Fanfics Brasil - Verão eterno!!! (Terminada)

Fanfic: Verão eterno!!! (Terminada)


Capítulo: 10? Capítulo

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Poncho percebeu que
a falta de água na casa da fazenda já estava num estado desesperador. Não havia
água suficiente para o gado e para abastecer a casa tam­bém. O dia simplesmente
teria que ser mais longo e Anahí uma máquina para conseguir transportar mais
água. Poncho assobiou para a égua, que imediatamente balançou a cabeça e se
dirigiu até ele. Em seguida, pe­gou as rédeas e entregou-as a Anahí.


-       Espere alguns segundos até que ela se
acostume a seu peso mais leve. Ela é o melhor animal que existe para se
cavalgar à noite. Vá com ela que eu dirijo o caminhão. Não me espere para o
jantar. Acho que vou demorar um pouco.


Anahí pegou as
rédeas automaticamente. Em princí­pio, hesitou, mas depois decidiu seguir as
instruções de Poncho: ou confiava nele ou não confiava, e já sabia que ele era
um homem bastante confiável.


-       A marcha à ré está bem enguiçada. Evite
usá-la, se possível, mas se for mesmo necessário, fique pre­parado para o pior:
ela é mesmo um diabo. As chaves estão no contato. Ah. . . mais uma coisa: não
confie no marcador de combustível, ele sempre marca meio tanque. Se você andar
mais do que cinquenta quiló­metros, é melhor abastecer. O diesel está no tanque
azul no lado esquerdo do celeiro.


Poncho abanou a
cabeça e olhou-a com um olhar bas­tante surpreso:


-    
Você
sempre confia assim em estranhos?


-    
Não.
Não confio de modo algum em estranhos. E. . . também não durmo embaixo de caminhões
com estranhos. E você? Costuma deixar estranhos monta­rem seu animal? -
perguntou ela de modo direto.


-    
Nunca!


Aquela simples
palavra disse mais do que todo o sermão de Anahí e ela pôde perceber que nunca
alguém havia montado a égua além de Poncho. Antes que ela pu­desse dizer mais
alguma coisa, Poncho aproximou-se dela, pegou-a no colo e colocou-a sobre a
égua. Em prin­cípio, o animal estranhou o pouco peso de sua amazo­na, mas após
acalmá-la com palavras de afeto, Anahí conseguiu que ela a aceitasse. Com um
pequeno puxão nas rédeas, o animal levantou as orelhas e começou a galopar pela
escuridão da noite.


-       Te vejo lá em casa - disse Anahí ao
partir, sabendo que o vento levaria suas palavras até aquele homem, que imóvel
a observava partir no meio da noite.


-        Há uma jaqueta na mochila - avisou Poncho.
Quando Anahí já estava nas terras de seu rancho, sentiu-se feliz por estar
usando a jaqueta de Poncho. Tam­bém estava contente por estar cavalgando aquela
égua. Realmente, ela era um ótimo animal para se cavalgar à noite, pois muitos
cavalos tinham medo da escuridão noturna, mas Fiel, este era seu nome, parecia
nada temer.


Havia luz numa das
janelas da casa e Lee esperava por ela:


-    
Que
belo pónei! É de Poncho? - perguntou Lee, demonstrando satisfação.


-    
É
- respondeu Anahí laconicamente.


Como Anahí não
dissesse mais nada, Lee resolveu especular:


-    
O
caminhão quebrou?


-    
Não.
. .


Lee esperou que ela
lhe desse alguma explicação, mas como Anahí continuasse calada, resolveu pergun­tar
num tom zangado:


-       Você está querendo arrumar problemas,
meni­na?


Sorrindo, Anahí
desceu do animal e respondeu:


-       Não. Só estou querendo jantar.


Murmurando alguma
coisa que ela não pôde enten­der, o velho homem entrou na cozinha, batendo a
porta atrás de si. De fora, Anahí gritou:


-       Ponha mais um lugar na mesa!


A porta da cozinha
abriu-se imediatamente e Lee apareceu novamente:


-    
Ele
aceitou? Ele vai achar água para você?


-    
Ele
vai tentar.


Lee deu um grito de
contentamento, fazendo a égua pular de susto. Anahí então conduziu o animal
para o estábulo, e apesar de muito cansada, escovou-lhe toda a poeira do pêlo.
Depois, colocou feno na manjedoura e água fresca no tanque.


Após ter certeza de
que Fiel estava bem-cuidada, fechou a porta do estábulo e dirigiu-se à casa da
fa­zenda. Estava tão cansada que mal conseguia andar. Um longo banho quente era
tudo o que ela queria, contudo só havia água para beber e para um rápido banho
com bucha.


Havia uma bacia com
água quente esperando por ela em seu quarto. Rapidamente Anahí tirou as roupas
e lavou-se cuidadosamente, recusando-se a pensar numa banheira cheia de água
quente. Após vestir-se e esco­var os cabelos, desceu para a cozinha
apressadamente, tamanha era a fome que sentia.


-    
O
jantar já está pronto? - perguntou ela, com água na boca.


-    
Está,
e a comida é bem leve. Pode se sentar - disse Lee, indicando a mesa.


Lee ia temperar a
salada, mas seus dedos com artri­te pegavam a lata de óleo com dificuldade. Anahí
per­cebeu que ele sentia dor, e sem querer ofendê-lo deci­diu ajudá-lo:


-    
Deixe
que eu tempero a salada. Você coloca óleo demais - interveio Anahí, sabendo que
Lee era orgu­lhoso.


-    
Comida
de coelho! Não sei como você pode gos­tar disso! Quando Poncho vai chegar? -
inquiriu Lee, não suportando a visão do prato de salada em sua frente.


-    
Não
sei. Ele disse para não esperá-lo para o jantar.




-    
Então
vou servir a "verdadeira" comida agora. Sorrindo, Anahí não
respondeu.


-    
O
preço da carne abaixou - disse Lee.


-    Que milagre! Com o dinheiro economizado,
poderemos comprar ração especial para o gado.


-    
Não!
- afirmou Lee. Anahí olhou para ele surpresa.


-    
Por
que não?


-    
Porque
não haverá mais gado quando a prima­vera chegar. Teremos que vender outras
cabeças. Você sabe disso - respondeu Lee preocupado.


-       Não! Ainda posso conseguir água para eles por um período
mais longo. Talvez as chuvas cheguem logo - disse Anahí assustada.


Lee ia começar a
discutir, mas desistiu. Apenas aconselhou-a:


-       Não se mate, meu bem. Nada vale o esforço
de uma vida. Quanto mais você esperar para vender, mais magro seu gado vai
estar e mais baixo será o preço que você conseguirá por ele, O pasto já está
secando e não há nenhum sinal de chuva.


As palavras de Lee
irritaram Anahí, exatamente porque ela sabia que eram palavras verdadeiras,
isso fez com que ela reagisse imediatamente:


-       Se o problema for o pasto, transportarei
ração para o gado da mesma forma como tenho transportado água.


Lee abanou a cabeça
e não disse nada. Sabia que mesmo se os dois trabalhassem vinte e quatro horas
por dia, não conseguiriam transportar água e ração para todo o gado. O dia não
tinha horas suficientes para tanto trabalho e nem eles teriam forças para
tanto. Anahí era jovem, mas teria que descobrir suas próprias limitações. Lee,
com mais idade e experiência de vida, sabia que isso aconteceria mais cedo ou
mais tarde e preocupava-se, não por ele mas. . . por Anahí. Por sua querida
menina, ele seria capaz de aguentar todos os males do mundo, mas, e se ela não
conseguisse rea­lizar seu sonho? E se não houvesse mais água na Vale do Sol?
Ela era a filha que ele não teve, mas sabia que não poderia mover montanhas por
ela.


Silenciosamente,
Lee dirigiu-se ao fogão, colocou um pouco de manteiga numa frigideira e começou
a fritar o bife de Anahí. Ela então colocou o feijão e a salada na mesa e
serviu-se de ambos. Em seguida, abriu o forno e retirou o pão ainda quentinho;
o aroma era irresistível.


-       Coma enquanto está quente - disse Lee,
colo­cando o bife de Anahí na mesa.


Imediatamente Anahí
começou a cortar e comer seu bife:


-       Hum! Está delicioso - disse ela com
satisfação.


Enquanto isso, Lee
fritava seu bife sorrindo, con­tente por ver que Anahí apreciava sua comida.
Logo, o único som que se ouvia era o de talheres nos pratos e o barulho da água
que fervia para o café.


Já satisfeita, Anahí
contou a Lee o trato que havia feito com Poncho, preocupada com a provável
reação que ele teria sobre a casa e a comida como parte do com­binado. Lee
ouviu a tudo em silêncio, abanando a ca­beça às vezes, e sorriu com aprovação
ao saber de todos os detalhes do trato.


-       Bem, é melhor ligar o aquecedor para um
banho quente - disse Lee de repente, limpando a boca com um guardanapo de
papel.


Anahí olhou para
ele como se tivesse ouvido um absurdo:


-    
O
quê? - perguntou ela sem entender.


-    
Você
não quer um bom banho quente, menina?


-    
Bem,
é claro que sim, mas. . .


-    
Então
não fique me olhando dessa maneira e vá logo ligar o aquecedor.


-    
Lee,
se eu tomar banho, amanhã não teremos água para beber - explicou ela, falando
bem pausado para que ele entendesse bem o que significava um
"banho"..


-    
É  claro que 
teremos.  Teremos  um 
caminhão, cheinho. O que você acha que Poncho está fazendo até agora. .
.  passeando com o velho caminhão-pipa?


 


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Autor(a): annytha

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gracias por todos os comentários de coração.   Anahí abriu a boca sem acreditar: -     Você realmente acha que. . . - perguntou ela, sonhando com um delicioso banho quente. -     Por que você não pergunta a ele mesmo? No silêncio da noite, o barulho do caminh&atil ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 467



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  • unposed Postado em 05/08/2010 - 22:29:41

    Por favor, não abandona! Continua postando.

  • unposed Postado em 05/08/2010 - 22:29:40

    Por favor, não abandona! Continua postando.

  • meybely Postado em 02/08/2010 - 12:55:45


    NUM ABANDONA!
    posta logo

  • unposed Postado em 19/07/2010 - 22:53:20

    Adoro todas as suas webs. Não para não, posta mais, please!

  • meybely Postado em 08/07/2010 - 14:50:00


    NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA!

  • meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:56


    NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA!

  • meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:51


    NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA!

  • meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:46


    NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA!

  • meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:39


    NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA!

  • meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:34


    NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA!




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