Fanfic: O que eu não esperava do Destino ∞

<!--
/* Font Definitions */
@font-face
{font-family:"Cambria Math";
panose-1:2 4 5 3 5 4 6 3 2 4;
mso-font-charset:0;
mso-generic-font-family:roman;
mso-font-pitch:variable;
mso-font-signature:-1610611985 1107304683 0 0 159 0;}
@font-face
{font-family:Calibri;
panose-1:2 15 5 2 2 2 4 3 2 4;
mso-font-charset:0;
mso-generic-font-family:swiss;
mso-font-pitch:variable;
mso-font-signature:-1610611985 1073750139 0 0 159 0;}
@font-face
{font-family:"Trebuchet MS";
panose-1:2 11 6 3 2 2 2 2 2 4;
mso-font-charset:0;
mso-generic-font-family:swiss;
mso-font-pitch:variable;
mso-font-signature:647 0 0 0 159 0;}
/* Style Definitions */
p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal
{mso-style-unhide:no;
mso-style-qformat:yes;
mso-style-parent:"";
margin-top:0cm;
margin-right:0cm;
margin-bottom:10.0pt;
margin-left:0cm;
line-height:115%;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:11.0pt;
font-family:"Calibri","sans-serif";
mso-fareast-font-family:"Times New Roman";
mso-bidi-font-family:"Times New Roman";}
.MsoChpDefault
{mso-style-type:export-only;
mso-default-props:yes;
font-size:10.0pt;
mso-ansi-font-size:10.0pt;
mso-bidi-font-size:10.0pt;
mso-ascii-font-family:Calibri;
mso-hansi-font-family:Calibri;
mso-bidi-font-family:Calibri;}
@page Section1
{size:612.0pt 792.0pt;
margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm;
mso-header-margin:36.0pt;
mso-footer-margin:36.0pt;
mso-paper-source:0;}
div.Section1
{page:Section1;}
-->
Infelizmente, eu estava numa fazenda. Galos cantam
exatamente às cinco da manhã numa fazenda. Resmunguei alguma coisa e virei pro
lado, procurando por Henrique. Mas ele não estava ali. Pelo amor de Deus, quem
é que levanta antes das cinco da manhã numa sexta-feira? Suspirei e decidi
levantar de qualquer jeito. Lavei o rosto com a água gelada mesmo, escovei os
dentes e procurei um casaco. Nunca, em todas as vezes que eu vim aqui, tinha
feito tanto frio assim.  

Eu não poderia ficar sem fazer nada... Eu até
tentaria a internet, se não soubesse que seria uma tentativa em vão. Até que me
lembrei do livro que eu tinha trago, muito diferente de todos os outros e que
só eu tinha acesso: o diário da minha falecida avó. Desci as escadas,
procurando novamente por alguma pessoa além de mim. Já tinha visto que meu pai
e a minha mãe não haviam se abalado com o canto do galo e não havia sinal dos
meus avós. Fui até a sala, me aconcheguei no sofá e abri na página marcada.

“Vinte dois de janeiro de 1963, às 22:56.

Meus pais decidiram que não vão aceitar o Maurício
como meu marido.

Eles deixaram bem claro que farão de tudo para
impedir nosso namoro e que transformarão nossas vidas num inferno sem fim. Eu
respiro fundo, meu peito dói cada vez que eu imagino a possibilidade de perder
o amor da minha vida.

Mas se quer um conselho, eu digo que NADA nessa
vida vem fácil, você deve lutar por suas escolhas e sempre manter a cabeça
erguida. Sonhos são para ser vividos e nada é mais difícil do que ver um sonho
sendo abandonado. Essa noite, eu e Maurício fugiremos, iremos em busca do nosso
final feliz. Boa noite, querido confessionário.”

Eu já disse que em certas horas eu tenho medo desse
diário? Minha avó sabia exatamente o que dizer para mim quando eu estava
triste, chateada ou preocupada com alguma coisa. Fechei o diário e subi
correndo as escadas do meu quarto. Eu precisava encontrar Henrique, precisava
ver novamente aqueles olhos que me passavam segurança e paz, precisava encostar
meus lábios nos dele. Dentro do quarto onde eu estava hospedada, decidi encarar
aquela água fria, porque cada veia do meu corpo pulsava com tamanha ansiedade
que estavam me deixando com calor. Assim que saí do banho, vesti a roupa mais
quente que eu tinha porque devia estar fazendo 2graus por aqui. E então, fui em
busca do meu amado primo. Mais amado do que deveria ser.