Fanfics Brasil - ●●2° Cap. ••●MidNight Man●•• [DyC]

Fanfic: ••●MidNight Man●•• [DyC]


Capítulo: ●●2° Cap.

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 Uff.


 Dulce se apoiou na porta e apertou um punho tremente no coração que pulsava a toda velocidade. Parecia que tinha as pernas de cera e estava a ponto de derreter-se e formar um atoleiro no chão.


 Chris Uckermann… o comandante Chris Uckermann não era como ela tinha esperado.


 Seu e-mail tinha sido bastante inocente:


 


 Querida senhora Saviñon, hoje vi seu anúncio no Oregonian dizendo que aluga um escritório e estou interessado em vê-la. Procuro uma sede para minha empresa. Se for bem, eu gostaria de marcar um encontro para as dez da manhã de vinte e um de dezembro. Chris Uckermann, Presidente, ASSIM.


 


 Que bom. ACEO¹ Artistas que fazem postais em miniatura que podem vender-se por correio ou por internet.) , tinha pensado ela quando respondeu o e-mail. Imaginou alguém parecido a um cara com o cabelo grisalho, tentando reabilitar a empresa.


 Pearl ia melhorando a um passo vertiginoso, mas ainda era perigoso viver ali. Ter um homem de negócios perto faria que se sentisse a salvo.


 Mas o homem que se sentou no escritório não fez que se sentisse a salvo. Assustada, talvez. Não, não assustada, exatamente, mas sim… o que?


 Não tinha o cabelo grisalho, não era do tipo paternal. Não era velho. Nem fazia que se sentisse a salvo. Parecia perigoso. Era isso! Isso era o que fazia que toda ela ficasse em alerta.


 Ao princípio Dulce pensou que tinha vindo o homem equivocado. Não parecia o presidente de uma companhia. O via duro e perigoso. Como um motorista, não como um homem de negócios. Um homem grande com uns ombros tão amplos que ocupavam todo o respaldo da poltrona, o cabelo negro raspado com alguns fios grisalhos nas têmporas, os olhos entre um azul muito escuro e marrom, impossível de adivinhar com a luz de um dia nublado.


 Mas fosse qual fosse a cor, parecia que a olhava como se fosse comê-la inteira.


 Nunca tinha visto um homem tão manifestamente… masculino. Embora claro, pensou com um sorriso sardônico, os homens que conhecia como decoradora eram muito diferentes dos homens da marinha. De todos os modos o poder bruto e masculino que exsudava aquele homem tinha sido esmagante.


 Ele não havia feito nada, apenas tinha se movido na cadeira e nunca nervosamente ou com brutalidade, não havia dito ou feito nada hostil, mas ela tinha sentido estremecimentos por todo o corpo. Tinha obtido que as mãos deixassem de tremer por pura força de vontade.


 Tudo isto era uma loucura e devia parar já. Chris Uckermann pagava muito dinheiro pelo aluguel, mais do que valia considerando a localização. Não podia permitir ter que apoiar-se na porta e esperar até que seu ritmo cardíaco se tranquilizasse cada vez que o via.


 Talvez devesse sair mais frequentemente, pensou. Deixar de trabalhar tão duro. Começar a flertar. Ter uma vida.


 Talvez a próxima vez que o gerente de seu banco pedisse um encontro, deveria aceitar em lugar de dar uma desculpa. Tinham saído em algumas ocasiões. Mas é que Marcus Freeman era tão pálido, inclusive para os padrões que havia em Portland, e tão aborrecido. Tinha as mãos suaves e brancas. Não grandes, escuras e duras como as mãos de Chris Uckermann…


 Pare já!


 Por Deus, o que acontecia com ela?


 Como já voltava a sentir as pernas estáveis e capazes de suportar seu peso, atravessou o vestíbulo e se dirigiu ao escritório. Ver os objetos familiares, cada um deles selecionados pessoalmente, cada um com uma história, acalmou-a. Tinha gostado tanto de desenhar este lugar, com os chãos de madeira, as vidraças coloridas e os abajures de parede de terracota. A cor e as formas levantaram seu ânimo, melhorando o dia.


 O problema agora era desenhar o escritório que alugara, tão diferente ao seu próprio.


 Era uma tarde chuvosa e não tinha nada melhor para fazer, assim atravessou o vestíbulo e se dirigiu à parte do edifício que ia alugar. Quatro acomodações, uma atrás da outra. Os espaços eram grandes e estavam vazios. Um tecido em branco.


 Desenhar sempre a excitava e normalmente as idéias chegavam com rapidez, mas esse dia, quando se sentou no enorme e vazio chão de madeira, apoiando-se na parede, o desenho foi fluindo firmemente, mas com lentidão, como se estivesse esboçando uma visão já formada. Como se soubesse que algo misterioso e poderoso estava chegando.


 Seu escritório e sua moradia eram de cores alegres e femininas. Mas as de aluguel tinham ido fluindo de suas mãos em tons quadro-negro, negro e cerceta, sóbrio e aerodinâmico. Era como se tivesse estado pensando em Chris Uckermann quando tinha desenhado os desenhos, como se houvesse sentido seu poder e sua força.


 Tinha visto o olhar de reconhecimento em seus olhos e soube que de algum modo tinha desenhado algo que encaixava com ele.


 De algum modo tinha sabido que Uckermann precisaria de uma poltrona de grande tamanho. De algum modo tinha sabido que a um homem como ele não gostaria de nada sobrecarregado ou de design, somente um escritório comprido de linhas retas feito de titânio e mármore negro, estantes abertas, e um tapete verde azulado e bege com figuras geométricas.


 Para o dormitório escolheria uma cama muito grande com uma cabeceira de mogno. Uma imagem de Chris Uckermann na cama, nu, fez que de repente suas coxas ficassem tremendo e se esticassem. Tinha notado os músculos peitorais através do suéter. Devia ter o peito coberto de pelo negro e espesso, que iria reduzindo-se…


 Isto era uma loucura. Estava louca.


 Tremendo, Dulce se sentou na escrivaninha e tentou concentrar-se em algo que não fosse o corpo de Chris Uckermann. Magnífico embora fosse…


 Apertou com força as mãos na escrivaninha e cravou os olhos nos nódulos brancos, durante um longo momento. Agarrando o telefone sem fio, folheou a lista telefônica até que encontrou o número que procurava.


 —Departamento de Polícia de Portland — anunciou uma voz em tom aborrecido.


 —Tenente Herreira, por favor.


 Um estalo e logo outra voz.


 —Homicídios.


 —Eu gostaria de falar com o tenente Herreira.


 —Um momento.


 Havia muito ruído ao fundo. Alguém gritou, então ouviu vozes masculinas gritando, sons de briga, logo ouviu na linha uma voz profunda.


 —Herreira. O que?


 Dulce sorriu. Poncho parecia arrasado e sem fôlego.


 —Poncho, sou Dulce. Perguntou-me…


 —Dulce — A voz pareceu ficar mais aguda — Ouça algo vai mal? Aconteceu algo a Annie?


 —Não, não, não é nada disso.


 Poncho estava comprometido com sua melhor amiga. Dulce o tinha visto em algumas reuniões. Ele estava absolutamente embevecido com Annie, mas sua amiga começava a ter dúvidas. Muito machista, muito decidido a ter o controle, muito protetor, havia dito ela. Achava-o grande e duro, e amigo de Chris Uckermann, além disso, Dulce podia compreender as razões de Annie.


 —Annie está bem. Não, ligo por outra coisa. Ligo porque meu inquilino escreveu seu nome como uma das referências.


 —Assim por fim encontrou um inquilino. Bem. Annie estava preocupada com você, absolutamente só nessa parte da cidade e, com franqueza, eu também. Quem é?


 —Um homem chamado Chris Uckermann. O comandante Chris Uckermann, um antigo oficial da marinha. Conhece-o?


 —Chris? —Soltou uma breve gargalhada— É claro que sim. E se ele for seu novo inquilino, então todos seus problemas se acabaram, querida.


 Ou acabam de começar, pensou ela.


 —Pode me dizer algo dele? Quais são seus antecedentes?


 —Bom, era um soldado malditamente bom, excelente. Deram-lhe um montão de medalhas.


 —Sim, já vi isso em sua folha de afastamento.


 —Céu, só ali mencionarão as medalhas que ganhou em operações abertas. Tem uma caixa forte cheia de outras. As das operações das quais não sabemos nada e que nunca chegaremos saber.


 —Outras? O… que tipo de soldado era?


 —Um seal. Comando de elite. O melhor do melhor. Perito em operações noturnas. Trabalha melhor no amparo da escuridão. Seus homens o chamavam Midnight Man. Tem uma magnífica visão noturna. Provavelmente matou mais alvos — ou seja, terroristas— que jantares quentes que você tenha tido. Entendeu?


 —Entendi —repetiu Dulce com voz apagada. Não tinha nenhum problema absolutamente em acreditar no que dizia Poncho. A calma, a evidente aura de perigo ao redor do homem, contava sua própria história. Acabava de deixar entrar em sua casa um homem muito perigoso. Absolutamente um simples soldado, mas sim um assassino profissional. Um homem que matava por seu país, isso era certo, mas no fim das contas um assassino.


 Poncho interrompeu seus pensamentos.


 —Diga-me, como é que Midnight Man foi alugar um escritório a você? Nem sequer sabia que estava na cidade. Ouvi dizer que se retirou por incapacidade, mas depois desapareceu do mapa.


 —Incapacidade? —O homem que ela tinha visto não estava incapacitado absolutamente. Justamente o contrário, de fato—. Não me pareceu incapacitado.


 —Recebeu um mau disparo faz mais ou menos um ano que rompeu seu joelho. A marinha lhe pagou um novo, mas já não pode trabalhar nos níveis mais altos. Não sei o que é que faz agora.


 —Tem uma companhia de segurança internacional. Chama-se Segurança Alpha.


 —Não me diga — Dulce ouviu um suave assobio— Segurança Alpha é uma companhia com classe. Tem um representante realmente bom. Assim Chris é Alpha, huh? Agora vive em Portland?


 —Suponho que sim.


 —Bom, que me condenem. Diga a esse filho de p… er, a esse desgraçado que será melhor que entre logo em contato. E querida, não se preocupe pelo Chris, é honesto e completamente, absolutamente de confiança, e se for o chefe do Alpha é mais que responsável. Alegro-me de que vai estar nesse edifício com você. Agora não temos que nos preocupar de que esteja no Pearl. Pôs a um tipo realmente perigoso a seu lado — O nível de ruído de fundo aumentou outra vez. Deus santo, esse som era um tiro?


 —Herreira, traz seu traseiro aqui! Já!


 —Hei, Dulce! Tenho que ir correndo, hoje isto parece um zoológico. Até mais tarde.


 Um tipo realmente perigoso. Dulce estava de pé ao lado da escrivaninha. Pôs o telefone sem fio na base e ficou olhando, sem ver, sua mão. Um tipo realmente perigoso ia viver justo no outro lado do vestíbulo.


 Mas se supunha que ela não tinha que preocupar-se por nada.


 Claro.



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Autor(a): linydmes

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

—Assim ligou para Poncho. Bem. — disse uma voz profunda e áspera, e ela soltou um grito.  —Oh, Deus — E deu um pulo para trás de susto.  Ele estava ali, de pé, diante dela, ainda maior e mais alto do que recordava.  —Olhe — Um rápido movimento da enorme mão e um cartão de cr&eacut ...


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  • natyvondy Postado em 08/06/2010 - 20:59:28

    100

  • natyvondy Postado em 08/06/2010 - 20:58:18

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  • natyvondy Postado em 08/06/2010 - 20:58:16

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  • natyvondy Postado em 08/06/2010 - 20:58:11

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  • natyvondy Postado em 08/06/2010 - 20:58:06

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  • natyvondy Postado em 08/06/2010 - 20:58:05

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