Fanfics Brasil - Capitulo 8 Cega paixão (terminada)

Fanfic: Cega paixão (terminada)


Capítulo: Capitulo 8

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No momento em que Anahí pôs os pés para fora do aeroporto, encheu os pulmões e olhou admirada a sua volta. O cheiro da cidade era diferente, bem como o tipo de frio. Sair de seu refúgio nas montanhas do Colorado, sempre coberto de neve, e chegar à poluída Costa Oeste, era uma mudança e tanto. Por uns instantes, permaneceu parada na calçada, meio zonza, sempre abraçada à manta, o que lhe dava um certo ar de loucura e desesperança.


A trança se desfizera completamente, mas estava cansada demais para se preocupar com isso, deixando os cabelos caírem, soltos, pelas costas. Aliás, deveria cortá-los o quanto antes para evitar o cansativo trabalho de desembaraçá-los. Alan gostava de cabelos longos e Anahí os mantinha assim numa espécie de homenagem, para prestar respeito ao homem que amara. Mas Alan estava morto.


E Phil também. Nervosa, olhou de relance para Alfonso ao seu lado. Um homem difícil, frio, implacável. Ninguém conseguiria matá-lo, concluiu, julgando-o imortal. Então, arrependida por tê-lo julgado de modo tão cruel, reconheceu que era inútil tentar enganar a si própria: importava-se, e muito, com ele.


Porém, naquele momento, não tinha sequer forças para pensar em nada. Queria apenas um bom banho quente e uma cama confortável para dormir quantas horas conseguisse. Só então estaria pronta para enfrentar a realidade.


- Venha - disse Alfonso, empurrando-a para dentro de um táxi de luxo. - Não quero ser visto aqui em Washington.


Ambos sentaram no banco de trás, bem juntinhos. Alfonso entregou o papel com o endereço para o motorista e imediatamente fechou a divisória de vidro que separava os passageiros do condutor.


- Por que está tão preocupado? - Anahí perguntou, consciente de que não podiam ser ouvidos. - Ele não poderia ter nos seguido, não é? E, mesmo que nos tenha seguido, você aqui está em seu próprio território, tem a retaguarda garantida, tem...


- Tenho uma porção de pessoas em quem não acredito.


- Isso não é novidade.


Alfonso franziu as sobrancelhas e a olhou como se a visse pela primeira vez.


- Continuo vivo mas todos os meus amigos morreram. Talvez essa seja uma amostra de que meu modo de pensar e agir seja certo.


- Ou de que há vidas que não valem a pena ser vividas. Viver sem amor e confiança, desconfiando até da própria sombra, é terrível.


Lá fora, a cidade de Washington passava e Alfonso voltou-se para Anahí, analisando-a em silêncio. O motorista, confinado ao banco da frente, parecia cantarolar junto com o rádio e os dois sentiam-se à vontade, isolados.


- Não me parece que você tenha preenchido sua vida com amor e confiança, Anahí.


Ambos estavam cansados demais para qualquer tipo de conversa mais séria, ela concluiu. Os últimos acontecimentos haviam sido devastadores, capazes de destruir-lhes as defesas.


- E quem disse que minha vida vale a pena ser vivida?


Ele meditou sobre a resposta friamente.


- Eu digo. E mais: acredito em você.


A confissão pegou-a desprevenida mas não representava novidade. A maior prova de que Alfonso realmente acreditava nela era o fato de tê-la trazido consigo a Washington, para sua própria casa. Só que Alfonso tinha dificuldade em admitir isso a si mesmo, e ela, por sua vez, não facilitava as coisas.


- Não está querendo dizer que acredita nos meus poderes, não é?


- Eu não chegaria a tanto. Digamos que eu não acredite que você esteja mentindo.


Anahí pensou na visão que teve da morte de Alan. E pensou em Alfonso; sua mão deslizando-lhe pela coxa coberta pelo vestido vermelho. Justo ela que só usava cores neutras.


- Quanta generosidade - murmurou, irônica, para disfarçar o medo e também a gratidão que sentia.


- Ei, afinal sou um bom sujeito - Alfonso brincou ao se recostar no banco e fechar os olhos.



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Autor(a): Bela

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  O táxi cheirava a cigarro e a coxa de Alfonso roçava a de Anahí de leve. A manta caíra-lhe sobre o colo e seu tom combinava com o jeans desbotado que ele usava. Será que, na cidade, ele usava farda? Anahí se perguntava. Como será que ela, uma pacifista convicta, reagiria ao vê-lo fardado? Será que Alfonso ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 302



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  • myrninaa Postado em 31/08/2010 - 17:17:31

    Amei a web muito linda mesmo. Anciosa para ler a nova.

  • unposed Postado em 30/08/2010 - 22:22:30

    Adorei a web. Parabens!!

  • jl Postado em 30/08/2010 - 20:02:24

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  • jl Postado em 30/08/2010 - 20:02:17

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  • jl Postado em 30/08/2010 - 20:02:12

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  • jl Postado em 30/08/2010 - 20:02:05

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  • jl Postado em 30/08/2010 - 20:02:00

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  • jl Postado em 30/08/2010 - 20:01:55

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  • jl Postado em 30/08/2010 - 20:01:43

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  • jl Postado em 30/08/2010 - 20:01:37

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