Fanfic: 　déjame ღ (vondy) [1ª/2ª temporada]

Especialmente para a blandul que sempre está aqui *-*

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　Na manhã seguinte, Dulce ficou completamente sem graça por tudo que acontecera, mas logo, entre carícias e beijos, eles voltaram ao clima que estavam antes do pequeno ocorrido na manhã da festa de Taly – embora não tenham conversado sobre isso. Pedro, eles ficaram sabendo na tarde seguinte, fora embora direto do velório, o que fez Dulce sentir-se levemente culpada por nem ter se despedido quando ele fora tão gentil com ela naqueles dias. Todos tentaram manter-se discretos quanto a fugidinha de Ucker e Dulce na tarde anterior e sobre a forma como relacionamento deles melhorou.

　Alguns dias depois e todos já voltaram sua atenção para Annie e Poncho que, tentando manterem-se calmos apesar de não estarem nem um pouco, procuravam a melhor forma de contar para a família sobre a gravidez.

　Belinda e Derrick também pareceram se resolver, e para matar as dúvidas das amigas depois, ela contou sobre a briga – mudando oportunamente a parte em que Derrick achava que ela tinha algo com Diego para fazer parecer que ele apenas não gostara da idéia de ela “Não se sentir pronta”, já que só Dulce sabia que ela não era virgem. – e também sobre como o namorado viera lhe pedir desculpas, dizendo que exagerou e que a esperaria, levasse o tempo que fosse.

　Taly foi superando tudo aos poucos, com grande ajuda da família de Belinda também, onde a menina gostava de passar as tardes enquanto os outros “faziam coisas de adulto”.

　Carla, pelo que Diego informara, voltara para São Paulo. Isso não entristeceu ninguém é claro. E então pelo menos três semanas haviam se passado, de certa forma mais tranqüilas, desde o falecimento do avô dos Uckermann. Mas como o fundo do poço é sempre mais fundo, certa noite enquanto Dulce e Ucker tinham um momento romântico, sozinhos no apartamento, o telefone toca estragando o clima.

Ucker: Alô? – respondeu meio rude, após a quebra do clima.

XX: Já te falaram que sua voz fica bem mais sexy quando está bravo? – respondeu a conhecida voz do outro lado.

Ucker: Por favor, Carla! – resmungou. – Eu nem sabia que tinha telefones no inferno agora. O que você quer, garota?

Carla: A resposta dessa pergunta seria “você”, estressadinho. Mas acho que isso é bem óbvio...

Ucker: Devo me sentir lisonjeado, então? – irônico.

Carla: Sinta-se como quiser, uma vez que não estou aí para te fazer sentir como eu quero.

Ucker: Você sabe que está baixando um pouco o nível, não sabe? Até pra você!

Carla: Já devia ter percebido que não me importo com níveis, querido. – ela riu. – Enfim, não foi pra isso que eu liguei, embora você realmente me deixe com idéias erradas. O idiota do meu irmão não me contou sobre os últimos acontecimentos, mas ontem estive falando com a Mayara... Sinto muito pelo seu avô. De verdade, Ucker.

Ucker: Obrigado, Carla. Bom saber que você não é tão ruim assim.

Carla: É, às vezes. Então Ucker, antes que a curiosidade me dilacere, me diga... Como vai com a Dul?

Ucker: Ótima pergunta, embora seja um tanto quanto hipócrita de sua parte, não acha? Mas tudo bem, porque estamos muito bem. Você, inclusive, atrapalhou um daqueles momentos, pra ser sincero.

Carla: Sério? Que interessante... Eu podia jurar que não estariam juntos a essa hora. Mas tudo bem... Foi bom ouvir sua voz sempre sexy Ucker. Ah, e mande lembranças para Belinda, sim?

Ucker: Por que ela iria querer saber de você? – confuso.

Carla: Apenas faça isso, gatinho. Pelos bons tempos. Beijos!

　Ele olhou para o aparelho confuso após ela encerrar a ligação. Garota estranha. Num minuto fala uma coisa, na outra fala algo completamente sem nexo... No sofá, ele ainda sentia o olhar da ruiva esperando ele falar alguma coisa.

Ucker: Dul? – perguntou por fim – Você saberia me dizer por que a Carla mandaria lembranças para a Beli?

Dul: Não. E você, saberia me dizer por que a necessidade de estender tanto a conversa com ela?

Ucker: Não vai ter uma crise de ciúme, vai? – arqueou uma sobrancelha, sorrindo, mas ela não estava nem um pingo a fim de brincadeira.

Dul: Não. Não vou ter crise de ciúme. Talvez eu apenas vá e pegue qualquer um que aparecer ao invés de tentar resolver com uma conversa, como qualquer pessoa, em qualquer relacionamento normal... Como você fez!

Ucker: Achei que isso fosse passado.

Dul: Porque não foi você. Eu queria muito mesmo ver sua cara se fosse você no meu lugar. Se você chegasse e me encontrasse dormindo com o Pedro.

Ucker: Estar dormindo não é o problema, Dul. E era dormindo que eu estava aquele dia.

Dul: Dormindo sem roupa. Com ela, igualmente nua. Por favor, Ucker! – levantou-se irritada. – E tudo isso por que? Por não saber chegar e conversar. Por causa dessa droga fobia com relacionamentos! Quando você vai acordar e ver que estamos em um?

　Ele se calou, segurando qualquer coisa que pudesse machucar. Se importava com ela, mas não aceitaria participar em um relacionamento, como ela dizia. Ele simplesmente não entendia a necessidade das garotas em assumir que estavam em um relacionamento. O que importava era que gostavam de estarem juntos. Só isso.

Ela, por outro lado, não se conformou com o silêncio dele, e fez um movimento de desaprovação com a cabeça, sentindo tanta raiva que quase sentia as pernas bambearem.

Ucker: Dul? – ela ouviu a voz dele, preocupado, mas parecia um pouco longe, caindo, embaçado e...

...

　Escuro. E então, entrando em foco lentamente, finas tiras de luz entravam no quarto por entre as brechas das cortinas brancas com azul, foi a próxima coisa que Dulce teve consciência. Estava no quarto de Belinda. Assim que tomou consciência desse fato, a dona do apartamento entrou.

Beli: Acordou, bela adormecida? – sorriu sentando-se ao lado de Dul na cama. – Ucker veio aqui desesperado quando você desmaiou. Te trouxemos para cá, porque eles acham que sou açgum tipo de babá sua. – riu revirando os olhos.

Dul: Culpa sua, que faz questão de fazê-los pensar isso. Eu não me lembro de... Ter desmaiado. Estava discutindo com o Ucker por causa que a Carla ligou, e de repente fiquei... Mole.

Beli: A Carla ligou? – repetiu incrédula.

Dul: E até te mandou lembranças. Só não sei porque.

Beli: Aquela garota tem algum tipo de transtorno... – suspirou quando Diego entrou no quarto também. – Ela sabe de você e do Ucker? Porque ela sempre tenta estragar...

Dul: Sabe. – disse beirando o tédio. – E você, Diego, agora mora aqui? Aposto que o Derrick está nas nuvens com isso.

Diego: É que a Beli só entrou pra ver se você estava bem, das últimas vezes. Como ela estava demorando mais, presumi que algo aconteceu. E não, o Derrick não está mesmo muito feliz com isso, mas deu uma folga. Ele até confiou em sair e nos deixar a sós, agora.

Dul: Só estamos os três? – perguntou confusa.

Beli: Só. O Ucker foi pegar a Taly na casa dos meus pais. Já eram umas oito e meia da noite quando ele veio aqui dizendo que você tinha desmaiado.

Dul: Mas... o que? É de manhã! – resmungou olhando novamente a janela.

Beli: Você acordou antes disso, calma. Era de madrugada e eu te disse pra descansar mais um pouco. São sete horas agora.

Dul: Não os deixei dormir... Ótimo. O Deh vai mesmo adorar saber que eu fiz vocês passarem a noite sem dormir. – revirou os olhos sem conter uma gargalhada, recebendo em troca uma almofadada de Beli.

Diego: Ruivinha, agora sério. Você está bem mesmo? Digo, desmaiar não é um bom sinal. Pode ter sido uma oscilação de pressão, ou não sei. Seria bom você ir no médico.

Dul: Bobeira.... – sentindo um frio na boca do estômago.

Beli: Pode ir falando Dulce María, eu vi esse olhar.

Dul: É que... Bom, eu... – olhou pra Diego, ficando enverginhada.

Diego: Finja que sou seu médico. – sorriu, fazendo ela sorrir junto.

Dul: Não é isso... É que... Eu... To com atraso.

Beli: O QUE?! – com o grito de Beli, Diego processou a informação abrindo a boca em um pequeno “oh” ao compreender. – Me diga que não tem chances, Dulce María. Por Deus, outra não! Me diga que não tem chances de você estar esperando um filho. Não do Ucker. Não agora. Diz que não, Dul!

Diego: Beli! – Diego segurou o braço da garota, que levantara e começara a andar de um lado pro outro enquanto se desesperava.

Dul: No dia do velório. Quando... Escapamos. – olhando pra suas mãos em seu colo. – Transamos algumas vezes e... Não nos cuidamos. – Belinda fechou os olhos soltando o ar pesadamente.

Beli: Médico. Mais tarde. Não quero ouvir uma palavra contra. Agora vamos tomar café.

　A loira saiu do quarto e Dulce encarou Diego que apenas fez um sinal pra deixar pra lá e sorriu para a ruiva.

Diego: Ela só está sendo cuidadosa com você, Dul. Como sempre. – acariciou o rosto dela. – Tudo vai dar certo, estamos com você, lembra?

　A ruiva sorriu, levantando-se com a ajuda do amigo e indo até a cozinha com Beli.

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N/A: Escrevi isso ontem de noite (quando devia estar estudando para a prova do inglês, mas isso é irrelevante agora) e agora abri o arquivo pra escrever mais, mas decidi postar essa parte pra compensar por quando eu desapareço por tempo indefinido. Além da minha falta de criatividade para nome de capítulos, que hoje confirmei, é só isso por enquanto. xx