Fanfic: Verão eterno!!! (Terminada)
O aroma do bacon e
do café já podia ser sentido. Quando Anahí desceu para a cozinha, Poncho
entregou-lhe uma xícara de café. Da janela podia se ver o amanhecer com sua
luz suave, e ó céu absolutamente sem nuvens, sinal de que a manhã seria muito
fria.
-
Nem
sinal de chuva. Esta seca está sendo a pior de todas. E os tanques dos animais?
- perguntou Lee, servindo o bacon.
- Eu os enchi ontem - disse Poncho, tomando um gole de café
quente.
-
Isso
eu vi. Sou velho mas não sou cego. Você vai preparar os ovos, menina, ou vai
ficar esperando para comer tudo o que eu fizer? - perguntou Lee, sem maldade.
Apressadamente, Anahí
colocou a xícara de café na mesa e começou a quebrar os ovos numa frigideira.
Em alguns minutos o café da manhã estava servido.
Após
comerem em silêncio, Lee e Poncho colocaram canos e galões de combustível na
caminhonete, enquanto Anahí preparava alguma coisa para o jantar. Em seguida,
os três subiram no veículo e rumaram para o Canyon do Vento.
Logo que pegaram a
estrada principal da fazenda, sentiram o solo bastante irregular. Tudo dentro
da caminhonete chacoalhava, indicando que aquele caminho seria melhor
percorrido a cavalo. Sentada entre os dois, às vezes Anahí olhava para Poncho e
observava-lhe o perfil másculo e o maravilhoso azul dos olhos. Vendo que ela o
olhava, ele tirou uma das mãos do volante e acariciou-lhe o rosto delicado.
Depois, voltou a concentrar-se na estrada difícil e perigosa.
Anahí tinha uma
outra impressão do Canyon do Vento agora. Já não o achava tão árido e sabia que
o futuro da Vale do Sol estava lá.
Poncho, vendo a
ansiedade no rosto dela, quis preveni-la de que não poderia garantir uma
perfuração bem-sucedida. Havia água no Canyon do Vento sem dúvida nenhuma, e
formava um grande rio subterrâneo, mas talvez a uma profundidade tão grande que
tornaria a perfuração inviável. E se as rochas subterrâneas fossem resistentes
demais para o equipamento? Será que a sorte os ajudaria a ponto de dar tudo
certo?
A única maneira de
descobrir a que profundidade a água estava, era fazendo a perfuração do local.
Se o tempo, o dinheiro e a sorte ajudassem, logo teriam a resposta.
Contudo, era o
fator tempo o que mais preocupava Poncho. Já achara água em questão de dias,
mas levara meses para atingi-la em outros locais. A segunda prestação da
hipoteca de Anahí venceria em um mês e meio e Poncho sabia que o dinheiro dela
não era infinito. Temia que tivesse de usar o dinheiro da hipoteca numa perfuração
longa e custosa.
Ele queria que o
veio de água estivesse perto da superfície, mas sua experiência e seus
instintos lhe diziam que a água estava longe, muito longe, perto do limite do
dinheiro e dos nervos de Anahí.
A
caminhonete andava com dificuldade pelo pedregoso vale do Canyon do Vento. Nas
duas semanas que Lee estivera fora, Poncho já havia tirado todas ás grandes
pedras do caminho e cortado todas as árvores maiores que dificultavam o acesso
ao local. Era o máximo que poderia ser feito já que não tinham nem tempo nem
dinheiro para aplainar o local adequadamente.
Poncho
estacionou a caminhonete ao lado do equipamento que já transportara. Havia uma
escavadeira pequena e já bastante usada, que contudo funcionava muito bem. Poncho
a usava sempre em suas escavações, e ela sempre se saíra bem, mesmo nos lugares
mais inóspitos. O equipamento de perfuração também não causava muito boa
impressão. Montado com velhas peças encontradas no celeiro de Anahí, e mais
outras que Poncho já possuía, parecia que ia desmontar com a ação do vento.
- Ainda bem que isto não é um concurso de
beleza. Perderíamos com certeza - disse Lee, descendo da caminhonete.
A
única resposta de Poncho foi um resmungo, enquanto tirava outros suprimentos do
veículo. Mesmo trabalhando rapidamente, Anahí tinha a impressão de que jamais
iniciariam a perfuração. Nervosa e apreensiva, tudo o que queria naquele
momento era ver o motor da escavadeira em funcionamento.
Poncho observou a
reação de Anahí quando o motor foi ligado: andava de um lado para outro, não
suportando o barulho ensurdecedor.
- Você logo se
acostuma - disse Poncho, em voz alta.
- Eu sei. Ficando surda, é o que você quer
dizer.
Poncho
deu uma alta gargalhada e tomou Anahí em seus braços.
- Me dê um beijo primeiro. Depois pegue a chave
de rosca número um.
Anahí
o beijou longamente, fazendo com que ele desejasse estar a sós com ela. Tudo
nela o atraía: sua sensualidade, a serenidade de seu silêncio, sua determinação
e sua inteligência. Para Anahí o mesmo acontecia, adorando estar com Poncho,
falar com ele ou ficar em silêncio perto dele.
Poncho soltou Anahí
lentamente. Ela se recompôs e dirigiu-se ao quadro de ferramentas. Após
localizar a chave número um, olhou Poncho de longe: usava luvas de trabalho,
controlava cada parte da escavadeira. Anahí acenou para ele e viu que a máquina
já funcionava a todo vapor, produzindo um barulho estranho e muito alto. Quando
a escavadeira atingiu o solo, muita poeira foi levantada, mas aparentemente
tudo estava bem.
Poncho
sabia que a primeira parte era a mais fácil e rápida de todo o processo, pois
nenhuma rocha resistente se localizava na superfície. Contudo, quando atingissem
maior profundidade, encontrariam rochas com milhões de anos. Aí sim, tudo
ficaria mais difícil e demorado.
O poço propriamente
dito estava localizado sob aquelas rochas milenares, mas em compensação a água
seria tão abundante que resistiria à qualquer seca.
Depois de algumas
horas, Anahí percebeu que não fazia sentido ficar ao lado da máquina observando
o trabalho dos outros. Decidiu voltar à fazenda, onde muito trabalho a
esperava. Precisava checar se o gado estava bem, recolher os ovos no
galinheiro, ver os cavalos e ir até a cidade para pagar algumas contas.
Ainda havia algumas
peças da perfuradora que precisavam ser levadas para conserto e mais duas a
ser encomendadas. Os gastos preocupavam-na, mas sabia que deveriam ser feitos.
O que Poncho precisasse, ela conseguiria. Ademais, sem aquelas peças novas, o
trabalho seria ainda mais demorado e Poncho não tinha muito mais tempo para
ficar na Vale do Sol.
Aquela ideia
perturbou-a profundamente, apesar de Anahí não ter dinheiro para aguentar por
muito tempo. Tudo estava ficando bem mais caro do que ela esperava, devido aos
altos preços e à necessidade de peças mais modernas.
Apesar de não ter
dito nada a Lee nem para Poncho, seria necessário mexer no dinheiro da hipoteca
para poder arcar com as despesas.
Antes de ir, Anahí
perguntou a Poncho se ele precisava de algo. Para sua surpresa ele disse que
sim, e a chamou para perto de si. Depois, tirando as luvas de trabalho,
pegou-lhe o rosto suave e a beijou ternamente.
- Preciso de você, Anahí - falou ele,
encostando a boca no ouvido dela.
Ela começou a
chorar de emoção, abraçada a ele com o rosto colado ao séu pescoço.
- Estou aqui. Sempre estarei aqui para você -
disse ela com segurança.
Ele a abraçava tão
fortemente que Anahí mal podia respirar.
-
Cuidado
quando dirigir a caminhonete. É difícil manter o volante com o estado da
estrada. Não se esqueça de deixar o rifle carregado ao seu lado. Cuidado com
as cobras! - aconselhou ele.
- Você acha que James. . .
Não. De jeito algum. Se eu achasse que poderia
tocá-la novamente, teria acabado com ele. É só por precaução. Você é preciosa
demais. Nada deve acontecer a você - disse ele, beijando-a novamente. Depois
continuou: - Não posso explicar. Não consigo bem entender o que acontece
comigo, mas a simples ideia de que algo possa te magoar me faz sofrer
profundamente.
Autor(a): annytha
Este autor(a) escreve mais 30 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
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Anahí notou uma emoção intensa nos olhos de Poncho. Pela primeira vez, chegou a ter um fio de esperança de que ele não a deixaria. Aquela possibilidade a fez tremer. Talvez ela e Poncho pudessem viver juntos numa nova Vale do Sol, criando filhos e se amando até que o sol se pusesse pela última vez. A terra ainda co ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 467
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unposed Postado em 05/08/2010 - 22:29:41
Por favor, não abandona! Continua postando.
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unposed Postado em 05/08/2010 - 22:29:40
Por favor, não abandona! Continua postando.
-
meybely Postado em 02/08/2010 - 12:55:45
NUM ABANDONA!
posta logo -
unposed Postado em 19/07/2010 - 22:53:20
Adoro todas as suas webs. Não para não, posta mais, please!
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meybely Postado em 08/07/2010 - 14:50:00
NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA! -
meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:56
NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA! -
meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:51
NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA! -
meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:46
NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA! -
meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:39
NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA! -
meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:34
NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA!