Fanfic: Sopro de Esperança (Terminada)

Annie ergueu o olhar ao notar a amargura na voz dele Oh, será que Poncho pensou que...?

- Como pode pensar por um segundo que não gostei`` Você não tem ouvidos! Foi sorte os vizinhos estarem ocupados demais tentando se matar ou, do contrário talvez eles é que chamassem a polícia...

As palavras culminaram num arquejo quando Annie sentiu-se arrastada para o colo de Poncho, cujos braços envolveram-lhe o corpo e a ampararam com força.

- Que bom. - Annie aninhou-se junto ao seu peito rendendo-se ao calor do corpo de Poncho.

- Seu idiota.

Ele respirou fundo.

- Então foi outra coisa.

Ela concordou com a meia verdade.

- Tudo bem.

O canto dos pássaros preencheu o silêncio enquanto Poncho a abraçou, o coração batendo forte próximo ao ouvido dela. E doeu ser abraçada. Doeu, droga! E Annie o odiou por isso.

Ele prendeu a respiração quando ela estremeceu, então ela se aconchegou mais um pouquinho, decidindo se devia ou não se arriscar e tentar descobrir se ele sentia tanta atração quanto ela. Afinal, ele ficou um pouco mais do que excitado antes de chegarem em casa, não foi? Talvez, se lhe refrescasse a memória, Poncho esqueceria quem ela era outra vez.

Assim, insegura, Annie roçou os lábios na pele dele.

E sentiu que ele soltou a respiração.

- Annie...

Repetiu o gesto, permitindo sentir o leve gosto salga­do na ponta da língua. A autoconfiança aumentou quando o corpo dele retesou junto ao seu. Assim, ajeitou-se de maneira a alisar-lhe o peito, os ombros largos, beijando o maxilar tenso.

Poncho soltou um rosnado gutural de advertência.

-Annie, se você continuar fazendo isso...

-Sim?

- Eu não vou conseguir me controlar.

As palavras produziram uma onda de emoção no peito dela que não tinha absolutamente nada a ver com tristeza. Desse modo, ela se contorceu no colo dele e emoldurou-lhe o rosto com as mãos, olhando-o direto nos olhos.

- Você é mesmo um idiota. Eu não quero que você pare. Para início de conversa, eu nem queria dormir na droga de quarto de hóspedes ontem.

Poncho amuou, mas pela maneira como a fitou, ela per­cebeu que não era raiva.

- Eu perguntei o que você queria.

- Você não esperou uma resposta.

- Você balançou a droga da cabeça.

- Não foi um "não, eu não quero você". Foi um "não, eu não quero responder". E desde quando você aceita um não como resposta?

- E desde quando você esconde o que quer quando sabe exatamente o que é?

Ela deu um sorriso maroto.

- Talvez eu estivesse com medo de dizer.

- Essa não é a Anahí Portilla que conheço.

- Enfim, agora você entende... -Abriu o sorriso ainda maior. - Ando tentando conversar com você sobre isso há semanas. Mas você nunca me escuta.

Poncho abriu a boca para retrucar, Annie o silenciou com uma exploração completa dos lábios, murmurando de prazer quando ele a beijou com mais ardor.

As mãos largas deixaram o cobertor, à procura da barra da camiseta dela, e se insinuaram para dentro tocando-lhe a pele, alisando as costas e os ombros antes de cobrir um dos seios, afinal.

Ela gemeu nos lábios dele e sussurrou-lhe ao ouvido1

- Por favor. Ele beijou a pele sensível do lóbulo.

- O que você quer, Annie? Fale agora. Alto e claro. Annie o encarou, a voz cheia de confiança.

- Eu quero você. A recompensa foi um beijo apaixonado. Ele a tomou

nos braços e ela se agarrou ao pescoço dele, rindo baixinho enquanto era carregada de volta para dentro da casa.

- Você não vai conseguir subir a escada comigo no colo.

- O diabo que não. E conseguiu mesmo, apesar de Annie interrompê-lo várias vezes para retribuir os beijos e mordidinhas. Sim, nesse ritmo ele demorou cinco vezes mais. Mas Poncho achou que valeu a pena. Sobretudo após deitá-la na cama king-size. Ele arrancou a própria camiseta e ajoelhou-se ao lado dela, pronto para despi-la, também.

Prendeu-lhe os pulsos acima da cabeça, segurando firme com uma das mãos, enquanto deixava uma trilha de beijos do pescoço aos seios... A boca torturando um, a mão acariciando o outro.

Annie remexeu os quadris, a voz ofegante. - por mais que eu... adore... o que você está fazendo... juro... eu já estou pronta... oh... já estou pronta...

- Quem sabe disso sou eu.

- Eu quero tocar você também.

- Se me tocar, isso não vai durar mais que cinco mi­nutos... Acredite em mim.

A resposta iluminou os olhos de Annie.

- Mas estou pronta desde que você me tocou daquele jeito. Você me impressionou muito quando disse que tinha proteção suficiente para o final de semana inteiro.

Poncho beliscou o mamilo rijo e sorriu quando Annie gemeu, jogando a cabeça sobre as cobertas.

- Tenho mesmo. E usaremos cada uma delas.