Fanfics Brasil - Sopro de Esperança (Terminada)

Fanfic: Sopro de Esperança (Terminada)


Capítulo: 22? Capítulo

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Poncho aproximou-se outra vez. Tantas
coisas resplan­deciam nos brilhantes olhos azuis, que ela não conseguiu interpretar
antes que em seu lugar surgisse algo diferen­te. Será que agora ele lutava
consigo mesmo? Tentando decidir se devia ou não agredi-la com mais palavras
duras, ou render-se ao arrebatamento de poucos minutos antes?


Annie desejava saber. Simplesmente desejava.




E isso deve ter transparecido nos
olhos, porque ele balançou a cabeça, virou-se... E foi embora.


Ela o viu afastar-se a passos largos e
chutar alguma coisa antes de sair do beco. Trêmula, soltou uma garga­lhada que
soou como um soluço. Porque apesar de abandoná-la palpitante da cabeça aos pés,
Poncho não per­mitira que cometesse o ato sórdido de se vender. E isso devia
significar algo, certo?


Poncho
caminhou sem rumo durante horas... Ou apenas
minutos? Ele não sabia. Só sabia que não conseguira ficar naquele beco com Annie,
dividido entre esganá-la ou acei­tar o que ela oferecia, seja lá que diabos
fosse.


Porque mesmo consumido por um profundo
ressenti­mento, ele a queria.


No segundo em que as bocas se
encontraram, ele a de­sejara com uma voracidade tão intensa que perdera a cabe­ça.
E a odiara ainda mais. Mas continuava a desejá-la.


A caminho da St. Stephen`s Green,
sentiu que preci­sava de uma bebida forte. Não que fosse o tipo de homem que
afoga as mágoas numa garrafa. Mas um drinque talvez ajudasse a consumir a
raiva. E, talvez, a concatenar melhor o pensamento.


Assim, Poncho entrou no primeiro bar
que encontrou na Grafton Street, sentou-se num canto e tirou a carteira do
bolso, enquanto o barman abasteceu-lhe o copo com uma garrafa de líquido âmbar.
Ele olhava fixo para a bebida quando ouviu uma voz atrás de si.


- Um centavo por eles.


- Dulce.




Quando Poncho olhou em volta, ela
sorriu.


- Não, Ucker não veio. Eu saí com os
mosqueteiros Dulce soltou uma risada melodiosa quando ele er­gueu as sobrancelhas
intrigado.


- É como Ucker chama os meus amigos.
Eles são qua­tro, veja.


- É, soa como o tipo de bobagem que o
verme costu­ma inventar.


- Ele está em casa, caso precise de
alguém para fazer companhia a você e ao copo.


A idéia de discutir o problema com o
irmão de Annie fez Poncho estremecer por dentro.


- Não, estamos bem, obrigado. Vejo que
vocês dois agora vão bem, então?


-Ahã.


Poncho voltou a fitar o copo, girando
o líquido até criar um redemoinho em miniatura. A bebida queimou a gar­ganta e
aqueceu-lhe o peito. Apesar da intromissão, essa foi uma das melhores idéias
ultimamente, pensou, mesma que isso significasse que Annie o havia levado a
beber.


- Problemas com garotas?


Poncho riu. Ela não fazia a menor
idéia.
Annie era um problema em um nível ainda totalmente desconhecido pela
humanidade. Ela era uma farpa de madeira que ele não conseguia retirar da pele.
Uma coceira que não con­seguia alcançar. Uma droga de pedra no sapato que não
saía, por mais que tentasse se livrar dela.


Mesmo com um uísque escocês caro na
língua, ainda sentia o gosto dela quando virou o copo para deixar a luz
iluminar o líquido do tom dourado dos seus olhos.


-Caso contrário, tenho três amigas
solteiras ali, todas loucas para conhecê-lo...


Poncho espiou por cima do ombro e viu
uma mesa cheia de mulheres olhando na direção dele, e uma até acenou. Mas ele
não arredou pé do banco, o que não deixou Dulce muito satisfeita.


- É, foi o que pensei.


- Olha, Dulce, eu agradeço...


- Mas não está procurando uma sessão
de terapia.


- Nem tanto. - Sorriu. - Obrigado, de
qualquer forma. Aproveite sua noite.


- Aproveitarei. Cuide-se, Poncho.


A duras penas, sustentou o sorriso até
Dulce sair. E, se tivesse juízo, iria lá agora mesmo e conheceria as amigas
solteiras dela. Mas não podia, não é? Não antes de tirar Annie da maldita
cabeça. Não até esquecer como Annie se rendera àquele beijo, quando ele tinha
certeza de que ela o acusaria pela ousadia, de novo. Mas Annie se
entregara e esquentara o clima um pouquinho, aliás. Gemera quando lhe tocara a
pele macia e não o deteria acaso passasse as mãos no cor­po esguio. Ou
acariciasse os seios, enchendo as mãos como sonhava fazer desde que ela
começara a organizar aquelas rodadas de pôquer.


Baixou o copo e analisou o próprio
reflexo no espelho atrás do balcão, a mente concentrada nas palavras dela.


Mas você não pode se vingar, mesmo que
parte de você realmente o queira. Porque se lembra de que éramos unidos, não
lembra?


Sim, ele se lembrava. Mas Annie ainda
não entendia. Ainda acreditava ter uma vantagem sobre ele. Bem, ela não tinha
droga nenhuma.




Chamou o barman e puxou o banco,
saindo à procura de um táxi.


Ele pretendia descobrir se ela estava
blefando.


 






ja sabem, posto quando tiver comentários.


ah e agora direto ok.


besos e até mais.



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Autor(a): annytha

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- 0 que você veio fazer aqui? Poncho abriu a porta do apartamento de Annie e, sem ser convidado, adentrou a sala minúscula com uma cara de poucos amigos e um hálito inconfundível de álcool. - Eu começaria dizendo "que casa bacana a sua", mas seria a mentira do ano. -Não diga que resolveu aparecer aqui bêbado\ - ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 205



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  • jucirbd Postado em 29/11/2010 - 21:02:17

    eu simplismente adoro essa web...super..sou uma Ponny loucamente gamada nessa web..
    POSTA MAIS..antes ki eu arranki meus cabelos...kkkkkkkk

  • unposed Postado em 21/11/2010 - 17:51:10

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  • unposed Postado em 08/11/2010 - 15:09:01

    Opaaa...Hot ...

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  • evelin Postado em 08/11/2010 - 00:52:34

    nova leitor posta mais to adorando a web.

  • evelin Postado em 08/11/2010 - 00:52:22

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  • evelin Postado em 08/11/2010 - 00:52:12

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  • evelin Postado em 08/11/2010 - 00:51:59

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  • kikaherrera Postado em 08/08/2010 - 20:49:44

    Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa Maissssssssssssssssssssssssssssssssssssssss

  • kikaherrera Postado em 08/08/2010 - 20:49:44

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  • kikaherrera Postado em 08/08/2010 - 20:49:44

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