Fanfic: O Dia em que se encontraram!!! (terminada)

Ele soltou um suspiro pesado. Aceitável?
Isso era o melhor que ele podia fazer? Em algum lugar bem escondido no seu
coração vivia um romântico desesperado. Era uma parte dele, se ele fosse
sincero, teria que admitir por mais difícil que fosse, mas valeria à pena? Ele
sabia que a maioria dos homens não tinha sonhos românticos como ele.  Os sonhos lhe insultavam insistindo que o
amor era mais que isso. Talvez se 4 de julho, Natal, e Estação da primavera se
transformassem em uma só, certamente teriam mais brilho e conexão. Ele sempre
pensaria que amar significava somente estar em sintonia um com o outro, não
precisando necessariamente estar juntos. Outro suspiro longo, ele foi
abruptamente lembrado de presença do Christopher quando seu amigo olhou para
ele. "Oh, bom Deus, homem. É casamento, não o fim do mundo."

"Sem ofensa, amigo." Poncho sorriu. "Mas eu não
pretendo levar meu casamento o modo que você leva o seu."

Ucker terminou seu champanhe e colocou a taça
vazia em um vaso de planta. Poncho sorriu afetadamente. "Eu sempre me perguntei
que tipo de pessoa faz isto."

"Eu." Christopher colocou o braço ao redor de Poncho,
propriamente notando seu sarcasmo com um movimentar de cabeça, e girou ele para
enfrentar o salão de baile enquanto gesticulava extensamente com uma mão. "Olhe
para todas as mulheres lá fora. Elas existem em várias formas, tamanho, e
variedade. Simplesmente não é justo me pedir para me dedicar a uma só para o
resto de minha vida."

"Christopher, elas não são como sorvete que tem
sabores variados. Elas são mulheres, e isto não é Baskin Robbins (rede de sorveterias nos EUA). É vida
real." Ele coloriu seu tom com uma sugestão de desdém. "Embora seja verdade,
você não precisa se comprometer uma única vez, não é mesmo?

A atenção do Poncho voltou-se ao seu próprio
dedo anular vazio. "Um casamento é isso, Christopher. Um compromisso com uma mulher. Um compromisso para uma vida, construído lado a lado enfrentando
obstáculos e desafios juntos. As crianças nos feriados, amor e riso, misturados
no caminho com as lágrimas e duelos. Existem votos."

Ele viu o olhar pálido de Christopher que
lançou a pergunta com azedume, "Você lembra-se de seus votos, não é? Porque se
você estiver tendo dificuldade, eu estava lá."

Poncho apertou um dedo no seu queixo e procurou
a varanda acima de suas cabeças. "Eu pareço recordar algo como na saúde e na
doença, na riqueza e na pobreza..." Ele virou sua cabeça e uma vez mais
encontrou olhar fixo e duro de Christopher "Amando e respeitando até que a
morte os separe." "Oh, hã. Muito divertido. Sabe, você podia ter tido uma
carreira excelente como um Humorista." Poncho balançou sua cabeça, parte
admirada e parte frustrado. "Jillian sabe?"

"Claro que sim. Nós dois casamos para
satisfazer nossas famílias. Ela não me ama mais que eu a amo. Desde que eu não
a envergonhe, ela não se importa."

Poncho grunhiu. "Soa como um jogo feito no
paraíso."

"Sim, bem-nós não somos tão sortudos quanto
Kent."

Christopher apontou com o olhar para Kent
Bartolomeu e sua nova noiva, Valerie, circulando na pista de dança como se
ninguém mais existisse. Ele se deixaria levar pela

imagem. Ele passou a
maior parte de sua mocidade com aquela visão otimista de amor, mas se ele agora
não concordava com isso, não iria se preocupar com a possibilidade de ser tolo,
ele decidiu não errar novamente. "Você não pode acreditar que isto se dará
entre você e Berlinda. Ela não é fiel agora, então que diferença um anel faria?
Seu casamento será uma relação de negócios como o da metade de todos que estão
aqui. Não existe nada errado com isto, a não ser que você seja tolo de
acreditar em algo diferente." O estômago do Poncho correu em círculos. Ele
ficou calado com a esperança do pânico enfraquecer. Christopher estava certo, e
isso era um problema para ele. Essa não era a vida que ele almejava.

Christopher suspirou e voltou a olhar para
pista de dança. "Talvez eu esteja errado. Berlinda adora você. Vocês terão um
casamento adorável." Christopher moveu sua cabeça para um lado, como se
pressentindo futuro do Poncho. "Sim, perfeitamente adorável. Eu penso isto...
Perfeitamente, adorável."

"crianças adoráveis em suas escolas
particulares, festas de jantar adoráveis com convidados perfeitos, uma adorável
casa com estábulos, nenhuma dúvida para seu amor verdadeiro-seus
cavalos. E sexo adorável. Provavelmente nas terças-feiras e quintas-feiras às
nove horas em ponto."

A cabeça do Poncho girou ao redor até que ele
podia ver rosto do dinamarquês, absolutamente sério, sem um rastro de humor.
Ele nunca permitiria que Christopher 
conhecesse seus medos. Pior-que ele e Berlinda já estavam tendo o
predito perfeitamente sexo adorável, só nos sábados e quartas-feiras, e
o domingo ocasionalmente à tarde.

"Que diabo você quer dizer com isto?" Ele
perguntou, roçando seu pescoço novamente.

"Eu fiquei do outro lado do salão por uma ou
duas horas." Christopher encontrou seus olhos. "Eu vi você lutando por algo diferente,
e vi sua paixão brilhar quando eles passaram do seu lado. Eu não posso ver como
você vive feliz sem isso. Paixão, meu amigo-é sua vida."

Talvez Fosse a resposta para a pergunta de Poncho.
Não era, porém, o que ele queria ouvir. Ele estava começando a ficar
desconfortável com esta discussão. Afinal, ele tentou amar-ou algo parecido- e
não funcionou. Agora ele escutaria sua cabeça, e sua razão dizia que Berlinda
era um bom partido. Ele olhou e a encontrou no centro das atenções. Estava
cercada por homens e mulheres, deslumbrando a todos com seu charme e
genialidade, que ela tinha em abundancia.. Com seu cabelo longo e escuro
amontoado nitidamente sobre sua cabeça, com cachos soltos displicentes
adornando seu rosto, e seu vestido tomara-que-caia de seda branca longo, ela
parecia uma princesa. Poncho seriamente perguntou-se o que estava errado com
ele. Olhando para ela alguma emoção deveria mexer dentro dele. Talvez fosse
luxuria seguramente carinho, ou orgulho que ela estaria indo para casa com ele,
Algo. Ele não conseguia se lembrar a última vez que se sentiu atraído
por alguém sem que antes houvesse contato físico. A Certamente não era Berlinda.
Ele não se lembrava de nenhum olhar furtivo, o som de um sorriso, seu perfume,
nada disso tinha o feito querer. Isso era tipo de coisa plausível? Ou era
simplesmente uma invenção da imaginação de Hollywood? Uma parte dele acreditava
ser possível. Mas por quê? Ele não teve nenhuma prova disto, e ele era um homem
que precisava de provas. Pelo menos, ele se tornou aquele homem.

"Vamos."

Poncho agitou sua cabeça chamando Christopher.
"Vamos onde?"

Christopher começou a puxar Poncho como um
filhote de cachorro perdido-e admitidamente ele sentia-se assim freqüentemente.
Ele escapou do alcance de Christopher.

"Vamos onde?" Ele perguntou mais
vigorosamente.

Christopher sorriu maldosamente. "Eu estou
levando você a um lugar onde a bebida é adulterada e as mulheres são fáceis.
Você precisa relaxar, e então fazersexo. Tudo parecerá melhor de manhã."

Poncho deu um passo para trás, sem ter certeza
do que mais o havia chocado. Christopher até poderia sugerir tal coisa a outra
pessoa, ou era Poncho que gostaria de ser outra pessoa. Alguém pudesse dizer,
"Por que não?" Mas ele não era outra pessoa. Ele era Poncho Herrera, cabeça de Herrera
Internacional, o anfitrião da festa e o namorado de Berlinda Harris. Uma
tristeza profunda se abateu sobre ele, mas não sabia exatamente por que.

"E essas mulheres, Christopher? Elas sabem?"

"Que eu sou casado?" Um rubor brotou nas faces
de Christopher e ele apertou os lábios. Poncho achou que ele não iria
responder, afinal não era de sua conta. Ele notou uma mudança em Christopher
ultimamente, uma tristeza que não tinha estado lá antes, mas ele não tinha
certeza se devia perguntar algo tão pessoal. "A maior parte do tempo. Mas eu
admito ser desonesto se a senhora em questão valer à pena." "Oh." O que mais
havia a dizer? Poncho afastou-se dele. "Você continua Christopher. Eu não posso
ir, e você sabe isto."

"Ah, mas você ficou tentado." Olhos de Christopher
faiscavam. "Só por um segundo. Admita isto."

Envergonhado, Poncho travou seu pescoço. Ele
finalmente movimentou a cabeça.

Christopher abaixou sua voz, embora ninguém
pudesse ouvi-los, e cutucou com um dedo na lapela do Poncho. "Veja amigo velho?
Um coração apaixonado bate no fundo de você. Ignorar isso por muito tempo pode
ser desastroso."

Ele virou como se fosse partir, então voltado e
empurrou sua cabeça na direção da pista de dança. "Casando com Berlinda ou não,
não continue fingindo ser quem não é. Arruinará você."

Poncho assistiu Christopher deixar o salão de
baile rebitado pela leveza do mundo o qual se tinha afastado momentos antes da
arrogância e autoconfiança que se vangloriava de ter. Christopher estava dentro
de águas muito profundas e Poncho se deu conta que nunca compreendeu as
motivações dele. Tudo que ele sabia com certeza era que nunca poderia viver
daquele modo. Ele olhou pelo salão a procura de Berlinda que vinha em sua
direção sorrindo agradavelmente. Ele se perguntou "quanto tempo mais posso
viver assim?"