Fanfic: Verão eterno!!! (Terminada)
Poncho observou a mudança na atitude de Anahí.
Agora ele tinha certeza que aquela mulher
sozinha, jovem e de aparência
delicada realmente havia recusado Derrick James e recusaria qualquer interesseiro que dela tentasse se aproximar. A Anahí
que ele via agora era alguém que não pedia e não aceitava favores de ninguém.
Sabia o que queria e sua terra estava em primeiro lugar. Poncho podia
entendê-la muito bem, afinal era isso o que ele próprio sempre quisera: o
Oeste, rico e selvagem. Contudo, continuou
a conversa sem muitas explicações.
- Sonhar
não significa ser tolo.
Anahí não respondeu. Apenas lembrou-se dos sonhos de sua mãe e de sua irmã. Sonhar não significava ser tolo, mas muitos sonhadores morriam jovens,
desiludidos com a vida, esperando o amor de alguém que jamais encontrariam. Ela sabia muito bem como
controlar seus próprios sonhos,
queria apenas o possível. Seu desejo
era um simples poço artesiano, e não um sonho de amor; afinal a fazenda
era a única coisa que poderia durar para
sempre, mesmo com todos os problemas que ela lhe causava.
- Converse
com Lee, e decida depois- disse Poncho calmamente.
Em seguida, virou-se e montou sua égua. Anahí reparou que o animal era
ágil, dando a impressão de ter sido domado há pouco tempo.
"Bonito animal... ",
pensou ela, lembrando-se de seu cavalo Tufão. Achou que aqueles dois animais poderiam ser
excelentes reprodutores, e antes que Poncho fosse embora, fez um convite:
-
Se algum dia você quiser cruzá-la, eu tenho um lindo garanhão e...
-
Sim, Tufão -
interrompeu ele calmamente, dando uma volta com a égua ao redor de Anahí.
Tanto o animal como o cavaleiro demonstravam graça e destreza. Anahí surpreendia-se com a
beleza daqueles movimentos.
- Sim,
Tufão - disse ela, boquiaberta com a harmonia da cena. Em seguida, Poncho saiu
a galope, deixando para trás o barulho da água que enchia o caminhão-pipa.
O poço de James estava quase vazio, mas Anahí não se preocupou. Sabia que o nível da água logo seria resposto, e afinal ela teria feito o mesmo para
um vizinho necessitado. James tinha muita água. Uma vez ele tentou
convencer o pai de Anahí que a salvação para a Vale do Sol seria fazer um
encanamento que fizesse a água chegar até lá, mas na realidade tudo o que ele queria era o corpo de Anahí, nem mesmo uma
mulher para ser sua esposa. Ele até tentara conseguir à força o que ela
não quisera entregar.
As lembranças daquela horrível noite quando ela completara dezoito anos lhe vieram à mente, mas afastou-as rapidamente. Estava com pressa, queria
chegar logo à fazenda para falar com
Lee. Talvez ele conhecesse Poncho e pudesse dizer algo a seu respeito. Afinal,
quem quer que tivesse passado por Nevada, Lee conhecia.
Estava difícil desmontar e guardar todo o equipamento, e Anahí já se
sentia muito cansada. Sozinha, não conseguia ser mais rápida, e além disso
ainda teria que dirigir o caminhão cheio de água de volta até o Vale do Sol. Se
ao menos Poncho estivesse lá para ajudá-la...
Quando Anahí chegou à sua fazenda, estava morrendo de calor e exausta.
Mesmo no final da tarde o sol ainda era muito forte naquela região.
-
Lee! - gritou ela,
ao avistá-lo entrando na caminhonete, que era o outro meio de transporte da fazenda,
além do caminhão-pipa. Ele virou-se e pode vê-la descer do caminhão, e correr
em sua direção. Recebeu-a com um sorriso:
-
Voltou cedo hoje.
Tem limonada na cozinha para você.
-
Gelo também? -
perguntou ela brincando, pois sabia que aquele velho homem adorava limonada gelada,
mas detestava encher as bandejas de gelo do congelador.
Lee tentou parecer ofendido, mas tudo o que conseguiu foi continuar em tom
de brincadeira:
-
Você me conhece
bem, não é menina?
-
Também! Depois de
todos estes anos. . . - respondeu ela.
Anahí então passou seu braço em torno da cintura de Lee e conduziu-o à
cozinha. Há dois anos, quando decidira voltar à fazenda para morar lá, usou
parte do dinheiro que ganhara trabalhando como modelo e reformou a velha
cozinha, transformando-a no lugar mais fresco da casa. Colocou no centro uma
grande mesa de carvalho, onde passavam as noites jogando cartas e conversando
sobre seu pai, tios, avós, bisavós, suas mulheres, seus filhos, enfim, pessoas
que já haviam vivido na Vale do Sol.
Lee era um livro de histórias vivo, e fascinava-a com o conhecimento que
tinha do Velho Oeste. Sua família trabalhara para a família da mãe de Anahí durante
muitos anos. No entanto, a mãe de Anahí jamais quis continuar a história dos Portilla,
pois detestava a Vale do Sol e tudo o que se relacionasse com ela.
-
Você já ouviu falar
num homem chamado Poncho? - perguntou Anahí
rapidamente, querendo pensar em outro assunto. Ela jamais amara alguém
como amara sua mãe, mas também jamais odiou
alguém como a ela.
-
Um
homem forte, calmo, parecido com índio?
-
Sim, e com um
sorriso encantador - respondeu ela.
Lee olhou-a de um modo diferente:
-
Então ele deve ter gostado de você. Poncho não é homem de muitos sorrisos.
-
Talvez ele estivesse rindo de mim - disse ela, lembrando-se dos comentários que ele fizera sobre
seus planos.
-
Hum! Não acredito!
-
Mas você não falou
que ele não é homem de muitos sorrisos?
-
Poncho só ri dos tolos.
Você pode ser muito teimosa, mas com
certeza não é tola - respondeu Lee, seriamente.
Anahí então afagou-lhe o ombro carinhosamente.
Apesar da idade, ele ainda era seu braço direito e melhor amigo, da mesma forma como fora com o pai
dela.
-
Em que ele trabalha? - quis saber ela, tomando sua limonada e sentando-se perto dele.
-
Ele doma cavalos selvagens.
-
Só isso?! -
exclamou ela desapontada.
-
Se você fosse ele,
veria que isso é bastante. A vida dele é estar entre os animais. Sabe cuidar
muito bem deles. Não conheço ninguém melhor
para fazer o que ele faz.
Anahí tomou um gole da limonada e suspirou. Depois continuou:
- Ele
disse que pode descobrir água. Falou para
conversar com você e decidir depois.
Lee olhou-a então com muita atenção e falou pausadamente:
- Ele
gostou de alguma coisa em você..
Ela olhou-o de modo desconfiado.
-
Não, Anahí, não é
nada do que você está pensando. Não há
dúvida que você é muito bonita, e ele bastante
homem para notar isso. Mas se falou que pode achar água na Vale do Sol,
é porque você fez algo que ele gostou.
-
Ele estava perto do
poço de James. Tudo o que eu fiz foi tentar fazer aquela maldita bomba
funcionar - respondeu ela.
Lee fitou Anahí atentamente. Aquela menina que ele
conhecera havia se tornado uma mulher tão bonita quanto a mãe, só que com uma diferença: ela não
odiava a fazenda, e se considerava
parte dela. Seus cabelos ruivos e
seu sorriso delicioso faziam com que os homens suspirassem por ela. Mas no coração de Anahí parecia haver lugar só para
uma coisa: a fazenda Vale do Sol. Enquanto
a irmã mais velha, Julie, fugia do trabalho, Anahí dedicava-se a ele com
empenho.
-
Poncho gostou da sua coragem. Esta é a única coisa que ele respeita... coragem - falou Lee, lentamente.
-
Bom, isso eu tenho
e muito. .. Você acha que ele pode fazer o serviço para nós?
Lee olhou fundo nos olhos de Anahí e depois respondeu pensativamente:
-
Menina, se houver água nesta fazenda, pode ter certeza de que Poncho a encontrará
-
Como?
-
Não sei como, mas sei que ele conseguirá. Ouvi dizer que ele é como um
feiticeiro para descobrir água. Aliás, ele é neto
de índios. Ouvi dizer também que já foi
soldado e fez muitos mapas. Conhece a região como ninguém. Foi criado
numa reserva indígena, do outro lado das montanhas de Sierra Perdida.
-
Você acredita nisso tudo? - perguntou Anahí curiosa.
-
Acredito sim, e
digo mais.. . Poncho é mais rápido e
esperto do que uma cobra. Não se esqueça de que ele é meio índio. Quando
briga, ganha sempre. Uma vez eu o vi bater em três homens de uma só vez.
-
Que horror! Então ele deve ser um selvagem!
-
Selvagem é Derrick James,
que gosta de magoar as pessoas.
Anahí sabia que aquilo era verdade porque ela também conhecia aquele lado de James.
- Poncho
é camarada quando as pessoas são boas para ele. Anahí, aqueles três homens
estavam.armados com facas e criaram uma
grande discussão porque não queriam que índios se misturassem com homens brancos. Eles bem mereceram aquela surra! - explicou
Lee.
Lauta ouviu atentamente e depois falou:
-
Você realmente
gosta dele, não é?
-
Se Deus tivesse dado
filhos a mim e a Lucy, ele é o filho que eu gostaria de ter tido.
Por um instante, Anahí ficou sem palavras. Ela nunca ouvira Lee falar com tanto carinho de alguém como de Poncho.
comentem ok!!!
Autor(a): annytha
Este autor(a) escreve mais 30 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
capitulos novamente dedicado a minha leitora Jeh que anda comentando em todas minhas web, gracias por todos seus comentários de verdade. Por um instante, Anahí ficou sem palavras. Ela nunca ouvira Lee falar com tanto carinho de alguém como de Poncho. - Onde ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 467
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unposed Postado em 05/08/2010 - 22:29:41
Por favor, não abandona! Continua postando.
-
unposed Postado em 05/08/2010 - 22:29:40
Por favor, não abandona! Continua postando.
-
meybely Postado em 02/08/2010 - 12:55:45
NUM ABANDONA!
posta logo -
unposed Postado em 19/07/2010 - 22:53:20
Adoro todas as suas webs. Não para não, posta mais, please!
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meybely Postado em 08/07/2010 - 14:50:00
NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA! -
meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:56
NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA! -
meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:51
NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA! -
meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:46
NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA! -
meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:39
NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA! -
meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:34
NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA!