Fanfics Brasil - Moradores Novos Empty Crossings

Fanfic: Empty Crossings


Capítulo: Moradores Novos

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Eu nunca imaginaria que isso fosse acontecer comigo, nem em
sonho - ou pesadelo. Não com um cara, que mora numa cidadezinha tão pequena,
onde todos conhecem todos, e esse todo me odeia.


_ Sr Levort! - o Sr. Johnson, que por sinal era professor de
biologia, havia batido o caderno com toda força que tinha – e que não era muita
já que ele tinha quarenta e cinco e tantos anos – em cima da mesa afim de me
acordar, seguido por um berro estrondoso. Não que isso afetasse meus tímpanos. Será
que não se podia dormir em paz? Acho que só morrendo. Suspirei.


                Levantei um
pouquinho a cabeça para olhá-lo e pude ouvir o riso baixo do imbecil de Marty
Jones e dos idiotas dos seus bajuladores. Antes de encarar o professor, virei
minha cabeça a Marty e dei um olhar ameaçador. Ele cessou os risinhos na mesma
hora. Estava claro que eu o mandaria para a enfermaria a qualquer instante se
ele voltasse a me aborrecer. Ele era um completo idiota.


                Virei-me
novamente para o professor, fingindo não ter acontecido nada a dois segundos
atrás, a não ser o berro e o caderno batendo na mesa. Ele estava de braços
cruzados e me olhava perceptivelmente zangado através daqueles óculos ridículos
de senhor que ele usava. Para ser sincero até que combinava com o cabelo
grisalho e encaracolado, e concerteza, com aquelas calças horrorosas de nerds
amarradas por um cinto marrom. E não podia faltar a blusa branca enfiada por
dentro da calça. Extremamente brega, e não era preciso ser uma garota com bom
sendo de moda para notar que aquilo era cafona.


                _ O que é sr.
Johnson? - eu perguntei. Eu tive que manter meu tom de voz ameno, afinal, eu
não queria levar umas suspensão pelo meu vocabulário, considerado,
inapropriado. Isso não é o pior. Completando.. Inapropriado para um filho de chefe
de policia. Era isso que dava ser filho do chefe da policia. Eles esperavam que
eu fosse um exemplo.


                _ O senhor,
está dormindo na minha aula. - ele disse por entre os dentes, tentando não
alterar a voz.


                _ E daí? - eu
perguntei. Todos conheciam o meu gênio, eu não era o tipo de pessoa educada.


                _ E o senhor
ainda pergunta e daí? - ele fechou as mãos em punhos.


                _ Aberração
se ferrou. - zombou Marty. Claro que o circo de palhaços dele iria rir.


                Marty Jones
era o ser mais desprezível da escola, se, não fosse da face da terra. Ele e
seus capangas se achavam os maiorais, só porque o pai de Marty tinha um bom poder
aquisitivo. Todo mundo tinha medo dele, se deixava intimar por ele, menos eu.


                _ Acho que
ninguém pediu uma terceira opinião. - eu disse, ainda olhando para o professor.
Pude ouvir Marty trincando os dentes de irritação.


                _ Já chega. -
o sr. Johnson interviu antes que Marty pudesse retrucar. - O comportamento dos
dois é extremamente inadequado. - Ele olhou para Marty. - Ninguém pediu a sua
opinião sr. Jones. - ele disse friamente repetindo as minhas palavras. Eu
sorri. Ele se encolheu e fez cara feia. - Quanto a você – ele se virou pra mim.
Suspirei. - Não admito que durma na minha aula. Se não se sente bem aqui a
porta está aberta. Não vou suportar suas brincadeiras por mais tempo sr.
Levort. - ele disse.


                _ Se procura
alguém para fazer brincadeiras está olhando para o cara errado. - eu sorri para
ele. - Eu não fiz nada de mais, apenas dormi. - disse inocentemente.


                _ Esse é o
problema. Estamos em uma sala de aula! - ele disse ríspidamente. Dei de ombros.
Não sabia que eu não podia ficar com sono em qualquer lugar. - Sr. Levort o
senhor é um ser incapaz de conviver com a sociedade humana. - ele disse
calmamente, suspirando. Como se eu já não tivesse ouvido isso.


                _ Até que
enfim entendeu! - disse Marty rindo.


                _ Isso não é
uma maneira educada de um professor falar com um aluno. - eu discordei com a
cabeça em tom de gozação.


                _ E isso não
é uma maneira educada de um aluno se dirigir à um professor – ele parou. Lá
vem. - Ainda mais um aluno que é filho do chefe de polícia. - ele completou.
Suspirei.


                _ Não vejo
como meu pai entra nessa história. - eu parei e sorri debochado. - A não ser que
o senhor queira me prender. - Ouvi risinhos por toda sala.


 


Depois de levar uma bronca do Sr. Johnson e ter que ouvir os
insultos idiotas do Marty – tinhamos quase todas as aulas juntos, me arrastei
para a Educação Fisica. Eu detestava. Eu só comparecia nas aulas, para não ser
reprovado.  O sr. Bolton resolveu que
hoje iriamos jogar baisebol. Não era tão ruim. Ele estava dividindo o time
quando cheguei.


_ Levort. Batedor. – ele apontou para o taco no chão. – Vamos ver
se você usa toda sua raiva, para alguma coisa útil. – ele murmurrou.  Eu sorri.


_ Posso escolher em quem vou bater? – eu perguntei.


_ Não se faça de engraçadinho. – ele me disse. Levantei as mãos
para cima.


_ Jones. Receptor. – ele disse. Ah, eu sorri pra mim mesmo. Seria
uma perfeita ocasião para uma maldade.


_ Porque eu? – Marty reclamou. – Eu quero ser o batedor. – ele
disparou um olhar na minha direção. Eu revirei os olhos, era típico dele.


_ Receptor. – O sr. Bolton repetiu firme. Eu podia começar a
gostar do Sr. Bolton.


_ Mas... – ele ia começar a protestar, mas o sr. Bolton o
interrompeu.


_ Eu sou o professor, eu dou as ordens. – ele disse rispido. –
Quando você se formar, e tiver um diploma, eu tolero seus protestos, mas por
enquanto eu mando aqui. – eu adorei a cara de vergonha que Marty fez. –
Receptor. – ele falou bem devagar. – Eu sorri.


Ele terminou de indicar o time a suas posições. Marty estava
agachado atrás de mim, e eu não conseguia abafar os risos, para a irritação
dele. Pierre, um garoto magrelo, iria arremessar. Era a ocasião perfeita. Eu me
preparei para o que estava por vir. Arremessei o taco para trás com toda a
força que eu tinha, e pude escutar o “ai” de Marty quando o taco o atingiu em
cheio. Puxei o taco de volta, e ainda consegui acertar a bola.


_ Seu idiota! – Marty gritou do chão.


O sr. Bolton apitou, parando o jogo. Fingi uma preocupação
desnecessária com Marty, apenas para não levar uma suspensão.


_ Ai meu Deus, eu te acertei? – eu perguntei a Marty, tentando
segurar o riso. – Me desculpe, não foi minha intenção te machucar. – Só um
tonto acreditaria nessa desculpa. – Você está bem? – eu esperava que não.


_ Seu idiota! – ele berrava. – Vou arrancar sua cabeça fora! – ele
ameaçou.


_ Tente. – eu sussurrei para ele.


_ Levort! – o sr. Bolton gritou. – Está suspenso!


_ Eu não tive intenção de machuca-lo Sr. Bolton, não pode me dar
uma suspensão. – eu disse lhe calmamente. – Foi um acidente.


_ Acidente nada! – Marty gritava.


_ Cale a boca, Jones. – eu sorri quando ele disse isso. – Vou te
levar a enfermaria.


_ Não. – eu disse. – Eu o levo, foi minha culpa ele ficar assim, o
minimo que posso fazer, é leva-lo até a enfermaria. – eu era tão bom ator.


_ Acho justo. – o professor disse. Ele queria levar Marty a
enfermaria, tanto quanto eu. – Dispensados.


_ Vamos. – eu disse apertando a mão de Marty com força, e passando
pelo meu ombro. Eu estava praticamente arrastando ele.


_ Ai, seu idiota. – ele disse. – Isso não vai ficar assim.


_ Você só sabe falar idiota? – eu perguntei indignado.


_ Monstro! – ele grunhiu. Eu o taquei no chão, e ele gemeu de dor.
– Por que você fez isso? – ele gritou.


_ Acha mesmo que eu vou te levar na enfermaria? – eu bufei. – Se
vire.


_ Você é uma desgraça Levort! – ele disse.


_ Aidam! – alguém me chamou. Uma voz desconhecidamente conhecida.


_ O que foi? – eu disse.


_ Sua mochila. – ela falou baixinho. Nely estava corando. Eu
fiquei perplexo.


_ Você tem algum problema? – eu perguntei puchando com força a
minha mochila de sua mão.


_ Não fale assim com ela, seu animal. – Marty disse.


_ Vão pro inferno vocês dois. – eu disse. – Leve seu namoradinho
você mesma pra enfermaria. – falei para Nely, e lhes dei as costas.


Caminhei rapidamente para o estacionamento, afim de sair logo
daquela escola. Eu sorri satisfeito comigo. Encostado no meu jipe, estava
Arthur Felton, o maior fofoqueiro da escola. O que ele queria? Levar uma surra,
só podia.


_ O que você quer? – perguntei rispidamente.


_ Oi, tudo bem? – ele me perguntou num tom amigável ficticil.


_ Corta essa. – eu bufei. – O que você quer? – repeti.


_ Vejo que não tem como ser educado com você, Aidam. – ele disse.
– Bem, sabe alguma coisa sobre os novos moradores da cidade? – ele me
perguntou.


_ Quem? – eu disse.


_ Você não sabe? – ele me perguntou desconfiado.


_ Eu não sou fofoqueiro como você. – eu disse tirando ele da
frente da porta do meu belo jipe verde.


_ Fiquei sabendo que uma familia irá se mudar pra cá. – ele me
informou. Abri a porta do carro e taquei minha mochila no banco do carona.


_ E daí? – Quem seriam os loucos de mudar para cá?


_ E daí, como seu pai é o chefe de policia, achei que ele saberia
de alguma coisa. – Interesseiro.


_ Eu não sou o meu pai. – disse rispido. – Se quer informaçoes que
ELE sabe, você deve perguntar a ELE, não a mim. – Bati a porta do carro, e
liguei o motor nem prestando atenção no que ele havia falado.


Pisei fundo no acelerador.


Estava quase chegando em casa, quando eu o vi. Um mercedes SLR,
preto, passou voando perto de mim. Parei o carro na mesma hora afim de ver quem
era o corredor, mas, não deu tempo.


 


Meu pai ainda não havia chegado quando entrei em casa. Mamãe
estava pindura no telefone, conversando com a sr. Pole, fofocando, sobre os
novos moradores. Coitados, não vão ter paz, eu pensei.


_ Cheguei. – eu disse subindo para o meu quarto.


Quem seria o motorista da mercedes? Eu nunca havia visto aquele
carro por aqui antes. Seria um desses “novos moradores”? Eu parei quando pensei
isso. A gente tinha vizinhos? Ah não, eu pensei.


 


Mas tarde, quando meu pai chegou, desci para comermos. Os dois já
estavam se servindo, quando cheguei e puxei a cadeira para me sentar.


_ Tenho novidades. – papai exclamou.


Eu reprimi um suspiro. Já sabia o que estava por vir.


_ Sobre os novos moradores? – mamãe perguntou curiosa.


_ Sim. – papai sorriu. Ele deu um pigarro, para que eu prestasse
atenção. Bati com força o garço no prato, e cruzei os braços para ouvi-lo. –
Eles apareceram na delegacia. – ele disse.


_ São bandidos? – eu perguntei surpreso.


_ Não. – papai me repreendeu zangado. Fiquei decepcionado. – Eles
foram se apresentar, e pedir algumas informações. – Grande coisa, pensei.


_ Mas conte mais! – mamãe pediu desesperada. Assim que papai
terminasse de contar, aposto que ela iria contar tudo a sr. Pope. Minha própria
mãe!


_ Eles são em cinco. – ele disse-nos. – O sr. Morgan, sua esposa,
os dois filhos, e a namorada do garoto. – ele fez uma careta ao falar sobre a
namorada do menino. Para uma pessoa de cidade pequena, esse tipo de coisa era
considerado um tipo de pecado. Coisa de gente velha. – O garoto tem 18 anos. –
ele continuou. – Seu nome é Vincenty, a namorada dele, Victory, tem a mesma
idade. – ele disse. – E a garota... – a voz do meu pai derrepente ficou
estranha.


_ O que tem ela? – perguntei, derrepente ficando curioso pela
reação do meu pai.


_ Ela é estranha. – reparei que meu pai tremeu.


_ Por que? – mamãe perguntou, também curiosa.


_ Ela ficou o tempo todo grudada na mãe, como se alguma coisa a
infringisse dor... – meu pai disse. Sua expressão era pensativa, concerteza
lembrando da garota. – Aqueles olhos... – papai murmurrou assustado.


_ O que tinha os olhos dela? – perguntei confuso.


_ Eram vermelhos cor de sangue. – ele disse. – Muito assustadores.
– Eu ri. Ele me olhou zangado.


_ Desculpe. – pedi. Meu pai, com medo dos olhos de uma garota
tímida.


_ O nome dela é Amber. – Ele falou. Algo no nome dela me deixou
intrigado. De repente, meu pai começou a me encarar de forma estranha.


_ O que? – perguntei.


_ Ela me lembrou você. – ele disse.


_ Talvez por que nossos nomes soam compatíveis. – dei de ombros.
Opa, eu falei isso? Estranho. Ele não prestou atenção, ainda bem.


_ O que eles fazem?- minha mãe mudou de assunto.


_ O sr. Morgan tem uma loja de camping. – Papai disse.
Interessante. Eu iria ser um bom cliente. – Eles tem gostos muito parecidos com
o seu. – Percebi que suas palavras continham uma dosagem de esperança. Ele
tinha esperanças de que eu criasse amizade com o tal garoto. Meus pais sofriam
com a minha postura anti-social. Era desnecessario tal sofrimento, já que eu
gostava disso.


_ Vincenty e Victory estudarão no seu colégio. – papai disse.
Existia outro por aqui?


_ E a garota? – perguntou minha mãe. Eu estava curioso em relaçao
aquela garota que eu nunca havia visto. Isso não era normal.


_ Perguntei ao Sr. Morgan, mas foi a sua esposa quem respondeu. –
Ele disse. – Ela falou que a garota estuda em casa. – Estranho. Que garota de
17 anos estuda em casa? – Não questionei. – Deu de ombros. – Eles são
excepcionalmente bonitos e elegantes. – papai observou. – Parecem ter saído
daqueles catálogos de moda.


Eu ri.


_ Que exagero. – bufei.


_ Aonde eles estão morando? – perguntou mamãe novamente curiosa.


_ Aqui por perto. – papai sorriu.


_ Nós temos vizinhos? – Eu gritei dramaticamente.


Ele me ignorou e continuou a conversar com a minha mãe sobre os
Morgan. Eu já estava farto, então continuei a comer, mas não pude deixar de
ficar atento quando ele mencionava o nome Amber. O que estava acontecendo
comigo?


 


GNT, VOU ESPERAR JUNTAR MAIS LEITORES PARA POSTAR MAIS CAPÍTULOS, JÁ TENHO O DOIS PRONTO, MAS VOU ESPERAR PRA VER SE VSES ESTÃO CURTINDO OU NÃO... EMBREVE POSTO O CAPITULO 2.  BGS:*  COMENTEM PLEASE :D



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Autor(a): thayannelim

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 14



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  • ferreirapavani Postado em 28/05/2010 - 00:08:03

    Acaba de estreia a mais nova webnovela no site, CORAÇÃO PARTIDO, uma emocionante historia. Uma trama muito bem elaborada especialmente a voces. Entrem e confires. Ah nao esquecam de deixarem seus criticas.

    Confira no site: http://www.e-novelas.com.br/?q=webnovela&id=6698

  • ladytristan Postado em 27/05/2010 - 20:55:37

    otimo mas pliss aumenta a letraaaaa bjx e posta maaaaaaaiss

  • ladytristan Postado em 27/05/2010 - 20:55:31

    otimo mas pliss aumenta a letraaaaa bjx e posta maaaaaaaiss

  • ladytristan Postado em 27/05/2010 - 20:55:25

    otimo mas pliss aumenta a letraaaaa bjx e posta maaaaaaaiss

  • ladytristan Postado em 27/05/2010 - 20:55:19

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  • ladytristan Postado em 27/05/2010 - 20:55:05

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  • ladytristan Postado em 27/05/2010 - 20:54:57

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  • ladytristan Postado em 27/05/2010 - 20:54:49

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  • ladytristan Postado em 27/05/2010 - 20:54:42

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  • ladytristan Postado em 27/05/2010 - 20:54:33

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