Fanfic: O Dia em que se encontraram!!! (terminada)

Poncho esfregou o seu pescoço. O ar
condicionado do carro não pareceu estar trabalhando como devia, porque o
interior do carro estava demasiado quente. Oh, ele sabia por que, mas negaria
ate o fim de sua vida. "Música?"

Annie virou-se abruptamente fazendo-o pensar
que ela tinha se machucado. "Uh, certo."

"O que você gosta?"

"Qualquer coisa." Ela mordeu adoravelmente seu
lábio inferior. Ele sintonizou em uma estação de rádio na esperança de
acalmar-lhe os nervos. O que você está fazendo? Ele se perguntou. O que
tinha acontecido antes com Maite? Ele não estava completamente certo de que
aquela pessoa que havia feito tantas declarações não era ele. Ele obviamente
tinha sido tomado por um espírito ardiloso. E Berlinda? Que tal jogar baseado
nas regras antigas, Poncho?

Ele olhou para Annie, e seu coração tropeçou.
Que tal o amor? Real, honrado, até que a morte os separe?

Seria possível? Ele tinha encontrado uma mulher
que atingiu seu coração a muito escondido? Uma ocorrência tão monumental devia
ser comemorada com trompetes e rosas, e não daquela forma patética. Ele olhou
para ela novamente, e entendeu. Isso era exatamente o que tinha acontecido.
Agora, ele precisava aprender a lidar com isso.

"Esta com fome?"

Ela parecia com um daqueles filhotes de
cachorro tristes e assustados que ele tinha visto de manhã. Ele não sabia como
proceder. Durante toda sua vida tinha pensado o mínimo necessário no amor, mas
os poucos que teve ele imaginavam um menino encontrando uma menina, se casavam
e seriam felizes para sempre. Mas o que ele enfrentava agora era completamente
diferente, e ele não tinha a menor idéia de como lidar com isso. O que ele
sentia por Annie era básico e primitivo. A luxúria era parte disto, certamente,
mas ele sentia algo mais profundo. Mais que qualquer coisa, ele queria dar as
costas a seu lugar, comer um grelhado sentados do lado de fora de algum
terraço,apreciando os canais conversando e se descobrindo um ao outro.
Considerando, porém, as chances satisfatórias que Berlinda estaria em sua casa,
não seria uma boa opção.

Então,
o que fazer com Berlinda?

Ainda que nada acontecesse entre ele e Annie,
sem dúvida haveria outras mulheres para ele conhecer. Ele não poderia mais
aceitar a relação complacente que mantinha com Berlinda. Ela iria se machucar.

Deus, como ele odiava machucar alguém. Mas ele
sabia que no final das contas se eles casassem, ela sairia muito mais
machucada, ele não seria dela por inteiro. Olhando para Annie novamente, ele
soube que nunca teria seu coração inteiro novamente. Ele já o tinha entregado.

Em certo ponto, ele percebeu que Annie não
usava roupa apropriada para ir aos restaurantes que ele estava habituado. Ele
sentiu como um esnobe e aquele calor desconfortável rebelaram-se no seu pescoço
novamente.

"Existe algum lugar especial que gostaria de
ir?"

"Nada de especial, realmente." Ela parecia
incrivelmente nervosa, então ele descansou sua mão em seu joelho. "Nada de
especial, huh?"

 "Na casa
da minha irmã," ele disse. "Tudo aquilo que falei. Eu não quis assustar você.
Seu sorriso pequeno aqueceu seu sangue. Sabendo onde isso iria acabar ele
dolorosamente forçou seus pensamentos para o investimento do capital do
hospital de crianças que ele estava colaborando. Algo neutro, para manter sua
mente fora de Annie.

"Eu nunca ouvi alguém falar assim antes." Seus
olhos o fitaram de longe, e então voltou. "Eu nunca conheci alguém como você.
Ainda que nada resulte disto, Poncho, eu estou contente por ter lhe conhecido."

Eles dirigiram em silêncio, confortáveis depois
disto, até Annie o dirigiu a um lugar gordurento que ele jamais entraria
sozinho sem um inseticida e um inspetor sanitário. Mas Annie gostava do lugar.
Depois de ordenar hambúrgueres e batatinhas fritas apimentadas eles foram para
fora tomar os refrigerantes e esperar pela comida. A parte mais quente da tarde
estava quase terminada, mas a temperatura ainda estava alta, assim Poncho
deixou seu paletó e gravata no carro, dobrou as mangas da camisa. Foi o mais
confortável que ele conseguiu ficar. 
Quando se sentaram no minguar da tarde, uma brisa gentil levantou um
sussurrou no cabelo da Annie. Ela brincava com seu copo de papel, que a fez
parecer mais bonita e delicada. Eles realmente só se haviam encontrado esta
manhã? Ontem, ele passou o dia inteiro sem perceber que ela estava lá fora, sem
notar que sua cara metade estava faltando. Mas isso era realmente verdade? Ele
lentamente alcançou através da mesa e tomou sua mão.

"Annie, eu sei que você esta assustada." Uma
risada estrondosa explodiu no fundo dele, jogando sua cabeça para trás se
conscientizando que ela era realmente sua cara metade.  Porque acontecendo ou não-com Annie junto
dele nada importava. Mudaria sua vida para sempre. Ele voltou seu olhar
para ela. "Honestamente, estou assustado também."

Ele roçou seu dedo polegar acima de suas
juntas, desejando que ela dissesse algo. Qualquer coisa que lhe desce
esperanças. Ele soube que ela estava sentindo o mesmo que ele, mas ela tinha
medo de coisas que ele realmente não entendia, e ele sabia que se tomassem o
risco de ficarem juntos ele a convenceria de contar. "Conte-me sobre os outros
sujeitos, Annie. Diga a mim o que aconteceu." Ela tentou se afastar, mas ele
segurou firmemente sua mão e arrastou seu braço através da mesa. "Não se afaste.
Eu nunca senti isso antes, Annie. Você honestamente pode dizer qual é o
problema?"

"Nenhum, mas..."

"Mas..." Ele sorriu sentou-se de volta em sua
cadeira. "Vamos então ficar na parte do nenhum por um minuto. Você honestamente
pode ir embora e me deixar sem remorso?

Ela ficou quieta, mas sabia que ele estava
contente que ela pelo menos estava considerando sua resposta. Sua comida
chegou, e ele foi forçado a largar sua mão. Poncho olhou para o prato e falou
bem humorado. "Eu acho que nunca comi batata frita com queijo e pimenta antes."

"Realmente?" Ela sorriu como uma criança inocente.

Tão adorável.

"Eu não posso imaginar isto," ela disse.

Ele sorriu. "Nosso chefe de cozinha
provavelmente iria embora se eu pedisse isto."

Ela riu e então fez algo notável. Ela mergulhou
uma batata frita no queijo com pimenta e se debruçou na mesa. "Então me deixe
apresentar."

Sua voz era suave e por um segundo, paralisou Poncho.
Ele cuidadosamente colocou a mão na batata e perversamente chupou a batata e
seus dedos na sua boca, ela lentamente puxou-os de volta. Ela respirou fundo,
olhando fixamente em seus olhos com tanto desejo em sua expressão ele quis se
afogar nisto.

"Deus, eu quero você, Annie."

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