Fanfics Brasil - Sopro de Esperança (Terminada)

Fanfic: Sopro de Esperança (Terminada)


Capítulo: 7? Capítulo

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- Eu tinha quatro anos. Naquela fase
eu ainda acredi­tava no coelhinho da páscoa. Admito, você também perdeu o
encanto um pouquinho depois. E perdeu de vez.


Ao apanhar outra cadeira, sentiu o
toque de uma das mãos largas na sua, o calor de Poncho aquecer-lhe a pele
gelada. E o ar vibrou quando aquela voz grave soou pró­xima ao seu ouvido. A
respiração dele agitou uma mecha de cabelo que se soltou do rabo-de-cavalo,
arrepiando a pele sensível do pescoço.


- Mas ainda assobiava um pouco de
encanto naquela noite, não é? - O coração de Annie esmurrou o peito quando   ele avançou um passo, o perfume de almíscar
deixando-a louca a ponto de desejar inalar profundamente. -Até você perceber
quem estava beijando.


Annie engoliu em seco,
desvencilhando-se da mão.


- Bom, eu devo lhe conceder essa.
Jamais deveria ter dito aquelas coisas. E eu estava errada, tudo bem?


Afinal, era inútil negar, e a
maturidade trouxera a capacidade de reconhecer os próprios erros, certo? Agora,
se Poncho fosse embora logo e ela não precisasse "fugir", o ritmo do
coração voltaria ao normal. Mas teria uma longa conversa com o próprio corpo a
respeito do tipo de homem que ele parecia considerar tão atraente do ponto de
vista biológico.                                                        


A mente controla o corpo e pronto,
repetiu para si em silêncio, algumas vezes seguidas para garantir que a
mensagem fosse entendida.                                            


Poncho aguçou os olhos quando Annie se
afastou. Claro, tratava-se de um novo joguinho. Porque ela de fato soou   arrependida, como se sentisse... remorso! Não, impossível. E como era de se esperar, ela umedeceu os lábios e
respirou fundo. Então, o fogo retomou-lhe aos olhos.


- Mas é um motivo meio besta para me
odiar todo esse tempo, não acha? Crianças podem ser cruéis umas com as outras,
mas somos adultos agora.


É, agora sim. E Poncho riu do próprio
lapso de estupidez, aproximando-se dela com o dedo em riste.


- Ah, você é ótima. Quase me pegou.
Por um segun­do pareceu que queria se desculpar. Mas nós dois sabemos que a
palavra desculpa não existe no seu vocabu­lário.


- Nem
no seu.


Poncho enfiou as mãos nos bolsos,
olhando fixo para o rosto de Annie para resistir ao impulso de dar outra boa
espiada no corpo dela.


- Eu nunca precisei pedir desculpas a
tanta gente quanto você.


E, novamente, um leve indício de
arrependimento surgiu nos olhos de Annie. Que tipo de jogo ela pretendia jogar
dessa vez? Poncho aguardou o troco, quase em con­tagem regressiva. Annie cruzou
os braços de novo, o que atraiu o olhar dele direto para o ponto onde o
movimento criou um vale mais pronunciado. A malha branca secava depressa com o
calor da pele, e Poncho duvidava que os bicos rosados dos seios ainda
permaneceriam visíveis como antes.


Certamente Annie projetava uma imagem
muito dife­rente daquela da noite anterior, reconheceu. O verniz de
sofisticação e a beleza artificial desapareceram, substituí­dos pela
sensualidade de uma garota normal e, por acaso, muito tentadora. Se ele fosse
obrigado a dar uma opinião sob tortura, admitiria que, com o rosto emoldurado
pelas longas mechas cacheadas, e sem maquiagem, ela ficava ainda mais bonita.


Era só o que ela usava, ou seja, quase
nada, droga. O short era tão curto que mostrava as pernas compridas, bem
torneadas. Nesse mesmo instante, a mente criava imagens daquelas pernas
enlaçadas ao seu redor. Amar­rada daquele jeito, a camiseta inspirou a mesma
imaginação sórdida a visualizar os lábios colados naquela ondulação tão
feminina do abdome que, de outro modo, seria absolutamente enxuto.


Sob circunstâncias normais, ele se
deixaria levar pela excitação que sentia só de olhar para ela. Mas conhecia Anahí
Portilla bem demais para ser derrotado por hormônios em fúria. E nos poucos
segundos que lhe custaram para se lembrar disso, Annie tornou a abrir a boca,
ajudando a refrescar mais a memória dele.


-Ainda bem que não ligo para sua
opinião, Poncho. Ou ficaria magoada. Deve ser duro ser um santo entre todos
nós, pecadores.


Ele ficou tentado a rir. Mas ela
ganharia mais terreno do que já conquistara por estar tão linda.


- Ah, não me lembro de já ter me
declarado um santo. Sempre soube muito bem quem e o quê sou. E, mesmo se não
soubesse, você estava lá para me lembrar, certo?


- Quer dizer, como você sempre me
lembra do que eu fui, quando era jovem e estúpida demais para saber o que
fazia?


- E agora já sabe, não sabe?


- Mesmo se eu respondesse que sim,
você não acreditaria em mim. Então qual é a vantagem?


- Dizem que os atos falam por si.


Os olhos de Annie flamejavam de raiva.


- E você continua bancando o juiz e o
júri, certo? -A menos que você encontre outra pessoa que enxergue todas as
facetas da sua personalidade, talvez sim.


- Você é um tremendo arrogante filho
da...


- Ora, ora, Annie. - Poncho
aproximou-se. - Você não pretende começar a xingar a minha mãe, não é? Justo
uma das pouquíssimas pessoas que realmente acreditam que você mudou desde que
partiu...


Após permanecer com a boca aberta e os
olhos arregalados durante alguns segundos, Annie o empurrou com força. Mas não
o bastante para fazê-lo recuar um centímetro. E Poncho riu do quanto ainda era
fácil fazê-la perder o controle, o que lhe rendeu outro empurrão.


- Meu Deus, é incrível como uma pessoa
tão maravilhosa como a sua mãe teve um filho como você!


- Maravilhosa, sim, mas ainda é a
governanta, certo? Vamos deixar as coisas bem claras aqui.


Annie tornou a empurrá-lo, agora com
mais força. Poncho segurou as mãos delas, prendendo-as junto ao peito. Em
seguida, aproximou-se. Manteve a voz baixa ao olhar para os lábios entreabertos
de Annie, e depois para dentro daqueles olhos flamejantes.


- E eu sou o filho da governanta e
devia saber qual é o meu lugar, não foi isso que você disse? Foi você quem
determinou o limite dessa relação, Annie. Portanto, como filho da governanta,
vê-la como uma princesinha mimada é o meu papel, não é? Significa que estou
curioso quanto ao motivo da sua volta. O que você fazia? Arruinava suas chances
na França assim como fez aqui?


Annie tentou soltar as mãos, mas Poncho
não deixou.


- Meu Deus, você me despreza mesmo,
não é? Quer dizer... Eu sabia disso, mas não acho que entendia o quanto até
agora.


Poncho continuou segurando as mãos
dela, vendo a perplexidade estampada no rosto de Annie. Sentiu o aroma sutil de
flores frescas do perfume dela, misturado ao cheiro de cachorro molhado que
impregnava a camiseta. Notou que os seios arfavam e viu o lampejo efêmero da
mágoa transpassar os olhos por trás da máscara de raiva. E ela quase conseguira
enganá-lo de novo. Quase o fez acreditar que talvez havia mudado. Quase. Poncho
obrigou-se a falar.


- Eu não caio mais nessa.


- Prefere acreditar que eu não valho
nada?


Ele contemplou os entalhes intricados
do teto enquan­to, sem perceber, os polegares roçavam os dedos delicados de Annie.


- Eu diria que a época em que eu
perdia tempo, mes­mo que só pensando em você, já era.


Outra vez, Annie tentou soltar as
mãos.


- E eu apaguei você da minha mente
muito antes de ir embora, portanto nós dois sabemos muito bem de que lado
estamos, não é?


- Ah, mas esse é exatamente o
problema, concorda? Porque você voltou e, como você mesma disse, isso sig­nifica
que é inevitável que nos encontremos. O jogo re­começou.


- Evitar um ao outro feito a peste me
parece um plano muito melhor.


- Isso não vai acontecer. Ela riu sem
acreditar.


- Ah,
vai sim.


Foi uma defensiva carregada de energia
sexual. Poncho podia sentir isso em cada fibra do corpo másculo. E, embora ela
continuasse a encará-lo de nariz em pé, Poncho jamais se sentira tão tentado a
beijar uma mulher à força. A usar as próprias mãos, a boca e o corpo para
submetê-la à vontade dele, para que Annie soubesse quem estava no comando. O
sexo seria furioso, acaso permi­tisse que as coisas chegassem a esse ponto.
Apaixonado e mais quente que o inferno. E a simples idéia o deixou excitado. E
era tentador, oh, era tentador. Talvez até a beijasse à força...


Poncho abaixou o olhar para os lábios
entreabertos de Annie. Ela tomou fôlego antes de umedecê-los novamente... Como
se quisesse que ele fosse em frente e fizesse o que imaginava.


Um focinho molhado se aninhou entre
ambos, acom­panhado por um choramingo tristonho, lembrando Poncho do mundo
real, longe daquela fantasia insana. Assim, ele amarrou a cara, soltou Annie e
recuou.


Depois afagou as orelhas peludas do
cão para tranqüi­lizá-lo, enquanto a informava, calmamente:


- Bem, saber que o seu irmão me
contratou para fazer a reforma da sua galeria talvez seja meio embaraçoso. Nós
vamos passar por isso todo dia pelos próximos tempos.


- Ele contratou você? Só pode
estar brincando!




 



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Autor(a): annytha

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- Quero que você o demita. Contrate outra pessoa. Ele não pode ser o único empreiteiro de Dublin. - Annie firmou os pés no chão para compensar a força que Moggie exer­cia na outra ponta da coleira. O irmão suspirou. - Se quiser outra pessoa da noite para o dia, então pagará um bocado a mais do que ele ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 205



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  • jucirbd Postado em 29/11/2010 - 21:02:17

    eu simplismente adoro essa web...super..sou uma Ponny loucamente gamada nessa web..
    POSTA MAIS..antes ki eu arranki meus cabelos...kkkkkkkk

  • unposed Postado em 21/11/2010 - 17:51:10

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  • unposed Postado em 08/11/2010 - 15:09:01

    Opaaa...Hot ...

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  • evelin Postado em 08/11/2010 - 00:52:34

    nova leitor posta mais to adorando a web.

  • evelin Postado em 08/11/2010 - 00:52:22

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  • kikaherrera Postado em 08/08/2010 - 20:49:44

    Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa Maissssssssssssssssssssssssssssssssssssssss

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