Fanfics Brasil - Verão eterno!!! (Terminada)

Fanfic: Verão eterno!!! (Terminada)


Capítulo: 22? Capítulo

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De repente, Tufão
relinchou e empinou a cabeça para trás, como se quisesse ver o rosto do homem
que o havia montado sem cair no chão.


-       Pronto? - perguntou Poncho a Tufão.


A resposta do
garanhão foi encostar o focinho na bota de Poncho, esperando por novas ordens
tão calmo quanto um carneirinho.


-    
Acho
que você conseguiu. Não acredito que ele tente derrubá-lo novamente - disse Anahí,
demons­trando contentamento.


-    
Ainda
bem! - murmurou Poncho, sentindo os efei­tos daquela cavalgada em todos os
músculos do corpo. Depois, olhando para o delicado corpo de Anahí, não entendeu
como ela conseguia montar aquele cavalo tão agressivo:


-    
Você
deve ser uma exímia amazona!


-    
Pode
ter certeza de que já levei muitos tombos - disse Anahí, num tom pesaroso.


Meneando a cabeça, Poncho
observava a serenidade com que ela aceitava seus limites. Naquele instante,
prometeu a si mesmo que jamais deixaria Anahí mon­tar Tufão enquanto ele não
estivesse absolutamente dócil. Temia que ela se machucasse.


-  Você quer montar Fiel, ou prefere usar
algumas de suas éguas?


-    
Vou
montar Campeã. Ela é a favorita de Tufão e acho que ficará mais calmo se ela
estiver por perto.


Poncho olhou para o
garanhão com uma certa descon­fiança.


-    
Não
se preocupe - disse Anahí sorrindo. - Desde que você não tire a sela dele, nada
acontecerá. Ele só volta a ser selvagem no instante em que lhe tiram a sela.


-    
Quer
dizer que este é o segredo! - exclamou Poncho.


-    
Exatamente!


Anahí então
aproximou-se de Tufão, deixando esca­par uma deliciosa gargalhada. Há muito que
não se dava ao luxo de ter emoções além do trabalho árduo. Depois, respirando
longamente, olhou para Poncho emo­cionada:


-        Você tem sido bom para mim - disse ela
ainda
com um sorriso nos lábios.


Por evitar que você
quebre um braço ou uma perna? - perguntou ele, num tom sério.


-        Não. Por me ensinar a rir novamente. Eu
já tinha quase me esquecido de como é bom dar uma longa gargalhada.


Aquelas palavras
mergulharam na mente de Poncho como água em terra seca. Ainda comovido, ele
tocou-lhe o rosto com as pontas dos dedos:


-    
É
você que está me ensinando - disse ele, com voz segura, mas suave.


-    
Ensinando
o quê?


-    
A
ter lindos sonhos. Você não imagina como seus sonhos e seu riso têm me feito
bem. . .


Depois, fechando os
olhos, pensou em promessas que não deveriam ser feitas porque não poderiam ser
cumpridas:


-  Ah! Como eu
gostaria que Deus me tivesse feito diferente.


-    
Não!
- exclamou Anahí, ainda tremendo pelo toque da mão de Poncho. Depois continuou,
sem disfarçar a emoção que sentia no momento:


-    
Eu
não mudaria nada em você, do mesmo modo que não trocaria a Vale do Sol por
nenhum outro lu­gar. Fui feita para viver aqui, Poncho. . .


Anahí teve que se
conter para não dizer que havia sido feita para ele também. Mas nem precisou
mencio­nar aquelas palavras: Poncho pôde ouvi-las tão claramente em tua mente,
como se ele próprio as tivesse dito para si mesmo. E então, teve uma repentina
sensação de medo.


Quando abriu os
olhos novamente, Anahí não estava mais lá: já havia se dirigido para o curral,
de onde conduzia uma égua acinzentada usando apenas as de­licadas mãos. O
animal era grande, forte, mas movia-se de maneira muito mansa e calma. Anahí
então fechou o portão do curral e dirigiu-se ao celeiro juntamente com a égua
Campeã, para lá pegar uma sela e uma manta.


Poncho desmontou
Tufão e foi ajudar Anahí a escovar a égua. Depois, checou as ferraduras e as
rédeas cuida­dosamente e a selou. Fez tudo com muita habilidade já que passara
praticamente toda a vida lidando com ca­valos.


Quando Campeã
estava pronta, ele amarrou as duas mochilas na sela de Tufão, montando-o num
único movimento.


-    
Como
o último geólogo andava pela fazenda? - perguntou ele, fechando o portão do
curral sem des­montar seu cavalo,


-    
De
jipe - respondeu Anahí, olhando de lado para Poncho. O rosto dela estava
sereno, e a voz, calma e controlada. Era como se ele não a tivesse tocado, como
se nada tivesse sido dito entre eles.


-    
Provavelmente
ele deixou de examinar uma grande parte da fazenda - disse ele, seguindo Anahí
que dirigia Campeã para um atalho empoeirado.


-    
Ele
tinha um monte de mapas da região.


-    
Mapas!
Só servem para economizar trabalho, mas não são suficientes quando se procura
água.


-    
Eu
já esperava por isso - Anahí falou suspi­rando. Depois continuou: - Aliás, eu
nunca entendi como ele dizia que não havia nenhuma água artesiana na minha
fazenda, apenas olhando para aqueles mapas.


Poncho puxou
levemente as rédeas de Tufão, dirigindo-se para a mesma estradinha empoeirada
por onde Anahí já ia. Às vezes galopando, às vezes mais devagar, che­garam a
percorrer alguns quilómetros.


Então olhou para Anahí:


-    
De
acordo com meu mapa, a estrada termina da­qui a três quilómetros. Existe algum
atalho depois para se chegar até a divisa da fazenda?


-    
Seu
mapa está errado! A estrada termina daqui a um quilómetro. Houve um
desmoronamento que des­truiu o restante - corrigiu Anahí.


-    
Esse
é o problema dos mapas. A terra está sem­pre mudando, mas os mapas continuam os
mesmos.


-    

uma trilha que conduz até o Campo Pinon. Papai costumava caçar lá. Se não me
engano, este lu­gar é bem perto da divisa. É difícil ter certeza sem uma boa
exploração do local.


-    
Às
vezes é difícil mesmo com um relatório nas mãos. Muitos geólogos têm opiniões
diferentes sobre o mesmo local. Além disso, uma grande parte da re­gião ainda
não foi sequer colonizada. Pouco se sabe sobre o local.


Com a ausência de
chuvas, a antiga trilha ainda esta­va bem visível. Havia marcas de pneus na
poeira.


-       Caçadores? - perguntou Poncho, apontando
as marcas.


-  Não. Foi o geólogo. Ele quis vir até aqui
para ter uma visão geral da fazenda.


-    
Bem,
pelo menos ele tinha alguma ideia do que estava fazendo. E é isso que nós vamos
fazer também.


A trilha seguia até
a parte desmoronada, terminava, depois recomeçava mais à frente, indo até perto
das montanhas. Poncho conduzia Tufão com cuidado, pro­curando alguma marca que
indicasse que o geólogo já estivera por lá. Mas não havia nada. A estrada havia
se tornado bastante íngreme e podia se avistar o de­serto abaixo e a
cordilheira de Sierra Perdida mais à frente.


-       Acho que esse foi o ponto mais longe onde
ele chegou. Eu disse que o Campo Pinon proporcionava uma vista melhor, mas ele
me disse que daqui já estava bom - declarou Anahí:


Ela olhou para as
montanhas de Sierra Perdida, re­parando que a divisa de seu rancho se estendia
até o sopé da cordilheira, como um enorme cobertor. Havia um deserto que
separava Sierra Perdida da próxima cordilheira. Pequenos vales cobertos de
grama e árvo­res não tão comuns cobriam as divisas da fazenda, havendo também
muita vegetação rasteira, espessa e luxuriante, dando até a impressão de uma
floresta.


A rápida mudança na
altitude das montanhas, as planícies e serras se alternando, formando
verdadeiros tapetes multicoloridos, simplesmente fascinavam Anahí. Até onde a
vista podia alcançar, viam-se montanhas após montanhas, enfileirando-se como
uma corrente natural de beleza e esplendor.


-    
Quanto
você sabe sobre a geologia desta região? - perguntou Poncho pensativo.


-    
Muito
pouco - admitiu Anahí, apontando para a vista a sua frente.


Poncho olhou para o
horizonte distante e depois falou, ainda com o mesmo ar absorto:


-       Você vive num lugar privilegiado, Anahí.
A superfície terrestre está sendo pressionada pelo subsolo, até que se parta. O
mesmo acontece na África, por exemplo, nos lugares onde a superfície se rompe,
gran­des lagos são formados.


Seus olhos
continuavam a observar o local, de uma maneira que só ele sabia entender e seu
tom de voz era o de um homem inteligente e que sabia muito do mundo que o
cercava.


-        Hoje à noite vou te mostrar alguns mapas
do que está acontecendo aqui. Outros lugares já passaram pelo mesmo processo de
assentamento de camadas. É muito interessante ver como o mar vai pressionando o
terreno subterraneamente. É isso que forma esta cordilheira: a força interior
do subsolo pressionando para cima.


Os olhos de Poncho
brilhavam quando ele olhou para Anahí. Aquela voz hipnotizava-a e criava visões
de água abundante em sua mente, como ela jamais imagi­nara. Ele continuou a
explicar-lhe o que acontecia com a Vale do Sol:


-        É daí que vem o seu problema de ausência
de água. Muitas montanhas ainda estão se formando por aqui. Elas bloqueiam as
nuvens que vêm do oceano, deixando muito pouca chuva escapar. Além disso, não
há mais tanta umidade na atmosfera como havia há alguns anos. Estamos
atravessando um ciclo de secas. Há uns cem anos, havia água onde agora há essa
vege­tação rasteira, eram lagos grandes e profundos que inundavam as brechas
naturais da superfície terrestre; consequentemente, havia menos calor e menos
evapo­ração de água. Os homens moravam ao redor dos lagos, vivendo de pesca e
caça abundante, vendo vastos cam­pos de flores silvestres.


 



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Autor(a): annytha

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Prévia do próximo capítulo

Eles cavalgaram em silêncio, até que Poncho pôde ob­servar as montanhas, as rochas e o céu, sem mais perturbar-se pelo desejo que tanto lhe atormentava o cor­po e a mente. Ele sabia como lidar com as necessida­des passionais de seu corpo, mas o ardor que sua mente sentia por Anahí era algo absolutamente novo para ele. Depoi ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 467



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  • unposed Postado em 05/08/2010 - 22:29:41

    Por favor, não abandona! Continua postando.

  • unposed Postado em 05/08/2010 - 22:29:40

    Por favor, não abandona! Continua postando.

  • meybely Postado em 02/08/2010 - 12:55:45


    NUM ABANDONA!
    posta logo

  • unposed Postado em 19/07/2010 - 22:53:20

    Adoro todas as suas webs. Não para não, posta mais, please!

  • meybely Postado em 08/07/2010 - 14:50:00


    NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA!

  • meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:56


    NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA!

  • meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:51


    NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA!

  • meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:46


    NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA!

  • meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:39


    NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA!

  • meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:34


    NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA!


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