Fanfic: Tú, solo tú ♥
O tempo foi passando, e parecia que a mídia fazia questão de acompanhar
a rotina deles. Dulce ficava frustrada porque a cada vez que colocava o
pé em algum lugar perguntavam onde estava Christopher. Ela era
a sua pseudo-futura-namorada, e não a sua mãe! E Dulce acreditava que
nem Alexandra, a mamãezinha querida, conseguia rastrear o filho 24
horas por dia como um GPS ambulante! Então como diabos ela iria saber se ele estava no banheiro, no trabalho ou sabe-se lá fazendo o que?
Irritada
por tanta invasão de privacidade, bateu a porta do carro com força,
sentindo a face queimar por tamanho nervosismo. Odiava, odiava, odiava
aquilo! Será que não tinham percebido que ela sempre fora o mais
reservada o possível com os assuntos particulares dela? Ela não era uma
Britney Spears ou Lady GaGa para sair por ai aterrorizando e causando!
Dulce: Droga. – percebeu que tinha se esquecido de fazer o principal do dia: comprar o presente de aniversário de Christopher!
Que tipo de pseudo-namorada ela era? Tinha até anotado na palma da mão com uma caneta: PRESENTE C.
Não
colocou o nome dele, pois se não sabia que sua mão seria capa de
revistas na manhã seguinte... Mas que se danasse! O presente! O
aniversário de Christopher estava cada dia mais perto e ela nem
conseguia respirar!
A sensação que a festa da Televisa causara é de que já estavam perto do
dia 31 de dezembro, mas quando olhava para o calendário e via outubro,
se esforçava para lembrar que as festas de fim de ano nunca eram em
dezembro por causa das pausas de gravações e das viagens que os atores,
diretores e produção provavelmente fariam para descansar...
Aniversário
de sua mãe. Gravações. Aniversário de Christopher. Gravações. Próprio
aniversário. Gravações. Gravações encerradas por hora. Jantar na casa
da família Uckermann. Ano Novo. Gravações, gravações, gravações... Em
qual hora poderia respirar mesmo?
E ainda devia somar os seus outros projetos... E Christopher! E suas amigas e amigos, sua família...
Dulce: Aposto que Louis Lane não faz metade do que eu faço. – ela bufou, esperando o elevador batendo os pés.
Viu,
através do portão da garagem, que ainda estava Sol... Sim, ela estava
cansada – exausta, na verdade -, porém sabia que se ela fosse
Christopher, ele não pensaria duas vezes antes de pegar o carro e dar
meia volta, indo para alguma loja comprar um presente para ela... Então
ela faria aquele esforço.
O banho, a comida, o livro e a cama ficariam para mais tarde.
Quando
já estava dentro do carro, ligando o som, o ar condicionado, o motor e
tudo o que tinha direito, Dulce soltou uma risadinha. Quem diria que estaria se esforçando tanto? Que atirasse a primeira pedra quem não tinha duvidado dela... E de que estava dando certo!
Aquele relacionamento finalmente estava dando certo.
Às vezes ela se sentia tão bem em ter alguém para desejar um simples boa noite,
mesmo que fosse por telefone, que tinha a certeza de que tudo valia a
pena... Os ancestrais com os seus sacrifícios esperavam com esperança
por algo bom... E ela estava se sacrificando em alguns pontos, no
quesito tempo e até mesmo em humor, e não duvidava que estava sendo muito bem compensada.
Christopher era... Exatamente como ela pensava que seria, numa situação como aquela.
Ele era amoroso, pacifico, não levantava a voz, não procurava razões
para brigar, nem defeitos em detalhes... Era carinhoso, lhe abraçava
nas horas certas, e, nos momentos em que ela estava para explodir, ele
tomava uma distância considerável, não metendo o dedão em nenhum
machucado e ficando quieto na medida do possível. Era cheiroso... Dulce
sorriu um pouco mais. Muito cheiroso. Tanto que quase todas as
camisolas que possuía estavam com o cheiro dele... E só se via obrigada
a mandar lavá-las por questão de higiene, porque se não, aceitaria
ficar com aquele cheiro impregnado em todas as suas roupas pelo resto
de seus dias...
Andando pela cidade, que aos poucos escurecia, Dulce
apressou-se, tentando ter uma ideia do que poderia comprar para ele, e
quase quebrando o volante do carro de tão forte que batia com os dedos
ali. Não fazia ideia. Tudo o que passava em sua cabeça parecia tão simples para ele...
Talvez
devesse aparecer na casa dele vestindo alguma fantasia obscena para
realizar alguma fantasia dele ou coisa do tipo, mas não se sentiria
confortável com algo tão planejado... E também não podia seguir o
conselho que ele lhe dera a respeito do presente de sua mãe... Não
podia levar-lhe para viajar, sem mais nem menos... E ainda era a sua pseudo-namorada!
Deu outra risadinha ao recordar de quando haviam decidido todo aquele rolo de pseudo-namorada e pseudo-namorado.
Como ainda estavam se aproveitando e se reconhecendo, namorar ficaria
para adiante... No momento, queriam era mesmo a presença um do outro,
ou a pseudo-presença, enquanto ainda tentavam enxergar o que viria pela
frente...
Os olhos, já cansados de procurar, estavam para desistir
da busca, quando pousaram adiante, em uma loja adorável entre um
pet-shop e uma livraria, o presente ideal. Christopher iria
simplesmente... Adorar!
Guilhermo: Olha lá se não é a sumida! – dando um beijo estralado
na bochecha de Dulce, ele apareceu na porta, segurando um chapéu de
festa infantil amarelo e entregando para ela.
Dulce: Dizem
que quem é vivo sempre aparece. – deu uma risadinha curta, procurando
Christopher por cima dos ombros de Guillermo e arregalando os olhos ao
ver tanta gente reunida na sala de estar da casa dele. – Orale,
Christopher nunca vai perder a mania de fazer mega eventos ao invés de
festas de aniversário?
Guillermo: Quando mais, melhor, não é mesmo? – de verdade? Dulce pensou: Não é não.
Mas
também onde estivera com a cabeça ao achar que Christopher convidaria
duas ou três pessoas para um jantar e um “parabéns” discreto? Afinal,
estava falando de Christopher, com uma alma jovial de quem nunca
perderia a oportunidade para uma festa.
É, em parte ele ainda era aquele Christopher que ela havia conhecido há alguns muitos anos atrás...
Não poderia dizer que gostou muito dos flashbacks que passaram por sua cabeça em questão de segundos, relacionados a
antigas festas em que ele se metera no meio, porém morderia a língua e
seguiria adiante... Esqueceria Rio de Janeiro, São Paulo, Cancun, Madri
e Los Angeles... Esquecer... Bem, não é tão fácil fazer quanto falar.
Guillermo: E lá vem o aniversariante! – retirou uma pequena corneta do bolso e
assoprou bem no ouvido de Christopher, vendo como ele revirava os olhos
com um sorriso divertido nos lábios. – E agora eu já vou para não
atrapalhar o casal.
Ainda assoprando a corneta Guillermo se
afastou, se misturando com outras cabeças e logo sumindo da vista dos
outros dois. Dulce piscou os olhos lentamente, percebendo que durante
todo aquele tempo ela não sentira nem um pouco a falta de Guillermo.
Não que ela não gostasse dele, mas, se precisasse compará-lo com alguma
coisa, tinha certeza de que nada o descreveria melhor do que uma mosca
irritante que ficava fazendo zum zum zum em seu ouvido.
Respirou fundo, sabendo que toda aquela raiva era efêmera e gerada
graças as suas mais guardadas lembranças. Não se deixaria estragar o
aniversário de Christopher por uma besteira aqui, uma besteira acolá...
Ah, não senhor, seguiria firme e de boca fechada.
Dulce: Feliz cumpleaños alegria! – abriu o maior sorriso que conseguiu, acolhendo-o em um abraço
apertado e escutando-o sorrir empolgado contra o seu cabelo. – Le deseo
todo lo mejor y toda la alegría del mundo! Y que Dios te bendiga
siempre!
Christopher: Gracias, chamaca. – olhou discretamente
para o lado, somente para ter a certeza de que ninguém prestava atenção
neles. - Dame um besito.
Dulce: Aqui?
Christopher: Si. – sorriu para ela, colocando uma mecha de cabelo amendoado por
detrás da orelha dela. - Todos ellos ya saben de nuestra relación,
Dulce...
Dulce: Ay caray! – de uma forma engraçada, ela tampou o rosto com as mãos, mostrando que estava envergonhada.
Christopher
empurrou-a contra a porta, escondendo assim o corpo dela com o seu e
conseguindo sair do campo de visão de qualquer um que pela sala
passasse. Sentiu como as bochechas dela queimavam assim que roçaram em
sua camiseta e riu baixo ao perceber que nunca se acostumaria com a
timidez de Dulce para certas coisas...
Christopher: Há quase seis anos atrás eu fiz um pocket no Brasil, e em um almoço com fãs, uma me perguntou se eu quis gritar
alguma coisa aos quatro ventos durante os cinco anos que participei do
RBD, mas que eu simplesmente não pude...
Dulce: Y ¿qué dices?
Christopher: Eu disse que sim. Que guardava para mim
sentimentos que queria gritar para todo mundo ouvir, mas que não
poderia porque se não, não teria mais privacidade. E que guardava
também emoções muito grandes que não poderiam transparecer... E todos
os sentimentos, todas as emoções que por muito tempo eu escondi...
Todos eles foram voltados para você, Dulce. – espremeu as bochechas
dela com as mãos firmes, descendo para a nuca assim que as maças do
rosto ficaram ainda mais avermelhadas e sorrindo ao ver o quanto a
deixava sem graça com a menção do passado. - Y ahora puedo mostrar lo
que siento por ti delante de todos lo que quiero ... Todo lo que soy ya
no necesita ser salvado sólo para mí.
Dulce: Cariño...
Christopher: Eu vou beijá-la, Dulce. Eu vou pegar na sua mão, vou abraçá-la, vou
sorrir para você e vou olhar nos seus olhos, sem me restringir a nada.
Todos que estão nessa sala são os meus amigos e quem está na minha
frente... – olhou diretamente nos olhos dela. - Bem, no final da noite,
quando os demais convidados tiverem ido embora, vai permanecer comigo e
afirmar para mim que tudo valeu a pena. Todos esses anos, todas as emboscadas, todas as confusões... Tudo o que vivemos valeu a pena simplesmente por estarmos aqui agora, entendeu?
Dulce: Si, pero... Eu não trouxe a minha escova de dentes.
Christopher,
chocado com o que ela dissera, jogou a cabeça para trás e quase soltou
uma alta gargalhada, mas as mãozinhas pequeninas de Dulce tamparam-lhe
a boca e dos lábios rosados dela um shhh escapou.
Dulce: Que mar de gente! – sussurrou, escutando risadas soando no ar.
Christopher: Vai recitar um pedaço?
Dulce: Do que?
Christopher: Un mar de gente. Do Dulce Amargo. – revirou os olhos, sorrindo ainda mais e recebendo uma risada rouca dela.
Dulce: No, porque hoy encuentro la magia, hoy encuentro el motivo por el cual vivir. Me siento tan pequeña em um mundo tan grande, y em tu mundo yo soy...
Christopher
sorriu encantado ao perceber como ela transformara os trechos de sua
própria criação em algo ainda mais belo apenas por retirar uma única
palavra. No. “Porque hoy no encuentro la magia, hoy no encuentro el motivo por el cual vivir...”
Sim, Dulce sabia como mexer com o seu emocional.
Sim, Dulce sabia como deixá-lo abalado.
Sim, Dulce era muito em seu mundo.
Christopher: Tu eres mucho. – respondeu, colando os lábios dela aos seus e sentindo as mãozinhas deslizando por seus braços.
Autor(a): trakii
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Não conseguindo evitar um sorriso entre o beijo, Dulce deixou um pouco da emoção que sentia transbordar nos movimentos de suas mãos. Afagava-lhe todos os pedaços de carne que tocava, desde o cotovelo até o pouco que encontrava por debaixo da manga da camiseta que ele vestia... Aquela pele sempre tão macia e quente atraia e ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 5
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mariuckermann Postado em 27/05/2010 - 21:25:10
LInda a web!!!!!!!!!
POsta mAiss -
maaju Postado em 27/05/2010 - 08:25:30
AAAAAAAAAAAAAAAAA web da Júlia Vieira, uma das MELHORES escritoras que eu já vi! Essa eu ainda não li, mas aposto que será MARAVILHOSA! *-*
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maaju Postado em 27/05/2010 - 08:25:30
AAAAAAAAAAAAAAAAA web da Júlia Vieira, uma das MELHORES escritoras que eu já vi! Essa eu ainda não li, mas aposto que será MARAVILHOSA! *-*
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maaju Postado em 27/05/2010 - 08:25:30
AAAAAAAAAAAAAAAAA web da Júlia Vieira, uma das MELHORES escritoras que eu já vi! Essa eu ainda não li, mas aposto que será MARAVILHOSA! *-*
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ferreirapavani Postado em 26/05/2010 - 23:15:09
Acaba de estreia a mais nova webnovela no site, CORAÇÃO PARTIDO, uma emocionante historia. Uma trama muito bem elaborada especialmente a voces. Entrem e confires. Ah nao esquecam de deixarem seus criticas.
Confira no site: http://www.e-novelas.com.br/?q=webnovela&id=6698