Fanfics Brasil - CAPÍTULO V Verão eterno!!! (Terminada)

Fanfic: Verão eterno!!! (Terminada)


Capítulo: CAPÍTULO V

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Com os braços
doloridos de tanto dirigir, Anahí des­ceu da cabine do caminhão-pipa
espreguiçando-se. Mes­mo com apenas metade do gado que anteriormente pos­suía,
o dia ainda não era suficientemente longo para todas as viagens necessárias.
Desde que vendera parte de seus animais a Hawthorne, Anahí vinha trabalhando
incessantemente para cuidar das cabeças restantes.


Olhou para as
montanhas de Sierra Perdida com ansiedade. Majestosas e imponentes, elas
estavam dis­tante da terra seca da Vale do Sol. Nuvens esparsas flutuavam
ocasionalmente no céu e a temperatura havia caído para 28°C durante o dia e até
20°C à noite. Ape­sar da previsão de chuvas provenientes de uma frente vinda do
Canadá, e mesmo com o ar mais úmido, ne­nhuma gota sequer ainda havia caído.
Contudo, algu­mas nuvens já se formavam na região das montanhas, e pequenos
regatos que desciam Sierra Perdida já pos­suíam mais água. Mas as pastagens e
ravinas continua­vam secas e morrendo pouco a pouco. Caso não choves­se muito e
logo, nem os pequenos regatos resistiriam. Aliás, se não chovesse logo, Anahí
teria que começar a transportar feno para o gado, alem de todo o trabalho com a
água. Os animais já haviam escavado tanto a terra, na tentativa de encontrar
algum capim fresco, que logo o solo estaria danificado demais até para ser
replantado.


-       Anahí, você está arrumando mais
problemas. Já tem trabalho demais. Cuidado! - disse ela para si mesma.


Não muito longe,
uma vaca da raça Angus vinha em direção a ela:


-    
Alô,
Violeta, onde está seu filhote? - pergun­tou Anahí sorrindo, passando a palma
da mão vigoro­samente sobre o lombo do animal. Violeta fungou co­mo que
respondendo.


-    
Ah,
ele está andando lá longe? Bem, o que você esperava de um bezerrinho mimado? -
perguntou Anahí, acariciando a orelha do animal. Violeta sabia que era o animal
favorito de Anahí e adorava ser aca­riciada por sua dona. Não era só pelo fato
do gado Angus ser consideravelmente mais valioso que Anahí o preferia, mas era
com aqueles animais que ela iria reconstruir a fazenda. Todo o futuro da Vale
do Sol estava depositado no sonho de um novo poço e na­quelas cabeças de gado.


Violeta era muito
mais do que um animal de esti­mação. Quatro de seus filhotes tinham recebido
altas propostas e Anahí havia recusado todas elas. Queria que Sol da
Meia-Noite, o mais novo dos filhotes, fosse o pai de um novo rebanho Angus na
futura fazenda Vale do Sol. Seu sonho era ter uma linhagem altamente
selecionada, e, para ela, dinheiro algum poderia pagar aquela grande ambição.


Pensando no futuro
rebanho, Anahí observava os animais que bebiam água no tanque. Outros deles
ali-mentavam-se do feno fresquinho que Lee havia trazido no dia anterior. Anahí
observava cada vaca, conhe­cendo cada uma individualmente, atenta a qualquer
arranhão ou contusão que pudessem ter. Mas todos estavam bem, nada os
incomodava. Talvez até estivessem melhor que a própria dona.


De repente, Violeta
parou de beber água e virou a cabeça. Anahí acompanhou-lhe o movimento e viu Poncho
andando em direção a ela. Ao aproximar-se, ele sorriu e afagou o pescoço do
animal, que imediatamente colo­cou a extensa língua para fora.


-    
O
que você faz para ela gostar tanto de você? - perguntou Anahí, enquanto Poncho
colocava algo na boca de Violeta.


-    
Sal
- respondeu ele, sorrindo. - Este é um bom rebanho, um dos melhores que já vi.


-    
Obrigada,
eles são o meu presente, a minha con­tribuição para o futuro da Vale do Sol -
disse ela, sem disfarçar o orgulho que sentia por seus animais.


-    
Sua
família não criava gado Angus? - pergun­tou ele.


Anahí tirou o
chapéu e passou a mão pelos cabelos, deixando que a brisa movimentasse os
sedosos fios:


-    
Não.
Meu pai sempre quis, mas nunca conse­guiu. O primeiro Angus que comprei com o
dinheiro do meu trabalho foi Violeta. Mas meu pai não viveu para ver sua cria.


-    
Você
já foi modelo, não é mesmo?


Anahí imaginou qual
seria sua aparência naquele instante: botas empoeiradas, calça de brim
desbotado, camisa de trabalho, chapéu amassado. Então sorriu desajeitadamente:


-  Há muito tempo, num outro país.


Poncho então
observou o belo perfil de Anahí, o cabelo sedoso e brilhante, os seios jovens e
firmes e as pernas longas e roliças. Em suas andanças, ele já conhecera
mulheres belíssimas, mulheres que fizeram os homens desejá-las, mas jamais
encontrara uma que o atraísse tanto, física e espiritualmente como Anahí. Ele
queria conversar com ela, rir com ela, ajudá-la, protegê-la, enfim, estar com
ela ao lado de seu radiante sonho.


Mas, além disso,
ele queria tocá-la, descobrir a quen­te e suave textura daquele corpo de
mulher, provar do doce mel daquela boca macia, sentir a resposta úmida de suas
entranhas, até ouvi-la gritar seu nome, envolta em ondas de prazer.


Com tais
pensamentos em mente, Poncho chamou-se vá­rias vezes de tolo. Sabia que Anahí
não havia sido feita para ele. Sua mente sabia disso, mas seu corpo másculo
lutava desesperadamente contra aquela imposição dó destino. A simples presença
de Anahí fazia com que ele a desejasse como jamais desejara outra mulher em sua
vida. Entretanto, ele não se atreveria a mais do que isso. Poncho não tinha
nada para oferecer-lhe, a não ser achar a água que ela tanto queria. Ele só
tinha um sonho para dar-lhe. Quando o sonho do poço se realizasse, então o
vento o chamaria, e ele partiria nova­mente.


Anahí merecia muito
mais do que aquilo: uma reali­dade plena, e não apenas um sonho.


-    
Imagino
que você tenha sido uma excelente mo­delo - disse ele com calma, desviando seus
pensa­mentos para outro assunto.


-    
Excelente?
Não sei. Ganhei muito dinheiro, mas nunca fui capa de nenhuma revista
internacional, se é isso o que você quer dizer.


-    
Você
queria ser famosa? - perguntou ele, não disfarçando uma ponta de curiosidade.


-    
Nunca
me incomodei com isso.


-    
Por
que não?


-    
Tudo
que eu sempre quis foi a Vale do Sol. De­pois que mamãe e Julie morreram, nada
mais me pren­dia a Los Angeles, e eu então estava livre para voltar para casa.


-    
Você
não quer mais trabalhar como modelo?


Anahí olhou para Poncho
com os olhos brilhantes co­mo ouro.


-    
Não!
Toda vez que vou para Los Angeles, não me sinto uma pessoa da cidade. Posso até
me compor­tar como tal, mas não gosto da cidade. Assim, achei que já tinha
economizado dinheiro suficiente para man­ter a fazenda, pagar os impostos que
faltavam, reunir um novo rebanho e colocar a Vale do Sol de pé nova­mente. Meu
Deus, como estava enganada, como eu era ingénua! Só agora sei que não existe
dinheiro sufi­ciente quando se tem uma fazenda seca, quase mor­rendo - falou
ela encolhendo os ombros e dando um sorriso um tanto irónico.


-    
Você
não poderia voltar a ser modelo?


-    
Você
poderia morar na cidade? - perguntou ela de imediato.


-    

morei.


-    
Mas
não vive, mais lá.


Anahí olhou para
seu bonito gado preto e para a água brilhante e cristalina que saía da
mangueira em direção ao tanque dos animais. Depois, lentamente continuou:


-       Eu poderia apenas sobreviver na cidade,
mas viver verdadeiramente, só me é possível aqui. Este é o meu passado, o meu
presente, o meu futuro. A Vale do Sol é o único lar que eu sempre terei, mesmo
que esteja morando em outro lugar. É isso o que eu sempre senti, e sempre será
assim, porque esta terra é parte de mim.


Poncho tinha
ímpetos de colocar seus braços ao redor de Anahí, apertá-la gentilmente de
encontro a seu cor­po, prometer-lhe que acharia o poço que permitisse que ela
vivesse para sempre em sua terra tão amada. Mas ele não podia nem abraçá-la nem
fazer-lhe pro­messas. Promessas são apenas palavras, e palavras não realizam
nada. Foi assim que aprendeu com os pais quando ainda era um garoto. Não que
eles tivessem sido cruéis, mas era assim que eles queriam fortalecer o sangue
indígena que havia em Poncho.


Em silêncio, Anahí
e Poncho observavam o gado movimentar-se sob os primeiros raios de sol daquela
ma­nhã. Só então ela notou que era sexta-feira, e que Poncho deveria estar
trabalhando na fazenda de James:


-    
Você
terminou o trabalho com os cavalos de James?


-    
De
certo modo.


-    
Como
assim? O que você quer dizer com isso? - perguntou ela, virando-se para ele.


Ele sorriu com um
certo desdém, lembrando-se da conversa que tivera com James:


-    
Derrick
James me disse para escolher: ou tra­balho só para ele, pelo triplo do que eu
estou rece­bendo agora, ou trabalho só para você. Acho que é me­lhor cavar um
poço com as mãos do que ser empre­gado dele.


-    
Ele
e aquela maldita arrogância! Vou resolver isso junto com você! - retrucou Anahí
furiosa.


-    
Não
vai, não! - Os problemas que eu tenho com James são meus, e não seus -
respondeu Poncho com segurança e firmeza.


-    
Não
neste caso; ele está fazendo isso porque não quer que você trabalhe para mim.
Até ameaçou cortar o fornecimento da água caso não despedisse você.


Poncho disse alguma
coisa baixinho, e Anahí ficou con­tente por não entender:


-    
Quando
ele te ameaçou? - perguntou Poncho, que­rendo saber de toda a verdade.


-    
Isso
não tem importância. Mas foi só um blefe. Ele queria apenas me assustar.


Poncho abanou a
cabeça e falou:


-       E depois disso, ele arruma vinte e quatro
horas de trabalho para mim na fazenda dele. . .


Anahí não
respondeu. Agora estava explicado porque Poncho vinha tendo pouco tempo para
achar o local do poço na Vale do Sol.


-       Ele anda dizendo que você está noiva dele
- continuou Poncho, querendo esclarecer toda a situação.


 




Comentem ok, e não esqueçam logo logo primeiros capitulos de Sopro de Esperança.


 



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Autor(a): annytha

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 467



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  • unposed Postado em 05/08/2010 - 22:29:41

    Por favor, não abandona! Continua postando.

  • unposed Postado em 05/08/2010 - 22:29:40

    Por favor, não abandona! Continua postando.

  • meybely Postado em 02/08/2010 - 12:55:45


    NUM ABANDONA!
    posta logo

  • unposed Postado em 19/07/2010 - 22:53:20

    Adoro todas as suas webs. Não para não, posta mais, please!

  • meybely Postado em 08/07/2010 - 14:50:00


    NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA!

  • meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:56


    NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA!

  • meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:51


    NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA!

  • meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:46


    NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA!

  • meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:39


    NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA!

  • meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:34


    NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA!




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