Fanfics Brasil - Verão eterno!!! (Terminada)

Fanfic: Verão eterno!!! (Terminada)


Capítulo: 20? Capítulo

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-    
Minha
avó as chamava de "flores da chuva"; só aparecem quando a chuva está
para chegar.


Anahí tocou as
pétalas delicadas, imaginando como gostaria de acariciar a pele de Poncho.


-       Como seu avô as chamava? - perguntou ela,
lembrando-se que Lee uma vez lhe dissera que o avô de Poncho havia sido um
feiticeiro da tribo Zuni.


Poncho fechou os
olhos, tentando visualizar os rituais que presenciara quando criança. As
delicadas flores eram usadas como remédio e admiradas por sua grande duração.
Lentamente, Poncho voltou à sua infância, lem­brando-se de frases ritualísticas,
sons sagrados e uma cultura a que ele há muito tempo não mais pertencia. As
tradições de seus avós eram uma união de credos das tribos Zuni, Navajo, Apache
e até mesmo de ri­tuais cristãos, mas Poncho não podia mais entendê-los ou
fazer uso deles.


-       Não há uma tradução real para o nome
destas flores. Eu sempre as chamei de "flores da esperança", porque
florescem em épocas e lugares onde nada mais consegue brotar - explicou ele.


Houve um silêncio
entre eles, mas um silêncio que muito queria dizer. Quando Anahí olhou para as
pro­fundezas daqueles olhos azuis, teve a certeza, pela primeira vez em sua
vida, que ela queria muito aquele homem. A simples ideia de não ter Poncho, de
jamais tê-lo, causava-lhe uma dor tão intensa que a obrigava a afastar aquele
pensamento de sua mente o mais rápido possível.


Com as mãos
trémulas, Anahí pôs água sobre um pires de porcelana e delicadamente colocou as
flores sobre o líquido transparente. Depois, depositou o pires na mesa entre o
lugar dela e o de Poncho. As flores se mexiam suavemente na água, como se
quisessem trans­mitir alguma mensagem secreta.


-    
Como
você quer seus ovos? - perguntou Anahí, com a voz embargada de emoção.


-    
De
um jeito que não dêem trabalho - res­pondeu ele.


Poncho então passou
por Anahí e pegou o grande bule de café de cima do fogo. inadvertidamente o
braço de­le tocou o dela. O breve contato transmitiu um forte calor a ele,
surpreendendo-o e perturbando-o; mas, no entanto, nenhuma emoção pôde
ser`percebida em seu semblante. Há muito que ele aprendera a disfarçar seus
sentimentos, conseguindo controlar-se ao extremo. Quase no mesmo instante, Anahí,
ao pegar ovos na cesta, esbarrou a mão no braço de Poncho. Imediatamente ela
percebeu o calor e a força que aqueles músculos lhe transmitiam, sentindo-se
tentada a aumentar o con­tato físico e passar a palma da mão por todo o braço
de Poncho.


-    
Desculpe
- disse ela, retirando a mão imediata­mente como se tivesse tocado em fogo.
Então, pergun­tou para desviar a atenção:


-    
Quantos
ovos você quer?


-    
Quatro
- respondeu Poncho, percebendo que os dedos de Anahí tremiam.


Saber que aquele
rápido contato físico também dei­xara Anahí perturbada, fazia com que algo
explodisse dentro dele.


Observava-a
enquanto tomava seu café: os cabelos sedosos presos na nuca caíam-lhe
gentilmente sobre o pescoço, em cachos maravilhosos. Ele queria muito pe­gar
uma mecha daqueles fios entre os dedos, levá-los aos lábios, e então beijar a
pele acetinada do pescoço de Anahí. Poncho só percebeu que queria tanto
acariciar aquele cabelo sedoso, quando, num gesto impensado, já esticava a mão
para tocá-lo. Conseguiu controlar-se a tempo, maldizendo-se pela atitude que
quase poria todo o relacionamento deles a perder.


Poncho sentou-se à
mesa, e tentou conversar com Anahí para diminuir a tensão que pairava entre
ambos:


-    
Estive
dando uma olhada nos relatórios que o último geólogo fez. Homem sério, não há
dúvida, mas não conhece absolutamente nada sobre esta região.


-    
Ele
era recém-formado, rapaz de cidade grande. Ficou muito aborrecido por não achar
água na Vale do Sol - falou Anahí, fritando os ovos.


Ela
colocou os ovos no prato aquecido de Poncho, e depositou na mesa a travessa com
as batatas tostadas, o bacon dourado e as torradas recobertas com manteiga
derretida. Depois, serviu também mel, um pote de ce­rejas em conserva e começou
a preparar sanduíches que comeriam na hora do almoço. Entre alguns goles de
café, cortava fatias de pão feito em casa, recheando-as com suculentos bifes
acebolados. Algumas maçãs e um pacote com biscoitos caseiros completaram a cesta
que levariam para o trabalho.


Quando tudo estava
cuidadosamente embrulhado, ela colocou mais um pouco de café em sua caneca, e
sentou-se à mesa em frente a Poncho. Ele devorava sua refeição em silêncio, mas
Anahí não se incomodava com aquela ausência de palavras. Sabia que trabalho
pesado dava muito apetite e que qualquer conversa na­quele momento não seria
bem-vinda. Poncho sentia-se à vontade, sabendo que Anahí entendia e respeitava
seu silêncio. Comeu tudo, limpou o prato com um pedaço de pão, e depois suspirou,
demonstrando estar satis­feito:


-- Você realmente
cozinha muito bem - disse ele com sinceridade.


Ela sorriu
levemente. Há muito tempo aprendera a cozinhar e gostava de lidar na cozinha.


-    
Obrigada.
Mas é fácil preparar um bom café da manhã quando se tem tudo à mão e um
acompanhante faminto.


-    
Isso
é o que você pensa! Os cozinheiros das fa­zendas onde já trabalhei não têm a
mesma opinião.


Anahí sorriu.
Aprendera a cozinhar aos sete anos de idade, já que sua mãe detestava cozinha e
tudo que se relacionasse a ela. Depois, lembrou-se de um fato divertido:


-        Uma vez fui fazer um bolo de chocolate e
colo­ quei sal no lugar do açúcar. Ficou tão ruim que nem o cachorro conseguiu
comê-lo.


Poncho abriu-se
numa deliciosa gargalhada e, para Anahí, aquele riso inesperado era a melhor
recompensa por seu café da manhã. Ela riu também, lembrando-se da reação de
Lee:


-    
Até
hoje, toda vez que eu faço um bolo de cho­colate, Lee pega um pedacinho para
experimentar. Só depois é que ele come à vontade.


-    
Nesse
caso, obrigado pelo aviso, vou me lem­brar de fazer o mesmo - disse Poncho,
ainda sorrindo.


Ele então terminou
de tomar seu café, levantou-se bem disposto, deixando Anahí imersa em pensamen­tos.
Como seria bom que Poncho fosse o homem da casa, o seu homem, da sua casa. Entretanto,
no instante se­guinte ela afugentou tais ideias da mente. Poncho não era homem
de criar raízes; era, isto sim, como o vento que alisa a terra, sempre em
movimento, à procura de algo sem nunca encontrar um ponto de chegada. Ela até
podia ler aquela verdade nos olhos azuis cristalinos e no silêncio que muitas
vezes pairava entre os dois.


Poncho percebeu um
certo ar de tristeza em Anahí. Ima­ginava que ideias teriam apagado aquele doce
sorriso de seus lábios. De repente, quis muito saber o que a teria preocupado.
Mas nada perguntou, pois sabia que qualquer pergunta só causaria mais tristeza,
mais res­sentimentos. Afinal, ele era assim. . . Irmão do Vento.


 




JA SABEM QUERO MUITOS COMENTÁRIOS OK.


BESOS E ATÉ MAIS.



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Autor(a): annytha

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gente desculpa o sumiço, mas sabem como é; Copa do Mundo... muito trabalho na faculdade, e agora MDWT... pust... minha cabeça tava pra estoura. mas agora Brasil classificado, férias da Facu, e ingresso pra MDWT GARANTIDO, VOLTO A POSTA MINHAS WEBS AQUI COM UMA NOVA ANIMAÇÃO. E EM DESCULPAS COM O TEMPO PERDIDO, VÁRIOS CAPITU ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 467



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  • unposed Postado em 05/08/2010 - 22:29:41

    Por favor, não abandona! Continua postando.

  • unposed Postado em 05/08/2010 - 22:29:40

    Por favor, não abandona! Continua postando.

  • meybely Postado em 02/08/2010 - 12:55:45


    NUM ABANDONA!
    posta logo

  • unposed Postado em 19/07/2010 - 22:53:20

    Adoro todas as suas webs. Não para não, posta mais, please!

  • meybely Postado em 08/07/2010 - 14:50:00


    NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA!

  • meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:56


    NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA!

  • meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:51


    NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA!

  • meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:46


    NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA!

  • meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:39


    NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA!

  • meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:34


    NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA!


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