Fanfic: O que eu não esperava do Destino ∞

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Interrompendo meus pensamentos, nós
chegamos na porta da enorme casa da minha tia. Meus avós moravam com ela, mas
essa casa tinha sido comprada por ela e sempre valorizamos isso. Ele abriu a
porta para mim e fechou-a assim que passamos. Eu fui direto a lareira, com
frio, e me deparei que em cima da mesma tinha muitos porta-retratos, com fotos
de toda família, inclusive minhas. Em uma delas, estávamos eu e Henrique,
sentados num tronco de madeira perto de uma fogueira no quintal. Eu sorri e fui
seguindo todas as fotos. Em qualquer outra casa, eu acharia cafona portar
tantas fotos de família, mas sabia que era aquilo que dava forças para minha
tia acordar. Ela era dedicada à família e desde que comprou essa casa, montava
um "altar" para a mesma. Perdida em meio a tantas fotos, não reparei quando
Henrique parou atrás de mim. Ele também observava as fotos, tão calado quanto
eu, mas com outro olhar. Dei um passo para trás e esbarrei em seu pé. Antes que
eu pudesse cair, ele havia me segurado.

- Opa. Cuidado, Luna. - ele riu - Ainda é
a mesma distraída.

- Mas agora você tem reflexos para me
ajudar. - eu disse, rindo junto com ele.

Então, nossos corpos estavam colados.
Nossos rostos estavam com alguns milímetros de distância, meu coração pulava
dentro do peito. Ele olhava para mim e eu o encarava. Até que ele desviou e
passou seus lábios no meu pescoço. Perdi a respiração e passei meu braço por de
trás do pescoço dele, segurando seus cachos de maneira que ele não fugisse
dali. Minha cabeça e meu corpo não funcionavam da mesma forma. Minha cabeça gritava
para que eu corresse e me afastasse dele, mas meu corpo ansiava para que ele me
beijasse. Enquanto sua boca subia pelo meu pescoço, eu respirava ofegante.
Antes que ele fosse de encontro à minha boca, alguém abriu a porta, fazendo com
que nós dois nos separássemos bruscamente, como se tivéssemos tomado um choque
elétrico.

- Ah, olá meninos. Estávamos procurando
por vocês dois. - meu avô disse, enquanto pendurava o chapéu e o cachecol atrás
da porta.

Atrás dele, vinha minha avó, meus pais,
alguns dos meus tios e uma menina. Deduzi que ela fosse a minha prima Mariana,
irmã de Henrique. Estava muito diferente também, tinha a minha idade, mas
parecia muito mais cansada do que eu. Seus olhos estavam secos, mas vazios.