Fanfics Brasil - Verão eterno!!! (Terminada)

Fanfic: Verão eterno!!! (Terminada)


Capítulo: 46? Capítulo

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Fazia cinco meses
que Poncho partira, e Anahí achava que teria realmente de aceitar aquele fato:
a perda de Poncho e o ganho do poço, do gado, e principalmente de seu filho que
se mexia em seu ventre. Eia queria ser forte o suficiente para não se destruir
com as saudades que sentia dele. Ao contrário, procurava ver Poncho em cada
amanhecer, em cada gota de água que saía do poço, e em todas as vezes que o
vento soprava murmu­rando o nome de seu amado...


Então, mais uma
tarde veio, mais um caminhão chegou a Vale do Sol, e mais uma vez um homem
perguntou:


-   Onde coloco os animais?


Anahí virou-se e
viu magníficas éguas descendo a rampa do caminhão e serem conduzidas ao curral.
Com pêlos sedosos e rabos que se agitavam ao vento, ela estava fascinada pela
beleza dos animais. Por um mi­nuto até sonhou com os filhotes de Tufão correndo
pela relva macia.


A vida na fazenda
agora seria diferente: os animais de Poncho, a terra de Anahí, um filho deles,
a fonte arte­siana jorrando sem parar, tudo criando uma promessa de vida eterna
na Vale do Sol.


A
fazenda se erguera novamente.


Contudo, lágrimas
caíam silenciosamente pelo rosto de Anahí. Desde que Poncho partira, ela não
havia chora­do uma única vez, mas agora não podia mais evitar. Ver que o sonho
de sua família, de seu pai e o dela própria se realizava, não lhe trouxe a
felicidade que esperava encontrar. Ela continuava sozinha com seu sonho de
viver ao lado de Poncho.


Anahí dirigiu-se ao
celeiro com lágrimas nos olhos. Jake e Lee repararam que ela chorava enquanto
pegava uma sela.


-   Vai cavalgar? - perguntou Lee.


Ela
apenas balançou a cabeça, sem conseguir lalar.


-           Então é
melhor montar Fiel - sugeriu Jake.


Anahí meneou a cabeça novamente.


Os
dois homens saíram e voltaram rapidamente com a égua de Poncho. Lee ajudou-a a
montar e lhe entregou as rédeas nas mãos. Depois, enquanto Anahí saía do curral
já montando Fiel, os dois se olharam e falaram:


-     Será que ela vai se recuperar? - perguntou Jake entre um
longo suspiro.


-    
Acho
bom que ela se recupere porque senão sou capaz de escalpelar aquele safado de
uma figa.


-    
Avise
se precisar de ajuda. Eu e os meninos vire­mos na hora. Nós devemos muito a Poncho,
mas Anahí é a melhor mulher que já conheci. Não merece isso - falou Jake num
tom de raiva.


Fiel
sabia onde ir mesmo sem ouvir a voz de sua dona. Seguia pela estrada empoeirada
e Anahí, sem se preocupar com o caminho, pensava que não era tão forte como
supunha, e muito menos forte que o neces­sário para continuar a viver na Vale
do Sol. As lágri­mas lhe escorriam pelo rosto e o vento não conseguia
enxugá-las.


Fiel parou bem
perto da margem do lago artesiano. A relva ao redor já crescia alta e macia,
fortalecida pe­la água que a irrigava. Anahí desmontou, sentou-se no chão e
admirou o magnífico pôr-do-sol do Oeste. No entanto, os tons alaranjados e
dourados não foram sufi­cientemente atraentes para que ela deixasse de pensar
em Poncho. A lembrança dos momentos maravilhosos pas­sados junto a ele só lhe
arrancavam mais lágrimas de­sesperadas. Não conseguia mais ver o sol e nem
sentir o vento lhe acariciando os cabelos. Estava perdida em suas memórias e em
seu sonho irrealizável.


-   Anahí?


Aquela voz vinha
como de um sonho, quente e acon­chegante como uma carícia. Então, delicadamente
Poncho afagou-lhe os cabelos, chamando-a para a realidade.


Ainda chorando, ela
se virou e pôde ver Poncho por entre as lágrimas. Por um momento, teve a
impressão de que ainda estava sonhando, mas foi naquele instante que ela
percebeu que aquela visão era metade realidade, metade sonho.


Poncho lhe dissera,
antes de partir, que algum dia vol­taria para ver seus animais, mas que depois
partiria novamente.


Ele a chamou mais
uma vez e depois ajoelhou-se ao seu lado. Anahí lhe pegou a mão e encostou-a em
seu rosto, perguntando-se por que a metade de um so­nho machucava mais do que
um sonho inteiro. Ele a abraçou carinhosamente, como se ela fosse muito frágil.


 



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Autor(a): annytha

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-   Sinto muito, nunca quis magoar você - mur­murou ele, embalando-a docemente e repetindo aque­las palavras incessantemente. Parecia que com isso ele queria afastar aquelas lágrimas e substituí-las pelos sonhos antes tão acalentados. Anahí simplesmente se abandonou àqueles braços fortes, emocionada de ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 467



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  • unposed Postado em 05/08/2010 - 22:29:41

    Por favor, não abandona! Continua postando.

  • unposed Postado em 05/08/2010 - 22:29:40

    Por favor, não abandona! Continua postando.

  • meybely Postado em 02/08/2010 - 12:55:45


    NUM ABANDONA!
    posta logo

  • unposed Postado em 19/07/2010 - 22:53:20

    Adoro todas as suas webs. Não para não, posta mais, please!

  • meybely Postado em 08/07/2010 - 14:50:00


    NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA!

  • meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:56


    NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA!

  • meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:51


    NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA!

  • meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:46


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  • meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:39


    NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA!

  • meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:34


    NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA!




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