Fanfics Brasil - Chantagem Audaciosa (Terminada)

Fanfic: Chantagem Audaciosa (Terminada)


Capítulo: 28? Capítulo

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Capítulo X.



Christopher só voltou ao Muraaba naquela noite após as oito horas. Depois de jantar com as crianças, mandá-las tomar banho e ir para a cama, Dulce encontrava-se em uma disposição de espírito mais calma e razoável.
O príncipe encontrou-a andando de um lado para o outro em uma das salas de estar do andar térreo do palácio, e saudou-a com um sorriso absolutamente casual ao entrar.
— Vou tomar um banho... logo estarei com você. A mandíbula dela ficou tensa.
Os brilhantes olhos dourados de Christopher fixaram-se nos de Dulce.
— Sempre pode se juntar a mim, você sabe...
A proposta causou o mesmo efeito de uma ofensa.
— Como ousa sugerir isso?
— Estava apenas testando o terreno — Christopher murmurou sem parar de sorrir. — Como dizem, cautela nunca faz mal.
Ela se conteve por dez longos minutos e então foi até o quarto. A porta do banheiro estava aberta. Christopher continuava no chuveiro. Uma eternidade pareceu transcorrer até que a água fosse desligada, o que só serviu para deixá-la ainda mais tensa. Um segundo depois a porta se abriu e o príncipe entrou no quarto, seu corpo másculo coberto apenas por uma toalha enrolada na cintura.
— Por que não se divorciou de mim um ano atrás? — ela perguntou.
As sobrancelhas dele arquearam-se.
— Ora, isso é óbvio. Eu não queria quebrar definitivamente aquele vínculo, por mais tênue que ele me parecesse no momento. E, por falar em divórcio, creio que não tenho boas notícias para lhe dar.
Quando ele começou a se enxugar, Dulce desviou os olhos do magnífico corpo masculino. Não queria que nada a desconcentrasse naquele momento.
— Algum tempo atrás foram feitas algumas consultas sobre o assunto junto aos juízes da suprema corte e, hoje à noite, descobri coisas que nem imaginava. Nenhum ancestral meu jamais se divorciou. Para ser franco, não existe nenhuma facilidade para que o governante de Jumar se divorcie, nenhuma jurisprudência, nada. — Christopher finalizou com ênfase.
Os lábios dela estavam entreabertos.


— Mas e quanto àquele ritual de dizer três vezes que deseja a separação?
— Aquilo deve ser feito diante de um juiz, e pode significar o divórcio para qualquer um de meus súditos, mas não para mim. Quando lhe disse tais palavras na embaixada, eu não sabia disso. Além disso... estava tão zangado que nem mesmo pensei para falar — ele admitiu.
— Mas você pode conseguir um divorcio.
— Provavelmente deve existir alguma possível interpretação na lei que me permita isso, mas... — Os olhos dourados faiscavam como labaredas. — Eu não quero me divorciar.
Dulce tremeu.
— Sim, você quer... Bem, pelo menos você quis quando fez aquela consulta aos juízes!
— Não, foi meu pai quem os consultou, alguns meses antes de morrer.
— Seu pai?
— Eu nunca imaginei que ele considerava divorciar-se da mãe de Rafi, mas evidentemente ele pensou nisso. Foi Latif quem me contou tudo, no começo da noite. — Voltando a enrolar a toalha na cintura, Christopher avançou até ela, segurando-a pelos ombros. — Vou dizer outra vez. Eu não quero um divórcio. Será que pode me escutar?
— Bem, nós não podemos ficar juntos, então obviamente eu vou para casa, e os detalhes legais podem ser resolvidos mais tarde. Para ser franca, não me importo nem um pouco com isso!
— Dulce... — Ele respirou fundo. — Até ontem, você estava feliz. Não há motivo para abrir mão dessa felicidade.
— Talvez você queira que eu continue agindo como sua amante!
— Só você pode responder essa pergunta.
Sentindo o rosto corar violentamente, ela deu as costas para o príncipe.
— Importo-me com você e não quero perdê-la, mas minha paciência tem um limite.
— Justamente o que aconteceu comigo quando fui julgada injustamente por causa daquela chantagem!


— Mas mesmo assim me casei — Christopher murmurou exasperado. — Disse que quis ser minha mulher mais do que tudo no mundo porque me amava, e em um espaço de poucas horas eu esqueci tudo o que havia acontecido e deixei de me amargurar. Acha que eu não tenho coração? Acredita que eu não pude simplesmente sentir que você estava sendo sincera?
Nunca, em toda a vida, Dulce sentiu-se tão embaraçada.
— Você me perdoou pela chantagem.
— Sim. Planejava me casar em qualquer circunstância, o que, aliás, aconteceu. O fato de seu padrasto ter interferido foi um problema menor.


Em um esforço frenético, ela tentou reorganizar os pensamentos. Lutar contra Christopher era virtualmente impossível. Aquele homem realmente possuía um poderoso senso de determinação.
— Mesmo assim, nós dois sofremos por um ano inteiro, separados só porque não acreditou em minha palavra. — O tom da frase foi cuidadosamente calculado. — Tenho todo o direito de deixá-lo...
— O que é direito? Deixar um garoto como Rafi apegar-se irremediavelmente a você e
depois submetê-lo a mais uma perda emocional? Espero que pelo menos tenha a decência de explicar a meu irmão porque está indo embora, porque eu não quero nem mesmo participar dessa conversa!
Ao dizer aquilo o príncipe caminhou para o vestíbulo, batendo a porta atrás de si com
violência. Dulce caminhou até a cama, sentando-se na beirada, e sentiu todo o corpo ser dominado por um tremor estranho.
Recapitulou os acontecimentos das últimas vinte e quatro horas como se estivesse pensando na vida de uma pessoa desconhecida. Christopher realmente tinha ferido muito sua auto-estima. De qualquer forma, considerando a situação que criara com as crianças, concluiu que estava envolvida na maior confusão do mundo.
— Christopher? — ela chamou em um tom hesitante.
Ele saiu do vestíbulo, já usando um traje de seda.
— O que foi?
— Nada...
— Ainda não saiu correndo?
— Quero que saiba que eu nunca tive intenção de magoar Rafi, Basma ou Hayat — Dulce murmurou em voz baixa.
— Se continua pensando em partir, é melhor que o faça agora. Quanto mais tempo ficar, pior será para as crianças —Christopher disse em um só fôlego. — Não tenho mais nada a dizer.
O silêncio que se seguiu foi tenso. A atmosfera do quarto parecia sufocá-la.
— Vou fazer as malas — ela disse, sentindo a garganta ressecar-se. — Sinto muito.

brigadinha pelos comentarios por hoje é só
Christopher não fez comentário algum, limitando-se a ir até a janela, deixando o olhar perder-se na distância. Subitamente era como se, para ele, Dulce jamais tivesse existido.
— Eu sinto muito por... tudo — ela sentiu necessidade de completar.
— Eu sinto... você sente... as crianças também ficarão sentidas. — O príncipe não moveu um músculo. Suas palavras vieram carregadas com uma indisfarçável dose de amargura.
— Christopher...
— Gostaria de poder dizer algo profundo. — Inesperadamente, ele girou sobre os
calcanhares e foi para a porta, parando diante dela antes de sair do quarto. — Todo o nosso relacionamento não passou de uma comédia de erros, humor negro, talvez. Inshallah.
A mente de Dulce era como um quadro em branco. Tudo o que ela queria no momento era encontrar as palavras certas.
O príncipe abriu a porta e então fez uma pausa.
— O que faço com sua égua?
— Que égua?
As sobrancelhas dele arquearam-se.
— Era urna surpresa... Delilah, a potranca que você teve que vender no ano passado. Eu mandei um emissário comprá-la de volta da escola de equitação e agora o animal está a caminho daqui, mas até que você possa dispor de um estábulo... Ora, não se preocupe, eu cuidarei disso.


A revelação foi surpreendente, paralisando-a por um longo momento. Quando finalmente decidiu ir atrás de Christopher, descobriu que ele havia deixado o palácio, e o mais estranho era que ninguém parecia saber para onde ele poderia ter ido.
Ela ligou para Latif e, depois de ouvir o homem mudar de assunto uma dezena de vezes sem responder suas perguntas, pediu que ele fosse até o Muraaba.
— Não precisa se preocupar. O príncipe Christopher está em segurança — o ancião informou ao chegar.
— Mas eu quero saber onde ele está.
Latif suspirou.
— Sua Alteza Real mantém em segredo os lugares para onde vai quando quer ficar sozinho. No caso dele, como deve imaginar, a solidão é um luxo pouco freqüente. Ele pode estar na praia, no deserto ou dirigindo um carro pelas ruas da cidade como se fosse um cidadão comum.
— Como pode, então, dizer que ele está em segurança? Afinal de contas, nem sabe o
paradeiro dele!
O ancião abaixou os olhos para o inestimável tapete Aubusson, mantendo-se em silêncio.
— Ele nunca fica completamente sozinho, não é? — Dulce indagou intuitivamente, sentindo surgir uma simpatia inexplicável por Christopher. — Sempre deve haver alguém vigiando-lhe os passos.
— Não existe motivo para se preocupar. — Latif voltou a erguer a cabeça. — Nós
compreendemos que o príncipe Christopher assumiu enormes responsabilidades com restrições à sua vida pessoal sem nunca reclamar. Ainda é um homem muito jovem. Ele nunca conheceu a liberdade que o pai pôde desfrutar e, infelizmente, nunca vai conhecer, porque o mundo mudou muito, tornando-se um lugar perigoso e hostil. Mas se ordenar que eu revele o paradeiro dele, princesa Dulce, será meu dever lhe contar, claro.
Dulce estava muito pálida quando o discurso de Latif terminou.


— Não, tudo bem... Eu não quero saber e, no que me diz respeito, nunca tivemos essa conversa.
Com um sorriso triste nos lábios, ela conduziu o ancião até as portas do palácio, uma
cortesia que ele definitivamente merecia por ter atendido o pedido dela, indo até o Muraaba e colocando-se em uma posição delicada.
— O último ano foi um período de tristeza intolerável —ele murmurou com seu tato usual —, mas essa tristeza pareceu diminuir nas últimas semanas.
— Não haverá mais tristeza — Dulce prometeu com a voz embargada.
Ela deitou-se na cama, mas continuou acordada. Devia sentir-se grata por Latif ter lhe
revelado uma nova dimensão da personalidade do príncipe. Christopher só buscava a solidão quando estava no fundo do poço. Uma comédia de humor negro. Os pensamentos continuaram sucedendo-se em uma velocidade vertiginosa na mente dela. Pouco a pouco, Dulce conseguiu organizá-los.
Christopher moveu-se como um predador silencioso ao entrar no quarto, já bem tarde da noite.
Dulce permaneceu imóvel, contendo a respiração. Ele foi diretamente ao banheiro para tomar uma ducha, o que a fez se perguntar se sua presença havia sido notada. As cortinas não estavam cerradas, e o luar iluminou o corpo másculo e bronzeado quando Christopher se aproximou finalmente da cama, minutos depois.
— Quando você dorme, sua respiração fica mais pesada —ele murmurou, deitando-se sem fazer rodeios. — Sabia que você estava acordada no instante em que entrei no quarto.
— Oh...
Sem nenhuma hesitação, o príncipe tomou-a nos braços. A cabeça dela aninhou-se no peito musculoso de Christopher, podia ouvir o ritmo acelerado do coração dele sem dificuldade.
— Não vamos dizer nada...


— Poderíamos escolher as palavras erradas. — Os braços fortes enlaçavam-na de maneira protetora. — Mas a curiosidade está me matando... O que Latif lhe disse?
Ela ergueu a cabeça.
— Você sabia que ele estava aqui?
Christopher deixou escapar uma risada rouca.
— Eu disponho de minhas próprias fontes.
— Eu estava preocupada com você... estupidez, realmente.
— Carinho — ele a contradisse, acalmando-a com carícias delicadas nos cabelos. — Eu
gostaria de ter ido até a praia para um mergulho. Mas nesse caso iriam mandar os mergulhadores do serviço secreto me seguir, e um deles poderia acabar sofrendo um acidente ao tentar se esconder de mim.
— Quer dizer que você sabia que estava sendo observado?
— As vezes sinto falta de alguma privacidade, mas entendo que minha posição exige certos sacrifícios.
— Não deve ser muito divertido para você.
— Vamos esquecer isso agora. — Seguiu-se um longo momento de silêncio. Os olhos
dourados do príncipe brilhavam na penumbra do quarto. — Passei metade da noite dirigindo e pensando...
— Não pense — ela pediu.
— Você vai ficar. — Não era uma pergunta, mas uma declaração.
— Sim.
— Um homem generoso teria lhe dado uma escolha... mas não posso fingir uma
generosidade que não possuo.
— Eu entendo.
Christopher inclinou a cabeça e os lábios dos dois ficaram muito, muito próximos. A troca de olhares foi intensa, um prelúdio perfeito para o beijo que trocaram logo depois.
— Seria cruel se me condenasse a mais duchas frias — ele sussurrou maliciosamente.





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posto amanhã c tiver bastante coments

c puderem passem na minha outra web Bєijøs dє Vαмρirø - αdαραŧαdα - DyC -





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Autor(a): lovedyc

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 480



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  • stellabarcelos Postado em 22/11/2015 - 20:02:55

    Muito lindo! Amei

  • anjodoce Postado em 02/08/2009 - 00:39:21

    Linda,linda,linda história! Chego a ficar emocionada de tão linda que foi,muito obrigada por postar essa história maravilhosa, obrigada pela dedicação do post, pelo carinho, e, quero dizer também que estarei acompanhando sua nova web "A lenda do Anel",eu a achei bem interessante e divertida, foi realmente a que eu queria que você postasse, embora não tenha tido tempo para votar, estou ansiosa e espero para ler, Mil Beijos, tchau!

  • nynadyu Postado em 01/08/2009 - 18:08:15

    Ah... outra coisa!!! Onde será que eu arrumo um sapo desses pra mim!!! shuahsuahush

    besitos

  • nynadyu Postado em 01/08/2009 - 18:07:14

    Amore!!! amei essa web!!!! muito boa mesmo!!! besitos e até A lenda do anel!!!!

    Bye

  • nynadyu Postado em 01/08/2009 - 18:07:06

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    Bye

  • nynadyu Postado em 01/08/2009 - 17:46:58

    POSTA MAIS !!!! ++++++++++++++

  • nynadyu Postado em 01/08/2009 - 17:46:54

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  • nynadyu Postado em 01/08/2009 - 17:46:44

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  • nynadyu Postado em 01/08/2009 - 17:46:35

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  • nynadyu Postado em 01/08/2009 - 17:46:29

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