Fanfic: O Dia em que se encontraram!!! (terminada)

"Comovente." O sarcasmo seco de Berlinda
misturado com veneno puro dividiu a atenção de Poncho e Annie que se virou para
olhar para ela. Ela estava ainda enrolada em uma toalha.

Annie não perdeu seu tempo diante dela, ela
virou o rosto e seu amor em Poncho. "Eu sinto tanto. Eu duvidei de você. Eu
nunca devia ter saído sem conversar com você. Eu não estou acostumada com bons sujeitos."

Poncho suavemente a beijou, e a seguro próximo.

"Eu não me comportei honradamente com você e Berlinda.
Eu não estou certo do que aconteceu exatamente depois, mas eu machuquei vocês
duas e eu sinto verdadeiramente muito." Ele se dirigiu a Berlinda. "Você merece
mais que isto, apesar de como está agindo agora."

"Poncho, eu não dou a menor importância para o
sentimento. Eu quero que o nome dos Herrera, é tudo e você sabe isto. Eu não
vou deixar você me negar isso depois dos anos eu perdi aqui. Tolerando seu
toque frio, e vendo que você se importa mais em fazer caridade do que comigo.
Eu perdi meu tempo, eu quero o que é meu."

A raiva de Poncho chamejou novamente, ele
sentiu Annie dar um passo para trás e agarrou sua mão. Uma questão o
atormentava mais que todo o delírio da Berlinda. Ele desenhou uma respiração profunda,
tentando formular algum tipo de resposta, mas tudo que ele se perguntava era
por que Annie tinha voltado dessa vez.

Ele não podia esperar outro minuto pra saber a
resposta, apesar do quão imprópria era a hora, ele se virou para Annie e
perguntou, "O que fez que você voltar?"

Ela encolheu os ombros e seus olhos se
iluminaram "Eu amo você, e você casou-se comigo. Lembrei-me de suas
palavras sobre as preliminares do casamento. Se você só quereria me conseguir
na cama, você pelo menos teria sinalizado algo, mas você não o fez."

O riso afiado da Berlinda preencheu o ar. "Você
casou com a Senhorita Inocência sem ter levado ela para cama antes?" Sua voz
tocou com incredulidade. "O que sua mãe pensa sobre isto?"

"Minha mãe não é de sua preocupação mais, Berlinda."
Poncho puxou Annie na segurança de seu braço, colocando ela ao seu lado. "Eu
errei com você, Berlinda, não só no fim, mas ao longo da relação. Você tem
razão, eu estava frio e distante e nunca daria qualquer coisa pra você além do
dinheiro. Assim é como um homem trata uma amante, não uma mulher que ele ama.
Eu nunca devia ter feito isso com você eu sinto muito, mas isto está terminado,
Berlinda e você têm cinco minutos para se 
vestir, ou eu te expulso com a bunda de fora na rua." A princípio ele
pensou que ela poderia discutir, mas ela depressa  se virou e entrou no banheiro,  arrancando a porta praticamente fora de suas
dobradiças.

Poncho virou-se para Annie, que devolvia seu
dinheiro e cartões de crédito, mas ele os empurrou de volta para ela. "Mantenha
eles, por favor. Você não tem idéia do quanto melhor me senti quando percebi
que você os tinha levado."

"Eu nunca devia ter partido, somente era... As
lembranças de meu passado que correram por minha mente, mas você é diferente
dos outros." "Você sabe por que, Sra. Herrera?" Poncho a beijou lentamente e
com carinho.

Ela agitou sua cabeça. "Porque eu não sou seu
passado. Eu sou seu futuro." Seus olhos ficaram brilhantes de emoção.

"Ah, Annie, nós dois erramos e não vamos fazer
isso de novo. Vamos sempre discutir as coisas, ouvir sem julgar, acho que vai
dar certo se confiarmos no coração e não na razão." Ele beijou a ponta de seu
nariz, suavemente acariciou seus lábios. Quando a porta de banheiro abriu
alguns minutos mais tarde, Annie tremeu e afastou seus lábios de Poncho quando Berlinda
reentrou no quarto. Ela pareceu ter virado fumaça, porque passou por eles sem
uma palavra. Não até que ela alcançou a porta e alfinetou pela última vez.

"Você pode pensar que ele é um bom sujeito,
mas você ainda tem que enfrentar o fato que ele estava praticamente comprometido
comigo quando ele casou com você. Quem dirá que ele não fará o mesmo com você
algum dia?" Ela olhou Poncho de cima abaixo. "Quando a paixão o atinge?" Ela
cuspiu as últimas palavras no rosto do Poncho.

Mas a tímida e retraída Annie respondeu, "Então
eu acho que serei uma mulher muito rica se precisar de preliminares antes do
casamento ou algo mais."

Poncho e Annie ficaram imóveis feito estátuas
até escutarem o estrondo de porta da frente, então Poncho estourou
repentinamente em gargalhadas. Annie sorriu. Ele a puxou para a cama com ela
deitando em cima dele. "Ah Annie, eu amo você tanto. Eu nunca fiquei mais
assustado em minha vida quando percebi que você tinha partido."

Ele tocou em sua bochecha e ela suavemente o
beijou, mas ele se afastou. Ele queria esclarecer tudo agora. Ele não queria
mais nenhum segredo neste casamento "Annie, meu amor, Berlinda tem razão.
Entretanto eu nunca formalmente pedi para casar-se comigo, nós só conversamos
sobre isto. Ela teve razão para acreditar-" Ele lutou para admitir suas falhas
para a mulher pela qual ele queria ser visto como um cavaleiro branco. Não era
uma coisa fácil de fazer. "Um homem honrado teria terminado com ela antes de
começar com você, e embora em meu coração estivesse terminado, não estava em verdade.
Eu sinto tanto pela minha estupidez ter machucado você. Eu prefiro morrer antes
de te machucar."

Ele apertou seus lábios contra sua fronte. "Eu
nem sempre fiz as escolhas certas, Poncho. Você sabe. E eu estava lá,
sentindo tudo que você sentia. Eu penso que entendo. Um pouco, de qualquer
maneira." Ela sorriu, e ele achou que Noé se sentiu desse jeito ao ver o
arco-íris. "Como você estava se sentindo, eu quero dizer. Aqueles eram
sentimentos muito poderosos, mas eu lamento por Berlinda ter sido ferida, Poncho.
Você e eu temos um ao outro, e ela-"

Ele a segurou apertado, entendendo justamente o
que ela estava querendo dizer. Ele machucou Berlinda, e ele iria ter que viver
com aquilo. Eles se deitaram juntos durante algum tempo, até que latidos lamentosos
atingiram seus ouvidos. Annie se sentou. "Jesse. Ele ainda está-?"

Poncho já estava fora do quarto antes dela
poder terminar a frase. Momentos mais tarde, o cachorro veio saltando os
degraus e pulou sobre a cama, atingindo Annie com tal força que a derrubou. Ela
o levou em seus braços.

"Você é um cachorro malcriado." Ela esfregou
sua cabeça e o beijou atrás de sua orelha antes de sussurrar, "Obrigado."

Ela encontrou olhos do Poncho acima da cabeça
desprezível do cachorro. Eles possuíam todo o amor e paixão no mundo. Sem
palavras ele veio para ela, e a levou em seus abraços. Seu beijo era terno,
cheio de carinho, e fez seus olhos nadarem em lágrimas. Ela nunca amou assim
antes. Nunca esteve tão certa que uma relação funcionaria.

Jesse torceu entre eles e começou a estudar seu
local favorito, a janela. O pôr-do-sol tornou as sombras do céu de cor-de-rosa,
purpúreo, e vermelho, uma exibição magnífica, e Annie puxou de volta um momento
para olhar para isto.

"É incrível."

Poncho beijou o topo de sua cabeça e foi até a
janela, empurrando uma das grandes placas abertas. O odor do mar inundou o
espaço, junto com os sons da água espirrando aos lados do canal. O riso em
algum lugar ao longe lembrou a Annie de seu passeio de gôndola. Ela sorriu para
Poncho. "Eu realmente amo você, mais que eu achei que fosse possível amar."