Fanfic: Do fundo da Escuridão

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Christopher
e seu tio, foram até o buffet e serviram-se, enchendo todo o prato.
A fome estava batendo feio. Após servirem-se, eles vão para sua
mesa e tomam seu café tranqüilamente, sem mencionarem o nome, ou
algo relacionado a Dulce.
Quando eles terminaram a refeição
Christopher, estava ansioso, coisa que seu tio não deixou de
perceber.
-acalma-se, homem! Você vai conhecê-la agora! Vou te
levar até ela!
-mas ainda não é muito cedo? Trocou toda a ordem
da frase
- é sim! Mas Dulce sempre levanta cedo! Portanto já
deve estar acordada!
-espero que sim, pois não quero acordá-la!
– apesar de estar ansioso para poder conversar com Dulce,
Christopher queria o bem estar dela
Os dois retiram-se do
restaurante e foram dirigindo-se para o quarto de Dulce. O estômago
de Christopher dava muitas reviravoltas. E se ela não gostasse dele?
Se ela não quisesse ajudá-lo? Se não aceitasse seu destino? Eram
tantas dúvidas e tantas preocupações, que estava muito nervoso e
isso raramente acontecia. -Dulce! Está acordada? – perguntou
Willian enquanto batia na porta
-estou sim, diretor, já estou
indo! Espera só um minutinho – berrou enquanto ia para o
banheiro
Dulce levou mais ou menos um minuto e meio para escovar
seus dentes, tirar seu pijama e botar uma roupa normal. Para uma
mulher, ela foi rápida no gatilho.
Enquanto Christopher esperava
ela abrir a porta, seu estomago não parava de revirar. Seu coração
estava na boca e suas mãos estavam completamente suadas.
-Ucker,
se acalme pelo amor Deus- sussurrou para que Dulce não ouvisse –
se não você vai ter um infarto!
-eu estou muito nervoso, tio!
Não é do meu feitio ficar assim, mas infelizmente hoje eu estou
assim!
-se você não se acalmar agora, eu vou cancelar tudo
e...
-não, tio! Pelo amor de Deus! Não faça isso! Eu vou ficar
calminho, calminho! – tentando se acalmar
Dulce abriu a porta
naquele momento e tomou um enorme susto ao ver o diretor ao lado de
Christopher. Que será que ele estaria fazendo ali? Será que ele
viera criticar o péssimo desempenho dela? -Dulce! Será que podemos
entrar? – perguntou Willian
-entrem! Só não reparem na
bagunça!- pediu
-Dulce, não tem bagunça nenhuma aqui! E mesmo
se tivesse, nós não repararíamos!
-a que devo a honra da
visita?- ela estava curiosa
-Dul! O meu sobrinho Christopher
deseja falar com você! Se importa?
-claro que não, diretor! Eu
não me importo! Pode falar, Christopher!- virou-se para ele
- com
licença, então! Vou deixá-los a sós! Dirigiu-se a porta
-mas,
diretor? –dirigiu-se ao senhor Willian
-sim, Dul?- virou-se para
ela
-não precisa sair!
-preciso sim, Dul! Eu tenho vários
compromissos a cumprir! E assim também não atrapalharei a conversa
de vocês!
-está bem diretor! Tchau- acenou para ele
-tchau,
tio!
-tchau, Ucker! Tchau, Dul!
O senhor Willian retirou-se dos
aposentos de Dulce, deixando os dois a sós. -que deseja,
Christopher?- gaguejou um pouco
-não precisa ficar nervosa,
Dulce! Eu não irei te morder, prometo!
-eu sei que o senhor não
irá me morder! Alias o senhor não irá morder ninguém, mas é que
eu não entendo sua visita! E isso me deixa assustada!
-então se
acalma!
Christopher estava mais tranqüilo, agora que estava com
ela, sabia que conseguiria, o otimismo estava batendo forte.
Ao
ver Dulce tão receoso e com medo, Christopher ficou com vontade de
apertá-la em seus braços e confortá-la, mas sabia que se fizesse
isso, ela fugiria.
-eu não consigo!- Dulce começou a
tremer
Christopher não agüentou seu impulso, foi até ela e
abraçou.
-calma, Dul! Ninguém vai te fazer nada de mal! –
fazendo carinho nela
-eu sei que não! Mas tenho medo de fazer mal
as outras pessoas! Mesmo eu não querendo, eu sempre faço- uma
lágrima escorreu pelo rosto de Dulce
Dulce não sabia porque
estava contando para ele tudo aquilo. Ela não se abria com ninguém,
mas estava sentindo-se tão bem nos braços dele, que as palavras
escapavam de sua boca.
-desculpe-me, eu não deveria ter dito
isso! Esqueça!- começou a sair dos braços de Christopher
-não,
Dul! Não fuja de mim! – puxou-a de volta para seus braços – eu
sei o que você sente! Sei que tem medo de magoar as pessoas, de
fazer mal a elas, e é isso que você não quer! Eu sei e te entendo,
por isso, por favor, me deixe ajudá-la! Eu sei uma forma de você
não fazer as pessoas sofrerem! Eu sei como curar isso! Como limpar
sua alma! –Christopher falou pausadamente procurando as palavras
certas