Fanfic: Verão eterno!!! (Terminada)
Poncho então foi
até o celeiro, de onde pegou sua égua Fiel. Ela parecia muito acostumada ao
dono e agia como se soubesse para onde iam.
Enquanto Anahí
observava Poncho, ela pensava que além de feliz, sentia uma grande dor em seu
coração.
"Você já sabia
que ele partiria. A noite passada não mudou nada. Nada mudará o rumo das
coisas. Você se apaixonou pelo vento e o vento não tem parada. Não tem o
direito de reclamar; afinal, ele lhe deu tudo o que pôde, mais do que a
qualquer outra mulher e mais do que qualquer homem já te ofereceu. Não pode dizer
que não acha isso suficiente e fazê-lo odiar-se. É -isso que é amor para
você?", pensava Anahí.
Anahí montou
Campeã, e lado a lado os dois animais começaram a subir a estrada empoeirada,
lutando contra o vento forte.
Ocasionalmente, Poncho
olhava para Anahí, percebendo que ela ia ficando cada vez mais triste. Queria
abraçá-la, dizer-lhe que tudo estava bem, compreendia porque ela se sentia
assim. Ás vezes, Anahí olhava para os olhos azuis de Poncho e sorria. A paz
daquela manhã e o barulho dos cascos dos cavalos na estrada eram como um
bálsamo para sua mente torturada. Poncho também gostava daquele silêncio, e
mais do que isso, com Anahí a seu lado dividia com ela aquele momento de paz
interior. Outras mulheres não conseguiam apreciar aqueles instantes
silenciosos, mas Anahí era diferente, mais sensível e compreensiva.
Poncho se inclinou
e passou a mão pelo rosto de Anahí. Ela sorriu e olhou para ele com um olhar
tão luminoso quanto o sol daquela manhã. Uma onda de desejo invadiu-lhe o corpo
másculo novamente, como se uma fonte seca começasse a jorrar água doce mais uma
vez. Ele a tocou novamente para ter a certeza de que ambos eram reais e que não
estava sonhando.
Finalmente os dois
cavalos chegaram à entrada do Canyon do Vento. O ar era bastante pesado naquele
local, dificultando a respiração. Lá se iniciava a velha estrada que conduzia à
mina abandonada e Anahí sentiu-se aliviada por Poncho não querer percorrê-la em
toda a sua extensão.
-
O
que estamos procurando? - perguntou ela.
-
Nada
que possamos ver.
- Assim vai ficar muito difícil, não é?
Poncho arrumou o chapéu e sorriu levemente:
- Olhe para o pico da Águia - pediu ele. - O
que você vê?
Anahí olhou para o
alto pico que conhecia desde a sua infância:
-
Rochas,
pedras, muitas pedras.
-
Agora
feche os olhos. Você verá muito mais assim. Lembra-se da camada de rochas de
que lhe falei?
-
Aquela
que retém a água e não deixa que ela se aprofunde no solo? - perguntou Anahí,
lembrando-se da conversa que tiveram em Campo Pinon.
-
Exatamente.
Agora imagine que a camada está intacta, com pouquíssima inclinação para cima.
Poncho então olhou
para Anahí, observando os longos cílios negros e lembrando-se do perfume que
aquela pele macia rescendia. Depois voltou a concentrar-se no pico da Águia.
-
Aquele
pico tem exatamente estas características. A espessura das camadas não varia
muito, mas o granito que circunda as camadas tem grandes variações de
espessura.
-
Mas
se as camadas de granito variam, como saber onde perfurar? Se você pegar um
local onde o granito se aprofunda demais, nunca chegará até a água - disse Anahí,
com um ar de preocupação, não percebendo bem o que Poncho pretendia.
-
É
por isso que existe a Escola de Minas do Colorado. Se você tirar o diploma de
doutor em mineralogia, terá uma boa chance de acertar o local - disse Poncho,
com naturalidade.
Os olhos de Anahí
se abriram de surpresa, ao perceber o que ele dissera. Em algum tempo no
passado, Poncho se formara doutor em mineralogia numa das mais famosas
faculdades de geologia dos Estados Unidos. Ela o olhava intensamente,
imaginando se conseguiria descobrir mais coisas sobre ele, mas, naquele
momento,
Poncho só conseguia
se concentrar no pico da Águia, demonstrando que sabia muito bem o que dizia.
- Por outro, lado, não há muita rocha
calcária visível deste lado do canyon. Provavelmente
foi por isso que o último geólogo desistiu - falou Poncho, sem contudo
explicar a ideia que lhe ia pela mente:
"Isso e o fato
do avô dele não ter sido um feiticeiro indígena para ensinar-lhe a sentir a
água correndo sob os pés", pensou ele.
- Acontece que há muita rocha calcária nestas
montanhas. Ela pode ser vista nos lugares onde a erosão foi mais forte. Tudo
indica que por causa disso há água, a milhares de metros do solo, sendo armazenada
há milhões de anos.
Anahí respirou
profundamente. A ideia de que podeira haver tanta água esperando para ser
encontrada era incrível.
-
Você
acha que pode haver uma grande bacia subterrânea? - perguntou ela com
ansiedade.
-
É
para isso que estamos aqui. Precisamos pesquisar se vale a pena arriscar a
perfuração neste local. Ainda existe uma possibilidade de não encontrarmos
nada.
-
Como
você vai decidir?
Poncho hesitou, já
havia usado todos os meios convencionais para a análise das rochas do local. A
única coisa que faltava era lançar mão dos conhecimentos que seu avô lhe
transmitira. Ele andaria pelo canyon, esperando
ouvir o eco da água correndo sob seus pés. Era como se correntes invisíveis de
eletricidade pudessem atingi-lo, dando-lhe a certeza que tanto queria. Era uma
sensação sutil e impossível de ser descrita. Os homens brancos chamavam aquilo
de feitiçaria e não acreditavam naqueles ensinamentos. Contudo, eles o ajudaram
muito a localizar água em muitas outras fazendas secas.
-
Usando
minha experiência. É assim que eu decido: sinto a terra e ela me sente.
-
E
se você não sentir nada?
-
Procuro
em outro lugar - disse ele, desmontando da égua e abrindo a enorme mochila que
sempre trazia consigo.
Depois, retirou
dela um par de botas de alpinismo, e calçou-as no lugar das botas de vaqueiro.
- Aprendi a usar meus instintos. Meu avô foi
um bom professor - ele explicou ao amarrar as botas.
Anahí queria fazer
mais perguntas, mas sabia que a mente de Poncho estava em outro lugar. Ele
começou a andar pelo solo do canyon, concentrando-se
em algo que Anahí não podia ver ou sentir. Após desmontar, ela sentou-se numa
pedra, aquecendo-se sob o delicioso sol da manhã para observar o homem que
tanto amava.
Autor(a): annytha
Este autor(a) escreve mais 30 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
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O solo do Canyon do Vento era tão árido que quase nada crescia lá. Toda a água da chuva era imediatamente absorvida pelas rochas porosas e era difícil imaginar que poderia haver água naquele local. Anahí arrumou o chapéu na cabeça, pensando nas dificuldades que seu pai tivera para perfurar um p ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 467
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unposed Postado em 05/08/2010 - 22:29:41
Por favor, não abandona! Continua postando.
-
unposed Postado em 05/08/2010 - 22:29:40
Por favor, não abandona! Continua postando.
-
meybely Postado em 02/08/2010 - 12:55:45
NUM ABANDONA!
posta logo -
unposed Postado em 19/07/2010 - 22:53:20
Adoro todas as suas webs. Não para não, posta mais, please!
-
meybely Postado em 08/07/2010 - 14:50:00
NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA! -
meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:56
NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA! -
meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:51
NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA! -
meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:46
NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA! -
meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:39
NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA! -
meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:34
NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA!