Fanfic: ♥ღஜ Única Esperança ஜღ♥ [TERMINADA]

Christopher estava sentado impaciente na cadeira enfrente a de Mark, os dois se encaravam, com ódio, Rodrigo temia onde aquilo iria parar, Lara também. Christopher estava muito nervoso, levantou então e começou a andar pela pequena sala, passou por perto da porta varias vezes, recebendo olhares furiosos do policial que estava ali, ele engoliu seco, será que a Dulce precisava dele?

Daniel: então desde que sua mãe morreu ele bate em você?

Dulce assentiu, fazia quase dez minutos que não falava nada, já estava chorando, será que o delegado não via o quanto era difícil esse assunto para ela?

Daniel: e ele a tocava? - Dulce assentiu novamente.
Daniel: e ele alguma vez a estuprou senhorita?

Ela levantou os olhos arregalados e cheios de lagrimas, não iria contar, não para alguém que não conhecia, era humilhante demais, mas e se não contasse? O delegado vendo sua indecisão, pressentiu o pior.

Daniel: não precisa responder, esta liberada senhorita...

Ele foi interrompido por gritos vindos de fora da sala, todos levantaram o mais rápido que puderam, correndo para a porta, quando abriram viram Mark e Christopher brigando feio, um policial tentava segurar Christopher, enquanto o outro tentava o mesmo com o Mark, mas era difícil eles se movimentavam muito. Christopher por um momento levou o olhar até Dulce, ela estava chorando, com uma expressão horrorizada, como se não esperasse isso dele, ele parou, Mark se jogou por cima dele, dando-lhe socos no rosto. Dulce gritou, Rodrigo foi para cima de Mark, junto com os policiais para tira-lo de cima de Christopher. Mark foi levado para a sala onde iria depor. Christopher estava machucado, sangue escorria dos seus lábios e nariz, tinha marcas vermelhas pelo rosto e pelo corpo, Dulce se odiou naquele momento. Lara começou a cuidar de Christopher, enquanto Rodrigo se aproximou de uma Dulce estupefata e sem ação que ainda se mantinha parada perto da porta da sala.

Rodrigo: Dulce? - Ela se virou para ele, sem esboça reação alguma.
Rodrigo: você esta bem?

Ela assentiu, mas chorava, ele a abraçou. Dulce não sentiu medo, sentiu-se confortada como se alguma coisa lhe fizesse ter certeza que ele nunca machucaria ela. Dulce não estava enganada. Eles se soltaram, e Dulce teve coragem de se aproximar de Christopher, ele estava melhor agora que Lara, com uma água mineral, havia lavado os ferimentos e improvisado alguns curativos. Lara lhe deu um terno abraço, sussurrando que a adorava, Dulce quase sorriu. Christophe viu Dulce se aproximar e sentar ao seu lado.

Christopher: Dulce? - Ela o olhou.
Dulce: você não deveria ter brigado com o Mark.

Uma profunda dor estava presente em seus olhos, ele ia falar algo, mas a porta se abriu, Mark saiu de dentro dela, parecendo furioso.

Daniel: creio que depois da cena que presenciei, não posso permitir que a senhorita Saviñón volte para casa com o senhor Sunsex.
Mark: mas o moleque me provocou. - O delegado fitou Christopher, sentado, machucado e com Dulce ao seu lado.
Daniel: e o senhor bateu nele como se ele fosse um animal, não posso permitir que a senhorita Saviñón volte para sua casa, mas também não posso mandá-la para sua casa. - Disse assinalando Rodrigo.
Rodrigo: por que não?
Daniel: seria antiético, sinto muito, preciso de alguém fora dessa briga legal.
Lara: eu.

O delegado fitou a jovem e Rodrigo conseguiu captar uma certa malicia em seu olhar, o ciúmes veio como uma onda levando-o a se aproximar mais de Lara.

Lara: só vim aqui para depor, mas sou tão vitima quanto a Dulce, tenho certeza que ela não ligaria de morar comigo alguns dias, importaria Dulce?

Todos os olhares se voltaram para Dulce, que constrangida e com muito medo, negou com a cabeça, Christopher sorriu, era o sinal que precisava, ela queria se livrar de Mark.

Mark encarou Dulce com um olhar nada amigável, ela respirou fundo, será que dava para voltar atrás?

Daniel: então a senhorita Saviñón vai para a casa da senhora?
Lara: senhorita Sunsex. - Rodrigo viu um sorriso se formar nos lábios do delegado, com ciúmes, envolveu Lara possessivamente pela cintura.
Daniel: da senhorita Sunsex, o policial Ley irá acompanhá-los até a casa do senhor Sunsex para pegar as coisas da senhorita Saviñón.

Eles foram, Dulce, Lara, Rodrigo, Mark e Christopher para a casa de Mark, pegar as coisas de Dulce, Christopher insistiu para subir com ela e mesmo sobre protestos ele conseguiu. Christopher olhou atentamente o segundo andar da casa, viu Dulce, entra em um quarto, pegar uma pequena mala, e depois sair, entrar em outro, a seguiu, neste havia uma cama de casal, ele estremeceu, viu um pouco de sangue nos lençóis. Dulce guardava as roupas o mais rápido possível na mala, não queria que Christopher descobrisse nada, fechou a mala e viu que ele a olhava.

Christopher: o que ele fez? - Ela não respondeu, pegou a mala e saiu do quarto. Chegando lá embaixo, Dulce viu Mark fitando-a furioso.
Mark: Dulce, pare com esta brincadeira e diga que você que morar aqui comigo.
Dulce: não.

Ele ficou vermelho, de raiva, enquanto saiam, e Dulce recebia um abraço de Lara, ela se perguntava se estava fazendo o certo. Eles chegaram à casa de Lara.

Lara: minha tia, que morava comigo, foi morar na índia, por isso agora moro sozinha. - Ela explicou para Dulce, que entrava, logo depois vinha Christopher com a mala, e Rodrigo que fechou a porta.
Lara: vem Dulce, me entregue a mala Chris, vou levar ela para o quarto de hospedes.

Christopher entregou a mala, enquanto Rodrigo levava ele para a cozinha, para beber alguma coisa. As duas entraram no quarto, Lara colocou a mala na cama e fitou Dulce.

Lara: o que ele fez? - Dulce foi pega de surpresa e somente arregalou os olhos.
Lara: eu sei que ele fez alguma coisa, você está diferente.
Dulce: ele me bateu... - Lara a cortou.
Lara: não foi isso, ele te batia antes, e você não era assim, parece que perdeu a vontade de viver. - E tinha perdido mesmo, Dulce pensou.
Lara: é algo muito mais profundo.

Dulce chorou, e foi amparada por Lara, sentadas na cama, Lara afagava os cabelos ruivos de Dulce, enquanto esta chorava todas as magoas dos últimos anos.

Christopher: eu sei que tem algo ali tio. - Rodrigo bebeu um pouco do suco que servira para ele e Christopher.
Rodrigo: não importa, agora ela esta aqui, protegida e para lá não volta mais.
Christopher: eu sei, eu não deixaria que ela voltasse, mas tio ela esta como uma morta viva, pálida, e... - Rodrigo o interrompeu.
Rodrigo: eu entendo você, eu também quero saber o que foi, mas não podemos ficar a pressionando, vamos esperar ela ficar à-vontade para falar.

Christopher: é, você tem razão.

Mas Christopher não via a hora de ver aquela antiga Dulce de novo, que apesar de tudo, tinha uma luz própria incrível, e chamava a atenção de qualquer pessoa, qualquer um que olhasse saberia que ela era especial, como ele vira, aquela Dulce que, apesar de tudo, tinha um brilho no olhar, sempre.

Dulce se encontrava com a cabeça no colo de Lara, que lhe fazia carinho nos cabelos.

Lara: esta melhor?
Dulce: sim.
Lara- e esta melhor a ponto de me falar o que aconteceu?
Dulce contou tudo, despejou tudo em cima de Lara, falou da dor, dos tapas, da invasão, do sangue, da raiva, do ódio, da vontade de morrer, do nojo de si mesma, do medo que Mark fizesse algo a Christopher, a ela, ao Rodrigo, a todos que a ajudam. Depois de tudo, Lara se encontrava pasma e furiosa.

Lara: esse homem merece a morte, não é possível, você falou isso para o delegado sim?
Dulce: não, mas tenho certeza que ele percebeu.
Lara: ele merece morrer, meu Deus, o que ele fez com você. - O braço foi terno, e Dulce se sentiu como se abraçasse a uma irmã.
Lara: que tomar um banho? - Dulce assentiu.
Lara: o banheiro é logo ali, tem toalha e sabonete no banheiro.

Dulce assentiu, pegou umas roupas e se trancou no banheiro. Lara a observou, Mark estava acabando com a vida dela aos poucos, como fizera com sua mãe, com a mãe da Dulce, ela não ia permitir, Dulce não merecia isso, faria o que fosse preciso, mas ele não se livraria dessa. Lara saiu do quarto, foi para a sala, encontrou Christopher e Rodrigo conversando sobre alguma coisa, sentou-se ao lado de Rodrigo.

Christopher: como ela esta? - Lara pode ver a dor nos olhos dele.
Lara: esta tomando banho, a gente conversou.
Rodrigo: sobre o que?
Lara- sobre o Mark.
Christopher: o que ela disse? - Lara pensou um pouco.
Lara: não sei se... - Nesse momento Dulce entrou na sala, tomada banho, os cabelos anda molhados, todos ficaram fitando-a.
Dulce: o que foi?
Lara: na verdade, eles querem saber o que você me contou, eu devo contar?

Dulce se viu sem saída, estava abusando da hospitalidade deles, eles estavam sendo gentis com ela, dando-lha amor, carinho, cuidando-lhe, e ela os trava mal, sem querer, mas trava, eles tinham o direito de saber o que tinha acontecido, engolindo a humilhação e a vergonha, Dulce assentiu. Todos perceberam o quanto era difícil.

Christopher: meu amor, se não quiser, não precisa falar. - O apelido carinhoso fez Dulce sentir-se culpada, será que depois que soubesse tudo ele ainda a chamaria de meu amor?
Dulce: pode contar Lara. - Ela sentou-se em uma cadeira mais afastada.
Lara: bom o Mark, ele, bem... – ela procurava as palavras certa – Ele abusou da Dulce. Abusou, digo, sexualmente falando.

Rodrigo quase caiu do sofá. Lara contou-lhe tudo, como Dulce havia lhe contado, e no final da narrativa, Christopher estava possesso.