Fanfic: ♥ღஜ Única Esperança ஜღ♥ [TERMINADA]

Naquela tarde, Candy não entrou, Christopher ficou desolado, quando não falava com ela o dia ficava tão vazio, fez tudo o que tinha que fazer no quarto, com o computador ligado, atento para caso ela entrasse, ele ouviria o som de aviso, e então aparecia “Candy acabou de entrar”.

Dulce se surpreendeu quando saiu da escola e encontrou Mark parado do lado de fora, a esperando, entrou no carro e o clima era tenso, eles foram para casa em silêncio, quando chegaram, mal Dulce havia colocado um pé em casa, ele a empurrou com parede, xingando-a de muitos nomes que na hora ela mal conseguiu ouvir, logo depois a pegou pelos cabelos, levantou-a e jogou-a no chão novamente, ela viu ele tirar o cinto, enquanto tentava se levantar, ele foi mais rápido, as chicotadas foram por todo o corpo, quase uma hora mais tarde, ele cansou e Dulce agradeceu a Deus por isso, ele então se aproximou dela, que estava deitada no chão.

Ucker,

Desculpa não ter entrado hoje, não deu,
Mas senti sua falta, gosto de conversa com você,
Você me entende mesmo sem saber metade dos meus problemas.
E vou dar mais um dica para você sobre quem sou:
Você falou comigo hoje.

Mil beijos.
Candy

Christopher: Oi
Dulce: Oi

Christopher: o que aconteceu com as suas pernas?

Ela não respondeu, levantou e saiu correndo, dessa vez, ele não agüentou e foi atrás dela, viu que ela entrava no banheiro feminino, ficou na porta, ouvindo os soluços, teve certeza que ela estava chorando.

Dulce: Por que logo hoje? Ele poderia ter feito isso sexta feira a noite, ai ninguém veria e na segunda já estaria melhor, a reação do Christopher foi só o começo, EU TE ODEIO MARK!!!

Ela soluçava e chorava muito, falava as coisas que não tinha coragem de falar na frente de Mark, se ela falasse, ele era capaz de matá-la, nem imaginava que Christopher estava ouvindo.

Dulce: eu não tenho culpa da minha mãe ter morrido, ele deveria procurar alguém do tamanho dele, eu odeio ele, odeio ele.

Christopher achou que já havia ouvido demais e foi para a sala de aula, pensando nas palavras de Dulce. Na aula de Filosofia, que era a ultima, Dulce já estava mais calma, tinha respondido mil vezes a mesma pergunta “o que aconteceu com a sua perna Dulce?” ela havia inventado uma história sobre um cachorro vira-lata e todo mundo pareceu acreditar.

Professora: estávamos estudando na ultima aula, encontros na internet, de homens que aliciam meninas e vice e versa, hoje falaremos dos homens obcecados, de paixões doentias e de violência contra a mulher, alguém quer começar o assunto com uma introdução?

Muitos levantaram as mãos, mas Dulce simplesmente se afundou na cadeira, lembrando de Mark, no meio da aula, Dulce já sentia falta de ar, tinha ouvido exemplos de histórias parecidas ou não com a sua, porem sempre terminavam na mesma coisa, violência contra a mulher, Christopher estava bem atento a cada movimento de Dulce.

Professora: Christopher? Esta prestando atenção?
Christopher: claro.
Professora: então de sua opinião sobre violência contra mulher.
Christopher: eu acho que o homem que faz isso é um covarde, e deveria ser preso, por isso a mulher tem que denunciar quando isso acontece, principalmente se a violência é domestica, por um pai, tio ou... 

Ele não terminou de falar, Dulce desmaiou e todos, inclusive ele correram até ela. Christopher fez questão de levá-la até a enfermaria, enquanto a professora acalmava a sala, chegando na enfermaria, ele colocou ela na cama que havia lá, e a enfermeira precisou tirar o casaco, quando tirou, tanto ela quanto Christopher se assustaram, os braços de Dulce estavam com marcas e feridas horríveis, parecidas com a das perna, a enfermeira tirou a pressão de Dulce, e disse que havia sido uma queda de pressão, e que tinha que ligar pro responsável de Dulce, quando ela saiu da pequena sala, Christopher ficou olhando Dulce, tocou seus cabelos ruivos e olhou intrigado para os machucados do braço, tentando pensar onde ela poderia ter conseguido aquilo, por que, obviamente, não havia sido nenhum cachorro vira-lata, ele viu que ela usava uma correntinha, ficou preocupado que a correntinha enforcasse ela, e então com cuidado pegou a correntinha para tirá-la, mas viu o pingente era um coração e que tinha algo escrito nele, virou o pingente em forma de coração e o seu coração disparou, sim havia algo escrito, “candy” ele leu mais de uma vez, então era ela, de repente, todas as dicas e coincidências voltaram à mente dele como um furacão, Candy, Dulce em inglês, como fora burro, era ela, ele acariciou seu rosto, era ela, a mulher que tinha sonhado durante todo esse tempo, era ela, foi tomado por uma forte emoção, pensou em beijá-la, mesmo dormindo, depositaria um beijo em seu rosto, mas duas coisas interromperam seus planos, os olhos de Dulce que começaram a se abrir e o som de um homem parado na porta, Christopher largou o pingente. 

Dulce: Christopher?

Ela ainda não tinha visto Mark, mas tinha visto Christopher, que estava bem próximo a ela, estava zonza.

Dulce: O que aconteceu Chris? - Christopher sorriu, intimidado pela presença de Mark, que ele não conhecia, mas deduziu quem era.
Christopher: você desmaiou Dulce, no meio da aula de filosofia, ficamos preocupados. - Ele sorria e acariciava os cabelos de Dulce, Mark não gostou e pigarreou, Dulce se sentou rapidamente e viu Mark parado a porta, sentiu que o ar lhe faltava, e com muito sacrifício, falou alguma coisa.
Dulce: Mark?