidado de manter uma distância segura
entre ambos. Abraçou a si mesma, como se tentasse se proteger da imagem que a
qualquer instante surgiria na tela do computador.

Não estava bem
segura se o alívio de saber que Alfonso consertaria o estrago valeria sua
grande humilhação, corava embaraçada só de pensar nele vendo aquilo.

Suspirou
resignada. Ou era Alfonso, ou potencialmente centenas de seus clientes, ou
ainda, o restante do mundo.

Fechou os
olhos e engoliu em seco, enquanto esperava ouvir a risada divertida dele
irromper no aposento.

Mas que diabo!

Alfonso ficou
estupefato diante daquela imagem no site do
bufê, da sorridente Anahí, inteiramente nua da cabeça aos dedos dos pés.

Anahí tinha
razão. Ela fora vítima daquela praga dos hackers.

Alguns
programas, apelidados de Cavalo de Tróia, possibilitam que hackers monitorem à distância tudo o que acontece em computadores
alheios. Dessa maneira, obtêm informações como senhas de banco, números de
cartão de crédito e outros dados, que podem ser utilizados para aplicar golpes
financeiros em seu nome ou tirar dinheiro de sua conta bancária.

Anahí
precisava ir ao banco e trocar sua senha.

- Aqueles
canalhas! - ela protestou.

- Bastardos! -
exclamou Alfonso. Anahí pousou as mãos em seus ombros. Se ele não estivesse tão
indignado, poderia desfrutar aquele pequeno contato de pele-contra-pele, mas
naquele momento estava por demais furioso para apreciar o contato. - Isso é um
verdadeiro balde de água fria. Não posso acreditar que eles conseguiram
atravessar minhas barreiras à prova de fogo. Esse site é à prova de hackers!.

Anahí enterrou
levemente as unhas nos ombros largos. Alfonso estremeceu e afastou-se um pouco
dela.

- O problema
não é esse, Poncho. O problema sou eu, nua no site.

Minha nossa,
era verdade. O feio vestido marrom de Anahí havia desaparecido, e seu sorriso,
seu ar profissional eram agora sugestivos.

Gostou do sorriso
dela. Se apenas conseguisse que Anahí sorrisse para ele daquele modo, em vez do
eterno sorriso amigável que ela reservava para ele...

- Eu não creio
que eles pegaram seu melhor lado. Pimentinha - disse Alfonso, quando recobrou o
dom da fala.

Anahí deu um
tapinha confortador em seu ombro.

- Essa não sou
eu, esqueceu? Esse corpo não tem nada a ver com o meu.

- Eu sei
disso.

Será que ela o
julgava um tolo imbecil?

Ele conhecia
cada centímetro do seu corpo, do cabelo loiro deslumbrante aos dedos dos pés
delicados, e tudo mais que havia entre eles.

Virou-se para
observá-la. Anahí não mudara muito durante todos aqueles anos que eram amigos.
Atualmente, seu cabelo estava um pouco mais curto, quase na altura dos ombros.
E as roupas que agora ela usava, claro, mudaram de estilo e de cores mas ainda
assim ela continuava a ser a mesma Anahí.

Sua melhor
amiga. Uma que havia muito tempo ele desejava que fosse mais que isso. Alfonso
nunca a vira despida, porém fizera um estudo dela sem roupas e podia afirmar
que conhecia cada curva do seu corpo delicioso.

Houve algumas
ocasiões nas quais Anahí realmente não estava usando tantas roupas perto dele,
como nas vezes em que estiveram na praia, ou na piscina, e nas vezes em que ela
veio abris-lhe a porta de pijama, e sem sutiã.

Com aqueles
dados armazenados no seu banco de memória, não era de admirar que ele tivesse
passado a ter aqueles sonhos eróticos com ela.

Anahí hoje
estava um pouco pálida, mas isso poderia Sr devido o fato de ela estar olhando
para a própria cabeça sobre um corpo que não era o seu. Alfonso tentou
adivinhar quanto ela ficaria pálida se ele lhe confessasse que desejava que
eles fosse mais do que amigos. Muito mais.

Não que ele
tivesse intenção de confessar-lhe isso. Seria uma forma suicida de arruinar a
melhor amizade que já tivera.

Algumas vezes,
Alfonso não pudera se controlar e, bruscamente, fizera comentários que foram
por demais reveladores, como o sonho recorrente que estava tendo. Anahí, porém,
sempre assumira que fosse brincadeira. Ou preferia acreditar que fosse
brincadeira.

- Claro. Eu
sei que não é você. Seu corpo não se parece em nado com esse. - O corpo de Anahí
era perfeito. Seios que se ajustavam perfeitamente nas suas mãos, cintura
estreita, coxas firmes e macias, e um traseiro capaz de parar o trânsito.

Não que ele
estivesse assim tão ligado no corpo dela... E a protuberância que ele acabava
de notar no próprio short de pugilista era mera coincidência. Uma ereção
matutina, vinte minutos atrasada.

- Você não
sabe como o meu corpo se parece - Anahí comentou, em tom chocado, como se ele
tivesse admitido já tê-la espiado no banho, pelo buraco da fechadura.

- Como não? Eu
a vi usando biquíni e isso dá uma boa idéia, e posso afirmar com certeza que
esse corpo que está aí não é o seu. - Aquele corpo com peitos enormes e pernas
esqueléticas não lhe dizia nada, enquanto o de Anahí o fazia querer cair de
joelhos e implorar.

Alfonso se
virou, tentando com todo o empenho não olhar para os seios dela. Mas falhou e
estremeceu diante dos mamilos sobressaindo debaixo da blusa, seu peito erguendo
e abaixando em indignação. Se ela fizesse alguma idéia da tortura que ele
precisava suportar em nome da amizade...

Totalmente
inocente e alheia aos pensamentos lascivos de Alfonso, Anahí suspirou.

- Meu ou de
outra pessoa, não importa de quem seja esse corpo. O que eu quero saber é se
você pode consertar isso. Quero o meu site do jeito que era antes.

Alfonso
afastou os olhos dos seios firmes. Com supremo esforço, ele tornou a olhar para
a tela e analisou a imagem mais detalhadamente. Foi então que avistou a pequena
figura entre as pernas de Anahí. Ou pernas de seja lá quem for.

- Minha nossa,
Anahí, essa é a marca registrada dos Três Comandos, famosos hackers, uma verdadeira lenda on-line.

- Como você pode afirmar isso?

- Porque eles
sempre colocam uma figura no trabalho que fazem. São querubins ou demônios,
normalmente usando o céu e o inferno como tema. E veja. Há um C em cada asa, e
um no arco. Os Três Cês.

Alfonso estava
entusiasmado, apesar das circunstâncias. Por fim tinha a chance de derrotar a
gangue dos Três Comandos e ver se estava apto a restaura o site de Anahí a seu estado pré hackers.

Desde que se
sentira desgastado com o trabalho que fazia com desenvolvimento de software, três anos antes, ele passara a
trabalhar com consultoria. Menos tensão, mais dinheiro e mais tempo livre para
relaxar e jogar beisebol. Porém Alfonso começava a sentir a falta de um desafio
como esse, o desafio do computador, entender seu funcionamento interior e como
o homem o manipulava.

Os Três
Comandos lhe lançaram um desafio: entender como eles haviam conseguido invadir
o site que ele criara para Anahí.
Isso exigiria de Alfonso capacidade mental suficiente para expulsar Anahí dos
pensamentos, por uma ou duas horas.

- Por que será
que eles me escolheram como vítima? Você tem alguma idéia? - ela quis saber,
obviamente nem um pouco interessada no misterioso interior de um computados e
seu funcionamento.

- Tem certeza
de que não serviu peixe ruim a nenhum deles?

- Certeza
absoluta. Você devia saber que o meu bufê é de primeira classe e que eu não
sirvo nada ruim a ninguém.

Alfonso jamais
duvidara disso. No que dizia respeito ao bufê, Anahí fazia questão de
supervisionar tudo pessoalmente, a começar pelas compras até os uniformes dos
funcionários. Apesar do horror de Anahí, ele sorriu para a tela, apreciando
bastante o trabalho dos Três Comandos. Eles tinham estilo, era obrigado a
admitir.

- Oh, meu
anjo, seja o que for que você fez, ganhou um querubim lhe apontando uma flecha.

Ela sentiu o
rosto arder. Suas faces se tornaram cor-de-rosa.

- Eu nada diz
contra eles, e nem sequer sabia da existência desse bando de desocupados. Além
disso, essa não sou eu - Anahí insistiu, obstinada.

- Eu sei que
não é, e nós já discutimos isso. Darei um jeito no seu site, confie em mim.

De repente,
sem mais sem menos, a imagem dela, usando nada mais além de calcinhas, surgiu
em sua frente. Sentiu uma dor na virilha e mudou de posição na cadeira,
esperando que Anahí não abaixasse os olhos para o seu colo. A situação em que
ele se encontrava poderia ser difícil de explicar.