Fanfic: 　déjame ღ (vondy) [1ª/2ª temporada]

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mariuckermann e blandul, obrigada pela presença, minhas lindas. É a Dulce se vingou... Atendi os pedidos da maioria das leitoras, oras! rs.
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　Na manhã seguinte Ucker deixou a casa de Diego antes que Carla acordasse, pois sabia que caso contrário, ela iria querer ir com ele, e considerando que ele ia no prédio de Dulce, essa não era nem de longe uma boa idéia.

　Taly ainda estava com Belinda, e Ucker foi pegá-la para passar o dia com ela, ou até lá mesmo com as duas, quem sabe. Se sentia mal por ter machucado Dulce, mas se sentia pior ainda pela forma como ela conseguira ser indiferente com ele e sorrir daquela forma, na presença de Pedro. Não é como se ele estivesse apaixonado, isso só aconteceu uma vez com ele, mas agora, pensando nisso, a dor era até maior. Logo com Carla, por que diabos fora ficar logo com Carla? Apesar de se arrepender, pedir perdão não era algo que ele soubesse muito bem como fazer – assim como admitir seus sentimentos.

　Entrando no prédio, não pode evitar pensar em Dulce e em como ela teria passado a noite. Mas sabia que o melhor era nem se atrever a passar naquele andar. Nesse momento ele se perguntou se Belinda já teria acordado, mas já que estava ali, decidiu arriscar á pelo menos bater na porta, e esperou, encostando-se na parede oposta.

Beli: Ucker? – amarrando o hobe, abrindo a porta. – Achei que fosse a Dul... Entre.

Ucker: Te acordei? – perguntou sentando no sofá.

Beli: Não, na verdade eu não dormi direito essa noite... Aí achei melhor acordar do que ficar virando na cama. – sorriu. – Mas é cedo, e a Taly não acordou... Na verdade, estou curiosa pra saber por que você já acordou.

Ucker: Sem sono. – respondeu sem deixar seu olhar encontrar o da loira.

Beli: E a falta de sono atende pelo nome Dulce María? – riu, sentando-se do lado dele.

Ucker: Adianta eu mentir pra você? É, é por isso. Não sei o que fazer...  Por um lado, não posso evitar pensar nela, mas por outro, além de não saber como me desculpar, não posso me prender, Beli. Relacionamentos quando viram um compromisso, se tornam uma prisão, e não é isso que eu quero.

Beli: Preciso te falar o que penso. – fitando-o, séria. – A Dulce não é pra você Ucker. Se for pra você machucá-la, eu prefiro que vocês fiquem separados, disso você pode ter certeza. As pessoas estão certas quando comentam que você é... Bom, você tem esse seu jeito. Mas a Dul quer algo sério, ela ainda acredita que príncipes encantados existam, e que você é o dela, que veio resgatá-la aquela tarde na praia.... Por mais antiquado que eu ache isso, eu prefiro que ela seja assim. Ela ainda é muito inocente, ainda tem aquele brilho o olhar e risada fácil. Você não pode tirar isso dela, a alegria.

Ucker: Você exagerou um pouco na dose de drama agora, Beli. – brincou.

Beli: É sério, Ucker. Uma mulher de coração partido pode acabar fazendo coisas, e tomando caminhos dos quais depois vai se arrepender muito. Não faça a Dulce sofrer, por favor. Até porque, por mais que eu goste de você, entre vocês, desculpa, mas você sabe que eu sou mil vezes a Dulce. Nos conhecemos desde pequenas, ela está comigo sempre, me ajuda sem precisar saber o porque eu estou sofrendo. Ela não sabe o quanto é importante para mim, mas ela, mesmo sem saber, me ajudou muito, e por ela eu faria coisas que muitas pessoas não fariam nem por irmãos, talvez.

Ucker: Dá pra ver... Que você tem pela Dulce um amor muito puro, e que ela é sua amiga de uma forma que muitas pessoas talvez entendessem errado, ou nem entendessem. Mas, eu não sei o que eu sinto por ela, nem o que fazer, Beli...

Beli: Me dói dizer isso, porque preferiria pensar que confiar em você não me decepcionaria, e sei que assim vou estar machucando a Dul... Mas pra arriscar que coisas como a do dia anterior aconteçam novamente, eu vou te pedir Ucker, que se afaste dela. Fique com a Carla ou com que quiser, mas não com a Dulce. Você não é bom para ela. Faça isso pelo que você sabe que sente por ela, porque no fundo você sabe, só tem medo de admitir. Sei disso porque somos iguais nesse ponto. Sabemos que o amor machuca, e tentamos evitá-lo... Mas tenha como exemplo o que eu costumava passar, vendo o Chris e a Mai juntos... Eu não sou o melhor pra ele, e sei disso. Se estou com o Deh, é só porque sei que machuco mais o evitando, ou pelo menos era assim... Então, Ucker, por favor, siga meu exemplo e deixe a Dulce.

Ucker: ...Não são exatamente as palavras que esperava de você, mas ainda assim não me surpreende de tudo. Talvez você esteja certa. E admiro como você sabe disfarçar tantas coisas que se passam em sua cabeça, e agradeço por dividir comigo mais do que já fez com os outros, mas... Não sei se é assim que deveria ser. Tenho medo da velocidade que tudo aconteceu entre mim e a Dulce, mas me afastar... Não sei se tenho tanto medo assim de relacionamentos.

Beli: Não importa. Você se conhece o suficiente, e espero que tenha medo o suficiente de machucá-la de novo, e da forma como eu vou acabar com você por isso. Seja inteligente e se afaste, Ucker, é tudo que eu te peço. É o preço da nossa amizade, e mais que isso, o preço para que a Dulce não se machuque mais.

　Dessa vez Belinda cercara todas as possibilidades, e conseguira apelar para o melhor que havia em Ucker: Seu sentimento por Dulce.

　Após essa conversa, ele disse que tinha que tomar um ar fresco, e depois voltava pra buscar Taly. Eles então se despediram e Ucker foi embora.

　Andando pelo parque ali perto, vazio ainda nesse horário, ele só sabia que, mesmo não querendo machucar Dulce, não queria também se envolver, e ainda assim também não queria voltar para a vida de Don Uckermann, O Cético.

　Não demorou nem meia hora após a saída de Ucker, Dulce chegou no apartamento de Beli e jogando-se no sofá enquanto a outra preparava o café-da-manhã após ter acabado de sair do banho.

Beli: E então? – sentando-se na ponta do sofá, e Dulce deitou a cabeça no colo da amiga.

Dul: Como você sabe que tenho algo? – sabendo que rodeios seriam inúteis.

Beli: Sendo sua melhor amiga. – deu de ombros. – Agora me conte.

Dul: Fiquei com o Pedro. – soltou.

Beli: Imaginei...

Dul: Não Beli, eu fiquei com ele. – e vendo a cara confusa da amiga, falou rápida e envergonhadamente: – Eu dormi com ele!

Beli: HEI! – dando um pulo, fazendo Dulce ter que sentar-se também. – Está me dizendo que você...?

Dul: É Beli, estou!

Beli: Wow, Dulce María! – riu.

Dul: Não vejo graça.

Beli: Perdão, mas por essa eu não esperava...

Dul: Tá, tá. Mas isso me faz lembrar que temos que passar na Annie.

Beli: Na Annie? – confusa com a mudança de tema.

Dul: É. Vamos repetir o exame, certo?

Beli: Um beta seria melhor, mas é bem mais certo.

Dul: Então vamos lá, nem que tenhamos que arrastá-la!

　Dulce e Belinda tomaram o café da manhã e esperaram um pouco até a mãe de Beli chegar para ficar com Taly, e então foram para a casa de Annie. Maite obviamente já estava lá, mas para a surpresa das recém-chegadas, Poncho também.

　Annie explicou para as amigas que conversara com Poncho na noite anterior, e ele, de uma forma dolorosamente fofa, disse que a apoiaria fosse qual fosse o resultado. Eles trocaram um sorriso enamorado, e Dulce não pode evitar o nó que lhe apertou o estômago. Não é como se ela não estivesse feliz, entenda bem, mas pensar que por muito menos Ucker a traíra, machucava. É claro que ela estava feliz pela a amiga. Deveria ser um tanto quanto sufocante aquela dúvida, mas tendo alguém ao seu lado, devia tornar as coisas menos aterrorizadoras. Agora o peso estava dividido.

　Fosse como fosse, as meninas ainda tinham que convencer Annie a fazer o exame de sangue, que diria com mais precisão. Poncho precisava ir na casa de Derrick, que ligara de noite, mas ele estava ocupado conversando com Annie – foi a vez de Beli fazer cara de dor; quase se esquecera do fiasco com o namorado na noite passada... Isso é, se ainda o podia chamar assim.

　Após muita demora para convencer Annie, mais demora pra ela e Maite tomarem o café, mais ainda para elas se trocarem, lá foram elas.

Annie: Vai doer! – fez manha assim que colocou o pé no elevador.

Beli: É só um furinho. – tentou acalmá-la. – Você só vai tirar sangue. Eu preferia que você fizesse o quantitativo, porque se estiver grávida, saberemos o tempo. O qualitativo só responde se é positivo ou negativo.

Mai: O que? – externando a confusão das outras.

Beli: Meu Deus, de que mundo vocês vieram? Eu cuido disso, vamos.

　Elas saíram ainda tensas, e Beli comentava acreditar que não precisava de prescrição. Annie torcia para a amiga estar errada. Dulce e Mai tentavam acalmá-la, e decifrar a linguagem que, sabe-se lá como, a amiga conhecia.

　Chegando ao posto de saúde Beli foi conversar com uma das atendentes, e logo se juntou as amigas para esperarem. Outra moça logo apareceu, informando o preço do exame qualitativo, e que se desse positivo, o melhor era Annie já ir procurar um médico para acompanhar a gravidez, e ele pediria o quantitativo. Só Beli pareceu entender toda a fala da mulher, mas não houve muito tempo para pensar nisso, já que ela chamou Annie para entrar e essa começou a ameaçar um choro. Um pouco de manha depois, o sangue fora colhido e o exame estaria pronto no fim do dia, já que era cedo.

　O dia se arrastou. As meninas ficaram juntas, fazendo Annie se sentir melhor, e conseguindo distraí-la um pouco. A verdade era que todas estavam nervosas. Poncho ligou para Annie, fazendo-a chorar pelo carinho do namorado – e provocando o comentário de Beli: “para que exame? Mais hormônios que isso, impossível!”.

　Beli, apesar de tudo, estava magoada porque, aparentemente, tentara ligar para Derrick e ele não atendia. Era exagero, como sempre, Derrick às vezes parecia o mais sensível do relacionamento. Pedro ligou para Dulce, e ela apenas disse que surgira um probleminha, mas que no dia seguinte eles podiam se encontrar. Ucker ligou para Belinda, avisando que tinha ido buscar Taly, mas nem sequer tocou no nome de Dulce.

　No fim da tarde, Poncho tocou a campainha, e para a surpresa das meninas, os outros estavam com ele. Derrick, Ucker, Chris e Diego! – por sorte Carla não foi, aparentemente, ocupada demais com o outro primo de Ucker, Fellipe.

　Teria siado realmente engraçado todos eles irem buscar o exame, mas o bom senso de Belinda convenceu os outros de esperar. Além de Annie e Poncho ela só deixou ir o Diego, e Dulce, mais para tirá-la de perto de Ucker. O exame chegou intacto até a sala lotada de Annie, onde Beli o abriu, percorrendo os olhos para encontrar a resposta:

Beli: Positivo. – disse à meio tom, mas no silêncio que reinava ali, foi o suficiente para as palavras ecoarem. Alguns instantes parados, e então a troca de olhares. Ninguém disse nada, apenas abraçaram a loira que enterrara o rosto no pescoço do namorado.

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N/A: Sei que o capítulo é chato, com as partes técnincas e tudo o mais, mas é porque precisava, depois vocês entendem... Também sei que a Beli é estranha, isso não é novidade. E que o capítulo não faz jus a espera, mas eu tinha que dar uma pausa por causa do simulado, como eu tinha avisado. Vou tentar mesmo terminar a web esse mês, mas estou começando a duvidar que consiga. Por isso, não vou mais escrever o especial de Natal esse ano, vou deixá-lo pro próximo. Assim nas férias, me dedico mais a escrever a segunda temporada, que eu acho melhor que a primeira!
Obrigada pelos comentários e presença! xx