Fanfic: Verão eterno!!! (Terminada)
Anahí sorriu com
tristeza, e depois continuou:
-
A
menos que a água esteja perto da superfície, porque não tenho dinheiro
suficiente para descobrir e perfurar um novo poço.
-
Primeiro,
temos que descobrir o lugar certo. Só depois nos preocuparemos em como tirar a
água de lá. Até que eu termine meu trabalho com James trabalharei para você à
noite e nos fins de semana. Depois, poderei trabalhar durante todo o dia
diariamente. Meu salário será casa e comida para mim e meu cavalo.
-
Isso
não é justo para você - disse Anahí, mas Poncho continuou a falar sobre seus
planos, sem dar importância ao que ela havia dito.
- Vi um velho equipamento de perfuração no seu
celeiro. Vamos consertar o que for possível. Tenho algumas peças que poderei
trazer, assim não gastaremos muito. Sua despesa maior será encanamento e combustível.
- E seu pagamento! Não é justo que você
trabalhe apenas por casa e comida - retorquiu Anahí com firmeza.
Poncho sorriu
levemente. Seus olhos estavam mais escuros agora, tão misteriosos e radiantes
como a luz do amanhecer, e foi olhando para ela que ele continuou:
- Também não é justo que você faça o
trabalho de dois homens apenas para salvar sua fazenda.
Anahí não
respondeu. Não tinha outra saída a não ser aceitar a proposta de Poncho.
-
Você
acha que conseguirá fazer tudo sozinha até que as chuvas cheguem? - perguntou
ele.
-
Não
sou diferente das outras pessoas... Também me canso, mas farei tudo que
estiver ao meu alcance para salvar meu rancho - declarou ela.
Poncho se lembrou
das pessoas que conhecia, de como faziam tão pouco e de como reclamavam por não
conseguirem o que queriam. Ele evitava aquelas pessoas. O outro tipo de
pessoa, como Anahí, que lutava muito para tornar um sonho realidade, fazia com
que Poncho se ligasse a ela como chuva em terra seca. Estas eram as pessoas a
quem ele ajudava, dava tudo o que estivesse a seu alcance, aceitando apenas o
que elas podiam oferecer. Quando seus sonhos se realizavam, então Poncho
partia como o vento, em silêncio, pelo Oeste selvagem, na busca de algo que nem
mesmo ele sabia bem o que era.
- Eu vou te ajudar, e juro por Deus como
casa e comida já me serão suficientes. Não quero dinheiro como pagamento. Se eu
descobrir um poço, trarei dez éguas para serem cruzadas com Tufão. Você cuidará
delas e dos filhotes como se fossem seus, e de vez em quando virei à Vale do
Sol, pegarei os cavalos que quiser e sempre deixarei as éguas para serem
cruzadas com o seu melhor reprodutor. Desde que a água do poço que eu descobrir
continue a jorrar. . . e até hoje nenhum dos poços que descobri secaram - disse
Poncho, olhando-a profundamente nos olhos.
Anahí fechou os
olhos, mas ainda tinha a imagem de Poncho em sua mente, com a pele dourada, os
olhos claros e profundos e a voz macia como veludo acariciando-lhe a pele.
- Sim, Poncho. Dez éguas para Tufão. E mais
se você quiser. Cavalos, gado, seja lá o que for. Tenho muita terra, mas
nenhuma água. Pelo menos por enquanto. . . - disse ela com voz calma.
Poncho observou Anahí,
e viu que ela estava sendo sincera e que confiava nele. Só que ele não podia
garantir que aquele sonho se tornaria realidade:
- Às vezes não há água para ser encontrada
- falou num tom bastante real.
Ela esboçou um
sorriso.
-
Sim,
eu sei. Mesmo nesse caso suas éguas serão cruzadas e eu cuidarei dos filhotes
enquanto a Vale do Sol existir.
-
Se
não houver água, o trato fica desfeito.
-
De
modo algum, suas éguas serão cruzadas em qualquer circunstância. Traga-as
quando quiser - disse ela com firmeza, para depois continuar: - Tufão ficará
contente com a ideia. Tenho usado minhas quatro éguas para cuidar do gado e há
mais de um ano que elas não reproduzem.
O sorriso de Poncho
parecia iluminar a escuridão da noite. Ele estendeu a mão para Anahí, e ela
pegou-a sem hesitação, selando o trato que haviam feito. Aquela mão forte
passou-lhe uma agradável sensação de calor, como se o sol a estivesse
aquecendo. Aquele toque mágico parecia dar vida a todos os sonhos de Anahí, e
ela, sonhando com o futuro novamente, pôde sentir o coração batendo
aceleradamente.
- Enquanto o poço der água - reafirmou
suavemente, enquanto apertavam-se as mãos.
As palavras de Anahí
ecoaram nos ouvidos de Poncho como o vento nas colinas. Queria dizer-lhe para
não confiar tanto, entretanto, não era isso o que ele realmente queria. Quanto
a encontrar água, ela podia acreditar nele, mas os sentimentos de Anahí eram um
outro assunto e era isso que fazia com que Poncho sentisse o pulso dela
acelerado. Ela não se apercebera daquele fato, mas Poncho sabia disso com tanta
certeza como sabia que poderia encontrar água. Anahí achava que a possibilidade
de seu sonho se realizar é que a estava excitando, mas ele sabia que não era só
aquilo, pois também podia sentir uma incrível sensação de sensualidade
invadindo-lhe o corpo.
Poncho não podia
mais desligar-se de Anahí. O sonho de encontrar água era tão forte e
arrebatador quanta ela. Era por isso que ele queria e devia ajudá-la. Há muito
tempo que ele não sonhava e -o vazio deixado dentro dele pela ausência de
sonhos era tão grande que nem mesmo o vento ou o ar poderiam preencher.
-
Quando
você pode começar? - perguntou Anahí, sentindo a segurança e o calor que o
corpo de Poncho transmitia.
-
Já
comecei.
-
Já!?
-
Andei
dando uma olhada nos seus poços secos.
-
Ah!
Anahí não disse
mais nada. Nem Poncho. Não havia mais nada para ser dito, já que os poços da
Vale do Sol estavam mortos.
-
Entendi.
Então já é mais do que hora de cumprir minha parte do trato. Lee já deve estar
esperando para o jantar. Não há nada de especial, apenas carne, feijão, salada
e pão.
- Salada? - perguntou Poncho com os olhos arregalados.
- Não venha me dizer que você é mais um
desses vaqueiros que acham que salada é comida de coelho - disse Anahí
brincando.
O riso de Poncho
envolveu-a como uma carícia, da mesma forma que sua voz máscula e macia.
-
Pelo
contrário. Às vezes tenho vontade de comer só legumes frescos - comentou ele,
rindo.
-
Que
bom! Então vamos para casa exigir nossos direitos de coelhos.
Poncho recolheu a
mangueira que tinha enchido o tanque dos animais. Anahí ajudou no que pôde.
Depois de guardarem tudo, ambos estavam molhados e sujos.
- Fique à vontade para dar um mergulho no
tanque antes de ir jantar - disse Anahí, limpando as mãos sujas nas calças de
brim. Depois, continuou: - É o que eu faço normalmente; acho mais divertido do
que tomar banho na banheira e, até a próxima ida à fazenda de James, isso é tudo
o que teremos: uma bucha e uma pia com água. Mas. . . a bucha é da melhor qualidade
- Anahí falou com um sorriso maroto.
Autor(a): annytha
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Poncho percebeu que a falta de água na casa da fazenda já estava num estado desesperador. Não havia água suficiente para o gado e para abastecer a casa também. O dia simplesmente teria que ser mais longo e Anahí uma máquina para conseguir transportar mais água. Poncho assobiou para a égua, que imediat ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 467
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unposed Postado em 05/08/2010 - 22:29:41
Por favor, não abandona! Continua postando.
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unposed Postado em 05/08/2010 - 22:29:40
Por favor, não abandona! Continua postando.
-
meybely Postado em 02/08/2010 - 12:55:45
NUM ABANDONA!
posta logo -
unposed Postado em 19/07/2010 - 22:53:20
Adoro todas as suas webs. Não para não, posta mais, please!
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meybely Postado em 08/07/2010 - 14:50:00
NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA! -
meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:56
NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA! -
meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:51
NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA! -
meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:46
NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA! -
meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:39
NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA! -
meybely Postado em 08/07/2010 - 14:49:34
NÃO ABANDONA NÃO! CONTINUA!