Fanfic: O que eu não esperava do Destino ∞

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Ainda fora de órbita depois do beijo que
ele havia me dado, eu disse a Henrique que iria para meu quarto e que precisava
descansar quando na verdade eu precisava entender tudo que tava acontecendo.
Saí apressada do quarto dele, respirando ofegante. Fui até as escadas para ver
onde estavam meus pais e meus avós, mas não havia sinal deles. Desci as escadas
procurando por alguma pessoa, mas a casa estava vazia. Peguei minha mala e
minha bolsa, fui subindo as escadas novamente quando me deparo com Henrique
devidamente vestido, descendo as escadas.

- Deixa que eu te ajudo com isso, Lu. –
ele disse, pegando a mala maior.

- Valeu. Tá um pouquinho pesada, eu sei. –
disse envergonhada pelo tamanho da mala que eu tinha trago para passar apenas
três dias e pelo o quê tinha acabado de acontecer.

Ele gargalhou tão alto que eu não havia
entendido se isso era uma coisa boa ou ruim. Ele colocou a mala em cima da cama
e disse que ia descer para fazer um lanche. Agradeci e encostei a porta. O
quarto era simples e muito bonito. Tinha um armário, uma cama, uma cômoda e uma
mesa de computador. Ajeitei minhas coisas, ligando o notebook o mais rápido
possível. Precisava ver se ali tinha sinal. Enquanto ele procurava, eu decidi
tomar um banho. Agradeci com todas as minhas forças por o quarto ser uma suíte.

Tirei minha roupa, prendi o cabelo num
rabo de cavalo alto e entrei no chuveiro. No instante que eu liguei, vi que
teria um enorme problema: a água estava gelada. E era aquele tipo de chuveiro
que você não faz a mínima idéia de como mudar a temperatura da água.
Desliguei-o rapidamente, reclamando de cada pingo gelado que caia na minha
pele. Não me incomodava por estar com água gelada, mas estava um frio
insuportável. Me enrolei numa toalha e comecei a bater queixo. Fui até a porta
do meu quarto, gritei por alguém. Henrique estava lá embaixo, não iria me
ouvir. Cheguei até metade do corredor e gritei outra vez, se ele não me ouvisse
eu desistiria do susto.

De repente, uma mão quente segura no meu
ombro e me força a virar. Era Henrique, olhando com cara de quem não fez nada,
perguntando:

- Agora é a sua vez de ficar de toalha? Isso
pode ser bem provocativo – ele disse, sussurrando no meu ouvido.

- Não é isso, Henri. Não tem água quente
naquele banheiro. E eu estou morrendo de frio para tomar banho de água
gelada... – eu disse, tremendo dos pés a cabeça.

Ele passou seu braço ao meu redor e
descobri que meu corpo era muito mais frágil ao seu toque quando estava sem
roupa.  

- No quarto da Mariana não tem água
quente. Mas se quiser, eu te empresto meu banheiro. É o único aqui em cima com
água quente. – ele disse, passando sua mão pela fresta da toalha. Antes que eu
me entregasse para ele no meio do corredor da casa da minha falecida tia, eu me
soltei do seu abraço.