Fanfic: ♥ღஜ Única Esperança ஜღ♥ [TERMINADA]

Christopher chegou cedo na escola no outro dia, o mais cedo possível, iria encontrar Dulce e contar a ela que sabia tudo e já estava decidido, mas essa certeza diminuiu quando viu Dulce sentada, no mesmo banco de sempre, lendo um livro que ele não conseguiu ler o titulo, se aproximou, e a cada passo a certeza diminuía.

Christopher: Oi. - Ela levantou os olhos do livro e o fitou.
Dulce: oi. - Ele sorriu, se perguntando a quanto tempo não ouvia a voz dela.
Christopher: tudo bem? - Ela assentiu com a cabeça, ele sentou do seu lado.
Dulce: e você?
Christopher: estou bem..você anda fugindo de mim?

A pergunta saiu antes que ele pudesse conte-la, ele viu Dulce abaixar a cabeça, viu olhar de ela fugir do seu, ouviu a voz dela murmurar uma desculpa, mas quando ela estava se preparando para levantar, dessa vez, ele foi mais rápido, levantando-se e se colocando na frente dela, impedindo sua passagem.

Christopher: e o que foi isso agora? Isso foi uma tentativa de fuga, meu amor. - O tom era irônico, mas mesmo assim, o apelido causou arrepios a Dulce.
Dulce: você esta entendendo tudo errado...
Christopher: você acha mesmo? Não senti nada por mim?
Dulce: eu não falei isso.
Christopher: por que você nunca me contou que era a Candy?

O tempo parou, pelo menos foi o que pareceu a Dulce, que parou de tentar driblar Christopher com palavras e o olhou nos olhos, então ele sabia, ela engoliu seco, ela sentiu falta de ar e por alguns momentos, ele pensou que ela fosse desmaiar novamente, pois estava muito pálida, no entanto, ela não desmaiou, pelo contrario, ela saiu correndo pelos portões da escola, ele chegou a ver as lagrimas nos olhos dela, e se xingou mentalmente. Ele passou correndo pelo mesmo lugar que Dulce fora, seguindo seus passos, tomou um susto quando ela entrou em um cemitério.

Dulce correu até o cemitério “boa morte”, procurou durante alguns minutos e achou finalmente a lapide de sua mãe, se ajoelhou junto a ela, segurando forte entre os dedos a correntinha onde tinha sido gravado, anos antes, “candy”, as lagrimas caiam amargas pelo seu rosto, o que ela mais temia aconteceu, ele descobrira tudo e agora deveria a odiar. Christopher entrou no cemitério, seguindo os passos de Dulce, até que viu ela parar diante de um tumulo, ela chorava muito, ele se aproximou, com medo de magoá-la mais, se ajoelhou a seu lado, viu a expressão perplexa dela e sorriu.

Christopher: você gosta mesmo de fugir de mim, tanto na internet, quanto na vida real. - Ela deu um tímido e quase despercebido sorriso, mas que foi capitado pelos olhos dele.
Dulce: eu tenho medo de você, quero dizer, não de você, mas do que eu sinto por você.

Ele observou, e percebeu que era muito difícil para ela falar aquilo, então deixou que ela falasse tudo.

Dulce: É um sentimento muito forte, e eu não posso nunca me deixar levar por esses sentimentos, eu tenho meu futuro programado, e longe daqui, eu nunca poderia ter nada com você, nada que fosse serio, por que poderíamos ambos sofrer com isso, e isso foi um dos motivos pelo qual fiz a Candy, e não te contei que era eu por isso e também pensei que fosse me odiar, e penso que me odeia, fiz você gostar de uma pessoa que não existe – ela respirou fundo, as lagrimas agora caiam mais depressa, mas Dulce parecia não percebê-las - eu não poderia ter colocado você nisso.

Christopher: Quem era? Sua mãe? - Ele apontou para o tumulo, onde se lia “Blanca Savinõn”.
Dulce: sim – ela sorriu - foi ela quem me deu esse colar, ela me chamava assim quando eu era pequena.

Ele a envolveu em seus braços e a beijou, com amor, e foi correspondido a altura. 

Dulce: acho melhor pararmos com isso. – ela disse depois do beijo
Christopher: Por quê?
Dulce: por que não podemos continuar com isso.
Christopher: é por causa do que você disse? Que tem um futuro programado?- Ela assentiu.
Christopher: não pense no futuro...ele pode mudar.
Dulce: mas meu presente não pode mudar, ele vai continuar sendo a mesma droga que é.
Christopher: seja lá o que for eu não vou deixar atrapalhar o que sentimos um pelo outro.