Fanfics Brasil - Verão eterno!!! (Terminada)

Fanfic: Verão eterno!!! (Terminada)


Capítulo: 15? Capítulo

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Naquele instante, o
som de um veículo entrando no vale em alta velocidade chamou sua atenção. Ainda
rindo, James virou-se para ver quem era, imaginando ser um de seus homens.


Anahí sentiu um
grande alívio quando avistou sua ve­nha caminhonete e Lee ao volante. Só então
se deu con­ta de que estava atemorizada. Enquanto Lee se aproxi­mava, ela
tentava se acalmar, sabendo que agora estava salva e que seu velho amigo
saberia cuidar do caso.


No instante
seguinte, contudo, Anahí percebeu que não poderia contar a Lee que James
tentara abusar dela novamente. Se ele soubesse, ficaria tão louco que lutaria
com aquele canalha e ela não queria que isto acontecesse. Sabia que Lee iria
apanhar demais para sua idade, já que James tinha um prazer sádico em judiar de
pessoas mais fracas.


-       Bom-dia, velho homem. Finalmente você
resol­veu aparecer. Pensei que ela fosse fazer todo o trabalho sozinha - disse James
assim que Lee desceu da ca­minhonete.


Lee
olhou para James com os olhos apertados, co­mo se soubesse que ele estava
mentindo. Depois, vendo a ferramenta nas mãos de James e Anahí trancada na
cabine do caminhão, teve certeza de que algo quase acontecera.


-    
Bem,
agora estou aqui - disse Lee com segu­rança.


-    
Então,
acho que já posso voltar para a fazenda. Até mais ver, garotinha - despediu-se James,
sor­rindo.


-    
Até
logo, James.


A voz de Anahí era
sem expressão alguma, como seu rosto. Só quando o jipe de James já estava
saindo do vale é que Anahí desceu do caminhão.


-- Estou contente
por vê-lo - declarou ela tentan­do demonstrar naturalidade. Depois, continuou:
- É muito chato ficar conversando com as vacas enquanto o caminhão enche de
água.


-    
Ele
colocou a mão em você? - perguntou Lee num tom de preocupação.


-    
Não!
- respondeu Anahí com honestidade, mas escondeu o fato de que ele só não
conseguira porque ela correra para o caminhão.


Lee olhou para ela
desconfiado. Seus lábios tremiam quando falou:


-    
De
hoje em diante eu faço o transporte da água.


-    
De
jeito nenhum! Mas se você quiser praticar tiro ao alvo, adoraria sua companhia
- disse ela sor­rindo.


Lee olhou-a por um
longo momento. Anahí sorria aquele sorriso habitual, mas estava muito pálida.
Lee sabia que James havia tentado alguma coisa. Quando levara Poncho à fazenda
dele, ouviu um dos empregados dizer que ele havia levantado cedo para checar o
poço do vale. Jamais fizera isso e exatamente esse fato cha­mou a atenção dele,
pois era esse o poço de onde Anahí retirava água.


Pior de tudo, sabia
que Anahí não lhe diria nada pelo mesmo motivo que não queria que ele
transportasse a água - suas mãos estavam fracas para trabalho pesado. Bem no
fundo de seu coração, Lee odiava o destino que lhe roubara a esposa, e agora
impedia-o de ajudar e defender a pessoa que era para ele como uma filha.


-       A partir de hoje, acompanharei você nas
viagens com o caminhão-pipa - disse Lee em tom baixo.


Anahí não discutiu,
aliviada por saber que não mais enfrentaria James sozinha. Ele simplesmente não
con­seguia entender o significado da palavra não. Não era apenas um incentivo
para uma briga, e até uma luta, mas para Anahí essa ideia era assustadora e
repug­nante.


Lee, então,
dirigiu-se à caminhonete e tirou um rifle que estava no banco de trás. Após
carregá-lo, voltou para Anahí sorrindo. Alguma coisa naquele sorriso fez Anahí
agradecer por ser amiga dele.


-       O gatilho mais rápido do Oeste - brincou
Lee com a voz rouca de raiva. - Numa seca dessas, as cobras se aproximam dos
poços; é preciso ter muito cuidado. Anahí, se você estiver em perigo e eu não
esti­ver por perto, mantenha esse rifle sempre perto de você,  entendeu? - perguntou ele, olhando-a fundo
nos olhos.


Anahí tentou
sorrir, mas não conseguiu. Apenas abra­çou Lee.


-    
Entendi
sim, não se preocupe.


-    
Vou
dar uma olhada no gerador. Vá até aquele monte e treine um pouco. Faz tempo que
não prati­camos tiro ao alvo juntos.


Anahí não teve como
negar. Após pegar o rifle e a munição, dirigiu-se ao monte onde não correria o
risco de atingir algum animal. Então, quando avistou um toco de árvore, atirou
nele até que se reduzisse a lascas. Em seguida, voltou ao poço onde Lee cuidava
do gerador.


-       Você é incrível, Lee, conseguiu tirar
aquele ba­rulho maldito do motor.


Ele
sorriu, satisfeito por saber que ainda podia ser útil. Anahí então foi checar o
nível de óleo do gerador, e descobriu que Lee já o havia feito:


-       Já chequei tudo. Por hoje você não
precisa mais se preocupar com esse motor velho - disse ele, de­monstrando
alegria.


Anahí sorriu.
Queria dizer alguma coisa, mas não sabia como começar. Resolveu então ir direto
ao as­sunto:


-       Vou telefonar para Hawthorne quando
chegar em casa. Ele quer comprar alguns dos meus bois.


Lee tirou o chapéu,
coçou a cabeça e voltou a co­locar o chapéu.


-       Quantas cabeças você pretende vender?


Ela fechou os
olhos, tentando não pensar no momen­to doloroso de separar-se de parte do seu
gado.


-    
Ainda
não sei. Metade talvez. Sim, metade. O pasto que ainda existe será suficiente
para as outras cabeças.


-    
Hawthorne
vai usar seus próprios empregados para levar o gado?


-    
Foi
o que ele fez na última compra. Caso não seja possível, contratarei os filhos
de Johnston. Eles adoram um rodeio.


-    
Sim,
bons meninos. Um pouco inexperientes, mas sempre se é inexperiente quando se é
jovem.


Para Anahí, aquilo
era uma grande verdade. Ela suspirou e olhou ao redor. Vivera naquele lugar até
os catorze anos, mas depois, por insistência de sua mãe e de Julie, mudaram-se
para Los Angeles. Entretanto, Anahí jamais esquecera a fazenda e o fato de seu
pai ter que sustentar duas casas. Se não fosse por isso, ele teria dinheiro
para ter perfurado mais poços. Mas a mãe não queria que as filhas crescessem
naquele lugar sem nenhuma "civilização". Todos os lucros da fa­zenda
eram então enviados para Los Angeles.


-       Pobre papai! - suspirou Anahí, sem
perceber que havia falado alto.


Lee colocou o braço
ao redor do ombro de Anahí:


-    
Não
fique com pena dele. Ele fez o que queria e mandou o resto para o inferno.


-    
Mas
ele trabalhou duro demais - disse ela, ten­tando conter as lágrimas.


-    
Ele
adorava essa vida e o Oeste. Sua mãe tam­bém sabia disso.


Anahí reparou que
ele não mencionara Julie. A irmã mais velha, uma bela criança mas muito frágil,
era incapaz de suportar um dia mais quente, quanto mais o calor do Oeste. Mas Anahí
era diferente. Ela amava aquele lugar, mesmo com suas agruras, e adorava obser­var
o gado andando pelas pastagens. Nascera para aquela terra, mas sua mãe jamais
entendera isso. Lee continuou a relembrar o passado:


-       Seu pai costumava levar você com ele
quando ia trabalhar com gado, e isso fazia ambos muito felizes.


Anahí sorriu, mas
de um modo meio triste. Ela amara muito o pai. Amara a mãe também, mas só se
dera conta do fato quando a mãe morreu. Foi naquele dia também que Anahí
descobriu cartas que seus pais escre­veram um para o outro enquanto estavam
separados.


-       Mamãe amava papai.


Lee
suspirou:


-       Sua mãe era uma mulher de emoções
profundas e fortes. Amor e ódio se confundiam para ela. Quando você se
descontrola, fica parecida com ela. Você também herdou a coragem e a força de
caráterde seu pai e deve ter.alguma coisa de Julie também.


Lee abanou a
cabeça, como se quisesse afastar as tristes lembranças do passado:


-        Pobre
Julie, bonita como uma flor. . . e. . . jovem demais para morrer


 



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Autor(a): annytha

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 467



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  • unposed Postado em 05/08/2010 - 22:29:41

    Por favor, não abandona! Continua postando.

  • unposed Postado em 05/08/2010 - 22:29:40

    Por favor, não abandona! Continua postando.

  • meybely Postado em 02/08/2010 - 12:55:45


    NUM ABANDONA!
    posta logo

  • unposed Postado em 19/07/2010 - 22:53:20

    Adoro todas as suas webs. Não para não, posta mais, please!

  • meybely Postado em 08/07/2010 - 14:50:00


    NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA!

  • meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:56


    NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA!

  • meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:51


    NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA!

  • meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:46


    NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA!

  • meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:39


    NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA!

  • meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:34


    NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA!


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