Fanfics Brasil - Verão eterno!!! (Terminada)

Fanfic: Verão eterno!!! (Terminada)


Capítulo: 7? Capítulo

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Poncho olhou para ela e sorriu ao vê-la deitada a seu lado. Contudo ele não
sabia se ela estava cansada de­mais pelo dia agitado que tivera, ou se
simplesmente não queria lhe dar atenção pelo fato de ele ser um mestiço. Então
ele se lembrou de como ela o olhara en­quanto consertava a junção da mangueira:
havia uma expressão de admiração em seu rosto.


Poncho sentiu-se tentado a deitar-se ao lado de Anahí, para
descansar por alguns minutos. O dia para ele co­meçara muito cedo, antes do
nascer do sol, e o trabalho com os cavalos de Derrick James era bastante árduo.
Contudo, ele adorava o que fazia, principalmente por­ que os cavalos de James
eram os melhores de Nevada.
Infelizmente, James não tinha a menor sensibilidade para lidar com animais e
acabava por machucá-los usando-os em rodeios. Da mesma forma, James não sabia como
tratar uma mulher nem como cuidar da terra: usava tudo o que elas podiam
oferecer e não dava nada em troca. Não tinha a menor ideia do que significava
ter sentimentos.


Poncho observou Anahí novamente e concluiu que ela não era o tipo de mulher
para se levar para a cama num dia e dizer "até logo" no outro. Mas a
imagem dela com as roupas molhadas moldando-lhe o corpo não lhe saía da mente.
Entretanto, Poncho não queria magoá-la de forma alguma. Ela era muito bonita,
mas não acha­va justo que pelo fato de ela estar necessitando de ajuda, alguém
pudesse explorá-la. Por isso mesmo, Poncho não fez nenhum gesto em direção à
ela;  sabia que Anahí não se entregaria
casualmente a qualquer homem, da mesma forma que ele jamais se entregara to­talmente
a qualquer mulher. Com trinta e três anos, Poncho já havia aprendido muita
coisa sobre a vida e sobre si mesmo. Era um homem experiente. Uma das coisas
aprendidas era que seu nome indígena, "Irmão do Vento", significava
muito mais do que um simples nome, mas toda uma tradição secular que ele final­mente
aceitara. Durante toda sua vida procurara algo que fosse mais belo e poderoso
do que o Oeste, para perceber que aquele era realmente seu lugar, com re­gatos
cheios de peixes, montanhas majestosas e gran­des vales onde ninguém conseguia
chegar. A procura havia terminado e ele havia encontrado sua terra e a si
mesmo.


Esse era o outro fato de sua vida: educado como branco, convivera com
brancos durante a infância, e muitas mulheres brancas não aceitavam sua descen­dência
indígena. Seu silêncio e sua maneira de perce­ber a vida incomodavam quem não
fosse sensível como ele. Além disso, muitas mulheres não queriam um filho com
sangue indígena nas veias.


Afastando a visão do corpo de Anahí de sua mente, Poncho puxou o chapéu até
os olhos, controlando seus desejos da mesma forma como se controlava quando
alguém o chamava de "mestiço". Corajoso, nunca ne­nhum homem o
enfrentara de igual para igual, mas sempre em grupos, e às vezes até armados
com facas. Poncho aprendera a não depender de ninguém para defender-se e por
isso mesmo tornou-se um homem forte, mas solitário. Talvez esse fosse o seu
destino, e ele já o havia aceitado. . . Irmão do Vento.


O gado andava ao redor do caminhão, levantando uma nuvem de poeira
avermelhada. A água que saía da mangueira enchia o tanque dos animais e o
perfume selvagem de água, gado e poeira misturava-se no ar. Anahí amava aquele
odor tão familiar, que a fazia rela­xar ainda mais e sentir-se mais leve. Ela
percebeu que estava quase pegando no sono a quilometros de distân­cia de sua
casa, ao lado de um estranho que estava tão perto dela a ponto de poder ouvir
sua respiração.


Entretanto, aquela sensação não a incomodou. Des­de que completara dezoito
anos, aprendera muito so­bre as pessoas, e principalmente sobre os homens. Poncho
não demonstrava ser o tipo de homem que pularia so­bre ela num momento de
fraqueza. Sabia que ele a achara muito bonita, mas Poncho jamais teria alguma
ati­tude sórdida para com ela.


E mesmo que ela não tivesse percebido isso, ainda havia o fato de Lee
confiar nele. Quando Lee confiava em alguém, era porque aquela pessoa tinha
realmente um átimo caráter. Anahí só lamentava não conhecer Poncho o suficiente
para poder usar o ombro largo como um confortável travesseiro. Ela sorriu ao
imaginar-se deitada sobre ele, e foi sorrindo que caiu num sono profundo.


Poncho olhou-a por um longo tempo, achando que eles não haviam sido feitos
um para o outro. Depois, aproximando-se de Anahí, colocou-lhe a cabeça
cuidadosa­mente em seu ombro. Ela se mexeu um pouco, sem contudo acordar. Ao
contrário, aninhou-se ainda mais nos braços de Poncho, procurando uma posição
mais acon­chegante. Poncho teve ímpetos de acordá-la, mas achou melhor não
fazê-lo.


Em silêncio profundo, tentando não pensar em nada, resolveu entregar-se ao
doce prazer de ter aquela bela e suave mulher adormecida em seus braços. Ela
pare­cia confiar nele mais do que ele próprio.


 




continuem comentando todos ok.


fico super contente quando tenho vários comentários


besos e até mais!!!


 



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Autor(a): annytha

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 467



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  • unposed Postado em 05/08/2010 - 22:29:41

    Por favor, não abandona! Continua postando.

  • unposed Postado em 05/08/2010 - 22:29:40

    Por favor, não abandona! Continua postando.

  • meybely Postado em 02/08/2010 - 12:55:45


    NUM ABANDONA!
    posta logo

  • unposed Postado em 19/07/2010 - 22:53:20

    Adoro todas as suas webs. Não para não, posta mais, please!

  • meybely Postado em 08/07/2010 - 14:50:00


    NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA!

  • meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:56


    NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA!

  • meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:51


    NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA!

  • meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:46


    NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA!

  • meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:39


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  • meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:34


    NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA!




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