Fanfic: Tú, solo tú ♥

Christopher:Christopher: Você está com fome?
Dulce: Nem um pouco.
Christopher: Então eu gostaria sim de alguns chocolates... – trocou um sorriso com ela, que levantou em seguida para pegar o que prometera.

Ele,
enquanto esperava, levantou-se também e ligou a TV, colocando-a num
volume baixo. Pegou as frutas e dois refrigerantes, colocando-os na
cama e esperou-a retornar. Desligou o celular e esticou o lençol e a
coberta, que se encontravam abarrotados, e sorriu quando ela retornou
com um saco cheio de doces.

Christopher: Alguns doces ou
uma loja de doce inteira? – ela gargalhou e jogou o saco sobre ele, com
uma sobrancelha erguida e um sorriso nos lábios.
Dulce: Nunca
se sabe quando vai ter fome, por isso levo um pouco demais por
precaução! – o viu colocando os doces ao lado e abrindo o saco.
Christopher: Por precaução ou por gula? – provocou-a e logo sentiu o corpo dela sob o seu novamente, deliciando-se com aquele contato.
Dulce: Não gosta de coisas doces, cielo? – ela piscava os olhos incrivelmente
amendoados lentamente, vendo como os olhos dele se transformavam em
negros e um sorriso maravilhoso brotava de seus lábios.
Christopher: Não sabe o quanto... – ela lhe deu um curto beijo na boca e se pôs
sentada ao seu lado. Christopher levou a cabeça ao colo dela, sendo
recebido com um beijo na ponta do nariz e afagos no cabelo.

Ele
estava entretido com os doces e outras comidas, enquanto Dulce assistia
ao filme que passava na TV, sem parar de acariciá-lo. Quando ele se
levantou para ir ao banheiro, Dulce parou para pensar um pouco. Estava
cansada do dia que tiveram, e suspirou ao lembrar-se de tudo o que
tinham passado pela última vez... Coletiva de imprensa de
manhã, comentando sobre o final da banda. Seção de fotos no horário do
almoço. Ensaio de tarde. Show de noite... Percebe... Percebe que entre nós... Há alguma
coisa... Dulce? – mordeu o lábio dela, mas sem quebrar a conexão dos
olhares, movimentando-se mais uma vez – Percebe? – e ela afrouxou em
seus braços, atingindo o seu clímax.
Dulce: Percebo... –
falou, pousando as mãos no rosto dele e beijando-lhe – Sim, eu
percebo... – e notando que ele atingira também o extremo, sorriu,
rendida a tudo que ocorrera ali.

Depois que retomaram a
consciência, tomaram um banho juntos entre sorrisos e mais alguns
beijos. Dulce insistira em dormir no seu quarto, mas Christopher não
deixara, falando que queria passar o resto da noite com ela. Dulce
sabia que não conseguiria resistir aos pedidos dele, ainda mais depois
de tudo que haviam passado juntos naquela noite. Ajeitou-se correndo em
seu quarto, colocando novamente a blusa e o short que ele havia
retirado, penteando o cabelo em um coque, calçando um par de meias e
escovando os dentes. Assim que voltou ao quarto dele, viu que ele
estava com o telefone na mão, mas sem discar nenhum numero, e, sem
entender, sentou-se na cama ao lado dele e mirou-o.

Dulce: O que te passa? – perguntou entre um sorriso ao vê-lo tão pensativo.
Christopher: Estou com fome, mas não posso ligar pedindo comida.
Dulce: E porque não? – ajeitou-se atrás dele, ajoelhada outra vez sob a cama, iniciando uma massagem.
Christopher: Não é nada... – falou rapidamente. Sabia que se contasse que tinha
ligado mais cedo para pedir à chave que abriria a porta entre os dois
quartos, Dulce ficaria revoltada com ele, pela falta de tato – Mas já
está tarde... – pegou as mãos dela e beijou-as, sorrindo – Encomendei
um sanduíche natural e algumas frutas mais cedo, acho que me contento
com elas...
Dulce: Tenho alguns chocolates e bolachas em minha bolsa, se você quiser... – ela abraçou-lhe por trás e colou suas bochechas.

Bom, pelo menos agora teria um pouco de tempo para si mesma. Teria
tempo para as gravações de sua novela nova, Verano de Amor, e teria
tempo para terminar alguns rascunhos que tinha começado...
Parou de pensar assim que aquela palavra começou a martelar em sua cabeça.
Verano. Verano. Verano... O que aquilo queria dizer?

Dulce: Ai meu Deus! – ela exclamou ao perceber o que, ou melhor, quem, se esquecera.

Pablo! Era claro! Como pudera esquecer-se do próprio namorado?
Como poderia ter resistido aos encantos de Christopher quando tinha
outro homem esperando-a? Onde estava com a cabeça? Nunca fora de
traições, ainda mais quando tinha vivido algumas em sua própria carne,
porém estava pagando a língua ao notar que tinha traído Pablo igual, ou
até pior, do que um dia teria sido.
Ela se colocou de pé
imediatamente e, sem olhar para trás, saiu do quarto, sem dar
explicações para Christopher, sem nem ao menos dar boa noite. Bateu a
porta da divisória e, tremendo compulsivamente, pegou um pedaço de
papel qualquer e rabiscou o que pensava que poderia magoá-lo, de tal
maneira, para que nunca mais quisesse algo com ela...