Fanfics Brasil - CAPITULO NOVE Sopro de Esperança (Terminada)

Fanfic: Sopro de Esperança (Terminada)


Capítulo: CAPITULO NOVE

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Annie tentou dormir a todo custo. Mas, apesar de esgotada simplesmente não
conseguiu. E isso não tinha nada a ver com a ausência da música ensurdecedora e
do vozerio aos quais já se acostumara tanto. Ou com o fato de estranhar o
ambiente e Moggie não parar de choramingar diante da porta, como se preferisse
ficar com Poncho.


O motivo era a sua pobre cabecinha,
que girava com pensamentos demais, o peito sufocado por emoções de­mais e
porque o corpo... doía.


Os dois não tiveram um bate-boca
escancarado, sequer falaram alto. Então, por que parecia muito pior que as
brigas de costume?


Quando Moggie arranhou a porta, Annie
suspirou e le­vantou o cobertor.


- Ora, venha cá.


Os raios do alvorecer se infiltraram
pela janela e Annie não precisou acender a luz para descer a escada e chegar ao
térreo, onde um certo cachorro muito saliente recebeu permissão para sair. Em
seguida, pôs-se a explorar o mundo de Poncho em silêncio. Perambulou pela
cozinha cujo sóbrio revestimento de madeira combinava com o fogão clássico. Mas
sorriu ao constatar o típico desprezo masculino por qualquer objeto puramente
decorativo. Porém, a julgar pela quantidade de apetrechos, constatou admirada
que ele devia adorar cozinhar.




Bem, nesse caso Poncho era uma pessoa
melhor que ela, cujos talentos culinários se limitavam a esquentar comida
congelada no microondas. Entretanto, no quesito acessórios decorativos, ela
ganharia com as mãos amarradas...


No final do corredor Annie encontrou o
que poderia ser uma linda sala de jantar, caso não já não estivesse sendo usada
como uma espécie de fliperama, com televisão widescreen, um videogame,
com jogos de tiro ou de corrida de carros, e um imenso sofá de couro carcomido
na beira das almofadas. Parecia que Poncho e os amigos literalmente não
desgrudavam do sofá enquanto perdiam horas disputando quem tinha o nível mais
alto de testosterona.


Contudo, foi naquela sala, onde passou
tão pouco tempo, que Annie compreendeu melhor o homem que Poncho se tornou.
Entre a surpreendente quantidade de livros com a lombada amassada, pois ele os
lia de fato, havia dúzias de retratos. A vida de Poncho se descortinou diante
de seus olhos.


A foto que lhe chamou atenção mais
cedo pareceu tirada em alguma fundação beneficente, pois só então reparou nas
camisetas idênticas que todos vestiam. Mas o que a comoveu não foi descobrir
que Poncho doou parte da própria fortuna para a fundação, ou para aqueles me­ninos
agarrados ao pescoço dele enquanto ele exibia um sorriso radiante. Não, não foi
isso.


No retrato mais próximo, Poncho
aparecia num terreno em construção, usando roupas de operário e capacete, numa fileira
de homens com o mesmo uniforme. Mas não foi o aspecto mais jovial dele, decerto
porque a foto fora tirada no início da carreira, na época em que ela ainda
farreava e se metia em encrencas. Também não foi isso.


Nem tampouco foi a ausência gritante
de qualquer foto da infância, quando ela era uma parte importante da vida de Poncho,
se não mais importante que qualquer uma da­quelas pessoas fotografadas nos anos
seguintes. Ou a presença maciça de Ucker nas fotos, enquanto Annie abdicou do
direito de estar ali.


Não. O que precipitou uma crise de
aperto no coração foi compreender que perdera coisas demais. Porque as fotos e
aquela casa encerravam todas as provas do sujei­to incrível que trabalhara duro
para vencer na vida, e que mesmo assim fora solidário com outras pessoas, perma­necendo
fiel a todos que o cercavam e...


Bem, colocando-se no lugar desse tipo
de homem, Annie podia entender porque Poncho sentia tão pouco respeito pela
mulher que, em sua opinião, ela ainda era.


Ela apagou as luzes dos cômodos e do
corredor, depois perambulou de volta para a cozinha, o remorso calando fundo
dentro de si. Uma voz na cabeça dizia que ela era mesquinha, incompleta em
certo aspecto. Que merecia ser tratada como Poncho a tratou por causa da
existência vazia em que viveu por tanto tempo. Há muito a tal voz a impor­tunava.
E Annie lutava para tentar silenciá-la e seguir.


Quando raios prateados de luz
despontaram no hori­zonte, ela abriu a porta e foi até o jardim. Ficou impres­sionada
com a vista esplêndida de Killiney Bay que a posição privilegiada da casa de Poncho
oferecia, como era de se esperar.


 



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Autor(a): annytha

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 205



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  • jucirbd Postado em 29/11/2010 - 21:02:17

    eu simplismente adoro essa web...super..sou uma Ponny loucamente gamada nessa web..
    POSTA MAIS..antes ki eu arranki meus cabelos...kkkkkkkk

  • unposed Postado em 21/11/2010 - 17:51:10

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  • unposed Postado em 08/11/2010 - 15:09:01

    Opaaa...Hot ...

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  • evelin Postado em 08/11/2010 - 00:52:34

    nova leitor posta mais to adorando a web.

  • evelin Postado em 08/11/2010 - 00:52:22

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  • evelin Postado em 08/11/2010 - 00:52:12

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  • evelin Postado em 08/11/2010 - 00:51:59

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  • kikaherrera Postado em 08/08/2010 - 20:49:44

    Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa Maissssssssssssssssssssssssssssssssssssssss

  • kikaherrera Postado em 08/08/2010 - 20:49:44

    Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa Maissssssssssssssssssssssssssssssssssssssss

  • kikaherrera Postado em 08/08/2010 - 20:49:44

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