Fanfic: Tú, solo tú ♥

O Sol havia nascido mais bonito naquela manhã. Os pássaros cantavam uma
melodia tão bonita que lhe dava uma súbita vontade de sorrir até os
seus maxilares não agüentarem mais. Tudo parecia tão belo e maravilhosamente perfeito naquela nova manhã.
E Dulce não conseguiria e não queria parar de sorrir tão cedo.
Lembrar de cada detalhe da noite que tivera com Christopher, de como
ele havia sido um perfeito cavalheiro e um doce como sempre fora a
deixara encantada. Era imensa a vontade de pegar o telefone e retornar
a ligação que ele havia lhe feito um pouco mais cedo, mas não tinha
tempo naquele momento, se não se atrasaria. Tinha que tomar banho e
arrumar as coisas para sair de casa e trabalhar, mas seus dedos
fornicavam em busca do telefone.
Ela não resistiu.

“Aqui é o Christopher e não posso atender agora. Deixe o seu recado e nome que depois retorno a ligação... Piiiiiii”.

Dulce suspirou. Até mesmo escutar a voz dele através da mensagem de voz lhe animava. Seria possível?

Dulce: Aqui é a Dulce. Eu só estou... – se envergonhou ao perceber que não
tinha o que falar – Só estou ligando para retornar a ligação e dizer
que... – mordeu a unha do dedo indicador, soltando um suspiro e
tentando afastar a timidez – Que adorei a noite de ontem, Chris. Foi
maravilhosa. Obrigada. – o tempo de gravação deveria estar acabando,
por isso outro suspiro escapou de sua boca e ela finalizou: - Me ligue
quando puder. Até... Logo?

“Para gravar outra mensagem de voz...”

Ah, ela estava atrasada! Tão atrasada!
E não se importava nem um pouco, pois a manhã estava linda e nada poderia estragá-la.

Christopher: Guilhermo – ele chamou o amigo assim que entrou
pela porta da gravadora, avistando-o sentado ao lado do produtor,
rabiscando algumas coisas em uns papéis em branco. – Bom dia – disse
para todos ali presentes e outra vez voltou à atenção para o amigo –
Precisamos conversar.
Guilhermo: Discutir a nossa relação? –
brincou, recebendo um olhar cortante de Christopher e calando a boca –
O que fiz de errado desta vez?
Christopher: Vamos pegar um café. Preciso urgentemente de um café.
Guilhermo: Que passa? Voltou com Monique e a reconciliação foi boa? Se é que me
entende... – deu um soco no ombro do amigo e arqueou as sobrancelhas,
insinuando maliciosidades.
Christopher: De onde você ressuscitou Monique?
Guilhermo: Do mesmo lugar de onde você ressuscitou Dulce – sorriu de leve e se
apoiou no balcão da lanchonete – Estava brincando a respeito de
Monique, parceiro, mas foi apenas a vingança por você não ter me
contado de que iria se encontrar com Dulce ontem de noite.
Christopher: E quem lhe disse que me encontrei com Dulce ontem de noite? – foi à vez
de ele ser pego de surpresa. Tomou um gole do café amargo que acabara
de pedir e encarou o colega, mesmo esperando a resposta tão conhecida.
Guilhermo: Você não lê jornais ou revistas? Primeira página de quase todas as revistas do México, meu amigo. Christopher Uckermann e Dulce María se encontram para jantar. Estariam eles lembrando os velhos tempos?
Christopher: Ótimo! – foi irônico até a última letra. – Era só o que me faltava.
Tento apaziguar a mídia e ela já vêm de cima. Não quero nem ligar a TV
hoje...

Guilhermo: Hoje, amanhã e depois de amanhã. Notícia forte como
essa passa um bom tempo na TV. Claro que não passa tanto tempo como o
velório do Michael Jackson, que por mais que tenha sido alguns anos
atrás, até hoje me lembro de como era cansativo ligar a TV e escutar
falando sobre isso. Qual é? Ficaram nessa por quase um mês e o homem já
estava no céu ensinando Jesus a dar aquele passo da hora, sabe qual é o
que eu to falando?
Christopher: Moonwalk – respondeu, dando
de ombros para mostrar que não estava tendo muita importância naquele
momento – E eu sou fã do Michael Jackson.
Guilhermo: E eu sou
fã de Dulce Maria – riu abertamente e deu outro soco no braço de
Christopher – Mas me conta, porque chegou com aquela cara de enterro
aqui?
Christopher: Porque a mesma Dulce Maria com a qual fui
jantar ontem e a qual você é fã me tira o sono! Passei mais uma noite
sem dormir, juntando com a de antes de ontem, são quase 48 horas sem
fechar os olhos! O que essa mulher quer de mim? Minha sanidade?
Guilhermo: Acho que outra coisa... – deu uma risadinha perversa e ignorou o resmungo do outro – Não rolou nada no encontro?
Christopher: Você ainda só pensa em rabo de saia? – foi à vez de ele rir, sem
conseguir acreditar que Guilhermo não tinha mudado em nada – Se você
quer saber, não, não rolou sexo e acho que está correto. Quer dizer,
fazia anos que nós não nos víamos, não seria na primeira oportunidade
que eu a agarraria e tudo mais. Também não quero que seja assim.
Resolvemos ontem começar do zero e fingirei que Dulce para mim é
virgem. Vou respeitá-la até ela achar que é o momento ideal... E outra,
nem sei por que estamos falando de sexo sendo que ainda não nos
beijamos.

Guilhermo: Nem um selinho? – fez biquinho e Christopher negou – Uma bitoquinha? Um esquimó? – e ele continuou negando – Um na bochecha?
Christopher: Falar com você dá no mesmo que falar com uma porta! – riu – Acabo de dizer que estamos recomeçando e você já quer a sobremesa.
Guilhermo: Ou pelo menos o prato principal, né? – e levou um soco com mais força
de Christopher no ombro, como se este estivesse impondo respeito. –
Defendendo a fêmea. Um bom sinal.
Christopher: Se eu fosse você, defendia os seus dentes porque estou a ponto de quebrá-los – e sorriu de forma sádica.
Guilhermo: Calma, rapaz – arregalou os olhos – Ficante, namorada, amor, paixão, ou
qualquer coisa de amigo meu para mim é macho! Tem até um parceiro no
meio das pernas, sabe como é? Não precisa se preocupar – sorriu mais
calmo ao ver que Christopher sorria também.
Christopher: Não parecia que ela era muito macho quando encontrei a revista que ela pousou só como roupas intimas debaixo do seu sofá.
Guilhermo: Porque Diabos você olhou debaixo do meu sofá? – perguntou assustado.
Christopher: Porque a minha lente caiu – foi irônico outra vez – Porque eu sabia que
você tinha aquela revista, só precisava encontrar, e como o seu cérebro
é do tamanho de uma amêndoa, sabia que ou estaria debaixo da cama ou
debaixo do sofá...
Guilhermo: Porque é igual ao de uma amêndoa e não de uma ervilha? – fingiu ser débil.
Christopher: É impressionante que eu já não durmo de noite e tenho que chegar e
escutar essas coisas... Meu senhor! – olhou para o teto, como se
estivesse falando com Deus – Me daí forças.
Guilhermo: Mas e então, teve noticias da sua fêmea depois de ontem?
Christopher: Não chame Dulce de fêmea. É... Estranho. Ainda mais vindo de você.
Guilhermo: Mas e então, teve noticias da sua doce depois de ontem?
Christopher: Recebi uma mensagem de voz dela para retornar a ligação que eu fiz hoje de manhã.

Guilhermo: E o que dizia? – se demonstrou curioso.
Christopher: Que ela gostou da noite de ontem e para eu ligar assim que puder.
Guilhermo: Você pode agora! Porque não está falando com ela agora mesmo?
Christopher: Porque eu tenho que trabalhar? E porque ela também deve estar
trabalhando? – as afirmações saíram com entonação de exclamação, mas
ainda sim eram afirmações.
Guilhermo: Mulheres, mulheres, trabalho a parte! – revirou os olhos – Liga logo, camarada, antes que outro ligue.
Christopher: Outro quem? Michael Jackson? – tragou a saliva emburrado – Pode deixar,
Guilhermo, vou ligar logo. Agora vamos trabalhar porque você está
fazendo da minha vida amorosa uma grande trama de novela mexicana.
Guilhermo: Sabe que daria certo? Digo, uma novela mexicana sobre a sua vida? Christopher Uckermann e seus amores.

Nesse
momento, Christopher agarrou-o pela cabeça, dando uma “chave de fenda”
e fazendo cafuné na cabeça do amigo, bagunçando os cabelos louros e
rindo como uma criança.

Christopher: Ainda bem que você serve como meu agente, porque como amigo você é um horror.

Paty: Sam me contou, sua bitch! Como foi o encontro com o gostoso Uckermann? Las pompas estão em cima ainda?
Dulce: Paty – ela sussurrou –, eu estou trabalhando!
Paty: Que se dane! Que você seja demitida, mas não desligue esse telefone! Como foi?
Dulce: Foi bom – murmurou e encarou o script, olhando em seguida para o estúdio – Paty, eu estou mesmo ocupada agora!
Paty: Como assim: “foi bom”? Você pode fazer melhor que isso, Dulce Maria.
Dulce: Ok, ok, ok! Foi extremamente perfeito, satisfatório e empolgante.
Satisfeita? – virou de costas para não deixar algum dos produtores
verem que estava com um telefone celular dentro do set de filmagem.
Paty: Agora sim! E vocês se beijaram?
Dulce: Não – escutou um uivo de espanto da amiga – Depois eu conto, tá legal?
Se me demitirem, você que terá que pagar o sustento da minha lombriga.
Olha, Patsy – chamou-a pelo apelido carinhoso apenas para conseguir
desviar um pouco de sua obsessão por sua vida pessoal – ligo para você
mais tarde, ok? Ou melhor, passe lá em casa qualquer hora. Chame as
meninas. Tenho que desligar mesmo. Amo você. Beijos.
Paty: Mas Dulce...

Se toda vez que se encontrasse com Christopher fosse daquele jeito,
Dulce preferiria mentir para as amigas falando que iria passar a
sexta-feira de noite lavando roupa apenas para não receber tantas
ligações como tinha recebido.
Sam, Ilana e até mesmo Zoraida tinham
telefonado para comentar sobre Christopher. A última ficara sabendo
sobre o encontro graças a alguma maldita – ou algumas malditas – revista e não conseguira deixar de lado a vontade de perguntar se era
ou não verdade que ela e Christopher estavam relembrando os velhos
tempos.