Fanfic: Sopro de Esperança (Terminada)

Sobretudo porque o corpo desobediente
reagiu ao gesto lânguido do pincel e ao olhar velado com o qual Poncho
observava o que fazia. Ela até sentiu os seios arre­piarem quando ele ergueu o
pincel, a respiração tensa a empiná-los como num convite silencioso para que
conti­nuasse.

Não se
dá nenhum tipo de incentivo a alguém de quem não se gosta, droga!

Mas era tarde demais para esconder a
própria reação, porque Poncho abriu os olhos em busca dos dela. E Annie
percebeu o instante em que ele reparou. Porque a testa vincou de leve, as
pálpebras pareceram pesar e a boca contraiu num sorriso debochado. Palhaço.

- Eu
odeio você.

- Eu sei.

Quando Annie tentou se esquivar da
parede, Poncho avan­çou e a manteve firme no lugar.

E Annie o detestou ainda mais porque o
próprio riso soou nervoso.

- Oh-h-h, eu acho que não.

Com o pincel em uma das mãos e a lata
na outra, Poncho apoiou os punhos na parede, aproximando o rosto do dela, com o
olhar intenso fixo nos olhos dela.

- Você detesta o fato de que eu a
conheça tão bem.

- Detesto o fato de você ainda
pensar que sim. Com um leve perfume de menta, o hálito morno de

Poncho inundou-lhe as faces.

- Você detesta saber que é impossível
me evitar. -Annie tentou desvencilhar-se, com mais força dessa vez. Mas ele
colou os quadris aos seus e Annie respirou fundo ao sentir a descarga elétrica
que o contato deflagrou. - E que nesse exato momento você está excitada sem
querer estar.

- Sim. - A palavra escapou por
entre os dentes trinca­dos, pois Annie sequer teve tempo de esclarecer que se
referia mais à parte do ódio do que da excitação.

Na verdade, era sim nos dois casos.

- Então você detestaria que eu a
beijasse, certo?

- Sim, detestaria. - O lábio inferior
tremeu ao mentir portanto Annie mordeu-o, com força. A dor lembraria que
não só o detestaria por beijá-la, mas detestaria a si mesma por desejá-lo
tanto. Se o que as palavras e a proximidade de Poncho provocavam no seu corpo
servissem de indicação, ela duvidava que fosse capaz de impedir-se de, que Deus
a ajudasse, querer mais.

- Ainda bem que eu não vou beijá-la,
não é? - Poncho afastou-se, sondando o rosto da mulher a sua frente antes de
apanhar a lata das mãos dela. - Vá para casa, Annie.

Trêmula, obrigou-se a caminhar na
direção da escada, parando para virar a cabeça só o suficiente para ver as
costas largas de Poncho.

- Se você queria que eu o detestasse
tanto quanto você me detesta pelo que fiz há tantos anos, então acabou de fazer
um excelente trabalho, Poncho. - Engoliu em seco para disfarçar a emoção na
voz.

- Agora estamos quites.

galera me diverti muito lendo essa web, e gostaria muito de saber o que vcs tão achando.

garanto que esses dois ainda vão apronta muito mais, e fazer muitas de vcs rirem sozinhas.

bom, mas ja sabem não é, se querem mais.

comentem, e não economizem!!!