Fanfics Brasil - Chantagem Audaciosa (Terminada)

Fanfic: Chantagem Audaciosa (Terminada)


Capítulo: 18? Capítulo

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— Esse foi um insulto terrível, minha senhora. A mulher chorando é a mãe de Majida. Essa é a forma que ela encontrou para expressar a vergonha que sente pelo comportamento da filha.
A mãe de Majida levava as mãos à cabeça como se houvesse sido atingida pela desgraça absoluta. Felizmente, naquele momento a comida foi servida, e o tumulto acabou. Várias iguanas foram oferecidas a Dulce, que nessa altura já não tinha o menor apetite. No final do jantar, Majida aproximou-se e proferiu um discurso, desculpando-se. Sentindo que as palavras da morena eram pouco sinceras, Dulce limitou-se a responder com um gesto contido de cabeça.
Em meio ao burburinho de vozes femininas, ela ficou desconcertada quando Christopher fez uma entrada triunfal e foi saudado freneticamente com gritos de boas-vindas. Olhando para ele, Dulce prendeu a respiração. Estava realmente magnífico, usando um rico traje de seda quase tão ornamentado quanto o dela. Christopher nunca lhe parecera mais exótico ou atraente antes. Mas, incapaz de esquecer a fúria amarga com que o príncipe a tratara, ela preferiu desviar logo o olhar para concentrar-se na presença dos outros homens que o acompanhavam, alguns sorridentes, outros um tanto introvertidos. Latif entrou por último, e o sorriso que curvava os lábios do ancião demonstrava que seu humor era dos melhores.

Sem notar que estava sendo ignorado por ela, Christopher tomou seu lugar no centro da mesa e inclinou-se para sussurrar-lhe ao ouvido com um pronunciado ar de orgulho masculino:
— Vamos tentar manter a paz entre nós agora. Os lábios carnudos de Dulce retorceram-se.
— Acho que nunca teria uma chance de discutir com você, mesmo que quisesse. Se me lembro bem de sua baixa opinião a meu respeito, não sei por que os céus ainda não se abriram para que um raio divino exterminasse uma criatura tão desprezível como eu...
— Em nome de Alá, não diga uma coisa dessas nem por diversão.
— Não estou me divertindo aqui no meio dessas víboras —ela replicou secamente.
— Não vamos trocar mais recriminações.
— Acho que Sua Alteza Real está se repetindo. — Dulce se importou em esconder a ironia por trás de suas palavras.
— Estou apenas tentando ser gentil, não dificulte as coisas.
Naquele momento, um grupo de músicos entrou na tenda começou a tocar uma música muito estranha.
— Não se parece com a música ocidental pois se trata de canção tradicional que sempre é executada em ocasiões especiais — Christopher apressou-se em explicar, como se estivesse defensiva.
Uma cantora apareceu por trás das cortinas. Ela possuía bela voz, mas foi a maneira como dançava sugestivamente dos olhos de Christopher o que mais chamou a atenção dela.
— Acho que você tem muita chance com essa garota — ela sussurrou, em um tom venenoso que não conseguiu conter. — É outra forte candidata para seu harém.


— Eu não tenho um harém — Christopher murmurou por entre os dentes cerrados.
— Muitas mulheres fugiram? Isso é ruim para sua imagem de macho chauvinista, não é?
— Mais uma palavra, e eu...
— Vai me mandar embora do país? Bem, confesso que isso não me decepcionaria nem um pouco. Estou cansada das armadilhas que não param de aparecer no meu caminho. Diga-me uma coisa, você só dorme com virgens?
— O que deu em você? — Christopher perguntou de maneira sombria.
— Estou só me acostumando ao papel de concubina. Diga-me, vai me jogar no Golfo dentro de um saco quando se cansar de mim?
— Um saco seria muito conveniente no momento. Quer que eu lhe peça desculpas, não é?
— Oh, não, mesmo você não poderia se desculpar pelo embaraço que passei ao ter sido acusada de não ser virgem na frente de todas essas pessoas. Permita que eu lhe diga que achei isso baixo, bárbaro e medieval.
Esmurrando o tampo da mesa com ambas as mãos, o príncipe encarou-a com um olhar que mais parecia uma erupção vulcânica.
— Quem lhe disse isso? Quem ousou?
Pela primeira vez desde que entrara, Christopher não se incomodou em baixar o volume de voz.
Sua expressão era absolutamente ultrajada.
— Pelo amor de Deus, acalme-se...
— Depois de uma ofensa tão séria? — Christopher agora rugia como um leão. — Que homem ficaria calmo diante de uma afronta como essa?


— Está me deixando nervosa.
— Diga-me o nome da pessoa que a ofendeu!
— Com você nervoso desse jeito? Claro que não. Já houve drama demais para uma só noite.
— Isso fere minha honra — Christopher informou.
Dulce fechou os olhos. O choque de culturas a pegara desprevenida várias vezes naquele dia.
Para ser franca, só experimentara surpresas desde que chegara a Jumar.
O príncipe segurou-a pelo pulso, declarando enfaticamente:
— Minha honra é sua honra.
— Mas eu não tenho honra... foi você mesmo quem disse. Ao ouvir aquilo o príncipe perdeu a paciência e, tomando-a nos braços, carregou-a para fora da tenda, diante dos olhos atônitos dos presentes. Sua saída deixou um rastro de silêncio no ambiente, uma tensão tão palpável que quase poderia ser cortada com uma faca.


→ Capítulo VI.



— Guerras já começaram por causa de insultos menores — Christopher disparou irritado, caminhando com passos rápidos, carregando Dulce nos braços. — Parece que você não entende quanto é importante em minha cultura a virtude de uma mulher.
Se fosse esposa dele, Dulce certamente entenderia aquela fúria. Mas era apenas amante do príncipe, certo? Além disso, tinha sido culpa dele o fato dela ter sido insultada.
E também havia o absurdo de toda aquela situação.
Os dois se encaminhavam para o quarto de Christopher, passando pelos guardas e cortesãos como se fizessem publicidade do que iria acontecer em seguida! Como Christopher podia submetê-la a uma situação tão vexatória?
Transpuseram vários cômodos da tenda imensa, passando por uma centena de cortinas divisórias, o que .a convenceu de que jamais encontraria o caminho para o aposento em que dormira na noite anterior mesmo que o procurasse por anos.
Finalmente o príncipe parou. Ele colocou-a no chão com uma gentileza inesperada, acariciando-a nas costas. Depois disso deu um passo para trás.
— O fato de você não ser mais virgem é um problema só meu — Christopher anunciou secamente.
Sua mandíbula contraída parecia dura como aço.
Dulce permaneceu imóvel. Gostaria de sair correndo dali mas não saberia para onde ir. Sua mente estava confusa.
Passaram-se vários segundos, e só então ela caminhou lentamente até a cama, na qual se sentou.
— Vou me cortar e espalhar um pouco de sangue no lençol — Christopher murmurou em um tom calmo e estranho. — Nada mais será dito sobre o assunto.

Os olhos dela continuavam fixos no dossel da enorme cama. Abriu os lábios, mas não foi capaz de emitir som algum. Subitamente sua virgindade transformara-se na coisa mais importante do mundo. Uma situação bárbara, medieval, sem dúvida, mas o mais estranho era a solução que Christopher encontrara para resolver o problema. O homem estava disposto a verter o próprio sangue para proteger sua honra.
— Christopher... — a voz de Dulce era trêmula. — Eu realmente não posso acreditar que estamos tendo esta conversa.
— Quando nos conhecemos, cometi o erro de acreditar que você era tão inocente quanto parecia ser. — O príncipe encolheu os ombros largos. — Uma fantasia tola, sei disso agora. Muitos homens árabes alimentam sonhos desse tipo, mas minha experiência não me permite alimentar ilusões.
Com o rosto ruborizado, Dulce evitava encará-lo.
— Parece estar totalmente convencido de que já tive outros amantes.
— Em que mais eu deveria acreditar depois da maneira como agiu no ano passado?
Ignorando a recordação daquele que fora o momento mais humilhante de sua vida, Dulce murmurou com voz estrangulada:
— E se eu lhe dissesse... bem... que não existiu nenhum homem?
Os olhos dourados de Christopher fixaram-se nos dela.
— Então eu lhe diria que não precisa mentir a essa altura acontecimentos.
— Mas isso não é mentira... e já que respeita tanto a virtude uma mulher, você manteria as mãos longe de mim, não é?
Um sorriso desconcertante surgiu nos lábios do príncipe.
— Não...


— Por que não?
— Em minha opinião, você é um caso especial... por isso os esforços destinados a me fazer mudar de idéia estão os ao fracasso. Não consigo entender por que quer que mude de idéia. Cada olhar seu me diz que você deseja que a toque. Notei isso em nosso primeiro encontro no Haja.
— Verdade? — O rosto dela queimava como fogo.
Christopher tirou o cinto da espada e o kaffiyeh, sem deixar de encará-la por um segundo. “Santo Deus, isso vai mesmo acontecer”, Dulce pensou. E agora não haveria nenhuma tempestade, nem Franco apareceria providencialmente para interromper.
— Você quer mesmo levar essa loucura até o fim, não é?
— O que acha?
— É que... eu não consigo imaginar isso...
— Garanto que minha imaginação é suficiente para nós dois.
— Bem, acho que já chega dessa conversa! — Dulce levantou-se abruptamente, com a óbvia intenção de fugir. Para seu azar, porém, a barra do vestido ficou enganchada em uma das pontas torneadas da cama. O príncipe aproveitou aquilo para segurá-la pelos ombros.
— Também acho que devemos parar de conversar — ele insinuou maliciosamente. Com um movimento ágil, abriu o zíper na parte de detrás do vestido e despiu-a em menos de um segundo.
— Christopher! — Dulce, cujo corpo agora só era coberto pelas minúsculas peças de lingerie, estava paralisada pelo embaraço.
Ainda abraçando-a, ele estreitou o olhar.
— Ignore meu último comentário... Creio que ainda precisamos conversar um pouco.


— Sobre o quê?
Um sorriso mordaz curvou subitamente os lábios do príncipe. Ao mesmo tempo e sem nenhum pudor, os olhos dourados examinaram com satisfação todas as curvas do escultural corpo feminino. Só depois de alguns segundos ele voltou a encarar a expressão desconcertada de Dulce.
— Então... — Christopher murmurou preguiçosamente — talvez possa me explicar por que uma virgem faria o convite que me fez no ano passado. Pode me esclarecer, não é?
Com os lábios retorcidos pela frustração, ela ergueu o queixo em uma bravata.
— Já que não aceitou a oferta, creio que não tem o direito de fazer tal pergunta.
— Quando a vi naquele quarto, enrolada na toalha, estava disposto a me aproveitar da situação — Christopher protestou suavemente. — De qualquer forma, agora me parece óbvio que seu padrasto deve tê-la forçado a me convidar para ir a sua casa.
O rubor do rosto indicava que Dulce não se sentia nem um pouco confortável.
— Não. Eu não posso culpar Franco nesse caso, O jantar foi uma idéia só minha.
— Mesmo agora não me diz a verdade! — Soltando-a, Christopher afastou-se da cama com passos elegantes como os de um felino em plena caçada.
— Não! — A voz dela era tensa. — Garanto que não vou lhe dizer mais mentira alguma... não me importa quanto isso vai me custar.
Girando sobre os calcanhares, o príncipe fixou os olhos brilhantes nos dela.
Dulce respirou fundo.


— Simplesmente não sei como meu padrasto descobriu que estaríamos juntos naquela noite. Talvez tenha sido apenas uma terrível coincidência. Ele voltou de Londres antes do previsto e quando viu o que estava acontecendo, decidiu tirar vantagem da situação. Mas garanto que não participei de nenhuma armação, eu juro que imaginava que nós dois estaríamos sozinhos naquela noite.
— Não acredito nesse tipo de coincidência. E já que você não tem coragem de admitir que estava envolvida nas intrigas seu padrasto, acho que não temos mais nada para discutir.
— Mas...
Christopher ergueu a mão direita.
— Não quero ouvir mais nenhuma palavra. Você teve a chance de dizer toda a verdade e a desperdiçou. Seu padrasto é um escroque, e deve tê-la criado para mentir até o fim. Mesmo assim, é inútil para você protestar inocência diante dos fatos ambos conhecemos.
Mágoa e ressentimento dominaram Dulce, que abaixou a cabeça consternada. Estava dizendo a verdade! Christopher recusava-se a acreditar que ela não se envolvera conscientemente em nenhuma trapaça arquitetada por Franco. O padrasto sempre insistira em dizer que chegara mais cedo de Londres apenas por coincidência, e quem era ela para provar o contrário? Apenas conhecia toda a história e, sendo como era, jamais cona verdade.
Com os olhos úmidos, ela ergueu a cabeça outra vez e então congelou. Enquanto estivera perdida em pensamentos, Christopher havia tirado a roupa.
Apesar de aturdida, porém, não pôde conter a curiosidade e deixou o olhar percorrer o corpo másculo em um escrutínio acanhado. O príncipe possuía um sex appeal extraordinário e predatório.
Bastou pensar que logo estaria na cama com aquele homem para que seu coração disparasse.
Estendendo o braço instintivamente, Dulce puxou a ponta do lençol da cama ao seu lado para cobrir o próprio corpo. Todo o seu ser era dominado pela tensão.








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Autor(a): lovedyc

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 480



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  • stellabarcelos Postado em 22/11/2015 - 20:02:55

    Muito lindo! Amei

  • anjodoce Postado em 02/08/2009 - 00:39:21

    Linda,linda,linda história! Chego a ficar emocionada de tão linda que foi,muito obrigada por postar essa história maravilhosa, obrigada pela dedicação do post, pelo carinho, e, quero dizer também que estarei acompanhando sua nova web "A lenda do Anel",eu a achei bem interessante e divertida, foi realmente a que eu queria que você postasse, embora não tenha tido tempo para votar, estou ansiosa e espero para ler, Mil Beijos, tchau!

  • nynadyu Postado em 01/08/2009 - 18:08:15

    Ah... outra coisa!!! Onde será que eu arrumo um sapo desses pra mim!!! shuahsuahush

    besitos

  • nynadyu Postado em 01/08/2009 - 18:07:14

    Amore!!! amei essa web!!!! muito boa mesmo!!! besitos e até A lenda do anel!!!!

    Bye

  • nynadyu Postado em 01/08/2009 - 18:07:06

    Amore!!! amei essa web!!!! muito boa mesmo!!! besitos e até A lenda do anel!!!!

    Bye

  • nynadyu Postado em 01/08/2009 - 17:46:58

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  • nynadyu Postado em 01/08/2009 - 17:46:54

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  • nynadyu Postado em 01/08/2009 - 17:46:44

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  • nynadyu Postado em 01/08/2009 - 17:46:35

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  • nynadyu Postado em 01/08/2009 - 17:46:29

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