Fanfic: O Dia em que se encontraram!!! (terminada)

Annie riu. Ela simplesmente não podia resistir.
Ela tinha tido poucos momentos alegres ultimamente. O cachorrinho era mole e
menor que um esfregão, saltava tão alto quanto sua cintura. Embora, ela não
fosse muito baixa, sabia que não era um objetivo desafiador. No entanto, a
criatura parecia possuir molas nas patas. Ela abaixou, colocou os dedos nos
elos da corrente no muro, o cão ficou perto o suficiente para babar nela toda.
"Você é um amor," Annie disse.  Sua
alegria escureceu de repente quando ela pensou em sua irmã, que nunca entendeu
por que era tão importante para Annie vir aqui toda semana. Para Shelley, a
idéia parecia deprimente. Ela disse que o lugar cheirava mal e uma aura de
morte pairava sobre ele como um cobertor grosso. Este momento de amor eterno
sem expectativa-bem, exceto se ela levasse o cachorro para casa longe deste
lugar repugnante, mas como sua casa era um quarto alugado por semana que
compartilhava com a mãe e a irmã, realmente não era possível. Mas algum dia...

"Aqui novamente, Annie?"

Ela parou, virando-se para ver um homem mais
velho andando corredor abaixo em direção a ela. Seu molho de chaves gingava
ruidosamente suficiente para ser ouvido acima do constante latido dos cachorros
do abrigo. Ela mexeu sua cabeça para o lado e encolheu os ombros, então colocou
as mãos nos bolsos de seu jeans e deu-lhe um sorriso "É terça-feira." Como se
isso explicasse tudo. Atrás deles uma voz aguda gritou. "Engaiolei Vinte."

Henry agitou suas chaves. "É isso. Venha e diga
adeus antes de você partir. Eu tenho um bule de café fresco e alguns daqueles croissants
de queijo e nata você gosta tanto."

"Obrigada. Minha boca esta cheia de água."

Ele tocou em seu ombro enquanto ele caminhou,
fazendo Annie perguntar-se novamente como seria se tivesse um pai. Teria feito
alguma diferença em sua vida? Ou ela ainda carregaria todos os fracassos do
oeste de Santa Fé? Ela apertou sua mão contra a porta da gaiola, e o cachorro
voltou para sua acrobacia. Ela deu a ele um sorriso, se afastou da gaiola, e
continuou corredor abaixo.

A primavera no Sul da Califórnia era agradável.
Porém, atualmente estavam enfrentando uma maldita onda de calor. Hoje a
temperatura alcançaria cem graus, e o concreto que rodeava o abrigo de animais
de Orange Country contribuía pouco para aliviar o desconforto. Nem as poucas
mudas de plantas que circundavam a área não ajudavam muito. O suor gotejava de Annie.
Apesar do top azul leve que usava, sentia calor.

Ela andou devagar fila abaixo, correndo sua mão
negligentemente ao longo na frente de cada cela. Suas unhas tiniam contra o
metal, e ela perscrutou em cada gaiola até que encontrou um cachorro que não
latia para chamar a atenção, mas ao invés estava sentado sob as patas,
desviando a vista, aparentemente bem ciente de seu destino. Seu coração se
apertou. Ela se ajoelhou de fronte a gaiola. "Bem, oi, amado. Oh, você é um
bebê tão bonito."

O cachorro preto velho olhou para ela durante
algum tempo, então lentamente e indecisamente se aproximou, sua grande língua
preta revelava sua linhagem. Entretanto o cachorro se parecia um pouco com um
Newfoundland (cão da terra nova originário dos países de língua Inglesa). O
cachorro recuou quando ela alcançou seus dedos através da grade, mas logo sua
necessidade de atenção anulou sua hesitação e ele se debruçou para ser tocado.
Ela ofegou com o peso inesperado do cachorro que esmagaram seus dedos no metal
duro. Recuperando depressa, ela riu. "Você é um bom menino." Ela olhou na
etiqueta na porta da gaiola. Seus olhos leram rapidamente as informações
breves, e ela sorriu. "Sim. Menino."

Ela gostaria de dizer a ele que tudo iria ficar
bem, que alguém viria a qualquer minuto e o salvaria, mas ela aprendeu de
primeira mão que contos de fadas não existiam. Ela sabia o quão desamparado
esses animais se sentiam. Ela também sabia o que era estar sozinha e perdida com
todas as suas escolhas arrancadas. Ela sabia o que era estar presa e assustada.
Ela simpatizava muito com estes animais e se perguntava qual a razão de visitar
o abrigo toda semana para vê-los. A lembrança de que a vida não era justa, ela
não gostava disso, mas aos vinte e seis anos de idade ela tinha que aceitar as
coisas como eram. Cachorros e piquete, cavalheiros brilhantes, bebês
sorridentes, não tinham lugar em seu mundo. Ainda tecnicamente morando em
casa-sempre tão humilde-ela admitia que seu histórico com o sexo oposto fosse
terrível. Na sua ultima relação, seu namorado a usou, ela se forçou a
resistir-até agora a dor era tão forte doía em seu coração. Uma coisa ela
decidiu desde então, nunca confiaria em outro homem. O problema era no seu interior,
não confiando, não se poderia amar, sem amar nenhum sonho seria possível desde
então. Escapando de seus pensamentos sentimentais, ela retornou seu enfoque
para a criatura na frente dela.

"Eu preciso ir, amado. Talvez você ainda esteja
aqui semana que vem quando eu voltar."

Ela o acariciou levemente. Afinal, cachorros
não eram homens; Ela podia amá-los.

Última
coxia.

A terça-feira era seu dia, e ela passava as
manhãs aqui, então foi para a praia passar o resto da tarde em doce
esquecimento. Eram umas férias pequenas na realidade, e nunca parecia ser longo
o suficiente. A maioria dos dias ela saltou a fileira de cães menores e
filhotes.. Estava sempre lotada, e os cachorros estavam sempre aborrecidos,
mas hoje ela ainda não estava pronta para sair. Fiel a norma, ela olhou
corredor abaixo, os cachorros estavam latindo, saltando, e batendo com as patas
em suas portas procurando atenção ou esperando a liberdade.. Pelo menos vinte
pessoas lotavam sobre o espaço limitado. Spring
Break permitia famílias,  assim como
também a população visitar o abrigo. Hoje, um casal de idade avançada
verificava uma mistura maltesa, uma mulher jovem com três meninos estava
olhando para os filhotes, cada criança gritando mais alto que o outro a
respeito de que cachorro eles procuravam, e então... ele estava ali.

Annie congelou.

O movimento foi além dela, então quando uma
menina jovem bateu seu braço um momento mais tarde em uma tentativa
entusiástica para aproximar um cachorro em particular, ela mal reparou. Ela não
podia nem responder as desculpas da mãe que chegou mais tarde. Ela ficou
parada, olhando fixamente.

Toda a felicidade que ela experimentou naquela
manhã imediatamente se dissipou. Nenhuma sobra de felicidade restou, nem mesmo
um pouco dela se recusou a desistir da solides. Tudo tinha se acabado
deixando-a desprovida. Então a coisa mais fútil aconteceu-lágrimas de trás de
seus olhos, simplesmente porque o homem de pé no outro lado do corredor era o
homem que sua alma ansiava encontrar, e ela não podia fazer nada a respeito
disso. De modo algum ela iria ser esmagada novamente, nem por toda paixão do
mundo. Depois da última vez, ela estava determinada a não sentir isso
novamente. Nunca amar, nunca esperar.  O
mais cruel de tudo era que, do modo que ela olhava para este homem, era
mais potente que qualquer coisa. Eles sentiram... Era Real. Seu coração
saltou com a mera visão dele, como se estivessem separados por um longo tempo e
se reencontrado. Uma parte dela regozijava à vista em seu caro terno sob
medida, completamente inadequado para o local. Outra parte estava horrorizada.

querem mais?