Fanfics Brasil - CAPÍTULO I Verão eterno!!! (Terminada)

Fanfic: Verão eterno!!! (Terminada)


Capítulo: CAPÍTULO I

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Da fazenda Vale do Sol, podia-se avistar ao longe as montanhas de Sierra
Perdida. Majestosas, tudo nelas indicava a presença de água em abundância:
vales re­cobertos por relva macia, florestas e bosques verde­jantes e lagos de
água cristalina. Anahí Portilla no entanto estava muito distante de todo aquele
paraíso. A dura realidade de sua terra seca fazia com que Sierra Perdida fosse
um sonho para ela e para outros fazen­deiros cujos poços haviam secado.


Contudo ela havia decidido lutar e jamais desfazer-se de sua fazenda Vale
do Sol.


Anahí precisava muito de água para seu gado e suas terras, mas não tinha
grandes ambições; Não queria um grande rio de águas profundas ou um enorme lago
cheio de peixes. Uma pequena lagoa seria o suficiente para matar a sede de seu
gado e regar as plantações de alfafa e cevada. Era só isso o que ela queria,
uma pequena fonte de água que jamais secasse.


No entanto, era apenas um sonho, pois a realidade, desconcertava. Possuía
um velho caminhão-pipa que mal funcionava, e com muito esforço ela o conduzia pela
estradinha empoeirada. Seus braços doíam, mas sabia que não podia parar pois
esse era o único meio de abastecer seu rancho.


A Vale do Sol localizava-se no Estado de Nevada, onde o sol abrasador
brilha sem parar, fazendo com que tudo
morra se não houver o precioso líquido. Con­tudo, Anahí acreditava que
dias melhores poderiam chegar: o preço do
gado poderia subir e talvez conse­guisse
vender algumas cabeças por uma quantia razoá­vel. Mas ainda assim
faltaria dinheiro para algo ur­gente: trocar seu velho caminhão-pipa por um
mais novo. A única alternativa seria contratar um geólogo sério e responsável
para construir um poço artesiano em suas terras. Depois, munida de um relatório
assi­nado por ele, poderia conseguir um empréstimo junto ao banco. Já havia colocado um anúncio no jornal e
esperava que algum profissional
competente pudesse ajudá-la, pois acreditava firmemente que um de seus velhos poços secos poderiam produzir água
novamente.


Havia a esperança de chuva também. Da janela de seu caminhão, Anahí
observou algumas nuvens ro­deando os picos
das montanhas de Sierra Perdida. Mas eram muito poucas e estavam longe
de sua fazenda. Talvez chovesse nas
montanhas, mas não em suas ter­ras, onde o solo já rachava pela falta de
água, e o gado amontoava-se ao redor dos
poços secos, na ten­tativa desesperada de matar a sede.


O chapéu de
vaqueiro fazia sombra em seu rosto, sem contudo esconder a boca carnuda, mas
fechada com um ar de preocupação. Os olhos
cor de mel eram como um raio de luz iluminando o semblante cansado, e os cabelos sedosos e ruivos estavam presos e
escon­didos dentro do chapéu. Algumas
mechas soltas caíam pelo pescoço de
pele alva. Por um instante, enquanto dirigia,
imagens do passado vieram a sua mente. Anahí lembrava-se do pai e do poço de água pura e fresca que ele havia
encontrado no mesmo dia em que ela nascera.
Mas o poço havia secado e, a menos que um mi­lagre ocorresse, ela
completaria vinte e quatro anos sem nenhuma água na Vale do Sol.


O caminhão-pipa estava vazio e precisava buscar água no rancho de Derrick James. Apesar de serem vizi­nhos, havia muita
água nas terras de James, enquanto Anahí não tinha uma gota sequer em
sua fazenda. A única coisa que ela tinha no
momento eram planos e sonhos, da
mesma forma que seu avô e seu pai tiveram.


Apesar das dificuldades, Anahí amava a Vale do Sol
como jamais amara algo em sua vida. Outras moças poderiam sonhar com namorados, casamentos felizes,
muitos filhos, mas todos esses sonhos haviam morrido quando ela completara dezoito anos. A vida lhe ensi­nara que o amor pode
terminar, mas a terra dura para sempre e Anahí
acreditava na eternidade. Jamais aban­donaria
o homem que amasse. Sua mãe o fizera, e sua irmã mais velha, Julie, tinha numerosos casos de amor.


Após dirigir o velho caminhão-pipa pela estradinha,
Anahí chegou ao vale onde se
localizava um dos poços de água de Derrick James,
seu vizinho. A relva verde­jante indicava a
presença de água nas profundezas do solo
e, no poço, o líquido precioso brotava puro, fresco e cristalino. O gado
de James estava por perto, pas­tando calmamente no capim macio. Era incrível
que dois lugares tão perto um do outro
pudessem ser tão diferentes.


Anahí abriu a porta amassada do caminhão, descen­do com agilidade apesar de todo o cansaço. Depois de se
assegurar que a válvula do tanque do caminhão estava
bem fechada, colocou uma mangueira na bomba de água de James, e
atarrachou a outra ponta na boca do tanque
de seu caminhão. Era assim que ela trans­portava água para seu gado
diariamente, com muito esforço, pois seu equipamento era velho e obsoleto. Tinha esperança de que todo aquele trabalho
terminas­se com a chegada da estação das chuvas.


No início, quando seus poços ainda não haviam secado
completamente, Anahí enchia o caminhão-pipa uma vez a cada três ou quatro dias.
Com o atraso das chuvas, as viagens passaram a ser feitas a cada dois dias,
diariamente, duas vezes por dia, até que ela se viu obrigada a encher o
caminhão quatro vezes por dia. Trabalhava obstinadamente até que seus braços
não pudessem mais dirigir o pesado e velho caminhão. Só então ia dormir,
assustada com o gemido de seu gado sedento.


Anahí queria terminar o trabalho logo, mas ainda tinha de colocar água no
radiador de seu caminhão. Entretanto, apesar da pressa, debruçou-se sobre a
água que enchia o poço, mergulhando os braços até a altura do cotovelo. Depois,
molhou suas roupas e refrescou o corpo, para em seguida banhar o rosto, rindo
com a deliciosa sensação que a água fresca lhe dava.


Foi nesse instante que Poncho se aproximou com seu cavalo, atraído pelo som
do riso de Anahí. Ele havia observado todo o trabalho que ela tivera para
encher o caminhão.  Quis ajudá-la no
início, mas algo nela o impediu. Apesar de muito cansada, Anahí mostrava a
graça de um cavalo selvagem. Bonita e muito deci­dida, conseguia fazer com que
todo o equipamento funcionasse apesar de tão antigo. Seu riso inesperado era
como água brotando em terra seca, e, agora, suas roupas molhadas revelavam as
formas de um corpo tão exuberante quanto os cabelos de cobre que brilhavam ao
sol. As pernas longas eram perfeitamente torneadas, e a blusa molhada
ressaltava-lhe os seios redondos. Poncho estava encantado com a maravilhosa
visão daquela mulher, de aparência delicada, mas ao mesmo tempo tão decidida e
independente.


 



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Autor(a): annytha

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Agora Poncho entendia por que Derrick James havia ten­tado persuadir Anahí a casar-se com ele. Desde que voltara para sua fazenda há dois anos, nenhum envol­vimento amoroso estava nos planos de Anahí, e Poncho queria muito saber quem era aquela mulher que se importava mais com uma fazenda seca do que com um homem, mesmo que ele fosse um ric ...



Comentários do Capítulo:

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  • unposed Postado em 05/08/2010 - 22:29:41

    Por favor, não abandona! Continua postando.

  • unposed Postado em 05/08/2010 - 22:29:40

    Por favor, não abandona! Continua postando.

  • meybely Postado em 02/08/2010 - 12:55:45


    NUM ABANDONA!
    posta logo

  • unposed Postado em 19/07/2010 - 22:53:20

    Adoro todas as suas webs. Não para não, posta mais, please!

  • meybely Postado em 08/07/2010 - 14:50:00


    NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA!

  • meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:56


    NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA!

  • meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:51


    NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA!

  • meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:46


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  • meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:39


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  • meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:34


    NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA!




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