Fanfic: Sopro de Esperança (Terminada)
Antes que pudesse responder, Poncho a
tomou nos braços e rumou na mesma direção pela qual entrara. Annie, por sua
vez, o encarava em absoluta perplexidade.
- Chega de segredinhos, é isso?
- Sim, isso mesmo. Seria um grande
erro ignorar o tom austero da voz dele e se esquecer de todos os problemas para
se render àquela felicidade ridícula? Annie achava que não, mas preferiu
guardar sua opinião para si, segurando-o pela nuca e deixando os dedos
brincarem com as pontas dos cabelos que amava tanto. Deus, como sentira saudade
dele.
- O que deu em você?
- Eu planejava fazer isso amanhã, mas
ver seu rosto no jornal antecipou tudo.
O coração dela batia em um ritmo
louco.
-
Você não poderia me raptar porque não haveria nenhuma festa amanhã.
- Bem, então foi melhor buscá-la hoje.
Ele viera...
Annie fitou-o com os olhos
arregalados.
-Buscar...?
-É.
- Então... Agora eu sou sua?
Poncho parou de andar e virou-se para
encará-la.
- Annie, você é minha desde o dia em
que sua mãe a trouxe da maternidade.
-Oh.
Poncho sorriu ao ver que ela não sabia
o que dizer e voltou a caminhar resoluto: Contudo, por mais que ela decerto
adorasse se render à idéia de uma aventura romântica, não conseguiria ficar
quieta por muito tempo. Não enquanto as coisas não estivessem claras para ela.
- Corrija-me se eu estiver errada, mas
até a noite de sexta-feira passada você não queria que ninguém soubesse que
dormimos juntos. Você achava que o nosso caso não iria durar.
- Não, foi você quem disse que eu
pensava isso.
- E você não discordou.
- Eu mostrei que você estava enganada.
Fazendo amor daquele jeito? E como ela poderia
adivinhar?
- Mesmo assim você não queria que ninguém soubesse
da gente.
- Primeiro, nós precisávamos de um tempo a sós.
Imaginei que, se construíssemos uma base sólida, teríamos mais chances de
sobreviver no mundo. E você me magoou antes. Honestamente: acha que eu deixaria
isso acontecer de novo diante de uma platéia?
Por que ela não pensou nisso?
Poncho parou e espiou em volta, quase como se
precisasse se orientar antes de sair da trilha de cascalho e descer a colina em
frente a casa, marchando rumo ao bosque. E, enquanto as palavras dele giravam
às tontas em sua cabeça, Annie desviou os olhos dele um instante para tentar
ver para onde iam. E sentiu um aperto no coração ao descobrir, porque Poncho a
estava levando de volta para onde tudo começara.
Permaneceu calada até ele se sentar no velho
balanço, cujas cordas rangeram em protesto quando a acomodou no colo.
- Eu quis matá-lo, sabe?
- Matar quem? -O`Derrick.
Quem? Annie não fazia idéia do que Poncho estava
falando e já se sentia despencando no buraco do coelho branco igual a Alice.
Mas Poncho esclareceu tudo, prosseguindo em voz baixa, os dedos na cintura
dela, brincando com o tecido do vestido.
- Naquela noite, quando saí para procurá-la e o
encontrei grudado em você, fiquei furioso. Derrick teve sorte por eu não ter
lhe arrancado a cabeça. Assim, quando você começou a contar que achava que
estava apaixonada por ele, não ajudei muito. Provavelmente a beijaria mesmo sem
você me provocar.
Annie observou o rosto dele, os olhos atentos
àqueles traços familiares que ela amava tanto, vendo tudo sob um ponto de vista
inteiramente novo. Porém, ela receava dizer isso. Receava até se permitir
pensar, pois talvez estivesse enganada.
- Você me odiou pelo que papai o obrigou a
fazer... Ele se mostrou surpreso.
- Por que eu a odiaria? Você não teve nada a ver
com isso. E sempre tentei mantê-la longe de problemas, mesmo sem ter qualquer
acordo com ele. Só que você não me dava folga, e por isso o velho vivia me
passando sermões porque eu não cumpria minha parte no trato.
Annie encolheu por dentro e por fora.
- Mas se você não gostasse de mim, no mínimo ele
jamais conseguiria obrigá-lo a aceitar o dinheiro.
- Ah, garanto que ele tentaria outra coisa.
- Mas se você não...
- Amasse você? - Poncho proferiu a pergunta com um
sorriso sutil e o azul dos olhos anuviou com uma ternura tão grande que ofuscou
a visão de Annie. - Você continua usando a palavra "gostar". Sejamos
corajosos e experimentemos a palavra "amor", combinado?
- Eu sabia que você me amava. - A voz dela soou
trêmula. - Você foi o melhor amigo que eu já tive, Poncho... O único que se dispôs a gritar comigo quando eu fazia todas
aquelas bobagens para chamar atenção. E sempre o amei por isso.
Autor(a): annytha
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- Até eu passar do limite e beijar você. - E me fazer sentir uma centena de coisas diferentes que jamais tinha sonhado experimentar. Odiei você por isso, porque perdi o meu melhor amigo naquele dia. - E falou coisas para me magoar tanto quanto a magoei. - Ele segurou uma mecha de cabelo entre os dedos, admirando como ela deslizava até ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 205
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jucirbd Postado em 29/11/2010 - 21:02:17
eu simplismente adoro essa web...super..sou uma Ponny loucamente gamada nessa web..
POSTA MAIS..antes ki eu arranki meus cabelos...kkkkkkkk -
unposed Postado em 21/11/2010 - 17:51:10
Posta ++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ +++++++++++++++++++++
-
unposed Postado em 08/11/2010 - 15:09:01
Opaaa...Hot ...
Posta ++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ -
evelin Postado em 08/11/2010 - 00:52:34
nova leitor posta mais to adorando a web.
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evelin Postado em 08/11/2010 - 00:52:22
nova leitor posta mais to adorando a web.
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evelin Postado em 08/11/2010 - 00:52:12
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evelin Postado em 08/11/2010 - 00:51:59
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kikaherrera Postado em 08/08/2010 - 20:49:44
Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa Maissssssssssssssssssssssssssssssssssssssss
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kikaherrera Postado em 08/08/2010 - 20:49:44
Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa Maissssssssssssssssssssssssssssssssssssssss
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kikaherrera Postado em 08/08/2010 - 20:49:44
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