Fanfics Brasil - Verão eterno!!! (Terminada)

Fanfic: Verão eterno!!! (Terminada)


Capítulo: 33? Capítulo




Poncho então foi
até o celeiro, de onde pegou sua égua Fiel. Ela parecia muito acostumada ao
dono e agia como se soubesse para onde iam.


Enquanto Anahí
observava Poncho, ela pensava que além de feliz, sentia uma grande dor em seu
coração.


"Você já sabia
que ele partiria. A noite passada não mudou nada. Nada mudará o rumo das
coisas. Você se apaixonou pelo vento e o vento não tem parada. Não tem o
direito de reclamar; afinal, ele lhe deu tudo o que pôde, mais do que a
qualquer outra mulher e mais do que qualquer homem já te ofereceu. Não pode di­zer
que não acha isso suficiente e fazê-lo odiar-se. É -isso que é amor para
você?", pensava Anahí.


Anahí montou
Campeã, e lado a lado os dois ani­mais começaram a subir a estrada empoeirada,
lutando contra o vento forte.


Ocasionalmente, Poncho
olhava para Anahí, percebendo que ela ia ficando cada vez mais triste. Queria
abraçá-la, dizer-lhe que tudo estava bem, compreendia porque ela se sentia
assim. Ás vezes, Anahí olhava para os olhos azuis de Poncho e sorria. A paz
daquela manhã e o barulho dos cascos dos cavalos na estrada eram como um
bálsamo para sua mente torturada. Poncho também gostava daquele silêncio, e
mais do que isso, com Anahí a seu lado dividia com ela aquele momento de paz
interior. Outras mulheres não conseguiam apreciar aqueles instantes
silenciosos, mas Anahí era diferente, mais sensível e compreensiva.


Poncho se inclinou
e passou a mão pelo rosto de Anahí. Ela sorriu e olhou para ele com um olhar
tão luminoso quanto o sol daquela manhã. Uma onda de desejo invadiu-lhe o corpo
másculo novamente, como se uma fonte seca começasse a jorrar água doce mais uma
vez. Ele a tocou novamente para ter a certeza de que ambos eram reais e que não
estava sonhando.


Finalmente os dois
cavalos chegaram à entrada do Canyon do Vento. O ar era bastante pesado naquele
local, dificultando a respiração. Lá se iniciava a velha estrada que conduzia à
mina abandonada e Anahí sentiu-se aliviada por Poncho não querer percorrê-la em
toda a sua extensão.


-    
O
que estamos procurando? - perguntou ela.


-    
Nada
que possamos ver.


-     Assim vai ficar muito difícil, não é?
Poncho arrumou o chapéu e sorriu levemente:


-     Olhe para o pico da Águia - pediu ele. - O
que você vê?


Anahí olhou para o
alto pico que conhecia desde a sua infância:


-    
Rochas,
pedras, muitas pedras.


-    
Agora
feche os olhos. Você verá muito mais as­sim. Lembra-se da camada de rochas de
que lhe falei?


-    
Aquela
que retém a água e não deixa que ela se aprofunde no solo? - perguntou Anahí,
lembrando-se da conversa que tiveram em Campo Pinon.


-    
Exatamente.
Agora imagine que a camada está intacta, com pouquíssima inclinação para cima.


Poncho então olhou
para Anahí, observando os longos cílios negros e lembrando-se do perfume que
aquela pele macia rescendia. Depois voltou a concentrar-se no pico da Águia.


-    
Aquele
pico tem exatamente estas característi­cas. A espessura das camadas não varia
muito, mas o granito que circunda as camadas tem grandes variações de
espessura.


-    
Mas
se as camadas de granito variam, como sa­ber onde perfurar? Se você pegar um
local onde o gra­nito se aprofunda demais, nunca chegará até a água - disse Anahí,
com um ar de preocupação, não perce­bendo bem o que Poncho pretendia.


-    
É
por isso que existe a Escola de Minas do Colo­rado. Se você tirar o diploma de
doutor em mineralo­gia, terá uma boa chance de acertar o local - disse Poncho,
com naturalidade.


Os olhos de Anahí
se abriram de surpresa, ao perce­ber o que ele dissera. Em algum tempo no
passado, Poncho se formara doutor em mineralogia numa das mais fa­mosas
faculdades de geologia dos Estados Unidos. Ela o olhava intensamente,
imaginando se conseguiria des­cobrir mais coisas sobre ele, mas, naquele
momento,


Poncho só conseguia
se concentrar no pico da Águia, de­monstrando que sabia muito bem o que dizia.


-     Por outro, lado, não há muita rocha
calcária vi­sível deste lado do canyon. Provavelmente
foi por isso que o último geólogo desistiu - falou Poncho, sem con­tudo
explicar a ideia que lhe ia pela mente:


"Isso e o fato
do avô dele não ter sido um feiticeiro indígena para ensinar-lhe a sentir a
água correndo sob os pés", pensou ele.


-     Acontece que há muita rocha calcária nestas
montanhas. Ela pode ser vista nos lugares onde a ero­são foi mais forte. Tudo
indica que por causa disso há água, a milhares de metros do solo, sendo armaze­nada
há milhões de anos.


Anahí respirou
profundamente. A ideia de que podeira haver tanta água esperando para ser
encontrada era incrível.


-    
Você
acha que pode haver uma grande bacia subterrânea? - perguntou ela com
ansiedade.


-    
É
para isso que estamos aqui. Precisamos pes­quisar se vale a pena arriscar a
perfuração neste local. Ainda existe uma possibilidade de não encontrarmos
nada.


-    
Como
você vai decidir?


Poncho hesitou, já
havia usado todos os meios conven­cionais para a análise das rochas do local. A
única coisa que faltava era lançar mão dos conhecimentos que seu avô lhe
transmitira. Ele andaria pelo canyon, esperan­do
ouvir o eco da água correndo sob seus pés. Era co­mo se correntes invisíveis de
eletricidade pudessem atingi-lo, dando-lhe a certeza que tanto queria. Era uma
sensação sutil e impossível de ser descrita. Os homens brancos chamavam aquilo
de feitiçaria e não acreditavam naqueles ensinamentos. Contudo, eles o ajudaram
muito a localizar água em muitas outras fa­zendas secas.


-    
Usando
minha experiência. É assim que eu de­cido: sinto a terra e ela me sente.


-    
E
se você não sentir nada?


-    
Procuro
em outro lugar - disse ele, desmon­tando da égua e abrindo a enorme mochila que
sempre trazia consigo.


Depois, retirou
dela um par de botas de alpinismo, e calçou-as no lugar das botas de vaqueiro.


-     Aprendi a usar meus instintos. Meu avô foi
um bom professor - ele explicou ao amarrar as botas.


Anahí queria fazer
mais perguntas, mas sabia que a mente de Poncho estava em outro lugar. Ele
começou a andar pelo solo do canyon, concentrando-se
em algo que Anahí não podia ver ou sentir. Após desmontar, ela sentou-se numa
pedra, aquecendo-se sob o delicioso sol da manhã para observar o homem que
tanto amava.


 



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Autor(a): annytha

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O solo do Canyon do Vento era tão árido que quase nada crescia lá. Toda a água da chuva era imediata­mente absorvida pelas rochas porosas e era difícil ima­ginar que poderia haver água naquele local. Anahí arrumou o chapéu na cabeça, pensando nas dificuldades que seu pai tivera para perfurar um p ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 467



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  • unposed Postado em 05/08/2010 - 22:29:41

    Por favor, não abandona! Continua postando.

  • unposed Postado em 05/08/2010 - 22:29:40

    Por favor, não abandona! Continua postando.

  • meybely Postado em 02/08/2010 - 12:55:45


    NUM ABANDONA!
    posta logo

  • unposed Postado em 19/07/2010 - 22:53:20

    Adoro todas as suas webs. Não para não, posta mais, please!

  • meybely Postado em 08/07/2010 - 14:50:00


    NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA!

  • meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:56


    NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA!

  • meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:51


    NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA!

  • meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:46


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  • meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:39


    NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA!

  • meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:34


    NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA!




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