Fanfics Brasil - Verão eterno!!! (Terminada)

Fanfic: Verão eterno!!! (Terminada)


Capítulo: 40? Capítulo




Logo que chegou à
fazenda, Anahí correu ao pasto para checar o rebanho de gado Angus. Um
bezerrinho caminhou até ela, belo e vigoroso.


-   Você é tão lindo que faz com que eu me sinta
pavorosa - falou ela, acariciando-o com a mão. De­pois de distribuir ração a
todos, olhou-os cuidadosa­mente: nenhum aparentava ter algum problema.


Por alguns momentos
ela ficou lá parada, assegurando-se que tudo estava bem com seu gado. Sem per­ceber,
ela sorria, satisfeita por estar no meio dos ani­mais. Afinal eles eram muito
mais do que um belo re­banho: eles eram o futuro da Vale do Sol.


-   Boa-noite para todos. Cresçam bastante e
fiquem bem fortes.


Em seguida, levou
para a cozinha as provisões que havia comprado e começou a preparar o jantar.
Quan­do Lee e Poncho voltaram, ela esperou que eles tomassem banho para poder
servir o jantar.


-   Venham logo
antes que eu jogue tudo aos porcos - brincou ela como usualmente fazia. Normal­mente,
Poncho respondia com um grande beijo, mas na­quela noite, contudo, ele apenas a
abraçou fortemente como se precisasse de conforto e esperança.


-    Como foi o dia hoje? - perguntou ela gentil­mente.


Ele
a abraçou mais forte.


-   Finalmente atingi outra camada de rochas,
mas ela também está completamente seca.


Anahí sentiu um
frio lhe penetrando o corpo. Abra­çada a ele, podia sentir-lhe o coração que
batia forte­mente.


-           Vamos, você se sentirá melhor depois
que comer - disse ela sorrindo.


Poncho
acariciou-lhe o rosto e os lábios. Ia falar, mas resolveu beijá-la antes:


-           Não existe ninguém como você, Anahí.


Naquela
noite, sem precisar falar, mas entregando-se a ela inteiramente, Poncho lhe
deixou bem claro que só ela o chamava como o vento. Ele até chegara a sonhar
que a perfuração no Canyon duraria eternamente, po­dendo assim ter a alegria
inacreditável do amor de Anahí para sempre.


Entretanto, Poncho
também sabia que deveria achar água logo, pois quanto mais tempo ficasse ao
lado dela, mais a machucaria. A ideia de magoá-la era como uma faca
atravessando-lhe o coração e a mente.


Na manha seguinte, Poncho
disse à Anahí que iria apres­sar os trabalhos de perfuração.


-           Precisamos achar água logo, caso
contrário você não terá nenhum dinheiro para o pagamento da hipo­teca em
janeiro.


Ela olhou para ele
e meneou a cabeça lentamente. Sentia que ele estava preocupado.


-           Darei um jeito, Poncho. Não há
necessidade de você se matar de trabalhar. Teremos o tempo que você precisar.


Ele a olhou de modo
intenso, pressentindo que ela pensava em outra coisa.


- Um dos sobrinhos
de Lee chegará depois do Na­tal para nos ajudar. Só então aumentarei as horas
de trabalho - explicou ele.


Anahí nada disse,
percebendo que não tinham outra alternativa.


A noite de Natal
foi passada no local da escavação. Anahí iluminou o lugar com um lampião,
trouxe algu­mas frutas e pipoca e assou um peru num espeto mon­tado por Lee e Poncho.
Depois cantaram velhas canções de Natal ao som desafinado da harmónica de Lee.
Lá­grimas corriam pelo rosto dele e de Anahí ao se lem­brarem de outros natais.
Em seguida, usando os copos de cristal, brindaram à saúde de todos e à água do
fu­turo poço.


Por um momento, em
silêncio absoluto, ficaram ou­vindo o vento e sentindo a paz que ele trazia.
Depois, Lee dirigiu-se ao caminhão, voltando com dois presen­tes. Para Poncho,
uma bonita fita de chapéu feita de pele de cobra. Para Anahí, um belo cinto do
mesmo mate­rial. Poncho deu a Lee um novo par de luvas de trabalho, resistentes
o suficiente para que os dedos doentes não ficassem doloridos após o árduo
trabalho.


Anahí escondera
seus presentes dentro de uma caixa de mantimentos. Ela deu o de Lee primeiro,
uma belís­sima fivela oval de prata, com um cavalo de madrepé­rola incrustado
sobre ela. Imediatamente ele tirou o cinto, substituindo a velha fivela de
latão por aquela que ganhara.


Enquanto Lee
arrumava seu cinto, Anahí entregou a Poncho seu presente. Ele olhou para ela
por um longo momento, segurando o pequeno pacote ainda embru­lhado. Dentro da
caixa, protegido por papel de seda, havia um lindo bracelete feito de uma única
peça de prata fundida. Com uma abertura suficiente para ser colocado no pulso,
a peça tinha o nome indígena de Poncho do lado de fora, gravado com pequenos
pedaços de turquesa polida. Do lado de dentro, uma inscrição: "Enquanto a
água correr".


Poncho admirou a
perfeição do trabalho, leu a inscrição e sentiu-se profundamente emocionado. Ao
olhar para Anahí, não conseguia se lembrar quando fora a última vez que alguém
lhe dera um presente, ainda mais algo confeccionado especialmente para ele.


-           Obrigado - murmurou, abraçando-a e
beijando-a sem parar, como se tivesse medo que ela fosse embora da mesma forma
que o vento. - É como você, inesperado e perfeito.


Por um momento ele
parou de abraçá-la. Depois abriu o colarinho da camisa e passou a mão pelo pes­coço.


-           Seu presente não está embrulhado. Eu
quis dá-lo a você da mesma maneira que o ganhei: ainda quen­te com o calor do corpo de quem o usava - disse ele, tirando do próprio pescoço um colar indígena.
Depois, continuou: - Pertenceu à minha bisavó, à minha avó e
à minha mãe. Ela o deu para mim quando me deixou com meu avô para voltar à
cidade de onde viera.


O colar brilhante
nas mãos de Poncho tinha pequenas flores feitas de moedas de prata retorcida.
Com mais de cem anos, era uma mistura das culturas branca e indígena, trazendo
em si a história de tantas vidas que fez Anahí tremer ao tocá-lo.


-           Poncho, não posso aceitar. . .


Ele a silenciou com
um beijo. Depois, desabotoou-lhe a blusa e o colocou no pescoço. Anahí sentia o
colar sobre os seios, a prata acariciando-a e transmitindo-lhe o calor do corpo
de Poncho.


-    
Poncho.
. . - ela tentou falar mais uma vez sem contudo conseguir.


-       Minha avó uma vez me disse que um dia eu acharia a mulher
certa para usá-lo. Eu nunca acreditei nisso até o dia em que a vi ao lado do
poço de James, deixando que a água escorresse por todo o seu corpo. Talvez um
dia sua filha use este colar e aí você falará a ela sobre o, homem que o deu a
você. Não consigo pensar em algo mais bonito do que essa prata sendo aquecida
pelo calor de um filho nascido do seu ventre.


-           E. . . e os seus filhos? - perguntou
ela, com a voz embargada.


Poncho sorriu, mas
de uma maneira profundamente triste.


-           Uma vez eu quis que uma mulher
tivesse um filho meu. Foi na cidade, antes que eu me aceitasse com meu nome
indígena, Irmão do Vento. Ela me amava, mas era branca e não queria ter filhos
mestiços.


-           Então ela não te amava
verdadeiramente.


Ele
abanou a cabeça.


-     
Ela
estava apenas sendo honesta consigo mes­ma. Sempre fui grato a ela por isso.
Outra mulher po­deria ter se casado comigo e só me dizer depois. Isso aconteceu
com um primo meu.


-     
Eu
não sou assim. Quero muito. . .


A
voz de Anahí tremia quando Poncho voltou a falar:


-           Então decidi que jamais pediria a uma
mulher para ter um filho meu.


Anahí sentia que as
lágrimas contidas estavam qua­se sufocando-a. Imaginava se estaria carregando
no ventre o filho de Poncho. Filho este a quem ela daria aque­le colar um dia.
Filho este que o pai talvez jamais co­nhecesse.


Por um longo
momento os dois ficaram em silêncio. A mão de Poncho se entrelaçava nos cabelos
de Anahí, fa­zendo refletir em seu bracelete a luz suave do lampião. No céu, as
estrelas brilhavam esfusiantemente.


 



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Autor(a): annytha

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 467



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  • unposed Postado em 05/08/2010 - 22:29:41

    Por favor, não abandona! Continua postando.

  • unposed Postado em 05/08/2010 - 22:29:40

    Por favor, não abandona! Continua postando.

  • meybely Postado em 02/08/2010 - 12:55:45


    NUM ABANDONA!
    posta logo

  • unposed Postado em 19/07/2010 - 22:53:20

    Adoro todas as suas webs. Não para não, posta mais, please!

  • meybely Postado em 08/07/2010 - 14:50:00


    NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA!

  • meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:56


    NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA!

  • meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:51


    NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA!

  • meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:46


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  • meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:39


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  • meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:34


    NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA!




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