Fanfics Brasil - CAPITULO III Verão eterno!!! (Terminada)

Fanfic: Verão eterno!!! (Terminada)


Capítulo: CAPITULO III

298 visualizações Denunciar


O sol estava se pondo, misturando tons alaranjados e carmins, num
verdadeiro esplendor da natureza. A noite chegava calma e majestosamente. A
água que ainda jorrava pela mangueira do
caminhão refletia os raios luminosos
do entardecer. O gado, já com a sede saciada, pastava perto de altas
árvores, enquanto a égua de Poncho descansava perto dele.


Com a cabeça de Anahí
ainda apoiada em seu om­bro, Poncho observava o pôr-do-sol daquela terra selva­gem e bela. Ele já havia visto muitos lugares sem
igual, contudo jamais vira um
pôr-do-sol tão maravilhoso, principalmente agora, com Anahí deitada
languida­mente em seus braços. Tê-la junto a
si dava-lhe uma estranha sensação de prazer e incerteza, como se ele
fosse um estranho numa terra proibida. Talvez fosse essa sensação que sua avó sueca tivera quando se ena­morou por um pagé. Eles tinham se conhecido quando
ela veio ensinar catecismo numa reserva indígena.


A égua mexeu a pata da frente, afastando uma mos­ca persistente. Poncho
reparou que a noite se aproximava como um veludo macio, e relutantemente percebeu que já era mais do que hora de acordar Anahí, que dormia em
seus braços. Então, gentilmente, colocou-lhe a cabe­ça novamente sobre o
chapéu. Ela gemeu baixinho, quase em silêncio, como se não tivesse gostado da
nova posição. Poncho então passou os lábios sobre o cabelo macio dela, para
depois recostar-se no pneu do cami­nhão novamente, não mais tocando-lhe um
único dedo.


-    
Anahí!
- chamou ele, baixinho, colocando a mão sobre o ombro delicado. Depois, mais
alto, chamou-a novamente:


-    
Anahí! 


Confusa com a
situação, ela acordou repentinamen­te, quase batendo com a cabeça no caminhão
caso Poncho não a tivesse segurado. Sorrindo, só alguns instantes depois é que Anahí
se deu conta de que havia pegado no sono ao lado do homem mais interessante que
já conhecera.


-       Espero não ter ressonado enquanto dormia
- brincou ela.


Poncho mudou a
expressão de mesma forma que a lua cheia ilumina uma noite escura.


-    
Desculpe
desapontá-la, mas você não ressonou nenhuma vez - disse ele num tom gentil.


-    
Então
você teve sorte, porque com o cansaço que eu estou. . . puxa, não sabia que esta
terra poderia ser um colchão tão confortável - declarou ela, espreguiçando-se
como uma gata.


-    
É.
. . hoje foi meu dia de sorte. . . mas o chão não é tão macio assim. . . -
respondeu Poncho, num tom enigmático.


Anahí olhou para
ele surpresa, não entendendo o que ele queria dizer, mas antes que pudesse
pedir algu­ma explicação, Poncho levantou-se e conduziu a égua até o tanque de
água fresca. Anahí também ergueu-se em seguida, sacudindo a poeira da roupa. Ao
olhar a água cristalina, teve ímpetos de tirar toda a roupa é mergulhar dentro
do tanque, mas, com um suspiro, afastou aquela ideia da mente.


-    
Este
tanque nunca verá outra água que não seja a de James - falou Poncho com
segurança, enquanto observava a égua beber. Depois, virando-se para Anahí,
percebeu como aquelas palavras a tinham desa­pontado.


-    
Esqueça
a ideia de cavar um poço aqui. Só seria perda de tempo, de dinheiro e mais gado
seu iria mor­rer - continuou ele.


Anahí nada
respondeu. Não que ela não pensasse naquela possibilidade, mas é que Poncho havia
sido direto demais. Ela queria protestar, perguntar-lhe como po­deria ter tanta
certeza, mas resolveu não fazê-lo, por­que no fundo de seu coração sabia que Poncho
estava certo. Sabia que ele conhecia aquela terra como nin­guém e que poderia
confiar nele.


Anahí queria
chorar, mas conseguiu controlar-se. Sentia-se como se estivesse acordando de um
sonho maravilhoso e mergulhando num pesadelo. Ela tinha dinheiro suficiente
para aprofundar o poço que tinha o nome dela, mas não para descobrir e perfurar
um novo poço. Só agora é que ela percebia que tinha pas­sado aqueles anos todos
querendo reviver um poço que já estava morto. Sentia-se desolada.


-    
Anahí...


-    
Tudo
bem, eu entendo - respondeu ela, saben­do que Poncho não tivera a intenção de
magoá-la.


Odiando-se por
tê-la magoado, Poncho perguntava-se se ela realmente entendera o que ele queria
dizer. Quanto mais ela sonhasse com um poço morto, menos chances teriam de
procurar água em outro local da Vale do Sol.


-       Pensei que se perfurasse mais
profundamente até dar nas rochas, encontraria água artesiana. Você tem certeza
de que este poço está morto? Como pode estar tão certo? - perguntou ela em voz
baixa, mal disfar­çando o choro que lhe apertava a garganta.


Poncho
não respondeu, apenas olhou-a com seus olhos claros como a água que Anahí
queria encontrar. Ele tinha certeza, mas não sabia como explicar. Era algo que
tinha a ver com seu instinto, e com sua experiência de vida e trabalho em
terras secas.


-    
Bem,
obrigada por ter sido honesto comigo. Vo­cê poderia ter acabado com meu
dinheiro e ido embora se quisesse - disse Anahí, mais conformada.


-    
É
isso que te disseram a meu respeito? - inda­gou ele seriamente.


-    
Não.
E mesmo que me tivessem dito que você é explorador, depois de tê-lo conhecido
eu não acredita­ria numa única palavra. Sei que você não é mentiroso nem
desonesto - respondeu ela, olhando-o direta-mente nos olhos.


Por um longo
momento, eles se olharam em silêncio. Ela confiava nele e sabia que não lhe
mentiria. Ele confiava nela e sabia que não lhe pediria nenhuma prova do que
estava dizendo:


-       Se houver água em sua fazenda, eu vou
achá-la para você - disse Poncho com a mesma voz firme e segu­ra de quando
dissera que o outro poço estava morto.


 



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): annytha

Este autor(a) escreve mais 30 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

Anahí sorriu com tristeza, e depois continuou: -     A menos que a água esteja perto da superfície, porque não tenho dinheiro suficiente para descobrir e perfurar um novo poço. -     Primeiro, temos que descobrir o lugar certo. Só depois nos preocuparemos em como tirar a água ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 467



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • unposed Postado em 05/08/2010 - 22:29:41

    Por favor, não abandona! Continua postando.

  • unposed Postado em 05/08/2010 - 22:29:40

    Por favor, não abandona! Continua postando.

  • meybely Postado em 02/08/2010 - 12:55:45


    NUM ABANDONA!
    posta logo

  • unposed Postado em 19/07/2010 - 22:53:20

    Adoro todas as suas webs. Não para não, posta mais, please!

  • meybely Postado em 08/07/2010 - 14:50:00


    NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA!

  • meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:56


    NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA!

  • meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:51


    NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA!

  • meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:46


    NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA!

  • meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:39


    NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA!

  • meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:34


    NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA!


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.




Nossas redes sociais