Fanfic: Tú, solo tú ♥

Cláudia Lendo outra vez esse jornal?

A
irmã de Dulce entrou no quarto da irmã com total liberdade, abrindo a
cortina e a janela do quarto, e revirando os olhos ao ver como Dulce se
encolhia nas colchas, evitando a claridade.

Cláudia Se eu soubesse que esse grupo iria lhe fazer tanta falta, teria dando uns bons tabefes em Pedro por resolver terminar..
Dulce: Não foi culpa do Pedro... – ela murmurou, tampando o rosto com o travesseiro e escondendo o pedaço de papel da visão da irmã.
Cláudia Então pare de se corroer por dentro e levante, Dulce! Mamãe ligou
milhares de vezes para perguntar como você está! Desde que você foi
internada outra vez com anemia, ela não para de encher a minha orelha!
Dulce: Hey, desculpe se eu tenho resistência baixa e se fui para o Hospital!
Vou contar um pequeno segredo: Eu não queria ter resistência baixa,
muito menos ir para o Hospital! Também não pedi para você ser a minha
babá, como você sabe que não irei lhe pagar por isso, então se você
está cansada de mamãe “enchendo a sua orelha”, posso me levantar e
apresentá-la a porta, que tal?
Cláudia Orale, olha como me
trata, Dulce, porque se não amanhã mesmo irei ao La Oreja e levo suas
fotos de crianças totalmente constrangedoras comigo! – ela riu, como se
quisesse se mostrar vitoriosa – E se estou aqui, é porque sou sua irmã,
amo você, e estou preocupada que você está beirando os trinta e não tem
nenhum homem para fazer o que estou fazendo por você agora!
Dulce: Ay caray! – ela se levantou da cama, correndo para o banheiro e
fechando a porta com força – Estou percebendo uma coisa… - ela abriu a
porta logo em seguida, com a escova de dente em sua boca – Nenhum homem
presta. Nenhum.
Claudia: Você me disse isso depois que terminou com Daniel, com Poncho, com Memo, com Pablo, com Stephano, com Luis...

Dulce: Porque nenhum deles prestavam! Simples assim. Daniel era
um idiota, amor de infância. Poncho foi um desgraçado que me colocou
chifres, e por mais que eu ainda possua carinho por ele graças ao RBD,
chifre bem botado como os que ele me deu não se esquece nem na outra
vida! Memo foi um chiste, não sei o porquê fiquei com ele. Talvez
carência, ou a minha eterna queda por jogadores de futebol. Pablo a
explicação mais lógica é que ele parecia ser o meu refúgio. Não tinha
nada que o envolvesse com o RBD e ele parecia ser boa pessoa, até meter
uma estaca pelas minhas costas e me usar como se eu fosse uma cueca em
liquidação! – Claudia prendeu a risada e a outra continuou - Stephano
me trocou por um homem, não preciso dizer o quão traumatizada estou.
Luis tinha ciúmes até do cachorro da minha vizinha, e vivia me cercando
24 horas, sem me deixar nem respirar direito... E ai está à prova de
que todos estão completos idiotas de marca maior!

Ela voltou a
se trancar mais uma vez no banheiro, enquanto Claudia se decidia se
falava ou não o que queria. Ela criou coragem, abriu a porta devagar e
se apoiou na mesma, olhando a irmã prendendo os cabelos – da cor
natural no momento – em um rabo de cavalo e logo depois, passando o fio
dental.

Claudia: Ô mana e o que se sucedeu com... Hum...
– limpou a garganta. – Quer dizer, nessa lista toda de “idiotas de
marca maior”, o Christopher se encaixa?

Dulce ficou estática,
olhando através do espelho a imagem da irmã, que se mostrava acanhada
ao realizar tal pergunta. O corpo de Dulce fraquejou, e ela precisou se
obrigar a afastar as lágrimas que gostariam de descer para não se
mostrar fraca diante da irmã.

Claudia: Vi em uma revista
de fofoca, daquelas que você sempre costuma estar, que o Christopher
terminou o noivado com aquela atrizinha de quinta... Qual era o nome
dela? Veruska? Alaíde?
Dulce: Monique Terraz... – ela falou devagar.

Claudia: Ah, sim, essa mesma! Ela que concorreu ao prêmio de melhor atriz nos prêmios Juventud com você ano passado, não é mesmo?
Dulce: Sim.
Claudia: Foi uma pena você não ter ido e terem que colocar um representando para
pegar o seu prêmio... Queria tanto vê-la esfregando na cara da de
quinta...
Dulce: Ela é uma boa atriz, Clau.
Claudia: Só que é feia que dói a alma! – fez uma careta, fazendo a irmã rir – Se
eu fosse o Christopher, zás, teria passado a perna naquela loira aguada
faz tempo!
Dulce: Olha o linguajar! Mamãe ficaria desapontada...
Claudia: Olha quem fala, senhorita boca suja! Acha que nunca a vi bêbada,
xingando Deus e o mundo? Basta uns quatro copos de tequila e amonos,
Dulce vira fera!
Dulce: Como é besta! – riu das trapalhadas da irmã e ficou em silêncio, agradecida por ela ter esquecido o rumo da conversa.
Claudia: Sabe, Dul, meu marido deve odiá-la profundamente... Você me tira do conforto dos braços dele tem quase duas semanas!
Dulce: Já disse que posso apresentá-la a minha amiga porta.
Claudia: Já disse que você é insuportável. Só porque nasceu por último, acha que
é a rainha das vaidades? Guey, cuidado meu amor, se quando eu era
pequena conseguia arrancar um tufo dos seus cabelos, hoje consigo muito
mais...
Dulce: Você não me bota medo mais, Clau, desista... –
ela riu – Mas falando sério agora, pode ir para casa. Me sinto bem mais
disposta, olha só! – deu uma voltinha – Até me levantei, contra
vontade, para escovar os dentes e tudo mais! Sou uma mulher nova!
Claudia: Não, querida, você está para ser uma mulher velha e solteira daqui a pouco!
Dulce: Você me trata como se eu estivesse beirando os setenta!
Claudia: E daqui a pouco vai ter, Dul! O tempo passa assim, óóó! – estralou os dedos – Piscou, passou!

Dulce: Pode deixar que eu não irei morrer solteira, Clau, só que
para isso tenho que encontrar um homem que não queira fazer parte da
lista dos idiotas...
Claudia: Bem... – ela disse enquanto se
dirigia a porta do quarto. – Não sei se você percebeu as minhas leves
indiretas, hermana, mas se a lembrei da existência de um belo homem
chamado Christopher, ao qual você já deu uns agarras e esta solteiro,
não foi por coincidência... Pense nisso.

E quando saiu,
deixando Dulce sozinha, não notou o quanto tinha deixado a irmã
intrigada com aquelas palavras. Claudia não sabia a história inteira,
não sabia os detalhes íntimos, os momentos que eles tinham tido...
Sabia de alguns beijos, algumas coisas bobas, mas o mais quente, Dulce
sempre deixara passar.
Christopher. Como será que ele
estaria? E Maite? Anahí? Alfonso? Por onde será que andariam? Desde o
casamento de Anahí, nunca mais a vira. Sabia que tinha tido uma filha
que ironicamente apelidara de Mia. Maite, depois do término da novela
que produzia na época e a mesma que Dulce não conseguia relembrar o
nome, voltara a participar de peças de teatro e pelo que Pedro lhe
contara, ela estava para assinar novamente um contrato com a Televisa.
Poncho se dedicara ao cinema, tanto que recebera não há muito tempo, um
convite para uma estréia de algum filme do amigo, porém, não foi... E
Christian era o único ao qual continuava sempre falando, afinal, era o
seu melhor amigo na época de RBD e não seria fácil perder o contato, já
que ambos estavam protagonizando a mesma novela.