Fanfics Brasil - Verão eterno!!! (Terminada)

Fanfic: Verão eterno!!! (Terminada)


Capítulo: 37? Capítulo

288 visualizações Denunciar



O aroma do bacon e
do café já podia ser sentido. Quando Anahí desceu para a cozinha, Poncho
entregou-lhe uma xícara de café. Da janela podia se ver o ama­nhecer com sua
luz suave, e ó céu absolutamente sem nuvens, sinal de que a manhã seria muito
fria.


-    
Nem
sinal de chuva. Esta seca está sendo a pior de todas. E os tanques dos animais?
- perguntou Lee, servindo o bacon.


-     Eu os enchi ontem - disse Poncho, tomando um gole de café
quente.


-    
Isso
eu vi. Sou velho mas não sou cego. Você vai preparar os ovos, menina, ou vai
ficar esperando para comer tudo o que eu fizer? - perguntou Lee, sem maldade.


Apressadamente, Anahí
colocou a xícara de café na mesa e começou a quebrar os ovos numa frigideira.
Em alguns minutos o café da manhã estava servido.


Após
comerem em silêncio, Lee e Poncho colocaram canos e galões de combustível na
caminhonete, enquanto Anahí preparava alguma coisa para o jantar. Em segui­da,
os três subiram no veículo e rumaram para o Canyon do Vento.


Logo que pegaram a
estrada principal da fazenda, sentiram o solo bastante irregular. Tudo dentro
da ca­minhonete chacoalhava, indicando que aquele caminho seria melhor
percorrido a cavalo. Sentada entre os dois, às vezes Anahí olhava para Poncho e
observava-lhe o perfil másculo e o maravilhoso azul dos olhos. Vendo que ela o
olhava, ele tirou uma das mãos do volante e acariciou-lhe o rosto delicado.
Depois, voltou a concentrar-se na estrada difícil e perigosa.


Anahí tinha uma
outra impressão do Canyon do Vento agora. Já não o achava tão árido e sabia que
o futuro da Vale do Sol estava lá.


Poncho, vendo a
ansiedade no rosto dela, quis preveni-la de que não poderia garantir uma
perfuração bem-sucedida. Havia água no Canyon do Vento sem dúvida nenhuma, e
formava um grande rio subterrâneo, mas talvez a uma profundidade tão grande que
tornaria a perfuração inviável. E se as rochas subterrâneas fossem resistentes
demais para o equipamento? Será que a sorte os ajudaria a ponto de dar tudo
certo?


A única maneira de
descobrir a que profundidade a água estava, era fazendo a perfuração do local.
Se o tempo, o dinheiro e a sorte ajudassem, logo teriam a resposta.


Contudo, era o
fator tempo o que mais preocupava Poncho. Já achara água em questão de dias,
mas levara meses para atingi-la em outros locais. A segunda pres­tação da
hipoteca de Anahí venceria em um mês e meio e Poncho sabia que o dinheiro dela
não era infinito. Temia que tivesse de usar o dinheiro da hipoteca numa perfu­ração
longa e custosa.


Ele queria que o
veio de água estivesse perto da superfície, mas sua experiência e seus
instintos lhe diziam que a água estava longe, muito longe, perto do limite do
dinheiro e dos nervos de Anahí.


A
caminhonete andava com dificuldade pelo pedre­goso vale do Canyon do Vento. Nas
duas semanas que Lee estivera fora, Poncho já havia tirado todas ás grandes
pedras do caminho e cortado todas as árvores maiores que dificultavam o acesso
ao local. Era o máximo que poderia ser feito já que não tinham nem tempo nem
dinheiro para aplainar o local adequadamente.


Poncho
estacionou a caminhonete ao lado do equipa­mento que já transportara. Havia uma
escavadeira pe­quena e já bastante usada, que contudo funcionava muito bem. Poncho
a usava sempre em suas escavações, e ela sempre se saíra bem, mesmo nos lugares
mais inóspitos. O equipamento de perfuração também não causava muito boa
impressão. Montado com velhas peças encontradas no celeiro de Anahí, e mais
outras que Poncho já possuía, parecia que ia desmontar com a ação do vento.


-  Ainda bem que isto não é um concurso de
beleza. Perderíamos com certeza - disse Lee, descendo da caminhonete.


A
única resposta de Poncho foi um resmungo, enquanto tirava outros suprimentos do
veículo. Mesmo traba­lhando rapidamente, Anahí tinha a impressão de que jamais
iniciariam a perfuração. Nervosa e apreensiva, tudo o que queria naquele
momento era ver o motor da escavadeira em funcionamento.


Poncho observou a
reação de Anahí quando o motor foi ligado: andava de um lado para outro, não
suportando o barulho ensurdecedor.


-  Você logo se
acostuma - disse Poncho, em voz alta.


-  Eu sei. Ficando surda, é o que você quer
dizer.


Poncho
deu uma alta gargalhada e tomou Anahí em seus braços.


-  Me dê um beijo primeiro. Depois pegue a chave
de rosca número um.


Anahí
o beijou longamente, fazendo com que ele desejasse estar a sós com ela. Tudo
nela o atraía: sua sensualidade, a serenidade de seu silêncio, sua deter­minação
e sua inteligência. Para Anahí o mesmo acon­tecia, adorando estar com Poncho,
falar com ele ou ficar em silêncio perto dele.


Poncho soltou Anahí
lentamente. Ela se recompôs e dirigiu-se ao quadro de ferramentas. Após
localizar a chave número um, olhou Poncho de longe: usava luvas de trabalho,
controlava cada parte da escavadeira. Anahí acenou para ele e viu que a máquina
já funcionava a todo vapor, produzindo um barulho estranho e muito alto. Quando
a escavadeira atingiu o solo, muita poeira foi levantada, mas aparentemente
tudo estava bem.


Poncho
sabia que a primeira parte era a mais fácil e rápida de todo o processo, pois
nenhuma rocha resis­tente se localizava na superfície. Contudo, quando atin­gissem
maior profundidade, encontrariam rochas com milhões de anos. Aí sim, tudo
ficaria mais difícil e demorado.


O poço propriamente
dito estava localizado sob aquelas rochas milenares, mas em compensação a água
seria tão abundante que resistiria à qualquer seca.


Depois de algumas
horas, Anahí percebeu que não fazia sentido ficar ao lado da máquina observando
o trabalho dos outros. Decidiu voltar à fazenda, onde muito trabalho a
esperava. Precisava checar se o gado estava bem, recolher os ovos no
galinheiro, ver os ca­valos e ir até a cidade para pagar algumas contas.


Ainda havia algumas
peças da perfuradora que pre­cisavam ser levadas para conserto e mais duas a
ser en­comendadas. Os gastos preocupavam-na, mas sabia que deveriam ser feitos.
O que Poncho precisasse, ela consegui­ria. Ademais, sem aquelas peças novas, o
trabalho seria ainda mais demorado e Poncho não tinha muito mais tem­po para
ficar na Vale do Sol.


Aquela ideia
perturbou-a profundamente, apesar de Anahí não ter dinheiro para aguentar por
muito tem­po. Tudo estava ficando bem mais caro do que ela esperava, devido aos
altos preços e à necessidade de peças mais modernas.


Apesar de não ter
dito nada a Lee nem para Poncho, seria necessário mexer no dinheiro da hipoteca
para poder arcar com as despesas.


Antes de ir, Anahí
perguntou a Poncho se ele precisava de algo. Para sua surpresa ele disse que
sim, e a cha­mou para perto de si. Depois, tirando as luvas de tra­balho,
pegou-lhe o rosto suave e a beijou ternamente.


-  Preciso de você, Anahí - falou ele,
encostando a boca no ouvido dela.


Ela começou a
chorar de emoção, abraçada a ele com o rosto colado ao séu pescoço.


-  Estou aqui. Sempre estarei aqui para você -
disse ela com segurança.


Ele a abraçava tão
fortemente que Anahí mal podia respirar.


-    
Cuidado
quando dirigir a caminhonete. É difícil manter o volante com o estado da
estrada. Não se es­queça de deixar o rifle carregado ao seu lado. Cuidado com
as cobras! - aconselhou ele.


-     Você acha que James. . .


Não. De jeito algum. Se eu achasse que poderia
tocá-la novamente, teria acabado com ele. É só por precaução. Você é preciosa
demais. Nada deve aconte­cer a você - disse ele, beijando-a novamente. Depois
continuou: - Não posso explicar. Não consigo bem entender o que acontece
comigo, mas a simples ideia de que algo possa te magoar me faz sofrer
profundamente.


 



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): annytha

Este autor(a) escreve mais 30 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

Anahí notou uma emoção intensa nos olhos de Poncho. Pela primeira vez, chegou a ter um fio de esperança de que ele não a deixaria. Aquela possibilidade a fez tre­mer. Talvez ela e Poncho pudessem viver juntos numa nova Vale do Sol, criando filhos e se amando até que o sol se pusesse pela última vez. A terra ainda co ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 467



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • unposed Postado em 05/08/2010 - 22:29:41

    Por favor, não abandona! Continua postando.

  • unposed Postado em 05/08/2010 - 22:29:40

    Por favor, não abandona! Continua postando.

  • meybely Postado em 02/08/2010 - 12:55:45


    NUM ABANDONA!
    posta logo

  • unposed Postado em 19/07/2010 - 22:53:20

    Adoro todas as suas webs. Não para não, posta mais, please!

  • meybely Postado em 08/07/2010 - 14:50:00


    NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA!

  • meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:56


    NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA!

  • meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:51


    NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA!

  • meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:46


    NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA!

  • meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:39


    NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA!

  • meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:34


    NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA!




Nossas redes sociais