Fanfic: KEMANUSIAAN - O MUNDO NÃO ACABOU

Eu não concordava com aquela viagem, queria Anna feliz, mas coloca-la em perigo era demais pra mim, mas John insistia que já era hora, precisava rever os membros de seu clã e apresenta-los para Anna, seu treinamento estava quase completo e ele precisaria que ela realizasse a prova final, a cerimonia de passagem e ela poderia conhecer sua aprendiz que ela treinaria assim como ele fez com ela.
 Anna não sabia o que a esperava e  os dias ficaram pior por que ela não se abrira mais comigo desde sua fuga frustada, ela começou a escrever um diario e isso só me deixava mais tenso, tenso a ponto de cometer a loucura de invadir sua privacidade, para isso eu precisava me transformar com mais frequencia correndo o risco de ser pego por Anna. Era doloroso saber que ela sentia falta de mim mesmo sendo só um passaro, que ela sentia falta de falar comigo como se algo estivesse faltando em sua vida, e pior , ela de alguma forma me via, enquanto dormia, e isso me preocupava, ela me descrevia em detalhes em seu diario: homem alto, minha idade, cabelos pretos, olhos pretos, apenas na minha imaginação. Eu sabia que para nós isso seria errado, eu era eterno,nunca envelheceria, se ela me amasse da mesma forma que eu a amava ela envelheceria e eu a veria morrer, eu sempre estaria preso nos meu 20 anos, eu viva uma maldição, uma maldição por ser descendente de Luccerus, filho de seus filhos.
 Eu já havia pensado varias vezes em formas de morrer, eu morreria se me jogasse de uma ponte, ou atropelado, até mesmo envenenado, eu não era imortal como luccerus, mas nunca consiguira acabar com minha propria vida, e ainda mais com Anna nela, eu havia encontrado mais um motivo para me manter vivo, mas provalvelmente não suportaria viver depois que ela partisse. Meu maior erro era ama-la tanto, querer protege-la de tudo, sabendo que eu nunca poderia sequer chegar tão proximo a ela, não como humano, e perceber que ela me via durante seu sono era o maior de todos os erros que eu ja cometerá, ela achavaque eu era um sonho e desejva que eu fosse real.
 - John, afinal que prova é essa que Anna deverá ser submetida?
 - Bem Kodo, ela ficara presa em uma camara, e tera que se livrar de alguns demonios e anjos que foram capturados, ela devera provar que é leal aos humanos, que ela não possui lado e então ela estara pronta para a cerimonia na qual recebera seu titulo de mestra e conhecerá sua aprendiz.
 - Ela faz alguma ideia de que isso acontecerá?
 - Não, ela não deve saber, a prova de lealdade é um segredo...
 - E se ela não cumprir a tarefa de exterminar ambos?
 - Isso mostrara que ela tem pena e compaixão por outros seres que não humanos e será banida da ordem.
 - Mas john, vc deve se lembrar que vc abriga um ser não humano em sua casa, não acha que os anciãos iram te expulsar por isso?
 - Provavelmente, mas não podem explusar Anna por que ela desconhece sua verdadeira forma, e nunca pressentiu sua energia, e isso provalvelmente mudara quando ela passar no teste.
 - Como assim?
 - Bem, passamos a ter total conciencias das energias a nossa volta quando somos submetidos a esta prova, eu e minha irmã passamos por ela quando tinhamos a mesma idade de Anna.
 - Então esse é seu plano, ser expulso da ordem e deixar Anna como nova representante?
 - Exatamente meu amigo, mesmo porque não vou viver pra sempre, preciso de uma aposentadoria, já fiz minha parte pelo clã por muito tempo.
 - Então Anna saberá o que eu sou assim que ela passar no teste? Terei que voltar a ser eu mesmo então?
 - Se essa for sua vontade meu amigo, acredite, ja tentei convencer os membros do clã de que deviamos coexistir como sempre fizemos apesar dos tempos serem outros, mas eles insistem que é hora dos humanos tomarem uma posição e expulsar todos os demais seres, peço desculpas por isso, eu sei que vc não pertence a lado nenhum e que é mais humano do que qualquer um neste clã e comprometido a nos proteger como qualquer um deles.
 - John, eu entendo que entre os humanos sempre vai haver o fanatismo, num mundo onde não existe mais religiões, as crenças antigas se foram, eles estam perdidos e confusos, eu desconheço os membros do seu clã, mas vejo que mesmo com a conciência  antiga, sabendo que tudo existia mesmo antes da guerra estourar não são diferentes de nenhum outro humano, o que me preocupa é se Anna pensara como eles.
 - Não tenho certeza do que acontecera com Anna, tenho tanto medo quanto vc, eu a ensinei tudo que podia sobre os dois lados, ensinei a não ter clemencia por nenhum, mas Anna tem sua propria personalidade, não sei o que esperar dela.
 Quando estava tudo pronto para a viagem, fiquei cada vez mais tenso, Anna podia perceber isso pois me pediu para voar em vez de ficar em seu ombro como de costume. Chegamos a Long Town, nenhuma cidade possuia mais os seus nomes antigos, e eu nem saberia dizer que cidade fora aquela depois de tanta destruição, era claro que a cidade estava divida, a construções pareciam novas , mas lembrava uma cidade antiga, com prédios pequenos pelo que pude observar enquanto voava, haviam grades que cortavam a cidade, possivelmente encantadas, mas pouco se distinguia  que lado pertencia a quem, pois não havia nada para diferenciar, era ridiculo que depois de tanto tempo ninguém fora capaz de deixar essa divisão de lado.
 Nos aproximamos da estação de trem que lembrava uma estação  bem antiga como as que via quando era pequeno, mas os  unicos dois vagões de trem eram bem diferentes do que se costumava ver, eram grandes demais e de cores distintas, a unica coisa até aqui que parecia separar os grupos, havia criaturas de todos os tipos, e algumas que provavelmente nunca foram nomeadas em nenhum livro de mitos, foi então que percebi que algo chamara a atenção de Anna assim com o a minha.
 - Tio, o que são eles? - Anna estava olhando diretamente para um pequeno grupo de transmorfos como eu, quatro para ser exato.
 - Transmorfos de Luccerus... - John respondia com uma voz baixa
 - Transmorfos? De Luccerus? - Anna parecia em choque, provavelmente porque nunca os virá pessoalmente.
 - Sim, seus guardas, provavelmente filhos de suas esposas. - John respondia com um tom enojado
 Pousei no ombro de Anna tirando-a de seus devaneios, mas pude observar que ela observava um  deles, alto e de cabelos pretos, mais curtos que o meu, mas mesmo assim bem parecidos. Eu tinha cometido o pior erro que podia cometer: Anna pensava em mim.