Fanfics Brasil - Sopro de Esperança (Terminada)

Fanfic: Sopro de Esperança (Terminada)


Capítulo: 19? Capítulo

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Entre a cruz e a espada, talvez, mas
ela preferia ficar com o homem que tinha um motivo para não gostar dela
do que com as três mulheres que, no fundo, pensavam que ela agira bem ao
colocá-lo no "devido lugar".


Poncho estava pesquisando as listas de
música da jukebox. Mas mesmo quando Annie se encostou na máquina antiquada, ele
mal olhou para ela. E ela o detestou por permanecer tão indiferente à sua
presença. - Ei. Poncho continuou pesquisando as músicas.


- A que devo a honra?


- Apenas finja que nos damos bem até
aquelas três irem embora, Poncho, e depois eu saio. Prometo não atra­palhar
você nem um pouquinho, tudo bem?


- Por quê?


- Por nada.


Ele balançou a cabeça.


- Se pretende discutir o que houve
entre mim e Berlinda, esqueça. Não é da sua conta.


- Você e Berlinda. A Berlinda
que é casada!


- Ela
não era casada na época. - Deu de ombros, co­locou a ficha na máquina e apertou
alguns botões. O disco caiu no lugar e um rock pesado e agressivo começou a
tocar.


O que forçou Annie a falar mais alto.


- Ela não era casada quando?


- Ainda
não é da sua conta.


- Eu devia perguntar sobre as outras
duas, inclusive?


- Depende. Quer que eu diga que isso
também não é da sua conta?


Annie avançou um passo, roçando o bico
do seio no braço dele. E Poncho olhou atravessado para a jukebox, porque não
queria sentir o contato dos seios dela, ou aquele perfume doce e envolvente de
baunilha que o inebriou quando ela ficou na ponta dos pés para berrar no seu
ouvido.


- O que você fez, Poncho, dormiu com
todas elas por vingança depois que fui embora?


Ele riu da idéia e afastou-se um pouco
quando Annie deu-lhe um soco no braço. No segundo em que percebeu que ela
estava de saída, estendeu o braço e a enlaçou pela cintura.


- Ah, não, você não vai. - Inclinou o
rosto para colar a boca no ouvido dela. - Não antes de me contar qual é o
problema. Porque aos olhos incautos, pode até parecer
que você está com ciúmes...       


Ela gargalhou.


- Fiquei tão contente por ter sentido
precisar defendê-lo há cinco minutos!


Quando Poncho tentou fitá-la nos
olhos, Annie virou o rosto, desvencilhando-se do braço dele. Porém, ele sim­plesmente
a segurou com mais força.


- E por que você faria isso? - Nem eu
sei!


Poncho tentou encará-la de novo, mas Annie
tornou a se virar. E ele começou a perder a paciência.


- Olhe para mim, Annie.


Poncho virou-a de jeito a prender o corpo
dela junto ao seu, esmagando os seios contra o peito. Olhou carrancudo para a
multidão e levou-a para um canto mais escuro. E quando se certificou de que não
tinham nenhum públi­co, segurou o queixo de Annie e forçou-a a encará-lo. O
reflexo da luz fez os olhos dela parecerem úmidos e ele emburrou ainda mais.
Porque tinha de ser raiva, e não mágoa o que reluzia ali. Ele é que não
conseguia enxergar direito, só isso.


- Por que sentiu que devia me
defender?


- Vá para o inferno.


- O que aconteceu?


O lábio inferior de Annie tremeu. E Poncho
notou isso com clareza, mesmo na penumbra. Por isso, concluiu que não estava
imaginando coisas. Mas tal atitude ainda não explicava por que ela estava tão
zangada.


E então Annie o surpreendeu ainda mais
ao perguntar:


- Eu transformei você em algum tipo de
monstro? Ou é isso que você realmente é, e sou a única pessoa de sorte capaz de
enxergar sua verdadeira personalidade?


Certo, ele chegara ao limite.
Soltou-a, segurou-a pela mão e puxou-a até a saída mais próxima. Escancarou a
porta antes de arrastá-la para fora, seguindo pela rua movimentada até um beco.


- Solte-me, Poncho.


- Não solto. - Parou e imprensou-a. -
Você vai me contar o que isso significa.


- Por quê? Você queria que eu o
detestasse, não é?


- Eu não dei em cima das suas amigas
por vingança. - O fato de sentir vontade de dizer-lhe isso o deixou ainda mais
irritado. - Se é tão importante para você saber, então sim, eu tive um caso com
a Berlinda. Mas ela já corria atrás de mim muito antes de eu cometer o engano de
beijar você. E quando ela voltou a me procurar, depois que você partiu, eu
acabei embarcando. Mas não tem nada a ver com você, e isso também não é da sua
conta.


Annie arregalou os olhos.


- Ela deu em cima de você? Poncho riu
com sarcasmo.


- Ah, sim... Por que diabos ela faria
isso, certo? Quando eu era tão inferior... Talvez Berlinda tenha conseguido o
que procurava. E talvez eu tenha terminado tudo, não ela.


- Já lhe ocorreu, por um segundo, que
talvez eu receie mais que ela tenha feito alguma coisa para magoar você do que
o contrário?


- E desde quando você dá a mínima para
a idéia de me ver magoado?


Era mais fácil ver o brilho nos olhos
dela sob a iluminação da rua. Mais fácil sentir o embargo na sua voz no beco
silencioso.


- Que tal todos os dias da minha
infância, desde que aprendi a dizer o seu nome?


Foi um soco direto no estômago. Mas Poncho
se recuperou depressa, mesmo quando a raiva se esvaiu e deu lugar ao controle
que há muito aprendera a exercer. O mesmíssimo controle que usava para
impedir-se de possuí-la com fúria.


- Bem, você superou isso, não foi?


Annie sentiu um nó na garganta e
recuou abalada. Mas ao falar usou a mesma calma mortal de Poncho.


- O ponto é esse. Se eu tivesse
superado, não passaria todos esses anos arrependida por magoá-lo. E se me
conhecesse tão bem quanto acha que conhece... Você saberia disso.


- Você não se importa comigo, você me
detesta.


- Porque você faz todo o possível para
me obrigar a detestá-lo. Porque você me detesta.


- E, mesmo assim, não conseguimos
manter a maldi­ta distância um do outro, não é? Nós sempre acabamos discutindo.


- Sem mudar nada...


- Porque a gente não consegue apagar o
passado... Annie cravou o olhar no dele.


- Não quando é impossível superar.


Poncho levou as mãos ao rosto dela. Annie
engoliu em seco e, então, só então, ele começou a questionar o que acreditava
saber.


Círculos. Os dois corriam em círculos
a cada briga...


Poncho resmungou junto aos seus
lábios.


- Isso nos traz de volta ao ponto de
partida...







 



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Autor(a): annytha

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  Annie não sabia o que responder, mas não houve tempo para procurar as palavras certas porque, no segundo em que os lábios de Poncho buscaram os seus, ela não conseguiu mais pensar. Ele fez de novo. Era como enfrentar uma tempestade. Poncho não foi tímido, nem gentil. Não perdeu tempo explorando o formato da sua ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 205



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  • jucirbd Postado em 29/11/2010 - 21:02:17

    eu simplismente adoro essa web...super..sou uma Ponny loucamente gamada nessa web..
    POSTA MAIS..antes ki eu arranki meus cabelos...kkkkkkkk

  • unposed Postado em 21/11/2010 - 17:51:10

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  • unposed Postado em 08/11/2010 - 15:09:01

    Opaaa...Hot ...

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  • evelin Postado em 08/11/2010 - 00:52:34

    nova leitor posta mais to adorando a web.

  • evelin Postado em 08/11/2010 - 00:52:22

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  • evelin Postado em 08/11/2010 - 00:52:12

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  • evelin Postado em 08/11/2010 - 00:51:59

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  • kikaherrera Postado em 08/08/2010 - 20:49:44

    Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa Maissssssssssssssssssssssssssssssssssssssss

  • kikaherrera Postado em 08/08/2010 - 20:49:44

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  • kikaherrera Postado em 08/08/2010 - 20:49:44

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