Fanfic: SOFIA

Carla
pensava na besteira que tinha feito, tinha tomado uma alta dose de um produto

que ela conhecia bem, muito bem. Muito usado em festinhas adolescentes e raves,

aquele produto, bebido em doses altas, podia levar à morte em poucos minutos.

Só que o que Carla não percebera era que aquela dose era muito mais baixa e

menos nociva do que a droga. Aquela dose era sedativa apenas, e, se misturada

com alcool, dava um efeito anestésico, o que era exatamento o que estava

acontecendo.

Kane já
tinha acabado o que tinha de fazer com Carla antes de arrancar-lhe tudo o que

precisava saber. Só ela, além de Sofia, sabia do segredo que Kane tanto precisava

saber. Essa preciosidade, esse amuleto, essa coisa que ele tanto procurava era

necessária. Só com isso ele poderia continuar seu plano.

Kane -
Carla, carla... Você continua a mesma, não?

Carla -
Seu nojento, eu te odeio!

Kane -
Ora, ora, ora... Parece que você mordeu a isca que preparei para você. Aquele

frasco de Extasy e Vodka parece ter funcionado. Você realmente voltou para cá,

para junto de mim...

Carla -
Vai se Fuder, você não merece e nunca vai saber de nada!

Kane -

Você sabe o que eu posso fazer, entrar e sair daqui é muito mais fácil do que

você imagina. Eu só preciso de uma informação, e faço tudo que você tinha antes

voltar instantaneamente para você. Tudo.

Carla
ficou pensativa. O que ele queria dizer com tudo?

Kane -
Tudo que você sempre quis, o seu casamento com Claudio, sua filha amando

você... Tudo que você precisa me dar, é o que eu preciso fazer.

Carla -
Eu não sei do que você está falando!

Carla
parecia nervosa, nunca tinha sido perguntada sobre isso. O que ela faria?

Contar o maior segredo do século para Kane poderia arruinar não só a cidade do

Rio de Janeiro, mas o mundo inteiro poderia deixar de existir, num piscar de

olhos. Os objetivos de Kane eram muito mais do que matar e destruir a vida de

Sofia.

Kane - Aaah,
você sabe. E nós dois vamos ficar aqui juntinhos, até você me contar tudo. Seu
tempo é curto Carla. Você sabia que o nosso cerebro se auto-renova, não sabia?
Tudo que você está vendo aqui se apagará, e se isso se apagar, enquanto você

está aqui, você sabe o que pode acontecer.

Carla -
Eu sei. Mas acho melhor isso acontecer do que você ficar sabendo aonde ele

está!

Kane - ME DIGA SUA VADIA!

Kane
saltou de sua poltrona e pulou em cima de Carla, destruindo-lhe parte do rosto.

Sua feição foi ficando cada vez mais destorcida, o ataque de Kane era antigo.

Mas esse efeito foi criado no século I para gerar mais pânico, e fazer a vitima

dizer o que uma pessoa quer saber.

Carla -
VOCÊ ACHA MESMO que me machucando vai conseguir que eu te fale? Então é bom
você ir arranjando uma faca, porque nós vamos ficar aqui por muuito tempo.

Carla
agora estava raivosa. Nunca achou que Kane usaria aquele golpe tão baixo.

Criado no século I, o golpe, criado por um imperador romano, destruía parte do

rosto de alguém, ou fazia essa pessoa sentir uma dor horrenda, para gerar

pânico. Esse golpe era constantemente usado até o ano de 1900, quando foi

proibido pelo governo Norte-Americano.

Eles
estavam presos ali, naquele lugar escuro, e fechado, o subconsciente de Carla.

Carla, estava com uma forma super sedutora, porem com seu jeito raivoso de

sempre. Carla estava revoltada com a atitude de Kane, e tinha que pensar em um

jeito de sair dali.

Kane -
Sinceramente? Acho. Lindinha, a dor influencia as pessoas. Você, mais do que ninguém,
sabe exatamente do que estou falando, não é?

Carla
sabia. Sabia muito sobre o assunto. A dor já tinha lhe mostrado seu verdadeiro

poder, a vários anos atrás.

Kane -
Carla, carla... Você tem o demônio dentro de você, você sabe muito bem disso.

Você não gostaria que Sofia soubesse o que aconteceu, não é?

Carla -
NÃO SEI DO QUE VOCÊ ESTÁ FALANDO!

Carla
agora parecia cada vez mais apreensiva. O plane de Kane estava funcionando

perfeitamente, a chantagem psicológica que ele tinha armado estava entrando nos

eixos, e penetrando profundamente na mente de Carla.

Kane -
Hahaha... Claro que sabe... Eu sei que sabe, Carla. Você destruiu a vida de

muita gente, VOCÊ É a malvada aqui, não eu

Agora
Kane estava rodiando Carla, que estava parada, sem conseguir responder ou se

mexer.

Kane - A assassina
Carla, a monstra Carla. O seu coração é mais duro que Pedra, sua Vadia! ME ESCUTE,
e me escute muito bem. É bom você me dizer tudo que eu quero saber, porque senão,
tudo que você fez vai pras garras da interpol, querida.

Kane -
Sente-se, pense um pouquinho no que você vai me dizer, amorzinho. Você destruiu
a minha vida, e eu estou prestes a destruir a sua.

O corpo
de Kane foi se transformando em fumaça, e logo ele já tinha sumido da vista de
Carla. Ela estava apreensiva e tinha de arranjar um jeito de sair dali, já!