Fanfic: Sopro de Esperança (Terminada)

Annie proferiu o nome dele como uma súplica, e Poncho sentiu que ela contraiu, tragando-o mais fundo a cada investida. E ele gemeu baixinho, porque ouvi-la dizer seu nome daquele jeito quase o fez perder o controle.

Quantas vezes não fantasiou que a faria dizer o nome dele assim?

Ainda capaz de manter o ritmo lento dos movimentos embora só Deus saiba como, ele a beijou, entrelaçando a língua na sua, ao passo em que Annie erguia as costas tensa como um arco. Quando ela lhe enlaçou as panturrilhas com as pernas, erguendo os quadris para acompa­nhar cada movimento, ele arrancou os lábios dos seus esticando os braços para admirar o encaixe entre os dois corpos. Só para temer ainda mais a perda do controle que pendia por um fio perante a visão de ambos unidos de maneira tão íntima.

- Poncho? - Annie fitou-o com tanta doçura... e desejo... que ele se controlou. - Não se reprima. - Annie falou com uma entonação mansa, porém determinada, o sorriso um pouquinho inseguro. - Sei que está tentando se controlar e sei por quê. Mas não quero que você se reprima.

-Annie...

Poncho rosnou o nome dela, gotinhas de suor brotaram na testa ao tentar manter o ritmo lento, suave. Ela não entendia o significado do próprio pedido. Ele era um sujeito grandalhão, tão forte quanto ela era em mente e espírito. O corpo sob o seu era tão dócil, tão macio e fe­minino e tão frágil.

- Sei que você não fará nada que me machuque... -Contraiu os músculos internos na investida seguinte e ele gemeu de prazer, fechando os olhos como se estivesse em luta contra os instintos masculinos mais primitivos. - Eu quero que você me possua sem se controlar. - Trêmula, Annie respirou fundo e arqueou o corpo. - Preciso que você... Para saber... Para saber que posso fazer com você o mesmo que você... faz... comigo.

Quando Poncho abriu os olhos e vislumbrou Annie, era tarde demais. O ritmo dos quadris já havia acelerado. Aper­tou os dedos dela com mais força, contraindo os braços até sentir dor. Aceitou o que ela lhe ofereceu com a confiança cega de que não a machucaria. E mesmo despreocupado, tornando cada investida mais enérgica que a anterior, sentindo-a contrair em torno dele, Poncho viu nos olhos de Annie que ela o acompanhava em absoluta sincronia.

Isso provocou uma sensação inexplicável no corpo inteiro, algo que jamais experimentara. E se fosse o tipo de homem que se permite sentir medo, ficaria apavorado. Nunca se entregara por completo a uma mulher, nunca se permitiu isso. O controle era algo que usava como escu­do, para garantir que tudo continuaria como deveria ser. Jamais perdera o controle... Jamais...

-Sim... - Ela lhe ofereceu os seios voluptuosos e Poncho ficou tentado a colher um dos mamilos rijos na boca. Mas era tarde demais. Já podia ouvir o sangue pulsando nos ouvidos, a pressão na virilha que anunciava o alívio. -Annie... Eu não posso...

Ela gritou ao atingir o êxtase, o corpo convulso en­quanto se contraía com uma força selvagem em torno da pujante virilidade de Poncho, que permaneceu imóvel. E o mundo simplesmente... desapareceu. O som da respiração ofegante inundou o quarto por um longo tempo. Ele não sabia quanto, o coração ainda esmurrava o peito quando a realidade surgiu por entre a bruma. E, de repente, ele percebeu que desabou sobre Annie, o rosto enterrado no ombro dela.

Porém, ao tentar se mexer, ela o prendeu com as pernas.

- Não, ainda não.

- Eu sou pesado demais para você.

Annie riu, e o som fez seu corpo inteiro vibrar, arran­cando um gemido torturado dos lábios dele, o que a fez rir outra vez.

- É, bem, você é meio... Mas eu gosto, portanto não se levante ainda.