Fanfics Brasil - Capítulo 26 Tú, solo tú ♥

Fanfic: Tú, solo tú ♥


Capítulo: Capítulo 26

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Es dificil estar de pie con tantas golpes que da la vida, pero el
recuerdo de tu amor me da la fuerza para enfrentar la vida y sonreir
entre lagrimas una vez más.


Na realidade, Dulce não era tão
espiritual quanto à amiga. Gostava muito de coisas místicas e exóticas,
mas nem sempre acreditava no que lhe falavam. Por um momento, enquanto
ainda estava perdida em pensamentos e a observar o continuo sorriso de
Christopher, lembrou de uma frase que lhe marcara muito e que lera em
um livro. O autor era brasileiro. Paulo Coelho. Gostava dele. O livro
“Vida” acabara por ser o mais interessante que lera e algumas frases
daquele mesmo autor se mesclaram com o sorriso em sua frente,
deixando-a afundada em pensamentos.

Todos os dias Deus nos dá
um momento em que é possível mudar tudo que nos deixa infelizes. O
instante mágico é o momento em que um `sim` ou um `não` pode mudar toda
a nossa existência.


Talvez aquele fosse o seu momento para mudar tudo.
Tinha
muito que mudar, muito mesmo. Talvez Christopher se dispusesse a
ajudar. Claro, ela não sabia se a resposta para uma pergunta tão
absurda e sem nexo seria ‘sim’ ou ‘não’, e também não sabia como
elaborar a pergunta, muito menos o porquê de querer perguntar, contudo
ela tinha certeza que se ele continuasse a sorrir daquele jeito para
ela pelo menos por algum tempo, ele conseguiria sim mudar toda a sua existência.

Mas a verdadeira pergunta era: O que ele fazia com ela?

Como
ele conseguia? De onde ele tirava tantos galanteios silenciosos para
tomar-lhe o ar? Como, por Deus, ele conseguia deixá-la daquele jeito?

Como?

Christopher: Segue com a cabeça no doce mundo de Dulce – ele deu uma risada leve – Você não muda.
Dulce: Ah – estremeceu, percebendo que estava fazendo papel de boba em não
falar nada – Me desculpe. Estava me perguntando sobre o que poderíamos
falar. – mentiu.
Christopher: Que tal sobre isto?


E, em silêncio, retirou um papel em perfeitas condições do bolso, fazendo de cara Dulce perceber o que era.

O bilhete.

Dulce
engasgou com a própria saliva ao ver o impecável papel sendo exposto
sobre a mesa. Recolheu logo entre os dedos, olhando para os lados para
ver se ninguém observava do que se tratava. Christopher só poderia
estar louco de levar algo daquele tipo ali. Se alguém pegasse...

Christopher: Se alguém encontrar, Dulce, não irá entender. – deu um sorrisinho,
lendo o pensamento dela. – Sem contar que não deixarei ninguém pegar. É meu.
Dulce: Porque o trouxe aqui? – murmurou ainda indisposta para mirá-lo.
Christopher: Não sei. – foi sincero. – Talvez para ver qual seria a sua reação, ou
talvez para acreditar de uma vez por todas que é de verdade... Digo,
que você escreveu mesmo isso.
Dulce: Você sabe que sim. – rumorejou. – Quer dizer, eu acho que sabe.
Christopher: Estou confundindo-a e você está fazendo o mesmo comigo – permaneceu a
sorrir. – Mas queria saber o porque de ter escrito isso, Dulce. Estou
com olheiras por não ter dormido de noite de tanto pensar.

E ela
ergueu a cabeça finalmente para procurar qualquer requisito de olheiras
na face dele. Encontrou. Ralas, mas encontrou. Christopher quase nunca
tivera olheiras fundas iguais as dela depois de uma noite mal dormida.
Sempre eram quase imperceptíveis, ainda mais porque ele vivia de óculos
escuros, por isso ninguém notava quando ele dormia bem ou mal... Porém
ela percebeu que tudo aquilo fora uma desculpa para ela erguer o olhar
assim que ele sorriu de forma suja, balançando a cabeça e dando um
trago na bebida.

Dulce: Eu não sei por que escrevi. –
disfarçou, tentando outra vez encontrar um ponto para se distrair, mas
ele foi mais rápido, segurando o queixo dela entre alguns dedos e
mirando-a diretamente nos olhos, daquela forma que sempre a fazia
entrar em êxtase.


Christopher: Não podemos conversar aqui .– pendeu a cabeça para
o lado, dando a ver algumas câmeras percorrendo o salão. – Quer
conversar lá fora?

Ela nada disse. Pôs-se de pé e pegou uma bebida. Precisaria de álcool. Precisaria de muito, muito, muito álcool.

Foram
andando desapercebidos e indiferentes até a sacada em que a pouco ela
se localizava com Christian. Era mais fresco e mais isolado, sem contar
que as poucas pessoas que haviam ali estavam entretidas em assuntos
paralelos de tal forma que nem viraram a cabeça para verem quem
chegava.
Poderiam ter pelo menos um pouco a mais de privacidade.

Christopher: Quando eu digo que não dormi, eu não dormi mesmo, Dulce. Elaborei
milhares de teorias e explicações para, depois de oito anos, você ter
resolvido me procurar sem mais, nem menos. – ele começou a falar sem
dar a chance de Dulce começar uma “conversa de fuga”, apoiando-se a
mureta e cruzando uma perna. – Procurei entender qual era a relação do
poema com a sua visita inesperada, procurei entender cada detalhe, cada
significado... Não quis pensar demais porque talvez nada do que eu
acabasse concluindo estivesse certo, e juro que tentei dormir. Coloquei
o seu poema a milhares de metros e fechei os olhos, mas a única coisa
que me vinha à cabeça era você.

Fora a vez dele abaixar a mirada.
Suas bochechas ficaram um pouco róseas, pois não sabia como lidar com as palavras, e ela sabia disso.
Era
sempre o mais quieto porque não aprendera como se expressar, enquanto
ela, que sempre tinha uma resposta na ponta da língua, se encontrara
tão calada.
Eles haviam invertido os papéis naquela noite.
Christopher
queria dizer tudo o que há tempos guardara, enquanto ela estava pronta
para escutar... Ou pelo menos achava que estava.


Christopher: Mesmo que eu resista, aí vou com a
corrente do rio que me leva a você. E na primavera está você com o seu
sorriso, com girassóis nos olhos que só em você encontro. E passa o tempo e continua estando você.
– ele recitou docemente as palavras do poema, fazendo-a entreabrir os
olhos assustada e estremecer – E eu tentei dormir de verdade, mas essas
palavras faziam companhia a sua imagem e não paravam de invadir meus
pensamentos.

Christopher se calou. Dulce permaneceu calada.
As
conversas paralelas sumiam aos seus ouvidos e não escutavam nada. Nada.
Nem ao mesmo suas respirações descompassadas, o batido constante de um
dos pés de Christopher no chão demonstrando a falta de jeito ou o ritmo
acelerado de seus corações.
Não escutavam nada. Não falavam nada.
Somente se olhavam... E um olhar às vezes vale mais do que mil palavras.

Christopher: Não precisa me explicar nada, de verdade... Eu só gostaria de saber uma
coisa: – suas palavras saiam tão baixas, iguais a murmúrios, mas o
suficientemente alto para ela escutar e estremecer - Porque Diabos você
segue resistindo, Dulce?

... O instante mágico é o momento em que um `sim` ou um `não` pode mudar toda a nossa existência.

Dulce:
Eu não sei. – ela sussurrou. – Mas estou cansada de fugir, Christopher.
Talvez seja por isso que eu tenha aparecido em sua casa e escrito isso.
Você sabe que eu nunca fui de fazer as coisas sem pensar antes, mas
quando entrei em sua casa, me perguntei o que estava fazendo ali. Não
posso dizer que estou arrependida, porque na verdade, eu não estou.
Escrever um pedaço de um dos meus poemas em um papel para entregar a um
homem, em especial a você, não é algo que eu posso dizer que faria
todos os dias, não é mesmo? – deu um sorrisinho envergonhado – E ainda
mais quando o poema diz tantas verdades.


Christopher: E passa o tempo e continua estando você. – repetiu outra vez um pequeno trecho, sem desviar o olhar do dela – É verdade então, Dulce?
Dulce: O quê? – sentiu o coração parar de bater quando a mão dele pousou sobre a sua.

Um contato ameno, mas que levava à devastação dos seus sentimentos.

Christopher: Que você cansou de resistir?

Âmbar.
Dulce conseguiu lembrar porque gostava tanto dos olhos de Christopher.
Desde
que começara a notar os garotos, em sua adolescência, o que sempre
chamava a sua atenção eram os olhos. Gostava de olhos azuis e verdes,
pois sempre davam um toque exótico ao homem que os possuísse... Porém,
toda vez que mergulhava no castanho de Christopher, se confundia a
respeito da própria cor favorita.
Âmbar deveria ser a sua cor favorita. O âmbar dos olhos de Christopher.
Olhos
ambarinos que a fitavam naquele momento de maneira que despistava toda
a sua sanidade; sua noção. Olhos ambarinos que exploravam seus
pensamentos e seus refúgios. Olhos ambarinos que a conheciam
perfeitamente bem, mas que nunca cansavam de passear por território
conhecido.
E movida por sentimentos tão grandes revividos por somente ele, conseguiu responder.

Dulce: Sim. – murmurou de forma extremamente baixa, mas também, completamente sincera.

E aquele sim foi o que Christopher precisava escutar para finalmente acreditar.

Christopher: Amanhã vamos sair para jantar. – ele afirmou, ignorando o olhar
ressaltado de Dulce e prosseguindo: - Fiquei sabendo que você mudou de
apartamento, por isso mais tarde quero que você me passe o seu novo
endereço... E o seu novo número de celular.

E ele sorriu de
forma pura e contente, escutando a respiração de Dulce em frangalhos e
rindo da maneira como conseguira deixá-la boquiaberta.


Christopher: Não faça essa cara, Dulce – ele deu uma risada – Você acabou de me dizer que não vai mais resistir... Então simplesmente não resista.
Dulce: Não é isso – ela conseguiu dizer – O que está me incomodando não é o
fato de sair com você, mas sim que você sabe o que vai acontecer,
Christopher. Continuamos sendo figuras públicas e...
Christopher: Eu envergonho você?
Dulce: Como? – ela gemeu pasmada – Claro que não!
Christopher: Então do que você tem medo, Dulce? Não somos mais dois adultos
prematuros que não sabiam como construir um relacionamento. Não temos
mais contratos, metas ou “babás” que nos digam o que podemos fazer ou
não. Estamos com trinta anos! – falava ansioso, gesticulando com as
mãos e não desviando os olhos dos dela. – E que se dane a mídia, os
jornalistas e os paparazzis! Quando tínhamos vinte e poucos anos não
tínhamos coragem para mandá-los a merda... Mas se você cansou de
resistir de verdade, quero que você leve a sério. A consideração que
tenho por você é tamanha, como prova estou aqui fazendo papel de
imbecil, falando para que enfrentemos algo que atualmente já aprendemos
a conviver para tentarmos estabelecer, não sei, um relacionamento, é porque ou tenho muita consideração mesmo, ou porque sou um total imbecil.
Dulce: Você não é um imbecil – acrescentou rapidamente, apertando com certa
força a mão dele e suspirando, procurando uma resposta rápida – Eu
sempre fui assim, Christopher. Já fui muito criticada no passado e isso
me gerou feridas. Se resolvermos aparecer, assim do nada, jantando
juntos e tentando começar algo, você acha que o que? Que tudo será
fácil?
Christopher: Eu sei que não será fácil, mas estou disposto a tentar.
Dulce: Eu também estou! – afirmou com seriedade – Mas você conhece o poder da
crítica, Christopher. Uma única matéria pode acabar com qualquer coisa.


Christopher: É só não deixarmos isso acontecer. Conhece a palavra confiança?
Dulce: Conhece a palavra medo?
Christopher: Se não arriscarmos, nos arrependeremos no futuro. Isso já se passou uma
vez entre nós, Dulce, e eu pelo menos me arrependo muito por não ter
quebrado aquela maldita porta em milhares de pedaços, invadido o seu
quarto naquele Hotel e ter falado que não tinha sido um erro. Que nós
dois éramos certos um para o outro. Acha que não me arrependo?
Dulce: Me arrependo também por ter fugido e me escondido como uma criança
assustada, mas eu estava mesmo assustada. Nossa vida estava dando uma
reviravolta de 180º e eu não sabia mais o que se passaria em minha
vida. O RBD havia acabado e parecia que eu estava voltando ao casulo,
compreende? E tudo o que se passava entre nós... Era perigoso. Não
sabíamos o que sentíamos... Pelo menos eu não sabia. Era mais uma
incerteza para acrescentar em uma vasta lista de coisas que eu não
sabia lidar, e eu, naquele momento, queria apenas o que me desse
segurança. E o que eu sentia por você me apavorava.
Christopher: Porque apavorava? – perguntou curioso para escutar a resposta.
Dulce: Naquela noite eu me vi apaixonada por você – confessou, recolhendo as
mãos e cruzando os braços, como se para afastar o frio. As bochechas
começaram a arder, delatando a timidez e um suspiro longo escapou de
seus lábios, para demonstrar a satisfação graças a revelação daquele
segredo depois de tanto tempo. – Naquela última noite, talvez
sentimentos misturados durante quatro anos se unificaram e formaram um
só. E você tem noção de como é descobrir que está apaixonada por uma
pessoa quando a rotina a qual estavam presas está prestes a terminar? –
abaixou a mirada, não querendo ver a reação dele.


 



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Autor(a): trakii

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Dulce: Eu sou uma pessoa que se assusta fácil, Christopher. Não gosto de não ter as coisas sobre o meu controle. Durante dois anos levamos o que tínhamos na brincadeira. Um beijinho ali, outro aqui... Tudo muito inseguro. Eu sempre fui muito carente também. Sempre precisei de alguém ao meu lado para me acolher, falar que tudo ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 5



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  • mariuckermann Postado em 27/05/2010 - 21:25:10

    LInda a web!!!!!!!!!
    POsta mAiss

  • maaju Postado em 27/05/2010 - 08:25:30

    AAAAAAAAAAAAAAAAA web da Júlia Vieira, uma das MELHORES escritoras que eu já vi! Essa eu ainda não li, mas aposto que será MARAVILHOSA! *-*

  • maaju Postado em 27/05/2010 - 08:25:30

    AAAAAAAAAAAAAAAAA web da Júlia Vieira, uma das MELHORES escritoras que eu já vi! Essa eu ainda não li, mas aposto que será MARAVILHOSA! *-*

  • maaju Postado em 27/05/2010 - 08:25:30

    AAAAAAAAAAAAAAAAA web da Júlia Vieira, uma das MELHORES escritoras que eu já vi! Essa eu ainda não li, mas aposto que será MARAVILHOSA! *-*

  • ferreirapavani Postado em 26/05/2010 - 23:15:09

    Acaba de estreia a mais nova webnovela no site, CORAÇÃO PARTIDO, uma emocionante historia. Uma trama muito bem elaborada especialmente a voces. Entrem e confires. Ah nao esquecam de deixarem seus criticas.

    Confira no site: http://www.e-novelas.com.br/?q=webnovela&id=6698


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