Fanfic: Cega paixão (terminada)

ULTIMOS CAPITULOSSS!!!!!!!!!!!!!!!! 

- Ali- Alfonso murmurou entre os dentes. - Mohamed Ali Reza.

Ali sorriu de modo largo e intimidante.

- Claro que já ouviu falar de mim, embora eu tenha feito o possível para me manter no anonimato estes anos todos. Seu país pensa em alguns detalhes, mas esquece outros. Veja Shari, por exemplo. Em lugar algum do mundo é permitido à família de um político, mesmo que tão importante, ter acesso a este tipo de informação ultra-secreta. Isso me deixa curioso, sabe?

- O que posso dizer? - Alfonso comentou, dando de ombros, mantendo Anahí bem próxima, segurando-a com força pelo braço. - O pai dela tem uma porção de problemas que ninguém sabia. Meu governo possui o péssimo hábito de tentar acobertar os embaraços, e McDonald Derringer é um deles. Seu ponto fraco é o álcool, o que o tornou um risco para a segurança nacional. Começou a ter delírios e a falar demais. Mas a última pessoa de quem ele poderia desconfiar era da própria filha.

- Ele não passa de um idiota - Ali disse, dispensando a explicação. - Tão idiota que não descobriu que os "fornecedores" de sua filha eram, na verdade, agentes da Spandau. Ficamos muito "amigos" da filha dele! Tão amigos que ela concordou em trabalhar para nós! Shari, na verdade, foi um presente dos deuses. Ela sempre adorou espionar o pai, ouvir suas confissões, ler seus documentos secretos. Também tinha uma fascinação por drogas e aprendeu a conhecer outras, com efeitos mais interessantes. Há uma em especial que lhe permitiu armazenar um sem-número de informações "quentes" no fundo do inconsciente. Infelizmente, a droga afetou-lhe outras partes do cérebro, mas o que se pode fazer?

- Entendo - Alfonso murmurou, flexionando os dedos de leve sobre a pele de Anahí.

Ela entendeu a mensagem: assim que chegasse a hora, Alfonso a jogaria para um lado e se lançaria sobre o bandido. Apesar do revólver e da faca, ia tentar matá-lo e, naquele exato momento, Anahí decidiu que não o permitiria afastá-la para o lado.

- A pobre americana gostava tanto de brincar com drogas que já não conseguia lembrar o número do próprio telefone se não fosse com o auxílio delas. O problema é que precisa de um medicamento especial para se lembrar das informações que queremos em detalhes, e temos tido problemas na fabricação da droga. Um dos componentes é muito perigoso e instável, e algumas mulheres já morreram depois de testá-lo. Algumas belas mulheres do Colorado...

- Que pena! - Alfonso disse, irônico, compreendendo melhor a utilidade prática do "Degolador do Colorado".

Anahí sentiu Alfonso tenso ao seu lado. Sabia que ele tinha uma faca com a qual cortara as cordas e sentira em seu bolso um volume que poderia ser o de uma arma parecida com a de Danny. Mesmo assim, não seria páreo para Ali Reza.

- No entanto, acho que chegamos à dose certa. A última pessoa a testá-la não morreu. Aliás, parece estar se sentindo muito bem... - explicou, olhando para Anahí. - O que indica que Shari já pode ingeri-la. Depois que despejar todas as informações que traz em seu pequeno cérebro, saberemos como nos livrar dela.

Alfonso olhou para Anahí, preocupado. Eles haviam testado a droga nela.

- Você está bem?

- Sim, estou bem. Só um pouco tonta...

Ali tornou a sorrir exibindo os dentes claros e perfeitos.

- Será que faz diferença, já que vocês dois vão morrer agora?

Alfonso tentou uma última argumentação.

- Muita gente morrerá se levarem esse plano adiante, Ali! É pura loucura!

- O sangue será derramado em prol de um bem maior - Ali garantiu e Anahí o viu segurar o revólver com mais força. - Tudo será purgado pelo fogo.